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O GRUPO FAMILIAR: NORMALIDADE E PATOGENIA Profª Fabiana Maria O GRUPO FAMILIAR CONSENSO: importância do grupo familiar para a estruturação do psiquismo da criança, a formação da personalidade, a formação dos seus grupos internos e a configuração de suas relãções grupais e sociais; O termo grupo familiar designa não apenas a influência exercida pela mãe e pelos outros membros; FATORES SOCIOCULTURAIS Profundas transformações: Novo significado de famí́lia; Emancipação feminina e a conciliação de papéis; Mudanças nos papéis masculinos; Mudanças nas relações com os avós; Crescente índice de divórcios e recasamentos; Famílias monoparentais femininas; Uniões homoafetivas; Valores consumistas e individualistas; Violência urbana e desigualdades econômicas. O grupo familiar vai se formando para a criança através das representações internalizadas de cada um o que faz da família uma entidade abstrata mais importante do que cada membro isolado; Há uma imagem grupal da família e uma cobrança a manutenção dessa imagem por todos; TRÊS ASPECTOS ESSENCIAIS: 1) as características pessoais do pai e da mãe separadamente, e da relação entre eles; 2) a importância das identificações para a identidade e a auto-estima; 3) a designação e definição de papéis a serem desempenhados dentro e fora da família. Cada família possui um perfil variável: simbiótica, obsessivas, narcisistas, paranóides, fóbicas, depressivas, sadomasoquistas, etc. Existem as famílias bem estruturadas e sadias. Condições básicas: hierarquia na distribuição de papéis, lugares, posições e atribuições, com a manutenção de um clima de liberdade e respeito recíproco entre os membros. NORMALIDADE E PATOGENIA DA FUNÇÃO MATERNA Semelhanças entre grupo terapêutico e o grupo familiar e entre a relação do terapeuta com os seus pacientes e a interação mãe-filhos; Maternagem suficientemente boa é aquela que não frustra e nem gratifica de forma excessiva; NORMALIDADE DA FUNÇÃO MATERNA Ser provedora das necessidades de sobrevivência física e psíquica do filho; Compreender e descodificar a linguagem corporal do bebê; Alternar presença-ausência na medida certa; Ser empática; Permitir que a criança exercite sua necessidade de imaginar e fantasiar; 8 FUNÇÕES DO PAI A segurança e a estabilidade que ele dá, ou não, à mãe; Importância no processo de separação-individuação referente à díade mãe-filho. Função continente para o filho e para a mãe; Um pai excessivamente ausente, ou déspota, ou desvalorizado não será incluído no campo afetivo-triangular; PAPEL DOS IRMÃOS Os irmãos funcionam como objetos de um duplo investimento: Reações ambivalentes amor/amizade X inveja/ciúmes/rivalidade; e deslocamento para os irmãos de pulsões que primariamente seriam dirigidas aos pais. Podem desenvolver relações simbióticas entre irmãos que refletem a relação entre o pais; PATOGENIA DA FUNÇÃO MATERNA Simbiose O tipo de amor que a mãe devota à criança é predominantemente objetal ou narcísico? PROVER E FRUSTRAR A função de “prover”: coordenadas de espaço-tempo; Frustrações escassas: inibem no filho o pensamento; Frustrações exageradas: geram na criança um sentimento de ódio intenso e “ansiedade de aniquilamento”; Frustrações incoerentes: provocam na criança um estado de confusão e instabilidade; Referências ZIMERMAN, D. E. Fundamentos básicos das grupoterapias. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000
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