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ACIDOSE LÁTICA RUMINAL Indigestão aguda por carboidratos. Os carboidratos solúveis presentes em grãos moídos, tais como trigo, cevada, milho, são altamente fermentáveis e o consumo exagerado de carboidratos fermentáveis, sem prévia adaptação por bovinos produz grande quantidade de ácido lático no rúmen. Zebuínos são menos predispostos a indigestão ácida do que os taurinos. Epidemiologia: Ocorre principalmente em ruminantes confinados; Animais que sem do estado subnutrido para alimentação super-premium rapidamente; Ingestão excessiva de alimentos ricos em carboidratos ( CH) e/ou concentrados ou peletizados; Na chuva pode ocorrer o crescimento do pasto rico em nutrientes (frutanos), dos quais geram acidose; Oferecimento de resíduos de rações, frutas, pão, melaços, subprodutos de cervejarias – alimentos ricos em carboidratos. · PERÍODO CRÍTICO: Inicio repentino de fornecimento de alimentação; Concentração da ração de um nível para outro; Jejum da ração seguido do seu refornecimento. OBS1: Animais que recebem só forragem, produzem 150ml de saliva, porém, quem só recebe grãos e concentrados, produzem apenas 40ml de saliva, logo GRÃO TAMPÃO DA SALIVA (mecanismo da acidose). OBS2: Após o parto, quando vacas tem sua dieta de alta fibra mudada para uma dieta de alto concentrado, predispõe a acidose metabólica. PATOGENIA · OBS: Quando o ácido está muito concentrado no rúmen, ocorre a passagem para o corpo, causando acidose sistêmica! · Produtos finais da fermentação ruminal: ácido butírico, propiônico e acético; sub-produtos: aminoácidos das proteínas de células bacterianas e as vitaminas hidrossolúveis. Ocorre a passagem de lipopolissacarídeos para corrente sanguínea, pela destruição da parede ruminal, adentrando na circulação hepática e liberando mediadores e citocinas inflamatórias, produzindo a fase aguda da síndrome. SINAIS CLÍNICOS — Dependem da gravidade da doença, bem como o tempo de início do desequilíbrio até o exame. osmolaridade no rúmen (desidratação, hipotensão/hipóxia e FGR) Ruminite (em decorrência do ácido lático ferindo de forma aguda) ɩ Bacteremia ɩ Endotoxemia Acidose ruminal crônica pode causar abcessos hepáticos (por causa da junção da acidose láctica com rumenite, favorecendo a invasão de bactérias Sphaerpphorus nercrophorus e Corynebacterium pyogenes nos vasos ruminais). Sinais mais leve Recuperação espontânea Rúmen distendido Timpanismo Diminuição da motilidade do rumen Diminuição da ruminação Diarreia Volta do apetite em 2-3 dias Hiporexia Sinais mais graves Decúbito Auto auscultação Taquicardia +/- audível Anúria Sinais neurológicos (sialorreia, ataxia, pedalagens, cegueira, head pressing) Rúmen distendido +++ Temperatura anormal Desidratação +++ Ingestão de CH Mudança da flora (2-6h) p/ gram + (único que aguenta pH ácido) Streptococcus bovis utiliza CH p/ ácido lático Diminuição do pH para 5 ou menor Destruição das bactérias celulolíticas e protozoários Lactobacillus prevalecem e utilizam qnt de CH p/ produzir mais ácido lático Aumento da osmolaridade, puxando água, causando hemoconcentração e desidratação Destruição da parede ruminal DIAGNÓSTICO Anamnese (alimentação rica em carboidratos, mudança radical da alimentação, implantação de alimentação a sub-nutridos). Sinais clinicos Analise do fluido ruminal - pH menor que 5 (dieta verde 6-7; dieta em grão 5,5-6) - Odor ácido - Líquido leitoso acizentado - Ausência de protozoários ativos em lâmina - Substituição da população gram-negativa para gram-positiva Hemograma - Hematócrito alto (hemoconcentração, devido a desidratação) pH urinário ácido (o pH fisiológico do herbívoro é alcalino) Hipocalcemia Aumento das enzimas hepáticas Necropsia - Epitélio ruminal hemorrágico - Abomasite TRATAMENTO Correção da acidose - Carvão ativado 2g/kg (para absorver as toxinas – endotoxinas) - Hidróxido de magnésio 1g/kg em 8-12h de peso vivo - Bicarbonato de sódio 0,5g/kg com 10l de água morna intra ruminal (CUIDADO! Pode levar a nntimpanismo de CO2). Fluidoterapia Prevenir maior produção de ácido lático - Fornecimento de feno e verde - Jejum de água e alimentação por 12 – 24h (apesar de desidratado, não tem iiitrânsito gástrico, logo, vai ficar acumulado) (realmente necessário?). Restabelecer flora ruminal – ruminotomia ou ruminocentese (mais usado para coleta) ɩ Na ruminotomia ocorre o esvaziamento do rúmen e adição de líquidos ruminais de um animal doador (caprino/ovino – ruminantes), para repor a flora perdida. ɩ Probióticos para recolonização da flora. Borogluconato de cálcio 25% Glicose IV (cálcio funciona melhor quando em concomitância com glicose) Tiamina (vitamina B1) 10g/animal IV – promove rápida eficiência Tratar eventual timpanismo com a passagem de sonda Antibioticoterapia sistêmica preventiva de amplo espectro, como penicilina
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