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ASMA

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Kamilla Galiza / 6º P 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
• É uma obstrução crônica das vias aéreas; 
• Doença inflamatória das vias aéreas que vai levar a 
uma hiper-reatividade brônquica em resposta a 
diferentes estímulos; 
• Clinicamente, apresenta-se com episódios recorrentes 
de sibilos, dispneia, chiado, aperto no peito e tosse 
associados a obstrução brônquica – MANIFESTAÇÕES 
REVERSÍVEIS 
• Os sintomas variam ao longo do tempo e em 
intensidade, juntamente com limitação variável do fluxo 
aéreo expiratório; 
• Fatores desencadeantes mais comuns: 
1. Alérgenos; 
2. Exercício físico; 
3. Infecções virais; 
4. Poluição. 
 
 
 
Epidemiologia 
• Muito frequente em todo o mundo, atingindo cerca de 
300 milhões de pessoas; 
• Maior parte dos casos está concentrado em menores 
de 25 anos, embora possa acometer qualquer faixa 
etária; 
• O Brasil ocupa a 8ª posição em incidência de asma no 
mundo 
• A prevalência de sintomas de asma entre adolescentes 
no Brasil, de acordo com estudos internacionais, foi de 
20%, uma das mais elevadas no mundo 
 
Fisiopatologia 
• É uma doença que tem dois componentes básicos: 
inflamatório e uma consequência muscular 
(broncoespasmostica -> o brônquio fica hiper-
responsivo, logo, qualquer resposta alérgica, vai causar 
uma resposta broncoconstrictora, é o chamado 
broncoespasmo) 
• Doença respiratória crônica das vias aéreas que se 
expressa pela redução ou obstrução no fluxo do ar 
respirado, devido ao edema da mucosa dos brônquios, 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
 
 
 
 
 
 
 
à hiperprodução de muco das vias aéreas e à 
contração da musculatura lisa dessa região. 
• Remodelação da via aérea e formação de muco. 
 
Aspectos morfológicos 
• Macroscopicamente: hiperinsuflados e com tampões 
de secreção obstruindo as vias respiratórias. 
• Microscopicamente: descamação epitelial (espirais de 
Curschamann: escamação endotelial + eosinófilos), 
espessamento da membrana basal, edema de 
submucosa, infiltrado mononucleares e eosinófilos, 
hipertrofia da musculatura lisa. 
 
 
 
 
 
 
Fenótipos de asma 
• Asma alérgica 
• Asma não alérgica 
• Asma de início adulto (início tardio) 
• Asma com limitação persistente do fluxo aéreo 
• Asma com obesidade 
 
Quadro clínico 
Asma 
 palestra 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
2 
 
Diagnostico 
1. As seguintes características são típicas de asma, se 
presentes, aumentam a chance de ser asma: 
1.1. Sintomas respiratórios de falta de ar, chiadeira, tosse e 
aperto no peito 
• Geralmente os pacientes apresentam mais de um 
dentre esses sintomas; 
• Geralmente são piores a noite ou no início da 
manhã 
• Os sintomas variam ao longo do tempo e em 
intensidade; 
• Os sintomas são desencadeados por infecções 
virais (resfriados), exercícios, exposição a 
alérgenos, mudanças no clima, risadas ou 
irritantes, como fumaça, gases de escapamento 
de carros e cheiros fortes. 
2. As seguintes características diminuem a probabilidade 
desses sintomas serem associados a asma: 
• Tosse isolada sem outros sintomas respiratórios; 
• Produção crônica de escarro; 
• Falta de ar associado a tonturas, vertigens ou 
parestesia periférica; 
• Dor no peito; 
• Dispneia induzida por exercício com inspiração 
ruidosa 
 
Anamnese + exame físico + exames complementares 
• Teste de função pulmonar para documentar limitação 
variável do fluxo de ar expiratório 
o Em pacientes com sintomas respiratórios típicos, ter 
variabilidade excessiva da função pulmonar 
expiratório é um componente importante do 
diagnóstico de asma: 
1. Aumento na função pulmonar após administração 
de um broncodilatador, ou após uma tentativa de 
TTO de controle; 
2. Diminuição da função pulmonar após exercício ou 
durante um teste de provocação brônquica 
3. Variação na função pulmonar além da faixa normal 
quando repetida ao longo do tempo, sejam em 
visitas separadas ou em monitoramento domiciliar 
por pelo menos 1 a 2 semanas 
 
• Muitas vezes a asma é subdiagnosticada; 
• Educação em saúde; 
• Sempre que possível, realizar espirometria; 
• Quando a espirometria não é possível de ser realizada, 
existem outras opções; 
• PEF com aumento de 20% após 15 minutos da 
administração de 2 jatos de Salbutamol ou melhora 
clínica e avaliação do PEF após uso de corticoide 
inalatório, podem ajudar na presunção do diagnóstico 
 
Diagnostico diferencial 
• Rinite alérgica e sinusite; 
• Corpo estranho na traqueia ou brônquios; 
• Disfunção das cordas vocais; 
• Estenose de traqueia ou estenose brônquica ou 
laringotraqueomalacia 
• Bronquiolite viral ou obliterante; 
• Fibrose cística; 
• Displasia broncopulmonar 
• Doença cardíaca 
• DPOC 
• Tuberculose 
 
Atualização GINA 2022 
• Baseado no histórico de sintomas respiratórios que 
variam ao longo do tempo, diante da demonstração da 
limitação variável de fluxo aéreo; 
• Se possível, realizar a espirometria antes do início do 
tratamento; 
• Importante avaliar se o paciente já realiza TTO ou não 
para um suposto quadro de asma, podendo encontrar 
4 cenários: 
 
 
 
 
 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
3 
 
Resumo do DX 
 
 
Controle da asma 
• O nível de controle da asma é a extensão em que as 
características da asma podem ser observadas nos 
pacientes, ou foram reduzidas ou removidas pelo TTO; 
• O controle da asma é avaliada pelo controle dos 
sintomas e risco de resultados adversos 
 
1. Avaliando o controle dos sintomas 
• O controle inadequado está fortemente relacionado 
com risco aumentado de exacerbações da asma; 
• O controle dos sintomas devem ser avaliados em todas 
as oportunidades; 
• Avaliar a ocorrência das seguintes situações nos últimos 
4 semanas: 
- Frequência dos sintomas de asma (dias por semana); 
- Qualquer despertar noturno devido à asma ou 
limitação de atividade; 
- Frequência de uso de SABA para alívios de sintomas; 
 
 
 
2. Avaliando o risco futuro de resultados adversos 
* Dentre os resultados adversos: exacerbações, limitação 
persistente do fluxo aéreo e efeitos colaterais dos 
medicamentos; 
2.1. Fatores de risco para exacerbações 
• História de mais de uma exacerbação no ano anterior; 
• Baixa adesão ao TTO; 
• Técnica inalatória incorreta; 
• Sinusite crônica e tabagismo 
• Prescrição de três ou mais SABA de 200 doses em um 
ano, está associado a risco aumentado de 
exacerbações graves. 
 
2.2 Fatores de risco para o desenvolvimento de limitação 
persistente do fluxo aéreo 
• Exposição a fumaça de cigarro ou agentes nocivos; 
• Hipersecreção crônica de muco 
• Exacerbações de asma em pacientes que não tomar 
corticoides inalatórios; 
 
2.3 Fatores de risco efeitos colaterais dos remédios 
• O risco de efeito colateral aumenta com doses mais 
altas de medicamentos 
• Com uso de CI em longo prazo incluem hematoma 
fáceis, aumento do risco de desenvolver osteoporose, 
catarata e glaucoma e supressão adrenal 
 
Resultados do teste de função pulmonar 
• VEF1 abaixo de 60% -> risco de exacerbação 
• Encontrar resposta broncodilatadora significativa 
(aumento do VEF1>12% e >200 mL da linha de base22) em 
um paciente em tratamento de controle, ou que tomou 
um beta de ação curta2-agonista dentro de 4 horas, ou 
um LABA dentro de 12 horas (ou 24 horas para um LABA 
uma vez ao dia), sugere asma não controlada. 
 
Questionário de controle da asma (ACQ): variam de 0 a 6 
pontos. 
• 3 versões, uma com 5 itens (ACQ-5), uma com 6 itens 
(ACQ-6) e 7 itens (ACQ-7); 
• ACQ-5 (foto ao lado) 
• ACQ-6: inclui o uso de SABA para alívio dos sintomas; 
• ACQ-7: VEF pré-broncodilatador 
 
 
 
 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
4 
Resultado 
 
 
 
Teste de controle da asma (ACT): variam de 5 a 25 
• 20 a 25: bem controlada; 
• 16 a 19: não bem controlado; 
• 5-15: asma muito mal controlada 
 
 
 
Modified medical research council (mMRC): avaliar a 
sensação de dispneia em atividades de higiene pessoal, 
domésticas, físicas e de lazer. 
 
 
 
Classificação 
LEVE: asma bem controlada com formoterol conforme 
necessidade ou com formoterol embaixa dose e SABA 
quando necessário; 
MODERADO: bem controlada com TTO da etapa 3 ou 4 com 
baixa ou média dose de CI-LABA em qualquer faixa etária. 
GRAVE: é quando permanece não controlada apesar do 
tratamento otimizado com altas doses de ICS-LABA ou que 
requer altas doses de CI-LABA para evitar que fique 
descontrolada. 
 
 
 
Exacerbações 
• É a deterioração aguda dos sintomas clínicos; 
• Inicia-se com episódios de tosse seca recorrente, 
podendo evoluir com sinais e sintomas de graus 
variados; 
• Perguntar sobre: 
1. Gatilhos; 
2. Duração dos sintomas; 
3. Sintomas infecciosos; 
4. Frequência de uso de medicamentos de resgate; 
5. Medicamentos de uso contínuo ou recente; 
6. Últimas taxas de pico de fluxo; 
7. Internamentos prévios devido a crises 
8. Se a limitação de atividade física ou distúrbios do 
sono 
• Fatores de risco para uma crise mais severa: 
1. Histórico prévio de crise de início súbito; 
2. Intubação prévia por asma; 
3. Admissão prévia em UTI; 
4. Duas ou mais internações por asma no último ano; 
5. Internação ou atendimento em PS por asma no 
último mês; 
6. Uso regular de corticoide ou suspensão recente do 
seu uso; 
7. Presença de comorbidades; 
8. Baixa condição socioeconômica; 
9. Menores de três anos. 
 
Tratamento 
Objetivos a longo prazo do TTO da asma: 
1. Alcançar um bom controle dos sintomas e manter níveis 
normais de atividades; 
2. Minimizar os riscos de morte relacionada à asma, 
exacerbações, limitação persistente do fluxo aéreo e 
efeitos colaterais 
• Boa comunicação entre a equipe de saúde e o 
paciente 
 
Categoria de medicamentos para asma 
1. Medicamentos de controle; 
• Corticoides inflamatórios -> utilizados para reduzir 
inflamação das vias aéreas, controlar os sintomas e 
reduzir riscos futuros, como declínio acentuado da 
função pulmonar e exacerbações 
• Doses baixas de CI-formoterol 
2. Medicamentos de alívio 
• CI – Formoterol de baixa dose conforme necessário ou 
SABA conforme necessário 
• O uso excessivo de SABA aumenta o risco de 
exacerbações de asma 
3. Terapias complementares para pacientes com asma 
grave 
• Utilizados quando o paciente apresentar sintomas 
persistentes e/ou exacerbações apesar do tratamento 
otimizado com medicamentos de controle de dose alta 
e TTO de fatores de risco modificáveis 
 
 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
5 
 
 
 
Obs: ao usar a faixa 2 considerar a adesão do paciente as etapas 1 e 2. Caso não tenha adesão deixaremos o paciente exposto aos 
riscos do uso do SABA de forma isolada.
 
Por que não tratar apenas com SABA? - Reforço Gina 2022 
Uso regular de SABA isoladamente 1 a 2 vezes por semana: 
• redução do efeito broncodilatador 
• Aumento da resposta alérgica e aumento de eosinófilos. 
• Aumento das exacerbações 
• Aumento da mortalidade 
• Uso de formoterol/budesonida em dose baixa sob 
demanda quando comparado ao uso de SABA sob 
demanda gera redução de risco de exacerbação 
grave em torno 60-64% e diminui em 67% as idas à 
emergências e hospitalizações 
 
Tratamento alternativo 
• CI + SABA por demanda 
• Montelucaste → antagonista de receptores de 
leucotrienos → atua bloqueando a broncoconstricção e 
reduzindo a inflamação da via aérea 
• Imunoterapia 
• Azitromicina – uso controverso! 
• Vacinas → influenza, anti-pneumocócicas 
 
Atualização GINA 2022 - tratamento 
• O TSLP é a linfopoetina estromal tímica que é uma das 
alarminas que compõe o processo inflamatório da 
asma participando tanto da via T2 quanto da via não T2. 
 
 
 
• Pacientes não controlados devem receber pelo menos 
LABA + CI em dose média antes de considerar adicionar 
LAMA. 
 
 
Atualização GINA 2022 – Investigações adicionais na asma 
grave 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
6 
 
 
 
Tratamento das exacerbações 
1. Beta-2-agonista 
 - Salbutamol inalado é o broncodilatador usual no manejo da 
asma aguda 
 - Administração repetida 4-10 inalações a cada 20 minutos 
na primeira hora 
 - Após a primeira hora: 4-10 inalações a cada 3-4 horas até 
6-10 inalações, a cada 1-2 horas 
 2. Oxigênio 
 - Manter a saturação de 93-95% 
 - Em pacientes hospitalizados, a oxigenioterapia controlada 
ou titulada está associada a menor mortalidade e melhores 
resultados do que oxigenoterapia de alta concentração 
3. Corticoides sistêmicos 
 - Deve ser administrado prontamente, ainda mais se o 
paciente estiver piorando 
- Prednisolona 1 mg/kg/dia ou no máximo 50 mg/dia 
4. Brometo de ipatropio 
- Associado a menores taxas de hospitalizações 
- Melhora no PEF e VEF1 comparada com o SABA sozinho 
5. Aminofilina e teofilina 
- Não são recomendados 
 
 
6. Sulfato de magnésio 
 - Não é recomendado para uso rotineiro nas exacerbações 
- Infusão única de 2 g por 20 minutos, reduz internações 
hospitalares 
 
Referências 
 1. Global initiative for asthma. Estratégia global para manejo e 
prevenção da asma. 2022. 
 2. PIZZICHINI M. M. M.; et al., 2020. Recomendações para o 
manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e 
Tisiologia – 2020. Jornal Brasileiro de Penumologia, v. 46, n. 1, 
2020.

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