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Página 1 Amanda Longo Louzada APOSTILA DE GERIATRIA Página 2 Amanda Longo Louzada SUMÁRIO: Introdução a Geriatria ............................................................................................................Página 3 Senescência e Senilidade ..................................................................................................... Página 5 Transtorno Neurocognitivo Leve ........................................................................................... Página 7 Demência .............................................................................................................................. Página 9 Doença de Alzheimer ............................................................................................................ Página 11 Doença de Parkinson ............................................................................................................ Página 13 Delirium ................................................................................................................................. Página 16 Iatrogenia e Polifarmácia .......................................................................................................Página 19 Depressão no Idoso .............................................................................................................. Página 21 Incontinência Urinária no Idoso ............................................................................................. Página 22 Queda no Idoso ..................................................................................................................... Página 24 Página 3 Amanda Longo Louzada AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA: É uma avaliação multidisciplinar Deve ser usada para pacientes com idade avançada Não deve ser feita em ambiente hospitalar PARÂMETROS Equilíbrio, mobilidade e risco de quedas Função cognitiva Condições emocionais Deficiências sensoriais: óculos e aparelho auditivo Capacidade funcional Estado e risco nutricional Condições socioambientais Polifarmácia e medicações inapropriadas Comorbidades e multimorbidade Outros OBJETIVOS: Tem o objetivo de diagnosticar precocemente problemas de saúde e de condições de vida. Entender condições da moradia e mobilidade, cognição e estado nutricional entre outros fatores, pode ser determinante para um envelhecimento saudável. Evita a institucionalização (colocar em casas de apoio aos idoso – Asilo) Melhorar a precisão diagnóstica Identificar a diminuição de capacidade e limitações Detectar problemas médicos inaparentes Identificar risco de declínio funcional Avaliar riscos nutricionais Identificar risco de iatrogenia Define parâmetros de acompanhamento Direcionar para modificações e adaptações ambientais Definir critérios de hospitalização e institucionalização Predizer desfechos desfavoráveis IDOSOS QUE SE BENEFICIAM: Sua utilização é principalmente para os idosos frágeis e portadores de multimorbidades. Apesar disso, sua utilização não exclui a avaliação clínica tradicional, que é capaz de identificar distúrbios ou doenças que sejam responsáveis pela diminuição da capacidade ou limitação das suas atividades SÍNDROMES GERIÁTRICAS: Instabilidade postural Incapacidade cognitiva Fragilidade Imobilidade Incontinência urinária: pode ser de esforço ou de urgência Iatrogenia SÍNDROME DA IMOBILIDADE: Precisa de 2 critérios maiores e 2 menores Critérios Maiores: incapacidade cognitiva e atrofia Critérios Menores: incontinência, úlcera de pressão, disfagia e afasia CAPACIDADE FUNCIONAL: A capacidade funcional se refere à aptidão do idoso em realizar as tarefas da vida diária, como cuidar de si mesmo e ter uma vida independente, ou seja, é determinada pelo grau de autonomia e independência. As Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) estão relacionadas ao autocuidado, como tomar banho, se vestir, manter higiene adequada, se deslocar da cama para a cadeira, ter continência urinária/ fecal, ser capaz de se alimentar e andar. Para analisar o grau de dependência do idoso, são coletadas informações com o próprio paciente e os cuidados/ familiares. As escalas mais utilizadas são a Escala de Katz e o Índice de Barthel. ESCALA DE KATZ: Avalia a funcionalidade básica Idoso consegue tomar banho sozinho, precisa de ajuda ou não toma banho sozinho Idoso consegue se vestir sozinho, precisa de ajudo ou não se veste sozinho Página 4 Amanda Longo Louzada Idoso não precisa de ajudar para ir ao banheiro, precisa de ajuda ou não vai ao banheiro Transferência: o idoso consegue deitar, levantar ou sentar na cama com ajuda, sem ajuda ou não sai da cama Continência: se o idoso consegue manter a continência sempre, se necessita de ajuda ou se tem acidentes ocasionais Alimentação: se o idoso precisa se alimenta sozinho, precisa de ajuda ou se não se alimenta sozinho Não avalia a deambulação Geriatria Máximo é 6 (pior estado) e mínimo 0 (menor estado) ESCALA DE LAWTON: Capacidade de usar o telefone Capacidade de realizar compras Capacidade de preparar as refeições Capacidade de fazer tarefas domésticas Capacidade de Lavar roupa Capacidade de utilizar meios de transporte Capacidade de manusear dinheiro Máximo 21 (bom estado) e mínimo 7 (incapaz) Avalia a capacidade funcional e a independência AUTONOMIA X INDEPENDÊNCIA: Autonomia é a capacidade individual de decisão e comando sobre as ações. Estabelecendo e seguindo as próprias regras Independência é a capacidade de realizar algo com as próprias mãos SÍNDROME DE FRAGILIDADE: Estado de vulnerabilidade fisiológica relacionado com a idade, resultante de reservas homeostáticas multissistêmicas comprometidas e de capacidade reduzida no organismo de resistir ao estressores A prevalência aumenta com a idade Acomete múltiplos sistemas levando a aumento do risco de perdas funcionais, morbidade e mortalidade CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO DO FENÓTIPO: Redução da força de preensão palmar Redução da velocidade de marcha Perda de peso não intencional Sensação de exaustão Atividade física baixa Classificação: Frágil: 3 ou mais Pré-frágil: 1 ou 2 Não Frágil: ausência dessas características CONSEQUÊNCIAS: Quedas Doenças agudas Incapacidade Hospitalizadas Dependências Qualidade de vida Intitucionalização Morte SINTOMAS: Perda de peso Fadiga Atividade física Velocidade de caminhada SINAIS: Sarcopenia Osteopenia Alterações de equilíbrio e marcha Limitações funcionais Descondicionamento físico Má nutrição TRATAMENTO: Deve ser feito por uma equipe multidisciplinar Usar o AGA para identificar as deficiência e incapacidades do idoso Treino físico e aeróbico e resistido, com dieta hiperproteica Suplementação proteica de 1,2g\dia\kg Suplementação de aminoácidos essenciais 1,2 – 1,5 g\Kg\dia Suplementar a vitamina Página 5 Amanda Longo Louzada PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ENVELHECIMENTO: A idade cronológica guarda pouca ou nenhuma relação com as condições clínicas do paciente e o prognóstico. Quanto maior a idade, maior o risco de invalidez Na maioria das vezes os sintomas apresentados pelo paciente idoso não são explicados por uma única doença. O normal é envelhecer lúcido! Pode existir uma diminuição da memória para fatos recentes, mas nunca com tal intensidade para atrapalhar o dia a dia do paciente. Alucinações, delírios, agitação psicomotora podem acontecer em qualquer paciente idoso na vigência de um problema agudo - infecções, arritmias, efeitos adversos de medicamentos, distúrbios hidroeletrolíticos e desidratação. Nem sempre a tontura relatada pelo idoso é a vertigem, ele pode usar esse sintoma para referir síncope, convulsão, entre outros. A ocorrência de quedas é muito importante, pode ser um sintoma agudo de que algo está errado. sempre pesquisar o ambiente em que ele vive. Uma queda 3 meses antes pode formar um hematoma subdural que leva a confusão e ninguém mais lembra da queda. Sempre avaliar perda auditiva e visual - pode levar a alucinações, quedas, redução da funcionalidade. Ansiedade e depressão são os distúrbios psiquiatricos mais comuns e são difíceis de serem diagnosticados devido aos preconceitos das poliqueixas de alguns idosos. O limiar da dor aumenta, então podem apresentar problemas graves sem a manifestação típica de dor que ocorreria num paciente mais jovem. Por outro lado, quando sentem dor, devido a menor tolerância, podem ter a mesma mais exacerbada do que um individuo jovem com o mesmo quadro. CONCEITOS: Senilidade: é decorrente das alterações causadas pelas doenças que podem acometer o idoso. Senescência: é decorrente das modificações estruturais e funcionais provocadas exclusivamente pelo processo do envelhecimento FARMACOLOGIA DO MEDICAMENTOS NO ORGANISMO DO IDOSO: Medicamentos lipossolúveis têm aumento de sua meia-vida Medicamentos hidrossolúveis têm diminuição da sua meia vida Diminui a albumina, aumentando a biodisponibilidade no medicamento GIGANTES DA GERIATRIA: 5 IS: Insuficiência Cognitiva: demência, delírio e depressão Instabilidade postural e quedas Incontinência urinária e fecal Imobilidade Iatrogenia MODERNA: Delirium Demência Comprometimento cognitivo leve Depressão Quedas Imobilidade Polifarmacia Anorexia do envelhecimento Sarcopenia Fragilidade ALTERAÇÕES DA CONSTITUIÇÃO CORPORAL COM O ENVELHECIMENTO: Diminuição da massa óssea Diminuição da massa muscular Redução da água intracelular Aumento com redistribuição da gordura corporal que se acumula nos omento, lóbulos das orelhas, regiões paracardíacas e perineais Diminuição do tecido celular subcutâneo e aumento do tronco Aumento dos diâmetros da caixa torácica e crânio Diminuir a estatura a cada ano em 1 cm, após 40 anos, em decorrência da acentuação das curvaturas vertebral e do achatamento dos arcos dos pés e dos discos intervertebrais Página 6 Amanda Longo Louzada ALTERAÇÕES FUNCIONAIS: Pequeno declínico de certas habilidades cognitivas em muitos, mas não em todos, indivíduos saudáveis, o qual não se traduz em comprometimento das atividades da viva diária Dificuldades de atenção, especialmente quando é necessário fazer várias tarefas Diminuição da capacidade de recordar novas informações, principalmente visuais Declínio da capacidade de compreender as relações espaciais Diminuição da capacidade de varredura visual Lentidão na conceptualização do problemas e dificuldade para mudar de estratégia quando as circunstâncias mudam ALTERAÇÕES ANATÔMICAS, HISTOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS: Diminuição de peso e volume cerebrais Atrofia dos hemisférios cerebrais com aumento dos espaços subaracnóides e dos ventrículos laterais (hidrocefalia ex-vácuo) Diminuição do córtex e do número de neurônios Redução de neurotransmissores, principalmente acetilcolina e dopamina Depósito de substância beta-amilóide nos vasos Pequenas quantidades de placas neuríticas e emaranhados neurofibrilares Microagiopatia nos exames de imagem cerebral SONO DO IDOSO: Sonolência diurna é comum Os idosos apresentam redução do tempo total do sono. O padrão do sono fica desorganizado, com vários despertares. O tempo do sono não REM (sono profundo) reduz ENVELHECIMENTO CEREBRAL: O depósito de substancia beta amiloide não é encontrado somente na doença de Alzheimer Apesar da redução da massa encefálica ao longo da vida, as funções mentais permanecem preservadas. Os neurotransmissores reduzem, juntamente com a velocidade de condução. Há a redução não significativa da memória com o envelhecimento não prejudicando as atividades sociais. SISTEMA OSTEOMUSCULAR DO IDOSO: Nas mulheres a perda de tecido ósseo começa a partir da menopausa Ho homem a perda de tecido ósseo começa a partir dos 60 anos É importante a avaliação do encaixe da prótese dentária devido a redução da massa óssea da mandíbula Ocorre a perda do volume da massa muscular com redução do número de fibras musculares após os 60 anos. SISTEMA DIGESTÓRIO: As microvilosidades intestinais sofrem alterações, ocorrendo a redução da absorção dos nutrientes. Atrofia das papilas gustatórias A saliva fica mais espessa, o que atrapalha a deglutição. A doença periodontal é comum, portanto muito diagnosticada nos idosos. SISTEMA RENAL: A creatinina sérica aumenta com a idade devido ao envelhecimento renal. A filtração glomerular diminui ao longo do envelhecimento apesar da redução da massa renal. A complacência da bexiga diminui, o que causa acúmulo de resíduo pós miccional e incontinência Em situações de maior demanda, o idoso facilmente entra em insuficiência renal devido a redução da filtração glomerular com o envelhecimento. MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS: Agitação psicomotora Sonolência Apresentação de quedas como evento agudo Página 7 Amanda Longo Louzada RESERVA COGNITIVA: Ideia de que indivíduos mais escolarizados, com maior envolvimento em atividades intelectualmente estimulantes e maior engajamento em atividades sociais resistem melhor às lesões neuropatológicas e apresentam menor risco de declínio cognitivo. O indivíduo com reserva cognitiva mais alta seria capaz de tolerar uma quantidade maior de agressões neuropatológicas antes de desenvolver sintomas. O encéfalo desse indivíduo pode contornar o efeito de lesões neuropatológicas através da ativação de recursos de processamentos econômicos É um estilo de vida associado a proteção cerebral ENVELHECIMENTO CEREBRAL: Estresse oxidativo Disfunção mitocondrial Ativação inflamatória Diminuição do número de sinapses Deposição anômala de proteínas Acúmulo progressivo de lesões microvasculares Redução apoptótica do número de neurônios e diminuição do número de sinapses Perda de volume da substância branca e da substância cinzenta Córtex pré-frontal PREVALÊNCIA ELEVADA DE LESÕES NEUROPATOLÓGICAS FOI ENCONTRADA EMIDOSO FALECIDOS SEM DEMÊNCIA: Corpos de Lewy neocorticais Microinfartos Macroinfartos Deposição de substância amiloide Emaranhados neurofibrilares DEFINIÇÃO: O termo comprometimento cognitivo leve (CCL) designa um declínio das funções cognitivas acima do que seria esperado no envelhecimento normal, mas que não chega a comprometer a independència em atividades de vida diária e, portanto, não preenche critérios para demência. Em caso de teste de cognição normal em que o acompanhante relata o declínio cognitivo, pode estar relacionado a depressão O paciente pode ter o minimental ruim e ser independe, nesse caso ele não tem demência. E se o contrário acontecer o paciente tem demência ANAMNESE: Pacientes que hipervalorizam as queixas cognitivas tem a tendência de serem mais ansiosos e de terem depressão Pacientes com queixa vagas, que subvalorizam o esquecimento e tem que ser estimuladas pelos familiares, geralmente não tem a cognição normal Paciente poliqueixoso tem mais tendência a desenvolver depressão A consulta do idoso é individual e deve ter a participação dos familiares Anosognosia: idosos com declínico cognitivo real (queixas vagas, com esquecimento e estimuladas por um familiar) que não tem boa percepção do quadro FATORES DE RISCO DO CCL EVOLUIR PARA DEMÊNCIA: O comprometimento cognitivo leve do tipo amnésico com comprometimento de múltiplos domínios é pior O abandono das atividades mais complexas, com necessidade de supervisão de familiares, Apatia, distúrbios do sono e depressão Idade Quanto maior a gravidade dos sintomas, mais chance de evoluir Comprometimento em atividade instrumentais (dirigir, cuidar da casa) Presença de biomarcadores ABORDAGEM: O MoCA é muito utilizado devido a sua alta sensibilidade O rastreio de sintomas psiquiátricos não é dispensável nesse caso É necessário rastrear doenças potencialmente reversíveis Exames com TSH, vitamina B12, VDRL e anti- HIV devem ser solicitados Exame neurológico dirigido Página 8 Amanda Longo Louzada Investigação de medicamento em uso (anticolinérgicos e sedativos) RM ou TC de crânio Exames laboratoriais como vitamina B12, TSH, VDRL e anti-HIV Reavaliações anuais Página 9 Amanda Longo Louzada DEFINIÇÃO: É uma síndrome que acarreta prejuízo cognitivo progressivo e significativo em 2 ou mais domínios cognitivos, que interferem na funcionalidade Domínio Cognitivos: Visuo-espacial Memória Cognição social Linguagem Pensamento abstrato Atenção Praxia Personalidade EPIDEMIOLOGIA: Após os 60 anos de idade a prevalência dobra a cada 5 anos de idade Após 85 anos 25 – 45% dos idosos da comunidade ETIOLOGIA: SITUAÇÕES QUE COMPROMETEM ESTRUTURALMENTE O SNC: Demências Primárias\ Neurodegenerativas: Alzheimer Corpúsculo de Lewy Frontotemporal Parkinson Huntington PSP\ DCB\ MAS Demências Secundárias: Doença cerebrovascular Tumores HPN Infecções SEM COMPROMETIMENRO ESTRTURAL DO SNC: Hipotireoidismo Abuso de drogas Insuficiência renal Insuficiência hepática Insuficiência cardíaca Deficiência de vitamina B12 CAUSAS REVERSÍVEIS: Drogas (medicamentos e álcool) Emocionais, principalmente depressão Metabólicas, principalmente hipotireoidismo Sensorial, dificulta o idoso a se situar Hidrocefalia de pressão normal Tumores e outras alterações do SNc que ocupam espaços dentro do cérebro Infecções Anemia Apesar dessas causas serem incomuns, as causas reversíveis devem ser pesquisadas, devido ao seu potencial benefício para o paciente CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Declínio cognitivo importante em 1 ou mais domínio cognitivos: Queixa do paciente ou acompanhante Alteração em testes cognitivos Prejuízo funcional: usando AIVD e ABVD Excluir delirium e doenças psiquiátricas Diagnóstico é clínico, baseado na anamnese e avalição cognitiva DOMÍNIOS COGNITIVOS: Linguagem: capacidade nomeação, fluência verbal, interação de linguagem Memória e aprendizagem: baseada na memória recente, imediata e a longo prazo (significado das coisas) Função Executiva: capacidade de decidir e tomar decisões Atenção complexa: pode ser sustentada, dividida e seletiva Perceptomor: percepção visual do ambiente Cognição Social: reconhecimento de emoções próprias e dos outros TESTES COGNITIVOS: MEEM MoCA Bateria breve Teste do relógio Fluência verbal EXAMES SUBSIDIÁRIOS: RASTREIO DE DEMÊNCIA REVERSÍVEL: Laboratorial: Hemograma VHS Bioquímica geral Função tireoidiana Vitamina B12 Página 10 Amanda Longo Louzada VDRL, FTA-Abs HIV Outros: TC crânio ou RM Bateria neuropsicológica LCR EEG SPECT ou PTE CT Neuroimagem: Descartar causas secundárias Identificação de padrões anatômicos, funcionais e moleculares próprios de cada doença HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: Declínio Cognitivo Subjetivo: o paciente percebe um declínio, mas não tem alteração dos exames Podem evoluir para um comprometimento cognitivo leve Pacientes com TNL podem evoluir com demência, por afetar a funcionalidade Graduação: é graduada pela funcionalidade Leve: paciente quase não tem alteração funcional, se tem é alteração de atividades instrumentais Moderada: paciente perdeu praticamente as atividades instrumentais, e começou a perder as atividades básicas Grave: pacientes perdeu todas as atividades básicas DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL: 2ª causa mais frequente das degenerativas de início pré-senil (45 – 65 anos) 30 – 50%: história familiar positiva, e em 10% destes há padrão de herança autossômico dominantes Fisiopatologia: atrofia assimétrica dos lobos temporais anteriores e frontais Quadro Clínico: alteração da personalidade, sintomas neuropsiquiátricos, disfunção executivas e falta de insight, compulsões e memória intacta Tratamento: IRSS, trazodona e antipsicóticos Anticolinesterásicos não são eficazes DEMÊNCIA VASCULAR: Forma mais prevalente entre as demências secundárias Fisiopatologia: múltiplas imagens de isquemia cortical e subcortical e\ou lesões de microangiopatias\gliose na substância branca subcortical Quadro Clínico: Início pode ser insidioso ou agudo Progressão gradual ou em degraus Quadro clínico variável, conforme a localização do evento vascular Tratamento: controlar fatores de risco cardiovascular. Cogitar anticolinesterásicos e memantina. Antidepressivos HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL: Incidência: 0,2 – 3% da população > 65 anos. 50% dos casos: há algum fator predisponente prévio Fisiopatologia: dilatação ventricular desproporcional ao grau de atrofia. Potencialmente reversível se o tratamento for precoce Quadro Clínico: início insidiosos, curso variável Alteração de marcha + cognição + incontinência urinária Tratamento: punção lombar Página 11Amanda Longo Louzada DEFINIÇÃO: Trata-se de um transtorno neurodegenerativo progressivo e irreversível, que altera a função cognitiva, incluindo os seguintes domínios: memória, funções executivas, habilidades visuais parciais, linguagem e personalidade ou comportamento, caracterizando-se por uma evolução lenta e gradual. Acarreta prejuízo funcional e perda de autonomia progressiva, causando aos pacientes dependência e necessidade de cuidados. FATORES DE RISCO: O principal fator de risco é a idade avançada. Há aumento progressivo do diagnóstico de demências, entre elas a doença de Alzheimer, a partir de 60 anos de idade. Outros fatores de risco associados são: traumatismo craniano, gênero feminino (após 80 anos de idade), nível educacional, condição socioeconômica, história familiar positiva, história prévia de depressão, síndrome de Down, tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e gene de suscetibilidade PATOLOGIA: A etiologia da doença não está bem explicada apesar de ainda não termos tratamento Ocorre deposição de placas senis e de emaranhados neurofibrilares no córtex cerebral formados pela proteína TAU As placas senis são lesões extracelulares formada pela substância beta-amilóide DIAGNÓSTICO: DEMÊNCIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER: Início insidioso (meses ou anos) Não existe um exame específico para o diagnóstico A apresentação amnésica é a mais comum de iniciar, mas pode iniciar de outra forma. Com prejuízo no aprendizado e na evocação de informações recentemente aprendidas História clara ou observação de piora cognitiva. Déficits cognitivos iniciais e mais proeminentes em uma das seguintes categorias: Apresentação amnéstica (deve haver outro domínio afetado); Apresentação não amnéstica (deve haver outro domínio afetado) Linguagem (lembranças de palavras); Visual-espacial (cognição espacial, agnosia para objetos ou faces, simultaneoagnosia, e alexia); Funções executivas (alteração do raciocínio, julgamento e solução de problemas). Tomografia ou, preferencialmente, ressonância magnética do crânio deve ser realizada para excluir outras possibilidades diagnósticas ou comorbidades, principalmente a doença vascular cerebral. O diagnóstico de demência da DA provável não deve ser aplicado quando houver: Evidência de doença cerebrovascular importante definida por história de AVC temporalmente relacionada ao início ou piora do comprometimento cognitivo; ou presença de infartos múltiplos ou extensos; ou lesões acentuadas na substância branca evidenciadas por exames de neuroimagem; Características centrais de demência com corpos de Lewy (alucinações visuais, parkinsonismo e flutuação cognitiva); Características proeminentes da variante comportamental da demência frontotemporal (hiperoralidade, hipersexualidade, perseveração); Características proeminentes da afasia progressiva primária manifestando-se como a variante semântica (também chamada demência semântica, com discurso fluente, anomia e dificuldades de memória semântica), ou como a variante não fluente, com agramatismo importante; Evidência de outra doença concomitante e ativa, neurológica ou não neurológica, ou de uso de medicação que pode ter efeito substancial sobre a cognição. Os seguintes itens, quando presentes, aumentam o grau de confiabilidade do diagnóstico clínico de demência da DA provável: Evidência de declínio cognitivo progressivo, constatada em avaliações sucessivas; Comprovação da presença de mutação genética causadora de DA (genes da APP e presenilinas 1 e 2 Positividade de biomarcadores que reflitam o processo patogênico da DA (marcadores Página 12 Amanda Longo Louzada moleculares através de PET ou liquor, ou neuroimagem estrutural e funcional). TRATAMENTO: Os principais objetivos do tratamento incluem a melhora da qualidade de vida, do desempenho funcional e da autonomia dos pacientes. Os cuidados com o paciente com diagnóstico de doença de Alzheimer devem ser individualizados e devem envolver uma equipe interdisciplinar, a fim de contemplar as peculiaridades de condutas de cada profissional. Os familiares e cuidadores são elementos muito importantes para oferecer os cuidados domiciliares contínuos, por isso precisam ser abordados e assistidos pelos profissionais de saúde. As medicações disponíveis não servem para estabilizar o comportamento As medicações disponíveis ajudam a estabilizar o comportamento Os biomarcadores não são essenciais para escolha do medicamento correto As medicações disponíveis para tratamento sintomático de doença de Alzheimer na atualidade são os inibidores da acetilcolinesterase (iA chE), fármacos colinomiméticos e a memantina, um antagonista não competitivo de afinidade moderada dos receptores NMDA (N-metil-d-as partato) de glutamato. Os objetivos do tratamento farmacológico incluem estabilizar o comprometimento cognitivo e o comportamento dos pacientes. São iAchE: donepezila, rivastigmina e galantamina. Sua prescrição deve ser iniciada na menor dose possível e escalonada a cada 4 semanas até a dose máxima tolerada pelo paciente. Sua utilização tem por resultados a melhora da cognição e do funcionamento global dos indivíduos, estão indicados nas fases leve e intermediária. Os principais efeitos adversos descritos são per da de peso, dor abdominal, náuseas, vômitos, anorexia, diarreia, sincope, cefaleia, tontura, fadiga, sonolência e bradicardia. A memantina é indicada nas fases intermediária e avançada da doença de Alzheimer. Seus efeitos colaterais mais comuns incluem cefaleia, alucinações, insônia, agitação, diarreia e incontinência urinária. A dose diária recomendada é de 20 mg/dia e o tratamento deve ser iniciado com 5 mg/dia durante a primeira semana, com aumento de 5 mg a cada semana até a dose máxima de manutenção. A donepezila é um derivado da piperidina, um inibidor reversível da colinesterase, sua via de eliminação é hepática, tem meia-vida de cerca de 70 horas e é administrada em dose única diária. A rivastigmina é um inibidor pseudoirrevesível da colinesterase, com metabolização renal e meia-vida plasmática de aproximadamente 1 h, porém com persistência de efeito inibidor enzimático em torno de 10 a 12 h. Deve ser administrada por via oral (VO), 2 vezes/dia, e também em forma transdérmica de liberação continua, com troca do adesivo a cada 24 h. A galantamina é um inibidor reversivel da colinesterase, tem meia-vida de 7 h, metabolização hepática e renal. E administrada 1 vez/dia VO. A abordagem farmacológica deve estar asso ciada à não farmacológica. Estratégias de reabilitação cognitiva devem ser utilizadas nas fases leve e intermediária da doença de Alzheimer, como musicoterapia, terapia ocupacional e atividade física. O atendimento nutricional, fisioterápico e fonoaudiológico e as intervenções de enfermagem são muito importantes nas diversas fases da doença. Também são recomendadas intervenções educacionais com os cuidadores, com o objetivo de reduzir as inquietações em ambiente domiciliar. Para os sintomas comportamentais e psicológicos de demência (SCPD), as medidas farmacológicas devem ser instituídas apenas após esgotadas as medidas não farmacológicas; quando não houver fatores causadores reversíveis, como impactação fecal, dor ou retenção urinária. Existem evidências para uso de antipsicóticos para controle de agitação e agressividade. Em alguns casos, podem ser utilizados anticolinesterásicos, memantina e alguns antidepressivos. Estão indicados os cuidados paliativos desde o diagnóstico da doença de Alzheimer, por se tratar de doença com curso progressivo e irreversível, com o objetivo de oferecer ao paciente a melhor qualidade de vida possível e evitar seu sofrimento. E importante que sejam utilizadas técnicas de comunicação adequadas com o paciente e familiares e que sejam observados os controles de sintomas fisicos, psíquicos, sociais e espirituais nas fases mais avançadas da doença, quando o paciente se encontra em terminalidade, evitando sofrimento ao idoso e aos seus familiares Página 13 Amanda Longo Louzada INTRODUÇÃO: Doença neurodegenerativa, progressiva e irreversível Ocorre o acúmulo de alfassinucleina no interior do citoplasma com a formação dos corpúsculos de Lewy – principalmente nos neurônios dopaminérgicos na substância Nigra. A intensa perda de neurônios já é observada nas fases iniciais da doença. FR prováveis (desconhece-se a causa): ação de neurotoxinas ambientais, produção de radicais livres, anormalidades mitocondriais, excitotoxicidade, predisposição genética e agregação de proteínas tóxicas. PATOLOGIA: A proteína α-sinucleína vão se agrupando, formando os corpúsculos de Lewi, levando a morte do neurônio PARKINSON X PARKINSONISMO: Doença de Parkinson é uma entidade com características clínicas, anatomopatológicas e bioquímicas bem definidas. Parkinsonismo ou Sd Pakinsoniana compreendem uma série de condições que tem em comum sinais e sintomas de Parkinson. Doença de Parkinson = Parkinsonismo primário Parkisonismo é ter os sintomas de Parkinson, associado a outras condições MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Obs: não necessariamente presentes ao mesmo tempo e simetricamente no organismo Os principais sintomas não tremor de repouso, rigidez, acinesia e bradicinesia Bradicinesia é o sintoma mais importante Para diagnóstico deve ter bradicinesia + 3 outros sintomas TREMOR DE REPOUSO: Mais frequente (não mais incapacitante) Rítmico, lento Em repouso Inicia-se de um lado e com o tempo acomete o outro Membros superiores, cabeça, mandíbula, lábio e membros inferiores Agrava-se com o estresse emocional e cessa durante o sono RIGIDEZ: Decorre do aumento da resistência que os músculos oferecem quando um seguimento do corpo é deslocado passivamente. Músculos mais tensos e contraído Sinal da roda dentada Marcha sem mobilidade dos braços, passos curtos Fáscies hipo ou amímica Caracteriza a dificuldade da musculatura de realizar os movimentos e é um dos responsáveis pela lentidão dos movimentos junto com a bradicinesia Dificuldade para iniciar o movimento ACINESIA E BRADICINE SIA: Acinesia: redução da quantidade de movimento Bradicinesia: lentidão na execução do movimento Redução da movimentação espontânea em todas as esferas Mimica facial menos expressiva (emoções e sentimentos mantem-se preservados) Micrografia: caligrafia menos legível e de tamanho reduzido Atividades diárias mais lentificadas às custas de esforço INSTABILIDADE POSTURAL: Consequência da bradicinesia e rigidez SINTOMAS NÃO MOTORES: Começam anos antes dos sintomas motores DEPRESSÃO: 40 – 50% dos pacientes Variável de quadros leves a grave Podem se sentir inseguros e temerosos quando situações novas Podem evitar contatos sociais Podem ficar muito dependentes de seus familiares DISTÚRBIOS DO SONO: Sono fragmentado Página 14 Amanda Longo Louzada Inversão do sono vigília Cochilos durante o dia e dificuldade para dormir à noite Sonhos reais ou vívidos Distúrbio do comportamento do sono REM (paciente parece atuar durante os sonhos, com movimentos dos membros e verbalizações) DISTÚRBIOS COGNITIVOS: A maior parte dos pacientes não apresenta distúrbios do sono no início da doença Podem ter dificuldades de memórias, relatados como “brancos” momentâneos, cálculos e dificuldades com orientação espacial São mais intensos nas fases mais adiantadas da doença e nos mais idosos Demência pode ocorrer nos estágios mais avançados Quando demência ocorre no início ou após 1 do diagnóstico de Parkinson, pensar em Doença de corpos de Lewi Obs: os próprios medicamentos do Parkinson, em pacientes mais idosos, podem contribuir com alterações cognitivas. DISTÚRBIOS DE FALA: Podem estar presentes no início da doença Geralmente se agrava com a progressão Voz fica mais fraca Redução do volume da voz Pode haver rouquidão Fala monótona: frases emitidas de forma constante, pausadas com perda da entonação SIALORRÉIA: Maior dificuldade de deglutir a saliva Saliva vai sendo produzida normal, porém o paciente perde o automatismo de degluti-la, o que leva ao acumulo que escorre no canto da boca. Os anticolinérgicos ajudam, porém, causam declínio cognitivo no idoso. Injeções de toxina botulínica nas glândulas submandibulares são indicados DIFICULDADES URINÁRIAS: Resultado da própria doença ou manifestações dos medicamentos Parede da bexiga pode ficar rígida e suas contrações mais lentas Os anticolinérgicos podem precipitar as dificuldades urinarias ou agravar as dificuldades preexistentes DIAGNÓSTICO: Clínico !!! Só pede exame se tiver com dúvida, pois os exames possuem um grande índices de falso positivo Exames de imagem, são usados para fazer diagnóstico diferencial Baseado nos sinais cardinais Temos 2 métodos de imagem para ajudar: Cintilografia para avaliação dopaminérgica pré- sináptica estriatal (SPECT) feito através do TRODAT (radiofármaco) – marcador que se liga aos receptores de dopamina pré-sinápticos (DAT). A perda de DAT é a perda de neurônios dopaminérgicos. (normal é mostrar uma concentração de dopamina simétrica e bilateral). Doppler Transcraniano: avalia a alteração da resistência e do fluxo vascular na região dopaminérgica – alto índice de falsos positivos. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Mesmas características do Parkinson, porém aparecem outras características em conjunto que vão caracterizar outras doenças. Parkinson plus: Sd neurológicas com parkinsonismo: Degeneração cortiço-basal Demência com corpúsculos de Lewi Paralisia supranuclear progressiva Atrofia de múltiplos órgãos e sistemas Parkinsonismo pós- encefalítico (pós viral) Parkinsonismo medicamentoso Parkinsonismo Vascular (AVE) Parkinsonismo Tóxico ( manganês, monóxido de carbono) TRATAMENTO: Visa controle dos sintomas Manter a autonomia e a independência funcional Não farmacológico: Exercícios, fisioterapia: treino do equilíbrio, marcha, uso de dispositivos de marcha, melhora do padrão motor, redução do risco de quedas. É necessário ser contínuo para ter benefícios. Fonoaudiologia: deglutição, disfagia, fala, audição Terapia ocupacional: adaptar as atividades de vida diária, atividades profissionais e atividades de lazer Medicamentos: Página 15 Amanda Longo Louzada Levodopa Agonistas da dopamina Inibidores da monoaminoxidase-B (IMAO-B) Inibidores da catecol-O-metiltransferase Amantadina Anticolinérgico LEVODOPA: Mais eficaz no alivio dos sintomas Nem sempre deve ser iniciada no início da doença (reservar para as fases mais avançadas Rapidamente absorvida no intestino delgado Redução da motilidade do estomago e alimentos podem reduzir sua absorção (por isso é sempre administrada em jejum) A levodopa é um aminoácido que se transforma em dopamina pela ação da dopadescarboxilase. Parte da levodopa é metabolizada em dopamina antes de atingir o cérebro. Por isso ela é administrada com uma substância que inibe a dopadescarboxilase (carbidopa ou benserazida) Após 20 – 30 minutos já temos efeito antiparkisonismo Nas fases iniciais quando ainda temos células que funcionam como depósitos, eles armazenam a dopamina e a dose pode ser eficaz por mais de 6 horas A medida que a doença progride e mais células degeneram, o cérebro não mais consegue armazenar a dopamina e a duração do efeito da droga é cada vez menor. Surge o fenômeno da “deterioração do fim da dose” -> sintomas voltam a aparecer antes do fim do horário da próxima medicação. Esse fenômeno é progressivo Complicações: Discinesias: Movimentos involuntários anormais continuo, em forma de dança Pode aparecer em membros, tronco, face Lembram os movimentos da coréia Quando a levodopa é utilizada em excesso, basta reduzir a dose (significa que está havendo um estímulo excessivo dos receptores de dopamina). Quando resultam da maneira como os receptores estão respondendo a dopamina, aos ajustes de medicação são mais complexos. É necessário organização dos horários e introdução de outras drogas. Necessário o acompanhamento com neurologista Pode ocorrer distúrbios psiquiátricos – alucinações, principalmente em doses mais altas Alucinações visuais, delírios persecutórios Redução da levodopa geralmente melhora os sintomas Pode-se também iniciar antipsicóticos Náuseas e vômitos podem ocorrer – utilizar domperidona Complicações Motoras: Fenômeno on-off: Aparecem períodos off de forma abrupta e imprevisível Sem relação aparente com a tomada da medicação Quando retornam a fase on acabam apresentando discinesias - Tratamento bastante complexo Bloqueios Motores: Podem ocorrer com qualquer movimento Mais evidentes e intoleráveis durante a marcha Podem ocorrer no início da marcha, quando se viram em torno do próprio eixo, passam através de uma porta ou de um espaço estreito ou tentam realizar atividade simultânea enquanto andam. Hipotensão Ortostática: sempre deve ser lembrada e testada Paciente responde muito bem a esse medicamento, se não responder deve pensar em outra doença Deve ser usada em jejum Página 16 Amanda Longo Louzada INTRODUÇÃO: É uma emergência geriátrica, definida como uma síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica, com duração variável e gravidade que vai de formas leves a muito graves. É a complicação mais comum na internação hospitalar nos idosos acima de 65 anos e pode ser o principal ou o único sintoma de doença potencialmente grave. É de início agudo e curso flutuante, varia muito ao longo do dia. Fisiologia: relaciona-se ao desequilíbrio da liberação, degradação e síntese de neurotransmissores além da predisposição genética. Resulta da interação entre a vulnerabilidade do paciente (fatores predisponentes) e a ocorrência de um insulto nocivo, (fatores precipitantes). Fatores psicossociais como estresse psicológico e perda do suporte social e ambiente não familiar, também devem ser considerados. Este quadro pode permanecer após a alta hospitalar por até 6 meses ou 1 ano. A avaliação inicial é centrada em três aspectos simultâneos: (1) estabelecer o diagnóstico sindrômico e investigar etiologia do Delirium; (2) determinar a(s) causa(s) potencial (i)s e descartar problemas que possam levar a risco de vida e (3) manejo dos sintomas com medidas farmacológicas e não farmacológicas. O instrumento mais utilizado para identificação de delirium, é o Confusion Assestment method (CAM), que apresenta mais de 95% de especificidade e 90% de confiabilidade. Para pacientes entubados ou que não possam verbalizar, há uma adaptação para aplicação este instrumento DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO: DSM-V: A. Distúrbio da atenção (capacidade reduzida para dirigir,focar ,manter ou desviar a atenção) e da consciência (diminuição da percepção do ambiente) Distúrbio da cognição, atenção e consciência; B. O distúrbio desenvolve-se em curto espaço de tempo (usualmente horas a dias), representa uma mudança com respeito a atenção e consciência prévias e tende a flutuar durante o curso do dia.Sintomas precoces predominantes noturnos, mas pode ser insidioso, com irritabilidade, diminuição da concentração, insônia, pesadelos ou alucinação transitória e alteração no ciclo sonovigília; C. Uma alteração na cognição adicional (deficiência de memória, linguagem, habilidade visuoespacial ou percepção) Hipo ou hiperatividade motora; D. Os distúrbios de A e C não são atribuído a um transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecida ou em evolução , e não ocorre no contexto de um nível de estimulação extremamente reduzido como o coma Ilusões e alucinações principalmente visuais e anomia e disgrafia E. Existe evidência na história, exame físico ou achado laboratorial de que o distúrbio seja causado por uma condição médica, intoxicação ou abstinência por uma substância, ou evento adverso de medicamentos. Quadros adicionais que podem acompanhar o delirium e confusão incluem o seguinte: Distúrbios psicomotores, como hipoatividade, hiperatividade com aumento de atividade simpática e prejuízo da duração e arquitetura do sono. Distúrbios emocionais variáveis como medo, depressão, euforia ou perplexidade. Pode se apresentar como: Delirium hiperativo, com agitação psicomotora, hiperalerta, com alucinações, perambulação, agressividade (risco de uso de benzodiazepínico com piora) – 25%;Delirium hipoativo, com letargia, sonolência, apatia e discurso lento (forma mais frequente, confusão frequente com quadro depressivo). 25%; Delirium misto, em que há alternância de características dos dois padrões.(45%) DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: História clínica minuciosa e exame físico Revisão de todos os fármacos em uso. (Os prescritos e não prescritos, os de administração sistêmica e/ou tópica, de uso regular, irregular e esporádico e seu tempo de uso) Atenção para novos medicamentos prescritos ou mudança de dose muito recentemente. Colher a história com um familiar - estabelecer a função cognitiva basal Perguntar os meses de trás para frente (1 erro é o máximo permitido) Para pacientes intubados - CAM ICU Página 17 Amanda Longo Louzada Exame neurológico para déficits focais Procurar infecção oculta Avaliação laboratorial (individual) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Demência: estado confusional por muito tempo - mais insidioso Demência com sobreposição de delirium Depressão Desordens psicóticas não orgânicas – esquizofrenia, transtorno bipolar TRATAMENTO: O tratamento farmacológico de primeira escolha é o haloperidol, seguido pela risperidona, olanzapina, quetiapina e em circunstâncias específicas, o lorazepam. As medidas preventivas farmacológicas apresentam baixa evidência de boa resposta, dessa forma, não há recomendação para fazê-lo na literatura Só dá para o delirium hiperativo Pode ser feito apenas nos momentos de agitação FATORESDE RISCO: Déficit cognitivo Imobilidade Privação sono Déficit sensorial, Visual, auditivo, Desidratação Desnutrição Disfunção intestinal, urinária Hipóxia, Dor Polifarmácia Ambiente INTERVENÇÕES DA EQUIPE: DÉFICIT COGNITIVO: Falar calmamente e evitar confronto Se o paciente vê algo inexistente, referir: “eu não posso ver, mas sei que isso incomoda você” Atentar para protocolos institucionais de segurança, para evitar acidentes e quedas Reorientação através da orientação verbal, quadro branco com data e nome dos profissionais que assistem o paciente, relógio, todos em locais visíveis e Orientação para realidade: se identificar (nome, ocupação e o que vai fazer) e falar data, horas e onde o paciente está IMOBILIDADE: Mobilização precoce (no leito, deambulação), sentar em cadeira. Evitar contenção, evitar uso de equipamentos que limitem os movimentos (sondas e cateteres) Banho fora do leito, quando possível (com participação do paciente e da família) Visita a sala de vivência PRIVAÇÃO DO SONO: Restringir uso de fármacos psicoativos, medidas de higiene do sono,medidas não farmacológicas para redução da ansiedade, evitar longos períodos diurnos de sono (> 1h), estimular paciente para visita fora do apartamento Educação para silêncio no ambiente, evitar baixa luminosidade (como penumbra) diurna Ajuste dos horários de medicações e procedimentos médicos e de enfermagem,no período noturno, para permitir sono ininterrupto (preservar 4 h) DÉFICIT SENSORIAL\ VISUAL\ AUDITIVO: Orientar familiares trazer órteses auditivas/visuais Iluminação adequada ou outros instrumentos para otimizar visão, estímulo diário Identificar necessidade de avaliação médica específica (ORL,oftalmologista) DESIDRATAÇÃO: Reconhecimento precoce da desidratação e reposição de volume Restaurar níveis séricos de eletrólitos e outros componentes DESNUTRIÇÃO: Avaliação nutricionista, fonoaudiólogo, odontólogo de acordo com demandas Suplementos ou nutrição enteral , espessantes Providenciar órteses/prótese dentária DISFUNÇÃO INTESTINAL\ URINÁRIA: Prevenir e tratar constipação Interromper cateterismo vesical o mais precoce possível HIPÓXIA: Posicionamento no leito, suplementação oxigênio Página 18 Amanda Longo Louzada Avaliação e intervenção da fisioterapia, instituição de ventilação não invasiva DOR: Avaliação de dor objetiva e pela expressão de dor( em pacientes sem comunicação) Aplicar escala de dor Providenciar analgesia se presença ou suspeita de dor POLIFARMÁCIA: Suspender medicamentos desnecessários Evitar interação medicamentosa e redundância Minimizar uso de diazepínicos e anticolinérgicos Evitar abstinência de psicotrópicos (antidepressivos e diazepínicos anticolinérgicos, antihistamínicos) AMBIENTE: Humanização do ambiente: solicitar a familiares fotos e objetos pessoais Orientar convívio com familiares e cuidadores de costume Evitar excesso de pessoas no ambiente Manter o ambiente tranquilo, livre de ruídos e muito movimento. Desligar TV e rádio Quando o paciente não está usando Evitar conversas e ruídos de carros de limpeza e nutrição no corredor das unidades abertas Página 19 Amanda Longo Louzada DEFINIÇÃO: Qualquer prejuízo ao paciente não decorrente da sua doença, mas de qualquer intervenção da equipe de saúde Pode estar certa ou errada Pode ser justificada ou não Pode ser esperado ou inesperada TIPOS: POR AÇÃO: Pode ser devido a diagnóstico, prevenção, tratamento, imperícia ou imprudência POR OMISSÃO: Diagnóstico, prevenção, tratamento ou negligência POR COMUNICAÇÃO: Deficiências do paciente e do profissional Conteúdo e modo de dar más notícias Grafia EPIDEMIOLOGIA: Incidência de Internados: 3,4 – 34% Medidas Terapêuticas: 59% Procedimentos Diagnósticos: 18% Idosos: mais frequentes (2 vezes após 65 anos) e mais graves Reação adversa a Medicamentos (RAM): Principal causa em todas as faixas etárias Idosos hospitalizados: 3 – 7 vezes mais frequentes 2 – 10% de mortes REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS EM IDOSOS: 3 vezes mais chances de uma avalição emergencial 7 vezes mais propensos a internação hospitalar Mais da metade das hospitalizações Terapias mais Comuns: anticoagulantes (hemorragia), opióides (delirium) e insulina (hipoglicemia) COMPLICAÇÕES: Complicações e incapacidade Aumento de tempo de internação e de terapêuticas Gerenciamento de saúde FATORES DE RISCO: Múltiplas doenças crônicas e reserva funcional diminuída Farmacodinâmica e farmacocinética Múltiplos médicos\ Profissionais de saúde e polifarmácia Excesso ou falta de diagnóstico e\ou tratamento Hospitalização e procedimento médicos\cirúrgicos Sintomas atípicos e ocultos Dificuldade de comunicação e sócio econômicas PARA REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS EM IDOSOS: Idade avançada Fragilidade Declínio cognitivo Polifarmácia Qualquer sintoma novo em um idoso é relacionado a medicamento até a prova contrária POLIFARMÁCIA: Uso de mais de 4 drogas Nem sempre erradas Aumentam o risco de eventos adversos Riscos: Número de drogas Tipos de drogas AGS BEERS CRITERIA: Medicamentos ou Classes Farmacológicas que: Devem ser evitadas em idosos de forma geral Devem ser usados com cautela em idosos Devem ser evitados em pacientes com doenças específicas AAS profilaxia primária: duvidoso > 70 e proscrito >80 Diversas drogas a SSIHAD Cautela com certos antibióticos Página 20 Amanda Longo Louzada INVENTÁRIO MEDICAMENTOSO: PRESCRISTAS E NÃO PRESCRITAS: Levar todos os medicamentos Mostrar cada medicamento e perguntar a posologia, tempo de uso e motivo Últimos medicamentos utilizados no último mês, suspensão ou mudanças Injetáveis, tópicos, aerossóis, remédios naturais, fisioterápico e vitaminas Automedicação: Insistir: analgésicos, anti-inflamatórios, sedativos, hipnóticos, laxativos, antivertiginosos, antigripais e antialérgicos FISIOPATOLOGIA DAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS EM IDOSOS: FARMACOCINÉTICA: Absorção: Aumento do pH gástrico Diminuição do esvaziamento gástrico Diminuição do transporte ativo de vitamina B12, ferro e cálcio Diminuição da primeira passagem hepática, ocorre com metoclopramida e opióides Distribuição: Diminuição do tecido adiposo: 20 – 40% Diazepam: aumento o volume de distribuição Diminuição da água corporal total: 15% Digoxina: diminui a distribuição e aumenta o nível sérico Diminuição da albumina (frágeis) e competição Fármacos Hidrossolúveis: Menor volume de distribuição Aumento da concentração plasmática Não altera a meia-vida Diuréticos: reduzem ainda mais no espaço extracelular Exemplo: digoxina, lítio e etanol Fármacos Lipossolúveis: Aumento do volume de distribuição Diminui a concentração plasmática Aumenta a meia-vida Aumenta o tempo de ação e risco de efeitos colaterais mesmo após a suspensão Exemplos: Diazepam, Amiodaronae Morfina Metabolização: Metabolismo Fase 1: tende a diminuir Converte em emtbppolitos ativos ou inativos CYP450\ redução, oxidação e hidrólise Metabolismo fase II: mantido Facilita a excreção pelas fezes e urina Conjugação e hidrólise Aumento da Concentração de: benzodiazepínicos, levodopa e bloqueadores de canal de cálcio Excreção: Fluxo sanguíneo renal diminuído, diminui 1% ao ano Taxa de filtração diminuída em 25% - 50% entre 20 e 90 anos Cálculo Clcr: CKD-EPI ou MRD Medicamentos: AINE, rivaroxabana, antibióticos, lítio e digoxina ALTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS: Propriedades dos receptores: Alteração do número e afinidade Pacientes são menos sensíveis ou mais sensíveis a algumas drogas EVITAR AS IATROGENIAS POR COMUNICAÇÃO: Atitudes do Profissional: tom de voz, postura, face a face, ambiente Perceber a atitude do paciente Checar compreensão Check list e doble check Prescrições: grafia e avaliação farmacêutica EVITAR AS IATROGENIAS DE AÇÃO E OMISSÃO: Diagnosticar os problemas e enfrentar cada um deles: dor, incontinências, congestão e etc Introduzir os remédios adequados, mas revisar e diminuir as prescrições Página 21 Amanda Longo Louzada EPIDEMIOLOGIA: A OMS estima que 1 em cada 10 idosos sofram de depressão Em idosos asilados, a depressão pode atingir 25% CONSEQUÊNCIAS: Decréscimo na qualidade vida Aumento de mortalidade Alta taxa de ideação suicida Frequentemente passa desapercebido pelas manifestações atípicas QUADRO CLÍNICO: Anedonia Humor deprimido Comprometimento social e funcional Diferenciar tristeza situacional Queixas cognitivas inespecíficas com queixas somáticas predominantes SINTOMAS FÍSICOS: Alteração de sono Alteração de apetite Perda cognitiva (sobretudo atenção) Sintomas álgicos Fadiga ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA NO IDOSO: Inicie por assuntos triviais: Faça também perguntas abertas Fale devagar e pausadamente Avaliar o risco de suicídio: Já sentiu que a vida não vale a pena? Já teve pensamentos de terminar com a própria vida? Como Planejou? EXAME PSÍQUICO: Nível de consciência Lentificação psicomotora Avaliação cognitiva TRATAMENTO: NÃO FARMACOLÓGICO: Psicoterapia Sono Exercício físico FARMACOLÓGICO: Dose suficiente por tempo suficiente Não se basear apenas na idade cronológica IRSS são primeira linha Importância da Avaliação Global na Escolha do Antidepressivo: Dor neuropática: Duais (venlafaxina e duloxetina) Hiporexia e Insônia: Mirtazapina Insônia e Alteração de Libido: trazodona ou Mirtazapina Hipertensão não controlada: cuidado com Venlafaxina Resposta Terapêutica: Melhora dos sintomas somáticos Reestabelecimento funcional Sem tratamento tende a remitir em meses Reavaliar sintomas cognitivos Página 22 Amanda Longo Louzada DEFINIÇÃO: Perda involuntária de urina que causa um problema social e\ou higiênico ao paciente MOTIVOS DA PREVALÊNCIA: A senescência em si não causa a incontinência, porém favorece a ocorrência da mesma A continência depende, além do trato urinário inferior, da integridade das funções mentais e mobilidade Aumentam as contrações involuntárias do músculo detrusor A capacidade vesical e a habilidade em se adiar a micção diminuem Perda do pico noturno da secreção de ADH CLASSIFICAÇÃO: DE ESFORÇO: Paciente relata que perde urina quando tosse Exercício, levantar peso, levantar também acarretam Não tem quando está dormindo Perda de pequeno volume SINTOMAS DE URGÊNCIA: Acorda a noite várias vezes Da a vontade e não consegue checar a tempo no banheiro Volume mais significativo CONSEQUÊNCIAS: Lesões perineais Quedas e fratura Úlceras de pressão Prejuízo do sono Infecções urinárias Isolamento social Depressão ANAMNESE: Pesquisa ativamente: Sintomas urinários Classificar Causas perda contínua ou intermitente EXAME FÍSICO: Exame Pélvico: trofismo vaginal, bexigoma, lesões cutâneas, grau de prolapso e incontinência Fazer manobra de Valsava Massas, cicatrizes, tônus esficnteriano e toque retal EXAMES COMPLEMENTARES: Urocultura Eletrólitos, glicemia, função renal em casos selecionados Estudo urodinâmico USG de rins e vias urinárias TRATAMENTO: NÃO FARMACOLÓGICO: Terapia comportamental: Perda de peso Não ingerir líquidos de forma abundante Cessar tabagismo Eliminar barreiras físicas de acesso ao banheiro Estimulação elétrica Exercícios de Kegel Terapia de Biofeedback Treinamento vesical MEDICAÇÕES: Tratamento da hiperatividade detrusora primária: Tolterodina, oxibutina, darifenacina Efeitos colaterais podem limitar a aceitação Efeitos Colaterais: Boca seca Aumento da pressão ocular Retenção urinária Constipação Agravo cognitivo Arritmias cardíacas Iniciar tratamento com a menor dose possível de avaliar Agonistas B3 adrenérgicos: Mirabregona Estrógeno tópico se tiver perda de trofismo CONSIDERAÇÕES EM PACIENTES DEMENCIADOS: Demenciados: sintomas de ITU podem ser inespecíficos, como piora da cognição ou da incontinência Página 23 Amanda Longo Louzada O exame abdominal e o toque retal são necessários para afastar a constipação intestinal como fator precipitante Avaliar sinais de dermatite Medicações anticolinérgicas podem piorar a função cognitiva NOCTÚRIA: Exames básicos: função renal, eletrólitos e glicose sùmica Evitar cafeína Rever diuréticos Reduzir ingesta hídrica noturna Anticolinérgicos muscarínicos Exercícios de assoalho pélvico Orientar sobre prevenção de quedas Página 24 Amanda Longo Louzada CONCEITO: Um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo em relação aposição inicial, associado ou não a consequências DESAFIOS DO ENVELHECIMENTO: Lentificação da velocidade de marcha Flexão anterior da cabeça e do tronco Aumento da flexão dos joelhos e cotovelos Menor percepção visual de profundidade e contraste Menor adaptação ao escuro CLASSIFICAÇÃO: ACIDENTAL: Evento único Fatores de risco extrínsecos RECORRENTE: 2 ou mais quedas\ano Múltiplos fatores de risco CONSEQUÊNCIAS: Lesões leves Fraturas Hospitalização Institucionalização Óbito Síndrome do medo pós-queda: Síndrome ansiosa depressiva que cursa com medo de cair novamente Restrição de grande parte das atividades Cursa com mudança da marcha e do equilíbrio ANAMNESE: Circunstâncias da queda: Local e atividade Sintomas pré e pós queda Inventário Medicamentoso: antiarrítmicos, diurético, benzodiazepínicos e AAS Doenças Prévias: epilepsia e osteoporoseEXAME FÍSICO: Exame neurológico Exame cardiovascular: buscar hipotensão ortostática Avaliação da acuidade visual Avaliação do equilíbrio Avaliar os sapatos e instrumentos auxiliares da marcha PREVENÇÃO: Objetivo: minimizar o risco, sem comprometer mobilidade e independência funcional Multidimensional: Retirada ou redução de drogas psicoativas Tratamento da hipotensão postural Correção de déficits visuais Educação em quedas Exercícios Correção dos calçados Quarto: iluminaria ou interruptor do lado da cama Banheiro: barra de apoio dentro do box e próximo ao vaso Não deixar animais soltos Escadas: interruptor no início e no fim com corrimão Página 25 Amanda Longo Louzada
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