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Acidentes de trabalho - saude do trabalhador 2

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Acidentes de trabalho
Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa e provoca lesão corporal ou perturbação funcional, que pode causar a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. São caracterizados como Acidentes Típicos que são aqueles que acontecem no decorrer da atividade de trabalho e que podem provocar uma lesão física ou uma perturbação funcional, e Acidentes de Trajeto que são os que ocorrem quando o trabalhador está se deslocando da casa para o trabalho, ou do trabalho para casa, não importando o meio de locomoção utilizado, e que provoca uma lesão física. As causas mais comuns dos acidentes de trabalho envolvem três fatores: Humanos, Materiais e Fortuitos. 
No Fator Humano está incluso esforço físico intenso, repetitividade de movimento, levantamento manual de peso, posturas e posições inadequadas, extensa jornada de trabalho, idade, diminuição física para as funções, falta de motivação, inexperiência, vícios profissionais, inaptidão, fadiga, etc. Nos Fatores Materiais encontra-se máquina e ferramentas inadequadas, não protegidas e defeituosas, possibilitando incêndio e explosão, má arrumação do local de trabalho e/ou acondicionamento defeituoso, sinalização inexistente ou desapropriada, arranjo físico inadequado do espaço de trabalho, má iluminação, ruído excessivo, arejamento insuficiente, etc. Os Fatores Fortuitos são as ações adversas de fenômenos atmosféricos incontroláveis e ações de animais, vegetais e minerais.
Os acidentes de trabalho que mais acontecem são: esmagamento, queda de altura, eletrocussões, soterramento, corte, perfurações, mutilações, atropelamento e queda de objetos. Os principais acidentes que ocorrem com os profissionais da saúde nas unidades básicas são de trajeto, com material perfuro-cortante contaminado e alergias às substâncias químicas utilizadas na desinfecção. 
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um formulário que deve ser preenchido para que o acidente seja legalmente reconhecido pelo INSS. O CAT deve ser preenchido pelo setor pessoal da empresa, caso ocorra uma falta de comunicação por parte da empresa, o CAT poderá ser preenchido pelo próprio acidentado.
Os Acidentes Fatais devem gerar notificação e investigação imediata. Em se tratando de acidente ocorrido com trabalhadores do mercado formal, acompanhar a emissão do CAT pela empresa, que deverá fazê-la até 24 horas após a ocorrência do evento. Os Acidentes Graves sãos acidentes com trabalhador menor de 18 anos independentemente da gravidade; acidente ocular; fratura fechada; fratura aberta ou exposta; fratura múltipla; traumatismo crânio-encefálico; traumatismo de nervos e medula espinhal; eletrocussão; asfixia traumática ou estrangulamento; politraumatismo; afogamento; traumatismo de tórax/abdome/bacia, com lesão; ferimento com menção de lesão visceral ou de músculo ou de tendão; amputação traumática; lesão por esmagamento; queimadura de III grau; traumatismo de nervos e da medula espinhal e intoxicações agudas.
Quando um eventual acidente envolve um empregado em seu local de trabalho, o procedimento mais adequado a ser feito é acompanhar e articular a assistência na rede de referência para a prevenção das sequelas; acompanhar a emissão da CAT pelo empregador; preencher o Laudo de Exame Médico – LEM, notificar o caso nos instrumentos do SUS, investigar o local de trabalho, visando estabelecer relações entre o acidente ocorrido e situações de risco presentes no local de trabalho; desenvolver ações de intervenção, considerando os problemas detectados nos locais de trabalho; orientar sobre os direitos trabalhistas e previdenciários, após a alta hospitalar, realizar acompanhamento domiciliar registrando as avaliações em ficha a ser definida pelo SIAB.
Acidentes de Trabalho Fatal e Grave (mutilante) são considerados casos de notificação compulsória. O Acidente Fatal leva a óbito imediatamente após sua ocorrência ou vem a ocorrer posteriormente, a qualquer momento, em ambiente hospitalar ou não, desde que a sua causa básica, intermediária ou imediata da morte seja decorrente do acidente. Acidente Grave é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, e o que leva à lesão cuja natureza implique em comprometimento extremamente sério, preocupante; que pode ter consequências nefastas ou fatais. 
Considera-se a necessidade da existência de pelo menos um dos seguintes critérios objetivos, para a definição dos casos de acidente de trabalho grave: necessidade de tratamento em regime de internação hospitalar; incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias ou permanente; enfermidade incurável; debilidade, perda ou inutilização permanente do membro, sentido ou função; aborto ou aceleração de parto; fraturas, amputações de tecido ósseo, luxações ou queimaduras graves; desmaio (perda de consciência) provocado por asfixia, choque elétrico ou outra causa externa; qualquer outra lesão: levando à hipotermia, doença induzida pelo calor ou inconsciência; requerendo ressuscitação; ou requerendo hospitalização por mais de 24 horas; doenças agudas que requeiram tratamento médico em que exista razão para acreditar que resulte de exposição ao agente biológico, suas toxinas ou ao material infectado. 
Acidente de trabalho com crianças e adolescentes é aquele que acomete trabalhadores com menos de 18 anos de idade, na data de sua ocorrência. (Criança idade entre 0 e 12 anos incompletos e adolescente idade entre 12 e 18 anos). Há Casos sugestivos que objetivam diminuir as possibilidades de perdas, ou seja, de não captação desses acidentes nos serviços de saúde responsáveis pelo atendimento, deve-se considerar como caso todo acidente de trabalho – fatal, grave ou ocorrido com menor de 18 anos – em que existam evidências sugestivas de acidente, mesmo na vigência de dúvidas. As evidências sugestivas devem ser baseadas no conhecimento acerca das atividades de trabalho existentes no território. No âmbito desta norma, trata-se da identificação objetiva de sinais que permitem supor que a vítima estava trabalhando na ocasião em que sofreu o acidente ou a lesão. 
Por exemplo, a presença de restos de cimento, de tinta ou de outros materiais usados no trabalho, nas roupas ou no corpo da vítima; vítima usando uniforme de trabalho; vítima inconsciente descrita como motociclista encontrado em horário de trabalho ao lado de moto com baú em seu bagageiro; vítima inconsciente encontrada em horário compatível com aquele de deslocamentos de ida e vinda para o trabalho, ao lado de bicicleta, em via conhecida como de larga utilização por trabalhadores em seus trajetos, etc. 
Naturezas de lesões já reconhecidas por sua elevada frequência em determinados territórios também podem ser tomadas como evidências de acidente. Como exemplos podem-se citar lesões oculares decorrentes de atividades de soldas, lesões cortantes provocadas por ferramentas manuais ou motorizadas de uso típico na região de cobertura. Nesse sistema prioriza-se a sensibilidade, ainda que em detrimento da especificidade; em outras palavras, prefere-se, deliberadamente, contar com a possibilidade da inclusão de falsos positivos do que o contrário.
Os Beneficiários são os trabalhadores assalariados e domésticos, independentemente da forma de remuneração, com ou sem carteira de trabalho assinada; funcionários públicos estatutários, militares nos três níveis de governo; trabalhadores da produção de bens e serviços por conta própria, ou autônomos; trabalhadores não-remunerados que atuam em ajuda familiar (na produção de bens primários, por conta própria ou como empregador), ajuda a instituições religiosas ou cooperativas, ou como aprendizes ou estagiários; trabalhadores na produção para consumo próprio ou construção para uso de sua família, ou de terceiros em regime de mutirão; trabalhadores rurais ou garimpeiros ligados à economia de subsistência; pessoas que trabalham em residências em atividades destinadas a fins econômicos com ou sem percepção de rendimento; pessoas ocupadas extraordinariamentepara obter renda, tais como desempregados aposentados e outros; pessoas que estão em viagem a trabalho ou à disposição de empregadores em situação de plantão de urgência; presidiários com atividade remunerada; quaisquer outras formas de trabalho definidas pelo acidentado no caso de declaração de acidente de trabalho em situações de ocupação não anteriormente descritas. Os acidentes domésticos, propriamente ditos, devem ser excluídos dessa definição, ou seja, aqueles em atividades domésticas realizadas por integrantes da família ou moradores da residência no preparo de alimentos, limpeza da casa, cuidados com as roupas e com os familiares ou outras atividades assemelhadas.
Nos primeiros quinze dias, a licença médica é paga pela empresa, a partir do 16º dia, a licença é paga pela Previdência Social. A estabilidade no emprego é garantida durante pelo menos 12 meses após a cessação do auxilio-doença acidentária, de acordo com a Lei 8213 (art. 118). Auxílio-doença acidentário é o nome do benefício previdenciário recebido nas licenças superiores a 15 dias, causadas por acidente de trabalho. O valor recebido corresponde a 91% do salário de benefício. Não é exigido um número mínimo de contribuições.
A empresa é a responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhados, sendo também seu dever prestar informações detalhadas sobre os riscos da operação a executar e do produtor a manipular. Caso você sofra acidente de trabalho e não for assistido adequadamente por sua empresa, você pode recorrer ao Ministério do Trabalho e/ou a Delegacia Regional do Trabalho para que as providências sejam tomadas. O tempo máximo para solicitar indenização por acidente de trabalho é de 5 anos. O período é contado a partir da data em que foi caracterizado o acidente ou a doença ocupacional. Após este período, há prescrição do prazo e a indenização não será paga.