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Contabilidade Tributária I aula 1

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Introdução à contabilidade e à legislação tributárias
Prof.ª Marcília Oliveira
Descrição
Considerações iniciais sobre a contabilidade e a legislação tributárias:
conceitos, procedimentos próprios, principais regras e princípios.
Propósito
Compreender o significado e a relevância da contabilidade tributária a
partir do estudo de conceitos e procedimentos relacionados com esse
segmento da Contabilidade, bem como da legislação tributária aplicável,
é fundamental para o trabalho do profissional da contabilidade.
Objetivos
Módulo 1
Contabilidade e legislação tributárias
Definir conceitos e procedimentos básicos relacionados à
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contabilidade tributária, à escrituração, à legislação tributária e ao
planejamento tributário e contábil.
Módulo 2
Sistema Tributário Nacional
Definir os elementos introdutórios relacionados ao Sistema Tributário
Nacional – em especial, regras e princípios tributários.
Módulo 3
Operações �scais e tributárias
Identificar as operações fiscais e tributárias.
O presente material pretende apresentar a você os primeiros
passos no caminho da compreensão de nosso conteúdo e a
abrangência da contabilidade tributária. Para tanto,
apresentaremos aspectos tanto teóricos (doutrina e legislação)
quanto práticos, explicando as principais regras, princípios e
procedimentos de forma sistematizada, especialmente a partir de
exemplos.
A contabilidade tributária é a disciplina ou o ramo da Contabilidade
que se dedica ao estudo de princípios, conceitos, técnicas,
métodos e procedimentos aplicáveis à apuração dos tributos
devidos pelas pessoas naturais e jurídicas, à busca e à análise de
alternativas para a redução da carga tributária e ao cumprimento
das obrigações principais e acessórias estabelecidas pelo Sistema
Tributário Nacional.
Sua importância para a formação do profissional de contabilidade é
Introdução
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1 - Contabilidade e legislação tributárias
Ao �nal deste módulo, esperamos que você de�na conceitos e procedimentos básicos
relacionados à contabilidade tributária, à escrituração, à legislação tributária e ao
planejamento tributário e contábil.
inquestionável. Visto por muitos anteriormente somente como o
responsável pela guarda de livros e pela emissão de “boletos”,
atualmente o contador está cada vez mais presente do processo
decisório nas médias e grandes empresas, já que ele é capaz de ter
uma visão geral da organização ou do grupo empresarial graças às
ferramentas que lhe são próprias.
Nesse contexto, o profissional que trabalha ou pretende trabalhar
em tal área deve desenvolver um perfil multidisciplinar, partindo de
uma formação contábil sólida para associá-la ao domínio de regras
e princípios inerentes ao direito tributário (abordado neste
material). Por essas razões, o estudo da contabilidade tributária é
indispensável para a formação do contador.
Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
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Contabilidade tributária, escrituração
e legislação tributária
Conceito de contabilidade tributária
Todos pagamos tributos – e é bem possível que ninguém goste de
pagá-los. Afinal, podemos identificá-los em quase tudo à nossa volta,
como em:
Eles, portanto, existem em praticamente tudo que se possa comprar,
vender, possuir ou consumir. Faz parte do dever de cidadão pagar
tributos.
Importante fonte de financiamento do país, os tributos são uma das
“receitas” que sustentam toda a estrutura pública, gerando recursos
para, entre outros exemplos, financiar hospitais e escolas ou construir
estradas.
Essa complexa relação dos tributos (quem paga, quando paga e como
paga) impacta de forma significativa os recursos financeiros de todas
as pessoas naturais ou jurídicas. A contabilidade tributária, portanto,
existe para facilitar a organização dessa relação tão complexa.
Também conhecida como contabilidade fiscal, a
contabilidade tributária é a disciplina ou o ramo da
Energia elétrica Roupas
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Contabilidade que se dedica a estudar e aplicar
conceitos, princípios e normas básicas da
contabilidade e da legislação tributária de forma
simultânea e acertada.
O controle dos tributos incidentes sobre as atividades é essencial para
qualquer organização. A gestão dos tributos representa uma tarefa
complexa, o que justifica a grande importância da contabilidade, pois ela
proporciona:

O desenvolvimento de técnicas de apuração
de tributos

O planejamento tributário

A análise do impacto que os tributos causam
nas decisões dos contribuintes
A contabilidade tributária tem como um dos principais objetos a
apuração correta do resultado econômico das pessoas naturais e
jurídicas e, com isso, a definição da base de cálculo de tributos
determinados pelo Sistema Tributário Nacional. O profissional da
contabilidade com atuação na área tributária tem um perfil
multidisciplinar, integrando conhecimentos avançados e sólidos de
contabilidade, gestão e direito tributário.
Listaremos seis exemplos de responsabilidades – embora haja outras, é
bom frisar – desses profissionais. Entre outros desafios, eles, afinal,
precisam lidar com questões relacionadas à ou ao:
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 Análise das atividades e operações realizadas pela
empresa cliente com o objetivo de identificar os
tributos aplicáveis.
 Identificação da obrigação principal e das
obrigações acessórias relacionadas aos tributos
devidos e instrução sobre como cumpri-las.
 Acompanhamento, de forma ágil, das alterações
normativas aplicáveis à atividade de seus clientes
com o objetivo de ajustar o seu trabalho.
 Orientação dos departamentos financeiro e de
pessoal das empresas clientes de acordo com a
legislação tributária aplicável.
 Estabelecimento de rotinas com as empresas
clientes com o objetivo de cumprir as obrigações
principal e acessórias determinadas pela
legislação.
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Escrituração contábil
Para que a contabilidade tributária consiga determinar corretamente a
base de cálculo para a apuração dos tributos, é necessário que as
entidades tenham registro de todos os atos e fatos administrativos e
econômicos ocorridos nas organizações.
Esse processo é de responsabilidade da escrituração
contábil, que consiste em técnicas de controle
patrimonial que garantem o registro de todos os fatos
contábeis que ocorrem nas organizações.
A escrituração contábil é a primeira e uma das mais importantes
técnicas contábeis. Sua função é o registro ou a anotação de todos os
fatos contábeis que acontecem nas organizações.
Todas as compras, vendas, empréstimos ou recebimentos de clientes
são apontados. É justamente com base nos registros desses
lançamentos que é realizada a gestão patrimonial.
A obrigatoriedade da escrituração contábil está descrita na legislação
brasileira (vide os artigos 1.179 a 1.195 do Novo Código Civil
Brasileiro). Com base em tais normas, essa escrituração é obrigatória
para todas as pessoas jurídicas do Brasil, dispensando apenas o
pequeno empresário. Ela ainda deve fornecer as informações para a
elaboração dos principais relatórios contábeis, como:
 Identificação de alternativas lícitas que permitam a
redução da carga tributária das empresas clientes.
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
O balanço patrimonial

A demonstração de resultados

O �uxo de caixa
Uma escrituração contábil feita da forma correta e com qualidade
constitui uma importante fonte de informação para auxiliar no processo
de tomada de decisão. Decisões sobre endividamentos, resultados e até
planejamento tributário são facilitadas por meio da escrituração contábil
eficiente.
Para atender aos seus objetivos, a escrituração contábil segue os
princípios da oportunidade e do registro pelo valor original; por isso, ela
deve ser realizada de imediato e corretamente – e sempre pelo valor
original.
A metodologia utilizada para tal é o famoso método das partidas
dobradas.
Vamos ver do que se trata esse método?
Desenvolvido pelo frade Luca Pacioli em 1494, esse método
determina que todo lançamento tem uma origem e um destino,
ou seja, para todo débito, há um crédito de mesmo valor, ou vice-
versa.
A escrituração contábil já pode ser realizada de forma digital. A Receita
Federal fornece um sistema específico para o preenchimento dela: o
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). O objetivo da criação
Método das partidas dobradas 
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desse portal é digitalizar e simplificar os processos de envios de
informações contábeis e fiscais à Receita Federal.
O SPED é um instrumento que integra as atividades de recepção,
validação, armazenamento e autenticação de livros e de documentos
que integram a escrituração dos empresários e das pessoas jurídicas.
No SPED, existe a divisão de dois módulos:
Escrituração contábil digital (ECD)
Na ECD, há o preenchimento e o compartilhamento destes
documentos: livro diário e seus auxiliares; livro-razão e seus
auxiliares; e livro balancetes diários, balanços e fichas de
lançamento comprobatórias dos assentamentos neles
transcritos.
Escrituração contábil �scal (ECF)
Trata-se de um documento de preenchimento anual criado em
substituição da Declaração de Informações Econômico-Fiscais
da Pessoa Jurídica (DIPJ). Na ECF, existe a descrição de todos
os dados econômicos e fiscais do ano-base apurado.
Escrituração contábil
Neste vídeo, faremos uma explicação introdutória dos sistemas digitais
de escrituração contábil com a apresentação dos objetivos dos módulos

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do SPED de escrituração contábil digital e escrituração contábil fiscal.
Legislação tributária
A legislação tributária é entendida como um conjunto de normas que
envolve assuntos tributários. Segundo conceito dado pelo Código
Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966) em seu artigo 96, “a expressão
‘legislação tributária’ compreende as leis, os tratados e convenções
internacionais, os decretos e as normas complementares que tratam em
seu todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles
pertinentes”.
Dessa forma, temos como exemplos:
 Constituição Federal
Especialmente a partir do artigo 145 e dos artigos
seguintes.
 Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis
à União, aos estados e aos municípios.
 Decreto-Lei nº 82, de 26 de dezembro de
1966
Regula o sistema tributário do Distrito Federal e dá
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A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores
futuros e aos pendentes.
Comentário
No próximo módulo, quando estudarmos o Sistema Tributário Nacional,
a compreensão de legislação tributária ficará mais clara. Tal sistema é
composto pelo conjunto das normas da legislação tributária em
expressão bem ampliada, contendo disposições constitucionais, leis,
decretos, portarias e instruções normativas – em resumo, tudo aquilo
que possa dizer respeito a exigências fiscais.
Planejamento tributário,
planejamento contábil e controle
Para alcançar os seus objetivos, a contabilidade tributária vale-se de
três metodologias:
Planejamento tributário
A Contabilidade, entre seus objetivos, serve como mecanismo de
controle do patrimônio das pessoas naturais e jurídicas. Uma
importante função nesse controle é a gestão da carga tributária à qual
tais pessoas estão sujeitas.
Os tributos podem afetar de maneira significativa o patrimônio das
pessoas naturais e jurídicas.
Quantas vezes já ouvimos como é elevada a carga
tributária no Brasil?
Nesse aspecto, o planejamento tributário pode contribuir para uma
gestão eficaz dos gastos com os tributos.
outras providências.
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O planejamento tributário é o método baseado em amplo estudo da
legislação tributária vigente com a finalidade de ajustar e, dentro do
possível, reduzir os tributos pagos por contribuintes e responsáveis
legais, observada, a todo momento, a legislação aplicável.
Esse planejamento é uma ação preventiva que, antes da realização do
fato administrativo, define alternativas legais menos onerosas. Essa
atuação antecipada não fere nenhuma regulamentação e garante a sua
licitude.
Algumas ações recorrentes de um plano de redução de tributos incluem,
por exemplo, a adoção de medidas como adiar o pagamento de tributos
sem a incidência de multas e até mesmo evitar a incidência do fato
gerador previsto na própria legislação.
Vejamos a seguir um exemplo de planejamento tributário que muitas
pessoas fazem anualmente:
Exemplo
A escolha entre os modelos “simplificado” e “completo” na Declaração
de Ajuste Anual do Imposto de Renda de Pessoa Física. O contribuinte
poderá optar pelo modelo que lhe for mais econômico de acordo com
as características particulares de sua renda.
O planejamento para a economia de gastos tributários atua em lacunas
e brechas existentes na própria lei ou seguindo determinações do
próprio dispositivo legal que permitem ou até mesmo induzem a
economia de tributos.
Os incentivos fiscais são exemplos de determinações legais que dão
aos seus destinatários alguns benefícios. É o caso, por exemplo, dos
incentivos à inovação tecnológica (Lei nº 11.196/2005).
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Já a decisão de cidade de localização da sede de uma empresa de
serviços com o objetivo de ter uma alíquota mais baixa do Imposto
sobre Serviço (ISS) é o aproveitamento de uma brecha. A lei não proíbe
a escolha do lugar onde as empresas devem atuar.
Dois termos muito utilizados no tratamento do tema do planejamento
tributário são “elisão fiscal” ou “economia legal”. Todos referem-se a
operações lícitas. O risco está nas atuações após a ocorrência do fato
gerador, evento conhecido como evasão fiscal ou crime de sonegação
fiscal.
A sonegação fiscal é definida pelo artigo 71 da Lei nº 4.502/1964 como
toda ação ou omissão dolosa que impede ou retarda, total ou
parcialmente, o conhecimento da ocorrência do fato gerador, de sua
natureza ou de suas circunstâncias materiais (BRASIL, 1964).
Atenção!
Tenha cuidado, portanto, para não confundir os termos “evasão” e
“elisão” fiscal.
Planejamento contábil
Todos já sabemos que a contabilidade é responsável por investigar o
patrimônio, por meio da classificação de seus elementos segundo sua
natureza e finalidade, para evidenciar e fazer uma análise dos
fenômenos patrimoniais, explicando, desse modo, suas causas e seus
efeitos.
Entre os objetivos da contabilidade, pode-se destacar a sua
característica de instrumento gerencial no processo decisório das
organizações e das pessoas. Ela, afinal, emitediversos relatórios com
as informações necessárias para facilitar as decisões.
Esses relatórios devem ser:
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
Simples

Objetivos

E�cientes
Além disso, precisam seguir a legislação contábil. Para atingir essas
características, é necessário um planejamento sério e consequente da
contabilidade da organização.
A eficiência e a assertividade dos registros contábeis
são essenciais para que a organização planeje suas
ações e consiga produzir informações de qualidade.
O planejamento contábil é um processo contínuo de tomada de
decisões que considera os objetivos organizacionais e a relação da
organização no ambiente interno e externo. Com o planejamento
contábil, é possível manter o foco no objetivo da empresa.
Controle
A definição de um correto planejamento não é suficiente na gestão. É
preciso acompanhar e monitorar a execução.
O controle é uma ferramenta de medição ou aferição que visa a garantir
o foco nos objetivos definidos no planejamento. Ele permite comparar o
planejado com o que foi realizado, sendo possível, assim, adequar os
próximos planejamentos ou alterar as ações quando os resultados não
forem satisfatórios.
O controle permite, dessa forma, compreender o
desempenho alcançado e a proximidade disso com o
resultado esperado, assim como redirecionar, enfatizar
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ou ajustar as ações para atingir os objetivos
planejados.
A apuração correta e o registro de fatos contábeis dependem
fortemente de mecanismos de controle eficientes. Cada receita recebida
e cada gasto dispendido devem ter o seu registro adequado.
O controle tem como objetivos:
Eis alguns exemplos de mecanismos de controles contábeis:
Exemplo
Sistemas de conferência, aprovação e autorização; segregação de
funções; controles de ativos; padronização de formulários; descrição de
procedimentos; conciliações bancárias; e inventários.
Os mecanismos de controles devem ser adequados à realidade e à
complexidade da organização. Eles têm limitações relacionadas
principalmente ao julgamento e às falhas humanas.
 Proteger ativos.
 Agir em conformidade com leis e regulamentos.
 Obter confiabilidade e transparência dos
demonstrativos financeiros e eficiência e eficácia
das operações.
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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Planejamento tributário
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Controle
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
Analise as afirmações abaixo.
I. Adesão a incentivos fiscais que reduzem alíquotas de tributos.
II. Adoção de regras de programas de isenção fiscal.
III. Adoção de ações após o fato gerador para impedir o conhecimento
sobre ele.
IV. Simular os enquadramentos possíveis, analisando fatores, como
faturamento e atividade, em função de cada regime tributário disponível.
São exemplos de ações do planejamento tributário as ações descritas
em:
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A I e II.
B II e III.
C I, II e III.
D I, II e IV.
E I e IV.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O planejamento tributário é o método baseado em amplo estudo da legislação tributária vigente com
a finalidade de ajustar e, dentro do possível, reduzir os tributos pagos pelos contribuintes e
responsáveis legais, sendo observada, a todo momento, a legislação aplicável.
Questão 2
O planejamento tributário é uma ação preventiva que tem como objetivo
reduzir os custos fiscais com a busca de sistemas legais para reduzir o
impacto da tributação. Esse planejamento é definido na legislação
como:
A Evasão fiscal
B Elisão fiscal
C Incentivo fiscal
D Simulação fiscal
E Sonegação fiscal
Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
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2 - Sistema Tributário Nacional
Ao �nal deste módulo, esperamos que você de�na os elementos introdutórios relacionados ao
Sistema Tributário Nacional – em especial, regras e princípios tributários.
Sistema Tributário Nacional, conceito
de tributo e espécies de tributos,
elementos fundamentais do tributo,
incidência e fato gerador
Parabéns! A alternativa B está correta.
A elisão fiscal é a execução de procedimentos antes do fato gerador; legítimos e éticos, eles têm o
objetivo de reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária, caracterizando, assim,
a legitimidade do planejamento tributário.

Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
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O papel do tributo ao Estado
Todas as pessoas naturais ou jurídicas, de forma direta ou indireta, em
maiores ou menores proporções (e com algumas exceções), pagam
tributos ao Estado a fim de que ele seja capaz de funcionar e prestar os
serviços previstos na Constituição Federal (CF) de 1988, como:
Saúde
Segurança
Educação
Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
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Assistência social
Em razão dos serviços públicos prestados de forma comum ou
individualizada, os tributos incidem, entre outros casos, sobre:
• transferência de mercadorias e serviços;
• rendimentos;
• propriedades.
No Brasil, a carga tributária bruta chegou a 32,43% em 2017,
alcançando, de acordo com o Ministério da Fazenda, o patamar de
R$2.127,37 bilhões arrecadados. Segundo a Comissão de Assuntos
Econômicos, trata-se de um percentual um pouco abaixo da média dos
países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), mas é mais elevado que a média dos países
emergentes.
Carga tributária bruta
Definida como a razão entre a arrecadação de tributos e o PIB a preços de mercado, ambos considerados em termos
nominais.
Mas por que se paga tanto tributo?
É a partir deles – em especial, dos impostos – que as pessoas
naturais e jurídicas são chamadas para contribuir para o
financiamento das despesas coletivas.
Justamente pela importância desses recursos, a legislação brasileira
fixou uma série de regras que se relacionam com:
Resposta 
Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
20 of 68 16/05/2022 14:11
O Sistema Tributário Nacional
O Sistema Tributário Nacional compreende o conjunto das regras
destinadas a regular a instituição, a cobrança, a arrecadação e a partilha
de tributos. Tais regras encontram-se espalhadas entre disposições
constitucionais (CF/1988), leis, decretos, portarias, instruções
normativas etc.
Observe que a expressão “sistema” implica a observância de uma
estrutura e uma organização interna nesse conjunto de regras a serem
editadas por:
Todos os entes federados
União, estados, Distrito Federal e municípios.
Todos os Poderes
 Quem deve recolher.
 O valor a ser recolhido.
 Como fazer isso.
 Quais são as medidas e consequências caso haja
inadimplência com o Fisco.
Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
21 of 68 16/05/2022 14:11
Legislativo: leis e emendas à Constituição e Tribunal de Contas;
Executivo: decretos, portarias e resoluções; e Judiciário: julgados e
resoluções.
Dessa maneira, podemos dizer que as regras tributárias se encontramdispostas de acordo com a competência de edição (qual ente federado,
Poder, órgão ou entidade pode emitir) e a hierarquia normativa.
Exemplo
Enquanto as regras gerais relacionadas ao recolhimento de tributos são
editadas pela União a partir da competência que a Constituição Federal
lhe outorgou, compete ao estados (por meio do Legislativo e do
Executivo) editar leis e decretos relacionados especificamente ao
recolhimento do ICMS.
Observe que, por se tratar de um sistema, as normas devem manter
uma coerência entre si, evitando a duplicidade de comandos ou – pior
ainda – contradições. Dessa forma, um decreto editado por um
governador com o objetivo de regulamentar determinada lei não pode
contrapor as regras já previstas nessa lei nem inovar além dos limites
que ela fixou. Ele, na verdade, tem de observar a hierarquia normativa e
se ater à criação de regulamentos que explicam como aplicar a lei aos
casos concretos.
A CF regula a matéria, por exemplo, no Capítulo I (“Do Sistema Tributário
Nacional”) do Título VI (“Da tributação e do orçamento”), que está
contida no artigo 145 e nos artigos seguintes.
Dão concretude ao que está previsto na CF/1988:
 Código Tributário Nacional (CTN).
 Leis complementares responsáveis por fixar
normas gerais em matéria de Direito Tributário
aplicáveis a todos os níveis da Federação.
Introdução à contabilidade e à legislação tributárias https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03386/index.html#
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O que agrega todos esses atos normativos e os reúne em um mesmo
“sistema” é a noção de tributo. Falaremos no tópico seguinte.
Conceito de tributo e espécies de tributos
Conceito de tributo
A legislação tributária indica ao menos três características
indispensáveis para que se possa considerar certa obrigação na noção
de tributo:

A compulsoriedade

A natureza pecuniária

Não constituir uma punição pela prática de
um ato proibido
Em outras palavras, um tributo é sempre obrigatório. Ele é pecúnia (a
 Resoluções do Senado Federal e do Conselho
Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).
 Leis que instituem e disciplinam a cobrança de
cada um dos tributos nos diferentes entes
federativos, assim como os decretos que as
regulamentam.
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ser pago ao Estado), e não uma punição por nada indevido que o
contribuinte tenha feito.
Observe que, a partir da mencionada legislação, é possível estruturar
duas definições legais de tributo, como veremos a seguir:
A primeira decorre do artigo 3º do CTN, para o qual o tributo é
essencialmente uma “prestação pecuniária” (em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, como a dação em pagamento de
bens imóveis, nos termos do artigo 156 do CTN) que não
constitua sanção de ato ilícito, sendo instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Os
tributos, assim, devem ser cobrados nos casos previstos em lei,
no prazo determinado por ela e de quem ela determina que se
exija o tributo.
A segunda provém do artigo 9º da Lei Geral dos Orçamentos
(Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), segundo a qual o tributo
seria uma receita derivada, podendo ser vinculada ou não.
Observe que são fases diferentes de um mesmo fenômeno: enquanto o
Código Tributário trata da perspectiva de se pagar o tributo, a Lei Geral
dos Orçamentos aborda o momento em que tal recurso ingressa no
patrimônio público como receita pública, visando ao custeio de serviços
públicos autorizados e determinados pela legislação.
Mas por que é preciso diferenciar o tributo de outras
obrigações (inclusive pecuniárias)?
Resposta
Na prática, reconhecer que certa obrigação é de natureza tributária
significa atribuir-lhe uma série de regras próprias, seja quanto à forma e
ao momento de se pagar, seja quanto às possibilidades de o Estado
Artigo 3º do CTN 
Artigo 9º da Lei Geral dos Orçamentos 
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exigi-las coercivamente dos contribuintes.
A CF/1988 determina que a cobrança de um tributo ou as alterações em
tributos existentes devem necessariamente ser instituídas por lei (artigo
150, inciso I), não podendo ser aplicada em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que as instituiu nem, em
regra, no mesmo exercício financeiro ou antes de decorridos 90 dias da
data da sua publicação (artigo 150, incisos I e III, alíneas “a”, “b” da
CF/1988).
As tarifas de água e luz elétrica, por exemplo, não possuem natureza
tributária, de modo que eventuais aumentos poderão ocorrer sem a
observância das restrições que se aplicam à majoração de tributos. Já
alterações em alíquotas de tributos ou mudanças na forma de
pagamento precisam cumprir todas as restrições descritas acima.
Espécies de tributos
Uma vez compreendido o conceito de tributo, agora estudaremos quais
são os tipos que a legislação prevê.
Atenção!
Nem todos os tributos são “impostos”, expressões comumente tomadas
como sinônimos a linguagem popular. Na verdade, o imposto é apenas
um dos tipos de tributos que integra o Sistema Tributário Nacional.
Embora haja alguns debates na doutrina a respeito, o entendimento
atualmente pacificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) distingue
cinco espécies tributárias, isto é, cinco formas diferentes de o Estado
exigir compulsoriamente do cidadão uma contribuição pecuniária
decorrente de um fato gerador (conduta ou circunstância lícita):
• impostos;
• taxas;
• contribuições de melhoria;
• contribuições especiais;
• empréstimo compulsório.
A distinção entre esses tipos de tributos leva três fatores em
consideração:
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Falaremos a seguir sobre as cinco espécies tributárias citadas:
Impostos
O imposto, primeiro tributo estudado e o mais comum, é aquele devido
– caso já seja previsto em lei – independentemente de qualquer
atividade estatal em relação ao contribuinte. Ou seja, nos termos do
artigo 16 do Código Tributário Nacional, ele não está vinculado a
nenhuma prestação específica do poder público.
Segundo a Constituição Federal:
É exclusividade da União, dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios instituir e cobrar impostos (artigos 153 a
155 da CF).
Da mesma forma, a Constituição especifica quais impostos podem ser
instituídos e por quais entes, de modo que, por exemplo, a União não
pode instituir em seu favor um Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), já que tal competência é do Estado.
Os impostos são cobrados em decorrência de fatos do contribuinte
(fato gerador) que indiquem alguma forma de propriedade, operação ou
riqueza e sejam alheios a qualquer atividade estatal.
Listaremos alguns exemplos de fatos geradores e seus respectivos
O fato do qual decorrem essas
cobranças (fato gerador).
A destinação legal das receitas
arrecadadas que deverá ser
observada pelo ente público.
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impostos:
Auferir renda acima de determinado valor
Enseja a cobrança pela União do Imposto de Renda (IR).
Praticar uma operação relativa à circulação
de mercadoria
O que torna exequível a cobrança do ICMS pelo Estado.
Ser proprietário de imóvel urbano
O que permite ao município cobrar Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU).
Por fim, é preciso lembrar que a destinação de suas receitas não é e
nem pode ser preestabelecida pela lei que institui determinado valor.
É muito comum escutarmos:
“Que absurdo, pago IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores) para ter uma estrada melhor, e ela estápéssima!”
Contudo, não há como obrigar o estado (ou o município que recebe um
percentual desse tributo) a destinar a receita arrecada a partir do IPVA
para a melhoria de vias urbanas ou estradas. Ele pode, caso queira,
empregar toda a receita decorrente de IPVA para o custeio da saúde e
da educação – e nada para pavimentação.
Taxas
A taxa é um tributo que, nos temos da legislação, pressupõe uma
atividade estatal específica que justifique sua cobrança (artigo 145, II e
III), a qual, por sua vez, pode consistir no exercício do poder de polícia
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(como a fiscalização do corpo de bombeiros ou do Detran) ou na
prestação de serviço público específico e divisível (chamado de uti
singuli).
Os serviços gerais (uti universi), por outro lado, não podem ser
custeados por taxas devido à ausência da especialidade e divisibilidade
deles. Tais serviços devem ser financiados com a arrecadação de
impostos.
Mas qual a diferença entre um serviço público especí�co e
um divisível?
Segundo o artigo 79 do CTN, “serviços específicos” podem ser
“destacados em unidades autônomas de intervenção, de
unidade, ou de necessidades públicas”. Ou seja, trata-se
daqueles prestados singularmente a determinado usuário
(pessoa natural ou jurídica), permitindo, assim, sua identificação.
Já os “serviços divisíveis” são aqueles “suscetíveis de utilização
separadamente por cada um de seus usuários”. Eles, portanto,
trazem benefícios individuais para os usuários destinatários – e
não de forma generalizada para a toda coletividade.
A partir da definição vista acima, observe que o serviço de iluminação
pública, segundo o STF, não pode ser remunerado mediante taxa; afinal,
não é possível distinguir quais pessoas são ou não beneficiadas por
eles. Afinal, todos que passam por determinada via iluminada –
independentemente de residir ali ou não – são beneficiados.
Por outro lado, a coleta domiciliar de lixo pode ser custeada pelo poder
público por meio taxa. Para o STF, tal serviço de coleta é prestado aos
proprietários dos imóveis, tornando-se simples a identificação dos
usuários de tal serviço.
Outro exemplo: as custas judiciais e os emolumentos inerentes aos
serviços notariais e registrais são considerados taxas de serviço, pois
eles constituem serviços específicos e divisíveis.
Resposta 
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Serviços notariais e registrais
Taxas cobradas em cartórios, como o reconhecimento de assinatura ou o registro de documentos.
Contribuições de melhoria
Assim como as taxas, essas contribuições pressupõem uma atividade
estatal específica que justifique sua cobrança (artigo 145, II e III). No
caso, tal atividade consiste na realização de obra pública que implique a
valorização dos imóveis próximos.
Vejamos a seguir um exemplo:
Exemplo
Se determinado município resolver fazer uma obra de ampliação e
alargamento de vias de uma rua, transformando-a em uma importante e
movimentada avenida, ele poderá cobrar dos proprietários dos imóveis
imediatamente beneficiados uma contribuição pecuniária em virtude da
valorização desses imóveis.
Em teoria, não seria justo que determinada pessoa natural ou jurídica
tivesse um acréscimo patrimonial (valorização de um imóvel) em virtude
de uma obra feita pelo poder público que busque beneficiar a todos;
nem todos, por certo, terão a mesma sorte, razão pela qual seria
justificável a cobrança. O valor arrecadado poderia ser utilizado para
mais obras igualmente importantes.
No entanto, esse tributo tem sido muito pouco utilizado
no Brasil. É provável que você sequer já tenha ouvido
falar a respeito dele!
Contribuições especiais
No artigo 149, a Constituição Federal dá competência exclusiva à União
para instituir três tipos de contribuições:
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
Sociais

De intervenção no domínio econômico

De interesse das categorias pro�ssionais ou
econômicas
Essas contribuições destinam-se a custear uma atuação específica do
Estado, ou seja, suas receitas têm destino certo. A instituição de uma
contribuição especial, porém, deve observar as disposições dos artigos
146, III, e 150, I e III, da CF/1988. Em geral, ela decorre de um fato do
contribuinte.
Um exemplo seria as contribuições previdenciárias, destinadas ao
financiamento da Previdência Social (aposentadoria ou pensão, entre
outros exemplos).
Empréstimo compulsório
O empréstimo compulsório (previsto no artigo 148 da CF/1988)
distingue-se dos demais tributos por uma peculiaridade: o dever de
restituição ao contribuinte dos valores cobrados. Ele caracteriza-se
como um tributo não vinculado, uma vez que os recursos arrecadados
com a sua instituição devem ser utilizados para suprimento das
despesas gerais em favor da nação.
A sua instituição é condicionada à edição de Lei Complementar Federal;
assim, somente a União tem competência para criar esse tributo. Sua
criação, além disso, se dá conforme estas condições estabelecidas pela
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Constituição:
Vejamos um exemplo:
Exemplo
Investimentos urgentes para custear obras relacionadas ao
fornecimento de serviços essenciais, como energia elétrica ou
abastecimento de água.
Elementos fundamentais do tributo, incidência
e fato gerador
Ao tratar de elementos do tributo, a doutrina indica quais seriam os
elementos fundamentais e os complementares.
São elementos fundamentais do tributo:
• fato gerador;
• contribuinte ou responsável;
• base de cálculo.
Já seus elementos complementares são:
 Para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, guerra externa
ou sua iminência.
 No caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional (observado o
disposto no artigo 150, inciso III, alínea “b”, da
CF/1988).
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Alíquota
A alíquota é o fator definido em lei que, aplicado sobre a base
de cálculo, determina o montante do tributo a ser pago. Esse
fator pode ser fixo, ad valorem (proporcional progressivo ou
regressivo) ou específico.
No caso do IR de renda, por exemplo, a alíquota pode variar – a
partir da faixa e da isenção – de 7,5% a 27,5% de acordo com a
renda aferida pelo contribuinte.
Adicional
A legislação tributária prevê hipóteses nas quais, além do valor
inicialmente devido a título de imposto apurado pela aplicação
da alíquota sobre a base de cálculo, o contribuinte deva pagar
um valor “adicional” que vai incidir sobre determinada base de
cálculo que ela fixar.
Por exemplo, o adicional do IR de 10% do valor do lucro real
que exceder R$20.000 multiplicado pelo número de meses do
período de apuração.
Prazo de pagamento
Compete ao ente competente para arrecadar o tributo a
fixação, via lei, do prazo de pagamento. Entretanto, é comum a
legislação atribuir (delegar) ao chefe do Poder Executivo a
competência para fixar, por meio de ato próprio (decreto), o
prazo para o pagamento dos tributos.
Comentário
No exemplo dado na aba “Adicional”, podemos aplicar a legislação: §2º
do art. 2º da Lei nº 9.430, de 27 de novembro de 1996, que dispõe sobre
a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social,
o processo administrativo de consulta e dá outras providências,
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combinado com oart. §3º do art. 623 do Decreto nº 9.580, de 22 de
novembro de 2018, que regulamenta a tributação, a fiscalização, a
arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos
de Qualquer Natureza.
Descreveremos a seguir os principais aspectos dos elementos
fundamentais.
Fato gerador
Fato gerador é a concretização da hipótese de incidência tributária
prevista em abstrato na lei que gera (faz nascer) a obrigação tributária.
Por exemplo, ser proprietário de um imóvel predial urbano gera a
obrigação do Imposto Propriedade Territorial Urbana (IPTU); de um
veículo, a obrigação do Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA). Já
prestar serviços gera a de impostos sobre serviços.
Caso não seja alcançada por uma hipótese de imunidade, a
concretização desse fato gera uma destas duas obrigações ou ambas
ao mesmo tempo:
• Uma obrigação principal de natureza pecuniária, isto é, pagar um
tributo.
• Uma obrigação acessória, que é um dever administrativo, como, por
exemplo, emitir nota fiscal ou prestar declaração ao fisco.
O conceito de fato gerador está previso nos artigos 114 e 115 do Código
Tributário Nacional:
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Artigo 114. Fato gerador da
obrigação principal é a
situação de�nida em lei
como necessária e su�ciente
à sua ocorrência.
Artigo 115. Fato gerador da
obrigação acessória é
qualquer situação que, na
forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a
abstenção de ato que não
con�gure obrigação
principal.
(BRASIL, 1966)
Contribuinte ou responsável tributário
Contribuinte é o sujeito passivo da obrigação tributária que tem relação
pessoal e direta com o fato gerador.
No caso dos exemplos citados anteriormente, o contribuinte do fato
gerador de possuir um imóvel é o “proprietário do imóvel”, o que enseja
a obrigação principal de pagar o IPTU, assim como o contribuinte do
IPVA é o do veículo automotor.
E o que é "responsável tributário"?
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O responsável tributário, por sua vez, é a pessoa que a lei
escolhe para responder pela obrigação tributária, em
substituição ao contribuinte de fato, dada a maior complexidade
para alcançá-lo. Esse responsável não arcará, no final, com o
ônus tributário, que é suportado pelo contribuinte de fato.
Contudo, cabe a ele atuar como um agente arrecadador do Fisco
e como seu depositário, devendo recolher as importâncias
descontadas ou cobradas do contribuinte de fato ao Fisco nos
prazos de lei.
Um exemplo de responsável tributário é o empregador que recolhe o
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) diretamente da folha de
pagamento do salário do funcionário. O empregador não arca com o
pagamento do tributo; ele, na verdade, faz o papel de arrecadador para o
Fisco, descontando o valor do tributo do salário do funcionário e
repassando-o posteriormente.
Base de cálculo
A base de cálculo é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota
(percentual) prevista em lei para determinado tributo a fim de apurar o
valor a ser pago pelo contribuinte ou responsável. Essa base varia de
acordo com o tributo. Para os impostos, a título de exemplo, a base de
cálculo deve ser definida em lei complementar (artigo 146 da CF/1988).
Exemplo
Em Minas Gerais, a base de cálculo do IPVA de um veículo novo é o
preço total que consta no seu respectivo documento fiscal de venda. Já
para veículos usados (desde o IPVA do exercício 2008, essa cotação é
realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) com
supervisão dos técnicos da SEF/MG), essa base é o preço médio
praticado no mercado, no final do exercício anterior ao da cobrança,
divulgado pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG) mediante
pesquisa em publicações especializadas e, subsidiariamente, na rede
revendedora.
Resposta 
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35 of 68 16/05/2022 14:11
Lançamento, crédito tributário e
obrigação tributária e princípios
constitucionais tributários
Lançamento e crédito tributário
Crédito tributário
Compreende-se como crédito tributário o direito do poder público
(sujeito ativo) de exigir o objeto (pagamento) da obrigação tributária
principal do sujeito passivo.
Esse direito decorre da realização do fato gerador por parte do sujeito
passivo.
A partir do momento que alguém realiza uma hipótese prevista em lei
(ou hipótese de incidência tributária), instaura-se a relação jurídica
tributária. Vejamos um exemplo:
Exemplo
A pessoa presta um serviço e é remunerada por ele: surge, ao mesmo
tempo, o direito do município (ou Distrito Federal) de receber o imposto
sobre o serviço e o dever do contribuinte de pagá-lo.
Perceba que, nessa relação, o sujeito passivo (contribuinte) deve
entregar determinada quantia ao ativo (poder público), que tem o direito
de exigi-la. Esse direito é denominado crédito tributário. A constituição
desse crédito se dá por meio do lançamento, que será abordado a
seguir.
Lançamento tributário
O conceito de lançamento tributário está definido no artigo 142 do
Código Tributário Nacional. Como frisamos, a constituição do crédito
tributário – tratado anteriormente – se dá por meio do lançamento.
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Assim é entendido o procedimento administrativo cuja tendência é:
O parágrafo único do citado dispositivo determina ainda que a atividade
administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, ou seja, deve ser
feita independentemente da vontade do gestor, sob pena de
responsabilidade funcional.
Obrigação tributária
Nos termos do artigo 113 do Código Tributário Nacional, a obrigação
tributária pode ser principal ou acessória. Veremos a seguir a
explicação de cada uma delas:
 Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente.
 Determinar a matéria tributável.
 Calcular o montante do tributo devido.
 Identificar o sujeito passivo.
 Propor (se for o caso) a aplicação da penalidade
cabível.
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Obrigação principal
Surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Essa
obrigação extingue-se com o crédito dela decorrente. Por
exemplo, a obrigação de pagar o IR.
Obrigação acessória
Decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. A legislação prevê,
ademais, que a acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária. Por exemplo, a
obrigação de fazer a declaração do IR antecede o pagamento
desse imposto.
Princípios constitucionais tributários
Os princípios constitucionais podem ser compreendidos como o
conjunto de normas que revela a ideologia da Constituição, seus
postulados básicos e seus fins. Em outras palavras, são as “normas
eleitas pelo constituinte como fundamentos ou qualificações essenciais
da ordem jurídica que institui” (BARROSO, 1999).
No âmbito do Sistema Tributário Nacional, é possível identificar alguns
princípios tributários a partir do artigo 150 da CF/1988:
Princípio da legalidade
Nos termos do inciso I do artigo 150 da CF/1988, é vedado à União, aos
estados, ao Distrito Federal e aos municípios exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça. Dessa maneira, nenhum ente tributário pode
instituir ou majorar tributos por meio de atos infralegais, como decretos,
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portarias ou resoluções.
Observe que a exigência de lei torna a instituição ou a majoração de
tributo uma matéria a ser discutida necessariamente por dois Poderes:
Legislativo
Aprecia, vota e
eventualmente aprova a
proposição de lei.
Executivo
A quem cabe sancionar
ou vetar a lei.
Dessa forma, há mais controle e discussão, evitando-se, assim, o
aumento da carga fiscal por atos de competência singular do Poder
Executivo.
Princípio da isonomia tributária
O inciso II do artigo 150 da CF/1988 determina que:
É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação
equivalente.
É proibida ainda qualquer distinção em razão de ocupação profissional
ou função por eles exercida independentemente da denominação
jurídica de rendimentos, títulos ou direitos.
Princípio da irretroatividade tributária
A alínea “a” do inciso III do artigo 150 da CF/1988 determina que é
vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios cobrar
tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei responsável por instituí-los ou aumentá-los.
Em resumo, a lei aplica-se aos fatos que ocorrem necessariamente após
sua entrada em vigor, não podendo retroagir para alcançar aqueles já
ocorridos.

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Princípio da anterioridade
Determina que é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Dessa maneira, para que determinado aumento ou novo tributo seja
cobrado, o ente deverá aguardar o exercício seguinte à vigência da nova
lei.
Por exemplo, se a lei que cria uma taxa entra em vigor em abril de 2021,
ela só poderá ser cobrada em 1º de janeiro de 2022.
Atenção!
A CF/1988 prevê duas exceções:
1) alteração de alíquotas dos impostos federais sobre importação,
exportação, produtos industrializados e operações financeiras;
2) contribuições sociais.
Princípio da noventena
Acrescida por meio da Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro
de 2003, a alínea “c” do inciso III do artigo 150 da CF/1988 prevê que é
vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios cobrar
tributos antes de decorridos 90 dias da data na qual a lei que os instituiu
ou aumentou tenha sido publicada.
Trata-se de previsão cumulativa àquela que prevê o
princípio da anterioridade. Desse modo, a cobrança do
novo tributo ou da nova alíquota majorada deverá ser
feita somente no ano seguinte à publicação da lei e
recairá apenas sobre o fato gerador que ocorrer após
90 dias da vigência dela.
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Assim, se a lei que majora o tributo for publicada 1º de novembro de
2021, ela, além de só poder ser aplicada em 2022, alcançará apenas o
fato gerador que se concretizar após 1º de fevereiro de 2022.
Princípio da imunidade
O inciso VI do artigo 150 da CF/1988 veda aos entes federados instituir
impostos para os casos nele discriminados, concedendo-lhes, portanto,
imunidade:
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Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos
estados, ao Distrito Federal e aos
municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos
partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o
papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas
musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros
e/ou obras em geral interpretadas
por artistas brasileiros bem como os
suportes materiais ou arquivos
digitais que os contenham, salvo na
etapa de replicação industrial de
mídias ópticas de leitura a laser.
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(BRASIL, 1988)
Eis a diferença entre imunidade tributária e isenção
tributária: enquanto a imunidade é lida como
competência ou falta dela, sendo determinada pela
Constituição a tributação de certos fatos geradores ou
contribuintes, a isenção é meramente o exercício da
competência do ente da federação.
Em outras palavras, enquanto a imunidade afasta a competência do
ente federado para fixar determinado tributo em relação a um fato ou ao
contribuinte, a isenção é uma liberalidade desse ente, que, apesar de
possuir competência para tributar, opta por não o fazer.
Vejamos a seguir dois exemplos:
Princípio da capacidade contributiva
Nos termos do §1º do artigo 145 da CF/1988, sempre que possível, os
 Imunidade tributária
Um Estado não pode cobrar IPVA de veículos
pertencentes a outros entes federados, como é o
caso daqueles pertencentes a municípios.
 Isenção tributária
Um Estado pode cobrar IPVA de qualquer
proprietário pessoa natural de veículo automotor,
porém opta por isentar pessoas com deficiência
física do pagamento desse tributo.
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impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica (ou capacidade contributiva, termo empregado
pela doutrina) do contribuinte. É facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, desde que
sejam respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, identificar:

O patrimônio do contribuinte

Os rendimentos do contribuinte

As atividades econômicas do contribuinte
Dessa maneira, a legislação tributária tem de procurar medir a
capacidade contributiva de cada particular para graduar sua tributação
de forma mais justa. Por esse motivo, existe a gradação da alíquota do
IR, que aumenta proporcionalmente conforme a renda do contribuinte.
Princípio da não cumulatividade
O conceito de não cumulatividade pode ser obtido a partir da
interpretação das regras previstas nos artigos:

153, IV, §3º, II

155, II, §2º, I
Ambos da Constituição Federal.
A própria ideia de cumulatividade e não cumulatividade pressupõe a
existência de fatos geradores que componham uma cadeia econômica
formada por várias operações.
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Nesse contexto, a não cumulatividade visa a evitar o efeito “cascata” da
tributação, compensando o valor referente ao tributo recolhido nas
operações anteriores com aquele a ser recolhido na operação ora
considerada.
O objetivo é desonerar o contribuinte da repercussão
econômica que um sistema de tributação cumulativo
geraria no preço final do produto.
Perceba, portanto, que a ideia de cumulatividade para fins de incidência
do princípio pressupõe um ciclo econômico formado por várias
operações, sejam elas com o mesmo sujeito passivo ou com sujeitos
passivos distintos.
A não cumulatividade, entre outras formas, pode ser obtida a partir da
tributação sobre o valor agregado no produto (mudança da base de
cálculo), ou seja, deduzindo-se do valor da produção aferida em
determinado lapso temporal o montante gasto, entre outros exemplos,
na aquisição de matéria-prima ou de outros materiais usados no
processo de produção.Veja um exemplo da aplicação da não
acumulatividade: a cobrança do ICMS.
Quando uma mercadoria é vendida por R$100, incide sobre ela a
alíquota do ICMS. Se fosse revendida por R$150, incidiria
novamente o ICMS sobre esse valor até chegar ao destinatário
final. Se isso acontecesse, teríamos um acúmulo de alíquotas de
ICMS sobre a mercadoria.
Nos termos do artigo 155, II, da CF/1988, a não cumulatividade
acontece pelo fato de o segundo vendedor da mercadoria de
R$150 ter direito à compensação do crédito, pois o primeiro
vendedor já pagou o ICMS sobre a venda de R$100.
Princípio da seletividade
O princípio da seletividade decorre da função extrafiscal do tributo.
Nesse caso, comparando produtos e serviços presentes na sociedade,
compete ao legislador ajustar a alíquota de acordo com a
Exemplo - A cobrança do ICMS 
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essencialidade e até mesmo a prejudicialidade de um produto ou
serviço.
Assim:
Princípio da não cumulatividade
Este vídeo explicará sobre o princípio da não cumulatividade com a
utilização de exemplos práticos de casos de dupla tributação e
consequências para os contribuintes.
 Quanto mais supérfluos forem os produtos, maior
será a alíquota que sobre eles incidirá. Se eles,
porém, forem de primeira necessidade, as alíquotas
deverão ser abrandadas ou, dependendo do caso,
até zeradas. Exemplo: alíquota dos produtos que
compõem a cesta básica versus produtos de
vestuário de luxo.
 Quanto mais prejudicial for o produto para a
sociedade, maior será a alíquota. Exemplo: alíquota
sobre cigarros e bebidas alcóolicas.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Impostos
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Elementos fundamentais do tributo, incidência e fato
gerador
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
O Código Tributário Nacional prevê que o imposto, espécie de tributo,
tem como fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Marque a opção
correta sobre o imposto.
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A
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
somente poderá ser cobrado de um contribuinte se ele,
além de ser proprietário de um veículo automotor, também
puder dirigir em ruas e estradas devidamente construídas
e preservadas.
B O imposto é uma espécie de tributo não vinculado.
C
A multa é um tipo de imposto que possui como fato
gerador um ato ilícito.
D
Compete aos municípios, de acordo com a necessidade
financeira e a urgência, criar e instituir novos tipos de
impostos, como, por exemplo, um imposto sobre a renda
de seus habitantes.
E
A tarifa é um tipo de imposto cobrado em virtude do uso
de determinado serviço público, como o de transporte
público.
Parabéns! A alternativa B está correta.
O imposto ser um tributo não vinculado significa dizer que a receita decorrente de sua arrecadação
não está vinculada ao fato gerador que a originou. Desse modo, o recurso obtido a partir do IPTU, por
exemplo, poderá ser utilizado para qualquer fim previsto na legislação orçamentária, como, por
exemplo, melhorar a infraestrutura da cidade ou até pagar salários de servidor.
Questão 2
Com base no Sistema Tributário Nacional, é correto afirmar que
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A
tributo compreende toda prestação pecuniária
compulsória (exclusivamente em dinheiro) cujo valor é
expresso e não constitui sanção de ato ilícito, sendo
instituída por lei e cobrada mediante atividade
administrativa vinculada.
B
o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação dependente de qualquer atividade estatal
específica relativa ao contribuinte.
C
a receita líquida do imposto sobre importação destina-se
exclusivamente à formação de reservas monetárias para
controle do câmbio.
D
a legislação tributária autoriza a extinção do crédito
tributário por meio de dação em pagamento na forma e
nas condições estabelecidas em lei.
E
baseado no princípio da anterioridade, o Estado pode
cobrar imposto com base em fato gerador ocorrido antes
da instituição desse tributo.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O artigo 156 do CTN prevê a possibilidade de extinção do crédito tributário por meio de dação em
pagamento. Essa previsão foi incluída na legislação graças à edição da Lei Complementar nº 104, de
10 de janeiro de 2001, e observa a forma e a condição previstas na Lei Federal nº 13.259, de 16 de
março de 2016.

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3 - Operações �scais e tributárias
Ao �nal deste módulo, esperamos que você identi�que as operações �scais e tributárias.
Conceitos gerais dos impostos
federais, estaduais e municipais
Competência tributária
A competência tributária é uma permissão ou uma atribuição facultativa
entregue pela Constituição Federal aos entes federativos (municípios,
estados, Distrito Federal e União) autorizando-os a estabelecer
determinados tributos em seu território. A criação de tributos, porém,
não é algo simples:
Somente é possível a instituição daqueles tributos já
de�nidos na Constituição de 1988.
Municípios, estados, Distrito Federal e União não têm a autonomia de
estabelecer qualquer tributo. Já existe no Texto Constitucional a
previsão de quais impostos, taxas e contribuições podem ser instituídas
por cada ente.
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Dessa forma, nota-se que a Constituição não cria tributos:
• Ela autoriza que os entes federativos os criem por meio de lei.
• Ela determina as limitações desse poder.
• Ela estipula quais tipos de tributos são de competência de cada
ente.
Veja a seguir as competências tributárias do entes federativos:
Segundo os artigos 153 e 154 da Constituição Federal, a União
pode instituir e arrecadar os seguintes tributos:
a) Imposto de importação: tributo incidente sobre mercadorias
estrangeiras que entram em território nacional.
b) Imposto de exportação: tributo incidente sobre mercadorias
nacionais ou nacionalizadas quem saem do território brasileiro.
c) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR):
tributo incidente nas rendas de pessoas físicas e jurídicas.
d) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): tributo
incidente sobre produtos industrializados.
e) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): tributo incidente
em diferentes operações financeiras com valores variáveis de
alíquotas.
f) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR): imposto
incidente sobre o domínio ou posse de imóvel rural localizado
fora do perímetro urbano dos municípios.
g) Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF): tributo previsto na
Constituição Federal, mas ainda não regulamentado.
h) Empréstimo compulsório: tributo que serve para atender a
situações excepcionais.i) Contribuições especiais: tributo
destinado ao financiamento da seguridade social, como o INSS,
o PIS e o COFINS.
j) Taxas e contribuições de melhorias de sua competência.
k) Contribuições para custear o regime previdenciário dos seus
Competência tributária da União 
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funcionários públicos.
De acordo com o artigo 155 da CF, compete aos estados e ao
Distrito Federal instituir tributos sobre:
a) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS):
tributo regulamentado por cada estado da Federação que incide
na circulação dos produtos entre cidades ou estados.
b) Imposto de transmissão causa mortis e doação (ITCMD):
tributo incidente na transmissão não onerosa de bens ou
direitos.
c) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA):
tributo incidente sobre a propriedade de veículos automotores,
estando excluídas as embarcações e as aeronaves.
d) Taxas e contribuições de melhorias de sua competência.
e) Contribuições para custear o regime previdenciário dos seus
funcionários públicos.
Conforme o artigo 156 da CF, compete aos municípios instituir
tributos sobre:
a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
(IPTU): imposto incidente sobre a propriedade, o domínio ou a
posse de imóvel localizado no perímetro urbano.
b) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS): tributo
que incide sobre a prestação de serviços.
c) Imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI): tributo
incidente na transferência onerosa de imóveis.
d) Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública
(conforme previsto no artigo 149-A da CF).
Competência tributária dos estados e do Distrito Federal 
Competência tributária dos municípios 
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e) Taxas e contribuições de melhorias de sua competência.
f) Contribuições para custear o regime previdenciário dos seus
funcionários públicos.
Disputa �scal entre os estados
brasileiros
Neste vídeo, será apresentado a origem de disputas pelo poder de
tributação dos entes federativos e exemplificado as consequências da
chamada “guerra fiscal”.
Contabilização dos impostos
A contabilidade procura fornecer informações econômico-financeiras
para a tomada de decisões. Para fornecer essas informações, é preciso,
antes disso, coletar os dados e utilizar as técnicas de escrituração
contábil para o registro desses dados.
Os lançamentos contábeis fazem parte da técnica de escrituração. A
realização desses lançamentos relacionados a tributos exige algumas
diferenciações.
Inicialmente, é necessário identi�car o tipo de lançamento
a ser realizado.

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Provisionamento de tributos
A provisão contábil pode ser definida como a representação de uma
expectativa de perdas de ativos ou a estimativa de valor a ser
desembolsado. Ela trata de valores que efetivamente ainda não foram
pagos, mas que têm origem em fatos geradores contábeis já ocorridos.
Exemplos dessas representações são:
Exemplo
As contas de provisão de 13º salário ou a provisão para IR.
Provisionamento de tributos
O pagamento de tributos é o próprio ato de dispêndio de
disponibilidades financeiras para a quitação dos tributos.
Compensação
O conceito de compensação é tratado no âmbito do Direito Civil. Da
norma contida no artigo 368 do Código Civil extrai-se esta definição:
Se duas pessoas forem ao
mesmo tempo credor e
devedor uma da outra, as
duas obrigações extinguem-
se, até onde se compensarem
(BRASIL, 2002)
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O CTN utiliza o conceito de forma similar em seu artigo 170. Segundo
ele, “a lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja
estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar
a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos,
vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública”
(BRASIL, 1966).
Assim, se a obrigação do pagamento do tributo está acoplada a um
direito de crédito, pode haver uma compensação utilizando-se o crédito
tributário.
Para entender melhor, veja o exemplo a seguir:
Se o contribuinte tem a obrigação de pagar um valor “x” de um
tributo, tal valor pode ser reduzido por um crédito existente
desse contribuinte com o poder público. Tal crédito pode dizer
respeito a pagamentos com valores superiores realizados
anteriormente por esse contribuinte pela existência de
precatórios com o poder público (dívidas do poder público) e
outros créditos.
Agora que já definimos o tipo de lançamento, devemos observar a
natureza devedora ou credora do lançamento do tributo.
Contas devedoras
Aumentam com o
débito e diminuem com
o crédito.
Contas credoras
Aumentam com o
crédito e diminuem com
o débito.
Exemplo de contabilização de tributos
Para compreender melhor a contabilização e os lançamentos contábeis,
vamos imaginar lançamentos comuns relacionados ao Imposto de
Exemplo 

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Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ):
Provisionamento de tributos
Para realizar o provisionamento do IRPJ, fazemos os seguintes
lançamentos:
• D – IRPJ (despesa).
• C – IRPJ a pagar (passivo circulante).
Observe que o IRPJ como despesa tem natureza devedora;
logo, se o saldo é provisionado e aumentado, o lançamento é
feito por um débito.
Já o IRPJ a pagar é um passivo e possui natureza credora;
então, como o saldo aumentará, o lançamento será feito por
um crédito.
Pagamento de tributos
Para fazer tal pagamento, realizamos os seguintes
lançamentos:
• D – IRPJ a pagar (passivo circulante).
• C – Caixa/banco (ativo circulante).
O IRPJ a pagar é uma conta de passivo de natureza credora. Ao
se quitar o tributo, a obrigação é eliminada; então, o saldo
deverá ser zerado. Dessa maneira, o lançamento é a débito.
O pagamento é feito com a conta de disponível do ativo
(caixa/banco). Essa conta está no ativo circulante e possui
natureza devedora; como o saldo dela diminuirá, o lançamento
deverá ser a crédito.
Provisionamento de tributos
A compensação é feita com:
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• D – IRPJ a pagar (passivo circulante).
• C – IRPJ a compensar (ativo circulante).
O IRPJ a pagar é uma conta de passivo de natureza credora. Ao
compensar o tributo, a obrigação termina; portanto, o saldo
deverá ser baixado. Dessa forma, o lançamento será um débito.
A compensação é feita com a conta de IRPJ a compensar. Essa
conta está no ativo circulante e possui natureza devedora.
Como o seu saldo será reduzido, o lançamento será a crédito.
Passivos e ativos �scais correntes e
diferidos
No balanço patrimonial, tanto o ativo e o passivo fiscais correntes
quanto o ativo e o passivo fiscais diferidos precisam ser classificados
separadamente de outros ativos e passivos.
Vejamos a seguir a explicação de cada um deles:
 Passivos e ativos �scais correntes
Passivos e ativos correntes são bens/direitos e
obrigações de curto prazo, sendo classificados no
grupo circulante. O termo ”fiscal” se refere aos
tributos que dão origem a esses passivos ou
ativos.
Os valores devidos e ainda não pagos referentes a
lucros tributáveis correntes (ou de períodos
anteriores) devem ser contabilizados como
passivos. Quando o valor pago relacionado aos
períodos atual e aos anteriores ultrapassar o valor
devido, o excesso terá de ser contabilizado como
ativo.
Contas que exemplificam os ativos fiscais correntes
são as contas Tributos a recuperar no ativo
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Diferença temporária tributável,
diferença tributária dedutível,
prejuízos e créditos �scaisConceitos introdutórios para o
desenvolvimento do tema
Quando uma organização adota o regime da tributação sobre o lucro, é
importante haver a determinação de alguns conceitos para o
desenvolvimento dos próximos tópicos abordados.
Esmiuçaremos dois desses conceitos a seguir:
Resultado contábil
circulante. Já exemplos de passivos fiscais
correntes são as contas de Tributos a recolher no
passivo circulante.
 Passivos e ativos �scais diferidos
O termo “diferido” se refere aos intervalos de
valores devidos (passivos) e recuperáveis ou aos
créditos (ativos) para períodos futuros.
Esses ativos ou passivos se originam após eventos
que ocasionam um aumento ou uma diminuição
nos tributos sobre o lucro.
Os passivos e os ativos fiscais diferidos são
contabilizados no exigível ou no realizável a longo
prazo.
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Resultado empresarial antes da tributação dos impostos. É a partir do
resultado contábil que se apura a base fiscal.
Base �scal
Trata-se exatamente do valor sobre o qual os efeitos fiscais incorrem. A
base fiscal é o resultado contábil após as deduções necessárias. Ela
pode resultar em lucro tributável ou, caso não haja um resultado líquido
para ser tributado, prejuízo fiscal.
Diferença temporária tributável
Diferenças temporárias são as distinções entre a base fiscal de um ativo
ou passivo e seu valor contábil no balanço patrimonial que afetam ou
podem afetar a apuração dos tributos sobre os lucros. Já as diferenças
temporárias tributáveis são valores acrescentados no cálculo do
resultado tributável de períodos futuros quando o valor contábil do
ativo ou do passivo é recuperado ou liquidado.
Para entender melhor veja o exemplo a seguir:
Registrada no ativo no valor de R$150, uma máquina está com o
valor contábil de R$100 após ser depreciada contabilmente em
R$50. A depreciação acumulada para fins fiscais é de R$90; a
alíquota do tributo sobre o lucro, de 25%.
A base fiscal do ativo é R$60 (custo de R$150 menos a
depreciação fiscal acumulada de R$90). Para recuperar o
restante do valor contábil da máquina (R$100), a fábrica terá de
obter uma compensação com renda tributável de R$100, embora
ela só possa deduzir a depreciação para fins fiscais de R$60.
A diferença entre o valor contábil de R$100 e a base fiscal de
R$60 é a diferença temporária tributável (R$40).
Consequentemente, a fábrica pagará tributos sobre o lucro no
valor de R$10 (25% de R$40) quando ela recuperar o valor
contábil da máquina. Nesse caso, a entidade deve reconhecer
um passivo fiscal diferido de R$10 (25% de R$40) representando
Exemplo 
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o tributo sobre o lucro que ela pagará quando recuperar o valor
contábil do ativo.’
Diferença tributária dedutível
As diferenças temporárias dedutíveis são valores que serão diminuídos
no cálculo do resultado tributável de períodos futuros quando o valor
contábil do ativo ou do passivo for recuperado ou liquidado.
Eis alguns exemplos de ocorrências de diferenças temporárias
dedutíveis:
 Provisão para garantia de produtos registrada na
contabilidade no exercício de sua venda, mas
dedutível para fins fiscais somente quando
realizada.
 Provisão para gastos com manutenção e reparo de
equipamentos dedutível para fins fiscais somente
quando eles forem efetivamente realizados.
 Provisão para riscos fiscais e outros passivos
contingentes.
 Provisão para perdas permanentes em
investimentos.
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Prejuízos e créditos �scais
Prejuízos �scais
Conceito
Prejuízo fiscal é o prejuízo decorrente do resultado negativo da base de
cálculo de tributos sobre lucros. Acumulado ao longo de vários períodos
de apuração, ele pode ser compensado com resultados positivos
futuros.
No período de apuração em que houver a apuração de Prejuízo Fiscal, o
recolhimento dos tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL) não será devido.
Devido à relevância dos dispositivos, faremos aqui a transcrição de:
No período de apuração em que houver a apuração de Prejuízo Fiscal, o recolhimento dos tributos sobre o
lucro (IRPJ e CSLL) não será devido
Assim determina o artigo 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, que altera a legislação tributária federal e dá outras
providências, combinado com o §2º do art. 227 do Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, que regulamenta a
tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
 Receitas tributadas em determinado exercício que
somente devem ser reconhecidas contabilmente
em exercício ou exercícios futuros para atender ao
princípio da competência.
 Certos ativos que puderem ser reavaliados – sem
que se faça um ajuste equivalente para fins
tributários – quando a base fiscal do ativo exceder
seu valor contábil ajustado ao valor de mercado
(reavaliação negativa) ou o valor de recuperação.
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Art. 35. A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o
pagamento do imposto devido em cada mês, desde que
demonstre, por meio de balanços ou balancetes mensais, que o
valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive
adicional, calculado com base no lucro real do período em curso.
§1º Os balanços ou balancetes de que trata este artigo:
a) deverão ser levantados com observância das leis comerciais e
fiscais e transcritos no livro diário;
b) somente produzirão efeitos para determinação da parcela do
Imposto de Renda e da contribuição social sobre o lucro devidos
no decorrer do ano-calendário.
§2º Estão dispensadas do pagamento de que tratam os arts. 28
e 29 as pessoas jurídicas que, por meio de balanço ou
balancetes mensais, demonstrem a existência de prejuízos
fiscais apurados a partir do mês de janeiro do ano-calendário
§3º O pagamento mensal, relativo ao mês de janeiro do ano-
calendário, poderá ser efetuado com base em balanço ou
balancete mensal, desde que neste fique demonstrado que o
imposto devido no período é inferior ao calculado com base no
disposto nos arts. 28 e 29.
§4º O Poder Executivo poderá baixar instruções para a aplicação
do disposto neste artigo.
Art. 227. A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o
pagamento do imposto sobre a renda devido em cada mês,
desde que demonstre, por meio de balanços ou balancetes
mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do
imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do
período em curso. [...]
§2º Ficam dispensadas do pagamento mensal as pessoas
Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995 
Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018 
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jurídicas que, por meio de balanços ou balancetes mensais,
demonstrem a existência de prejuízos fiscais apurados a partir
do mês de janeiro do ano-calendário.
Compensação de prejuízos �scais
O prejuízo fiscal confere o benefício de redução da base de cálculo do
IRPJ nos exercícios seguintes. Com isso, a função do aproveitamento
desse prejuízo é abater o prejuízo apurado no valor do imposto a pagar
referente ao período posterior. Entretanto, a legislação tributária
determina um limite para a compensação dos prejuízos.
Créditos �scais
Entende-se como créditos fiscais o direito de origem de tributária de se
creditar do valor pago. O crédito tributário tem origem na obrigação
tributária e, dentro de uma mesma relação jurídica, é consequência
dessa obrigação.

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