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Vetores/pragas São organismos que podem servir de veículo para transmissão de doenças. Sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou a proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. Controle integrado de pragas Animais sinantrópicos São animais que interagem de forma negativa com o homem, causando transtornos econômicos, ambientais ou que representam riscos à saúde. Esses animais são respaldados pelo IBAMA. alguns tipos de ratos (conhecidos como "rato de telhado") têm preferências por lugares mais altos, então em estabelecimentos com forros ocos, eles podem ocasionar danos na parte elétrica; a maioria são onívoros; têm comportamento neofóbico (são aversos a tudo novo, movimentos estranhos); reprodução rápida e numerosa. Roedores: Em geral são espécies de hábitos noturnos; Principais roedores encontrados nas indústrias: Tipos de pragas e vetores Ratazana (Rattus norvegivus): é mais agressiva e ocasiona estragos maiores. Camundongo (Mus musculus): consegue ficar até 2 minutos debaixo d'água, prefere lugares mais planos e baixos. Rato de telhado (Rattus rattus): prefere ambientes altos, é naturalmente desconfiado. acasalam durante o dia; preferem ambientes úmidos e quentes (como por exemplo caixa de papelão, caixa de ovos, cozinhas); são altamente resistentes à escassez de água e alimentos (algumas espécies podem chegar a um mês sem se alimentar). Baratas: Em geral têm hábitos noturnos; Principais baratas encontradas nas indústrias: Tipos de pragas e vetores Barata-americana (Periplaneta americana): pode viver em vários ambientes, preferindo locais mais isolados, quentes e úmidos. Barata francesinha/baratinha (Blatella germanica): muito comum em ambientes de estoques de alimentos, se esconde em pequenas fresta, gavetas. têm uma alimentação bastante diversificada e são atraídas pelo cheiro. Moscas: Preferem ambientes úmidos e quentes (como por exemplo caixa de papelão, cozinhas); Principais moscas encontradas nas indústrias: Tipos de pragas e vetores Mosca doméstica (Musca domestica): é muito comum em ambientes urbanos. Mosca-berneira ou varejeira (Dermatobia hominis): são vistas, frequentemente, perto de fábricas de processamento de carne e de matadouros. Mosca drosófilas (Drosophila): conhecida como "moscas das frutas", por ter uma característica de permanecer em torno de frutas maduras ou podres. vivem em colônias (em caso de infestações, deve-se eliminar a rainha, já que é ela a responsável por manter a colônia); são onívoras; a comunicação ocorre por feromônios. Formigas: Invertebrados de pequeno porte; Principais formigas encontradas nas indústrias: Tipos de pragas e vetores Formiga fantasma (Tapinoma Melanocephalum): é quase imperceptível notá-las. Formiga doceira (Metapone floricola): tem preferência por alimentos doces e em temperatura ambiente. Formiga-de-fogo (Solenopsis invicta): tem uma picada dolorida e é vista com mais frequência em áreas externas. Água: é um ótimo local para surgimento e proliferação de mosquitos, pernilongos (muriçocas) e moscas. Além de ser um elemento essencial à sobrevivência de qualquer inseto. Alimento: restos de alimentos e embalagens (como papelão) são ótimos atrativos para ratos, baratas, moscas e outras pragas. Para que haja uma estratégia eficiente, é imprescindível conhecer os fatores que propiciam a instalação e a proliferação das pragas. Esse fatores são chamados de 4 A's. São eles: Recomendações: a higienização deve ser feita nos reservatórios; o piso deverá ter caimento para que a água possa escoar em direção aos solos e deve estar íntegro, sem trincas, rachaduras e desníveis. Recomendações: evitar caixas de papelões; cuidados com equipamentos destinados ao contato com alimento (moedores, fatiadores) que podem apresentar acúmulo de restos dos alimentos e atraí-los. Controle de pragas Abrigo: os cuidados devem ser redobrados nos locais de difícil acesso à higienização, como as frestas de janelas e portas, buracos e orifícios na estrutura física, espaçamentos entre os móveis, embalagens de papelão. Acesso: impedir a entrada de pragas em ambientes internos, dificultando as vias de acesso e minimizando qualquer fator de atração. Recomendações: manter estrutura física, elétrica e hidráulica bem conservados; fechar todos os espaços e frestas; monitorar os processos de higienização. Recomendações: acondicionar corretamente os resíduos e fazer com que fiquem o tempo mínimo possível aguardando a coleta; adotar a utilização de dispositivos de controle em todo o entorno da unidade; adotar higienização e manutenção de áreas externas. Água Alimento Abrigo Acesso Pulverização: Tem uma ação específica e rápida. Deve ser realizado somente por um técnico e em locais onde não há riscos de contaminação de alimentos. Polvilhamento: Aplicação de pó inseticida em locais de infestação. Nebulização: Indicado para áreas externas e para eliminação de insetos voadores. Aplicação de inseticida na forma de neblina, o local deverá ser evacuado, por possuir riscos ao sistema respiratório. Atomização: Indicado para áreas internas. O processo é semelhante à nebulização, porém com ação residual (dura em média de 2 a 3 dias). Termonebulização: Aplicação de inseticida com uso de uma fumaça de longo alcance. Elimina insetos adultos, voadores e sinantrópicos (como abelhas), alcança locais de difícil acesso. Desinsetização: Elimina insetos (em geral). Desratização: Utilizada no controle de roedores. Descupinização: Utilizada no controle de cupins. Formas corretivas Iscamento: utiliza-se, nesse método, pó, grânulos (devem ser evitados dentro de cozinhas ou locais onde há manipulação de alimento) ou paletes. Bloco parafinado: método mais seguro e que pode ser utilizado em ambientes internos (como por exemplo cozinhas). Gel formicida: aplicado nos locais das formigas. Gel inseticida para baratas: aplicado com mais frequência nos transportes que fazem o carregamento dos produtos alimentícios. Inseticidas de uso geral: para baratas, cupins, aranhas. Tratamentos químicos: pulverização, atomização, nebulização. Deve ser realizado somente por empresa especializada e por responsável técnico devidamente habilitado para o exercício das funções. E deverão ser adotadas quando as medidas preventivas forem ineficazes. Formas corretivas: O bloco parafinado funciona da seguinte forma: as baratas/formigas serão atraídas pelo bloco (ele possui uma substância atrativa para esses insetos), eles iram consumir o produto e vir a morrer dentro de alguns minutos. Estratégias corretivas Ratoeiras; Chumbinho; Armadilhas caseiras; Aerossóis destinados ao uso Queimar ou matar à pauladas; Produtos granulados em áreas produtivas; Produtos químicos expostos. Além de existir um risco para os manipuladores e ao meio ambiente, algumas técnicas são consideradas agressivas aos animais sinantrópicos. Como por exemplo: doméstico; Estratégias corretivas não permitidas pela ANVISA Granulados Chumbinho Ratoeira Aerossol Estrutura física: é importante que as empresas estejam localizadas em áreas adequadas e que os equipamentos estejam de maneira que o fluxo produtivo seja linear e ordenado, da área “limpa” para “área” suja. Portas automáticas ou com dispositivo (deve estar bem alinhado ao batente): irão evitar que tenha entrada de vetores. Portas (com protetores de rodapés) e janelas (aconselhável que tenham telas com 2mm de espessura) bem ajustados ao batente (recomendado que não seja de madeira para evitar o acúmulo de umidades). Vedação de frestas, trincas, fissuras na estrutura física (teto, piso, parede). Armadilha luminosa: a lâmpada tem propriedades atrativas, então os insetos irão pousar ali e ficar colocados na placa de cola, essa placa deverá ser trocada. As lâmpadas devem ser usadas nas áreas periféricas do estabelecimento. Controle preventivo de pragas Ralos com dispositivode abertura e fechamento. Fazer uso de cortina de ar nas áreas internas. Fazer uso de paletes plásticos no armazenamento de produtos. Controle de temperatura e umidade relativa do ambiente. Manutenção da limpeza e higiene das áreas. Adoção das boas práticas de fabricação (BPF). Treinamentos periódicos. Monitoramento interno: requer participação de toda equipe. Por meio de treinamentos com a equipe, deve- se orientar que haja o registro das ocorrências de pragas nas áreas internas para que, na visita técnica, possa ser apresentado para análise, apuração e adoção de medidas corretivas imediatas. É importante que medidas de monitoramento e avaliação do controle integrado de pragas (CIP) sejam adotadas para verificar se os requisitos estão sendo cumpridos e atestar a eficácia do sistema implantado. Pode-se fazer uso de: Monitoramento do sistema de controle de pragas Monitoramento externo: é feito por um técnico devidamente treinado. Consiste na avaliação e análise das armadilhas e iscas distribuídas por todo o estabelecimento. Esses dispositivos deverão estar contidos em um mapa, devidamente identificados. Após a visita e o monitoramento técnico, relatórios deverão ser gerados a fim de aplicar as ações corretivas, se necessário, e monitorar as ocorrências e os tipos de pragas, servindo de comparativo com relatórios anteriores e norteando a tomada de decisões.
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