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Seção 01 
Seção 5 
SUA PETIÇÃO 
 
 
DIREITO 
CIVIL 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Nessa seção passaremos a abordar os processos judiciais em segunda instância, após o efetivo 
julgamento de recurso de apelação, abordando a peça recursal cabível na hipótese de um acordão 
proferido pelo Tribunal estar eivado de contradição. 
 
Joffrey Lannister e Tommen Lannister ingressaram com Ação de interdição em face de sua irmã 
Myrcella Lannister. Myrcella contestou tempestivamente a ação, alegando em sede de preliminar a 
nulidade de citação e, quanto ao mérito, o pleno gozo de suas faculdades mentais e, na hipótese de 
procedência da ação, a nomeação de curador diverso. A preliminar foi negada. Após o regular tramite 
da ação, sobreveio sentença de procedência do pedido, tendo sido objeto de Recuso de Apelação que, 
após o recebimento, foi julgado improcedente, nos seguintes termos: 
 
Registro: ... 
ACÓRDÃO 
Vistos, relatados e discutidos, os autos da Ação de Interdição, da Comarca de Porto Real/BA, em que 
é recorrente MYRCELLA LANNISTER, e recorridos JOFFREY LANNISTER E TOMMEN LANNISTER, 
ACORDAM, na 14ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça da Bahia, proferir a seguinte 
decisão: "Negaram provimento ao Recurso. V. U.", de conformidade com o voto do(a) Relator(a), que 
integra este acórdão. 
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores SANDOR CLEGANE (Presidente) e 
OBERYN MARTELL. 
Bahia, ... de ... de .... 
WALDER FREY 
RELATOR 
Assinatura Eletrônica 
 
 
VOTO Nº ... 
RECURSO. Apelação. Interdição. Pródigo. Representação para Todos os Atos da Vida Civil. 
Impossibilidade. APELAÇÃO DESPROVIDA. 
 
O presente recurso de apelação foi interposto contra sentença proferida pelo juízo de primeiro grau, o 
qual julgou procedente a ação de Interdição, com a finalidade de “decretar a interdição de MYERCELLA 
LANNISTER, ante a seu histórico de PRODIGALIDADE, nos termos do art. 1.767, V do Código Civil”. 
Segundo consta da sentença, em que pese a interdição se dar em face de pródigo, a representação 
seria necessária para prática de todos os atos da vida civil da interditanda, sendo indeferida ainda, a 
nomeação de novo curador. 
 
Sua causa! 
 
 
Seção 5 
DIREITO CIVIL 
 
 3 
A interditanda, afirma que esta em pleno gozo de suas faculdades mentais, não fazendo uso de drogas 
ou tendo episódios de prodigalidade e que, na hipótese de manutenção da interdição, é necessária 
alteração de curador ante ao claro conflito de interesses entre ela e seu irmão, herdeiros de vultuosa 
fortuna deixada por seu pai. 
 
Aponta ainda que a sentença deve ser reformada também para declarar que a representação deve se 
dar apenas para os atos que envolvam questão patrimonial, nos termos do art. 1.782 do Código Civil. 
 
Alega em sede de preliminares, a existência de nulidade de citação, posto que não houve sua citação 
pessoal nos autos. 
 
É O RELATÓRIO 
De início, cumpre apontar que não constam dos autos quaisquer comprovações da situação psicológica 
da interditanda, sendo presumida sua condição apenas por viver na clínica até os dias de hoje. Em que 
pesem as argumentações existentes, a parte autora não juntou quaisquer documentos que comprovem 
o quanto alegado. 
 
Não obstante, não se nega a possibilidade de interdição de pródigo, até porque, prevista em lei, porém, 
indispensável a observância do quanto disposto no art. 1.782 do Código Civil, ao passo que “A interdição 
do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar 
ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração”. 
 
Cumpre observar ainda que é cristalino o conflito de interesses existente, sendo a alteração do curador, 
medida indispensável ao cumprimento das finalidades prevista para o instituto da interdição do pródigo. 
 
Ante o exposto, pelo meu voto, entendo pelo DESPROVIMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO 
PROPOSTO, reformando-se a sentença atacada, conduzindo assim, pela improcedência da ação. 
 
WALDER FREY 
RELATOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
1. DOS RECURSOS CABÍVEIS EM FACE DE ACORDÃO 
 
Antes de definir qual o caminho processual a ser adotado, é necessário analisar quais os recursos 
cabíveis em face de acordão proferido pelos Tribunais Superiores. Nos termos do art. 204 do Código 
de Processo Civil, Acordão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. 
 
Em face de Acordão poderão caber: Embargos de Declaração, Recurso Extraordinário ou Recurso 
Especial. 
 
2. DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
Por primeiro, trataremos dos Embargos de Declaração, os quais tem por finalidade, nos termos do 
art. 1.022 do Código de Processo Civil: “ I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir 
omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
corrigir erro material”. 
 
Os embargos de declaração são cabíveis contra qualquer espécie de decisão judicial, sejam elas 
decisões interlocutórias, sentenças ou acórdãos, em qualquer grau de jurisdição, sejam em 
processos de conhecimento ou execuções. 
 
2.1 OBSCURIDADE 
 
Ao tratamos de obscuridade, como a própria definição da palavra já nos diz, estamos diante de uma 
decisão que não é clara. 
 
Os pronunciamentos judiciais, independentemente de seu conteúdo, devem permitir que qualquer 
parte que o leia entenda e compreenda o que efetivamente foi decidido e/ou requerido, tanto no que 
concerne a decisão quanto aos seus fundamentos. 
 
Caso a decisão proferida, em qualquer grau de jurisdição, padeça de clareza, seja ininteligível ou até 
mesmo incompreensível, o recurso denominado Embargos de Declaração servira para requerer ao 
próprio julgador que promova os esclarecimentos. 
 
Fundamentando! 
 
 5 
2.2 CONTRADIÇÃO 
 
Contradição, por sua vez, é vício diverso da obscuridade, apesar da previsão no mesmo inciso do 
dispositivo legal. 
 
A contradição é a ausência de compatibilidade do teor da decisão proferida, por exemplo, quando a 
parte dispositiva de uma determinada sentença traz todos os fundamentos para a procedência do 
pedido, mas de modo diverso, em sua conclusão, consta que o pedido foi julgado improcedente. 
 
Em uma sentença ou acordão, deve haver harmonia entre os fundamentos e o conteúdo decisório, 
até porque, a contradição leva a obscuridade, podendo assim, ser a decisão atacada por meio de 
embargos de declaração visando a emissão de esclarecimentos ou até mesmo a correção do 
conteúdo por parte do magistrado. 
 
2.3 OMISSÃO 
 
Outro aspecto a ser observado é a existência de omissões na decisão proferida. Caso o magistrado 
deixe de se manifestar sobre matéria que exigia sua observação, estaremos diante de uma omissão, 
posto que tal conduta cria uma lacuna no conteúdo decisório. 
 
O julgador, no uso de suas atribuições, deve observar e se manifestar sobre todos os pedidos 
formulados pelas partes. 
 
O art. 1.022 do Código de Processo Civil define as hipóteses em que há omissão na decisão 
proferida, senão vejamos: 
 
Art. 1.022. (...) 
(...) 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou 
em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. 
 
Cumpre lembrar que o mencionado art. 489, §1º trata das hipóteses em que não se considera 
fundamentada qualquer decisão judicial, afirmando assim que a ausência de fundamentação na 
decisão a torna omissa e passível de embargos de declaração. 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 ERRO MATERIAL 
 
O art. 494 do Código de Processo Civil é enfático ao tratar das hipóteses de alteração da sentença 
após sua efetiva publicação, senão vejamos: 
 
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: 
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidõesmateriais ou 
erros de cálculo; 
II - por meio de embargos de declaração. 
 
Assim, de fácil observação que, além da possibilidade de correção de erros materiais de ofício, estes 
podem ser atacados pela via dos embargos de declaração. 
 
Não há um rol taxativo dos erros materiais, estes podem ser relativos à numeração processual, erros 
de cálculo, erros de fato, equívocos quanto a datas, entre outros. 
 
2.1 REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE 
 
Diferente dos outros recursos, o prazo de interposição dos embargos de declaração é de 5 dias, 
contados da intimação da decisão, podendo este ser interposto por qualquer das partes legitimadas. 
 
A interposição dos embargos de declaração não depende de preparo e interrompe o prazo de 
apresentação de outros recursos, mesmo que este não seja admitido. 
 
A ausência de pronunciamento do magistrado acerca de questão 
reconhecidamente irrelevante ou ainda, sem qualquer relação com o 
caso concreto ou relação processual, não constitui omissão, não sendo, 
desta forma, passível de reforma pela via dos Embargos de Declaração 
PONTO DE ATENÇÃO 
 
 7 
Nos termos do art. 1.026 do Código de Processo Civil, quando manifestamente protelatórios os 
embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a 
pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa, sendo 
que, na reiteração da conduta, a multa será elevada em até dez por cento e a interposição de 
qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa. 
 
3. RECURSO ESPECIAL 
 
As hipóteses de cabimento do recurso especial estão descritas no art. 105, III, alíneas “a”, “b” e “c” 
da Magna Carta. 
 
Referido artigo impõe que compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso especial, as 
causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais 
dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
 
Art. 105. (...) 
(...) 
III – (...) 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal. 
 
Ao tratar de contrariedade à Lei Federal, ressaltamos o teor da Súmula 400 do Supremo Tribunal 
Federal, na qual é afirmado que “Decisão que deu razoável interpretação à lei, ainda que não seja a 
melhor, não autoriza recurso extraordinário pela letra “a” do art. 101, III, da Constituição Federal”. 
 
4. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
Assim como ocorre com o Recurso Especial, o Recurso Extraordinário tem previsão constitucional e 
suas hipóteses de cabimento estão descritas no art. 102, III, alíneas “a”, “b”, “c” e “d” e da Magna 
Carta, onde é definida a competência para julgamento do mesmo como sendo do Supremo Tribunal 
Federal, in verbis: 
 
Art. 102 (...) 
(...) 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida: 
 
 8 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 
É importante lembrar que tanto o Recurso Especial, quanto o Recurso Extraordinário são dotados de 
efeito devolutivo, podendo ser concedido o efeito suspensivo mediante requerimento da parte na 
forma prevista no art. 1.029, § 5º, do CPC. 
 
 
Prezado(a) Aluno(a), face ao acordão proferido pelo Tribunal, é necessária a identificação dos pontos 
contrários aos interesses da recorrente Myrcella Lannister, a fim de identificar a peça processual 
cabível à defesa de seus interesses. 
 
É importante que você analise se o acordão proferido é eivado omissão, obscuridade, erro material 
ou contradição, aptos a serem atacados pela via dos embargos de declaração ou ainda, em não 
havendo qualquer dos mencionados vícios, se a decisão prolatada se enquadra nas hipóteses do 
art. 102, III ou 105, II da Constituição Federal, elaborando, desta forma, o quanto necessário. 
 
 
Vamos peticionar!

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