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Comando 1: Quais as diferenças entre o teste do pezinho realizado pelo SUS e o oferecido pela rede privada? Teste do pezinho é um nome popular para a triagem neonatal, é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas complexas que podem não ter sintomas aparentes nos recém-nascidos, e deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. O exame consiste na retirada de gotas de sangue do calcanhar do bebê, por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido através de uma única punção, rápida e quase indolor. A triagem não pode ser realizada ainda na maternidade, logo após o nascimento, pois para o diagnóstico da fenilcetonúria é necessário que a criança já tenha sido amamentada, pois no teste é verificada a taxa de uma enzima presente no sangue e que é responsável pela quebra de uma proteína do leite. O teste do SUS é básico e rastreia apenas seis doenças congênitas, enquanto o da rede particular é mais abrangente e detecta mais de 30 doenças congênitas, incluindo as mais raras. O teste básico identifica até seis tipos de doenças: • Anemia falciforme: alteração genética nas hemácias, na qual diminui a capacidade de transportar oxigênio para as células do corpo; • Deficiência de biotinidase: pode causar convulsões, surdez, ataxia, hipotonia, dermatite, queda de cabelo e atraso no desenvolvimento; • Fenilcetonúria: doença rara que afeta o sistema neurológico; Curso: Medicina Eixo: Sistemas Orgânicos Integrados I Aluna: Jeniffer Galvão Atividade: Triagem neonatal TICS da semana 14 • Fibrose cística: afeta os aparelhos digestivo e respiratório, assim como as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor; • Hiperplasia adrenal congênita (HAC): afeta os hormônios como cortisol e aldosterona. Sem tratamento, pode levar o bebê a uma grave desidratação e evoluir para o óbito; • Hipotireoidismo congênito: quando não tratada pode ocasionar retardo mental grave. Comando 2: Liste cinco tipos de alimentos que devem ser evitados pelos portadores de Fenilcetonúria. Os alimentos proibidos na fenilcetonúria são os que têm alto teor de fenilalanina. São as carnes e derivados, o feijão, ervilha, soja, grão-de-bico, lentilha, amendoim, leite e derivados, achocolatado, ovos, nozes, gelatinas, bolos, farinha de trigo, alimentos industrializados com altos teores de fenilalanina, pães em geral, biscoitos, e alimentos contendo aspartame. Alimentos com médio teor de fenilalanina (10 - 200mg PHE/100g do alimento) podem estar na dieta, de acordo com a prescrição desse aminoácido. As quantidades desses alimentos são determinadas pela idade, tolerância individual e níveis séricos apresentados periodicamente. São as massas feitas sem ovos e com farinha de trigo de baixo teor de proteína, arroz, batata-inglesa, batata- doce, batata-salsa, mandioca, cará, abóbora, abobrinha, berinjela, beterraba, brócolis, cenoura, chuchu, couve-flor, jiló, quiabo, repolho, vagem, tomate, pepino, pimentão, cebola, folhosos e frutas em geral. Os alimentos permitidos na alimentação de fenilcetonúricos são os que contêm baixos teores de fenilalanina (zero a 20mg PHE/100g de alimento). Estão incluídos: mel, balas de frutas e de gomas, pirulitos de frutas, picolés de frutas, algodão-doce, geléias de frutas, goiabada; farinha de tapioca, polvilho de mandioca, sagu. Entre as bebidas estão os sucos de frutas artificiais, refrigerantes isentos de aspartame, groselha, café, chá; e alguns cremes e pudins nos sabores baunilha, morango e caramelo e pós para milk-shake isentos de PHE. A fenilalanina é um aminoácido essencial importante para a formação de tirosina, uma substância que aumenta a produção de vários neurotransmissores, como noradrenalina e dopamina, permitindo o equilíbrio de problemas mentais e psicológicos, como o transtorno bipolar, o déficit de atenção e a doença de Parkinson. Referências: Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança. Teste do pezinho. Disponível em jun 2021 em https://www.fadc.org.br/noticias/teste-do-pezinho, acesso em mai 2022. BOTLER, Judy et al. Triagem neonatal: o desafio de uma cobertura universal e efetiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 493-508, 2010. Monteiro, Lenice Teresinha Bussolotto e Cândido, Lys Mary Bileski. Fenilcetonúria no Brasil: evolução e casos. Revista de Nutrição [online]. Acesso em mai 2022, pp. 381-387. Disponível em jul 2016 em https://www.scielo.br/j/rn/a/nL4Sv4c8k8hXxjXMRCdcnNh/?lang=pt# Anexos:
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