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Acidose Ruminal: o que é, prevenção e tratamento. A acidose ruminal é uma doença metabólica causada principalmente pela alta ingestão de grãos ou outros carboidratos não-fibrosos. Saiba como ela ocorre, como prevenir e tratar o seu rebanho! A acidose ruminal é identificada muitas vezes por perda do apetite, desidratação, diarreia, depressão e, quando não é efetuado o tratamento curativo, pode levar à morte. Nesse texto você vai entender um pouco mais como a acidose ruminal se desenvolve, o porquê, como prevenir que ela afete o seu rebanho e quais os melhores caminhos para o tratamento. O que é acidose ruminal? A acidose ruminal, também conhecida como acidose lática, é causada por um desequilíbrio entre a produção de ácidos no rúmen, a partir da fermentação ruminal de carboidratos não estruturais. A enfermidade ocorre na sua forma aguda com presença de alta concentração de ácido lático no rúmen, principalmente em animais em confinamento recebendo dietas de terminação com alta concentração de amido e outros carboidratos fermentáveis no rúmen. Ocorre também em vacas leiteiras devido à grande concentração de carboidratos não fibrosos, como açúcares e amidos. De maneira geral, nessas dietas ocorre a ausência ou insuficiência de tamponantes e alcalinizantes, como a saliva proveniente da ruminação. O que causa acidose em ruminantes? Para a maioria dos ruminantes, o principal ingrediente da dieta são as forragens. Como forragens geralmente contêm altas concentrações de fibra que são digeridas lentamente no rúmen e não causam a produção de ácido lático, dificilmente dietas equilibradas e baseadas em forragem causam distúrbios digestivos. Por outro lado, o fornecimento de alimentos concentrados na forma de grãos na dieta para aumentar o consumo de energia e desempenho animal, aumenta a quantidade de carboidratos a serem fermentados pela microbiota ruminal, o que promove a produção de ácidos graxos de cadeia curta. Como ocorre no animal acometido pela acidose ruminal? Com a ingestão de carboidratos, microrganismos ruminais irão aderir-se às partículas do alimento e iniciar o processo de digestão (DEGRADAÇÃO) de “dentro pra fora”, ou seja, as bactérias têm que se aderir à porção interna do alimento e produzir enzimas que irão digerir, destruir ou quebrar as ligações do mesmo. Quando microrganismos celulolíticos digerem a celulose (Carboidratos estruturais, ex.: Forragens) há maior produção de acetato. https://prodap.com.br/pt/blog/instalacoes-para-gado-de-leite-quais-sao-como-fazer-e-vantagens https://prodap.com.br/pt/blog/conceitos-para-formulacao-de-dietas-bovinos-leiteiros https://prodap.com.br/pt/blog/conceitos-para-formulacao-de-dietas-bovinos-leiteiros https://prodap.com.br/pt/blog/manejo-alimentar-para-bovinos-de-leite Já quando amido e açúcares predominam na dieta, microrganismos amilolíticos digerem esses carboidratos, (Ex.: Amido do milho) há um aumento na produção de propionato e redução na concentração total de acetato. Com o acúmulo de ácido propiônico no rúmen, o ph cai, criando condições propícias para microrganismos produtores de ácido lático, que por sua vez são 10 vezes mais fortes que os agvs, contribuindo ainda mais para a redução do ph e acentuando a acidose. Isso quer dizer que: como os microrganismos que digerem amido e açúcares se multiplicam mais rapidamente do que aqueles que digerem fibra e sua taxa de digestão também é mais rápida, o pH ruminal é mais baixo quando o amido é digerido se comparado com a celulose. Essa alteração no pH ruminal facilita o crescimento microbiano, já que microrganismos celulolíticos e hemicelulolíticos (digestores de fibra) tem desempenho maior com o pH acima de 6,5, enquanto os amilolíticos (digestores de carboidratos não fibrosos) tem seu ambiente ótimo com pH entre 5,5 e 6,5. Indicativos da acidose em bovinos: Com a queda do ph, o crescimento microbiano é reduzido, consequentemente, a população de bactérias será menor, reduzindo também a digestibilidade da dieta e impactando de forma negativa a ingestão de matéria seca. Tem-se uma queda dos teores de gordura do leite, ficando abaixo dos 3,2%. Como a população microbiana foi comprometida, os níveis de proteína metabolizada reduzem, consequentemente, também reduzindo o teor de proteína no leite. A relação gordura proteína também altera, ficando abaixo de 1. Observamos oscilação no consumo e produção de leite dos animais. As fezes ficam moles, fétidas e com presença de bolhas de ar. Prevenção da acidose em ruminantes Para prevenir a acidose ruminal, deve-se atentar à formulação de dietas que não predisponham a produção excessiva de ácidos no rúmen, assim como o manejo nutricional para evitar mudanças no ambiente ruminal, independentemente da composição da dieta. Também devemos atentar para a adaptação das papilas ruminais, para que elas consigam absorver rapidamente os agvs produzidos na degradação dos carboidratos Como a ocorrência de acidose subaguda é dependente do balanço entre produção e neutralização de ácidos orgânicos, é importante que ambos os aspectos sejam levados em consideração na prevenção do problema. O fornecimento de FDN fisicamente efetivo na dieta tem vários efeitos na redução da acidose ruminal. Primeiro, o incremento na quantidade dele na dieta, invariavelmente, resulta na redução da concentração de carboidratos não fibrosos, principalmente amido, promovendo, portanto, uma diluição de carboidratos fermentáveis no rúmen. Apesar dessa diluição é importante que a fonte de fibra tenha estrutura física e capacidade de estimular ruminação e salivação, tendo em vista que, a saliva chega a neutralizar 50% de ácidos no rúmen. A disponibilidade de água em quantidade e qualidade, influencia diretamente na prevenção da acidose, por meio de diluição, deixando a concentração de ácidos menores no rúmen. https://prodap.com.br/pt/blog/dieta-do-gado-de-leite-influencia-na-qualidade https://prodap.com.br/pt/blog/conceitos-para-formulacao-de-dietas-bovinos-leiteiros https://prodap.com.br/pt/blog/manejo-alimentar-para-bovinos-de-leite https://materiais.smartmilk.com.br/ebook-ingestao-de-agua-por-bovinos-de-leite Tratamento da acidose ruminal O tratamento da acidose ruminal aguda é baseada na remoção da causa do problema (desbalanceamento nutricional) e restabelecimento do equilíbrio ácido-básico do animal. Como estamos cada vez mais desafiando nossos animais, com dietas mais energéticas, utilizando carboidratos de alta fermentação no rúmen, se faz necessário usarmos ingredientes com ações tamponantes e alcalinizantes, como bicarbonato de sódio, óxido de magnésio, carbonato de cálcio, sais de algas marinhas, entre outros. Variando de 0,8 a 1,2% da ingestão de matéria seca para vacas em lactação. Monensina Sódica Dos principais aditivos presentes na nutrição de vacas de leite a monensina sódica e outros ionóforos têm a capacidade de contribuir para a redução de incidência de acidose ruminal, e principalmente melhorar a eficiência de conversão alimentar em razão de um aumento na concentração de energia líquida da dieta. Com concentrações próximas de 300mg por vaca/dia, a monensina seletivamente afeta as bactérias gram-positivas o que reduz o crescimento de microrganismos produtores de ácido lático, minimizando o risco de acidose. Fezes com evidência de um quadro de acidose (Coloração acinzentada e presença de bolhas de ar) A acidose láctica ruminal é ocasionada pelo excesso de grãos de carboidratos ingeridos pelos ruminantes, decorrentes do manejo errôneo, promovendo a sobrecarga ruminal com produção de ácido láctico e destruição de bactérias celulolíticas e protozoários da microbiota do rúmen. A ocorrência desta síndrome se dá pela quantidade ingerida de grãos fermentados, pelo tamanho e gênero deste alimento, pelas experiências vividas dos bovinos de contato com estes elementos nutricionais na dieta. As manifestações clínicas desse distúrbio metabólico são ocorrentes nas fases aguda, subaguda, hiper aguda e crônica, sendo a fase aguda sintomática e a fase subagudaassintomática. Esta revisão literária tem como finalidade apresentar os aspectos clínicos evidenciados na indigestão ácida e seus meios de diagnósticos, além das novas terapias de tratamento ofertadas na medicina veterinária. Conclui-se que a Acidose ruminal láctica predispõe a doenças secundárias e desequilíbrios metabólicos em gados de corte e de leite, causada pelo excesso de carboidratos ofertados no manejo errôneo da dieta, podendo agravar o estado de saúde e causar a morte do animal. https://prodap.com.br/pt/blog/Como-aumentar-consumo-de-materia-seca-bovinos-de-leite https://prodap.com.br/pt/blog/Como-aumentar-consumo-de-materia-seca-bovinos-de-leite O desbalanço das populações de bactérias celulolíticas e amilolíticas modifica a microbiota do rúmen aumentando a produção de ácido láctico neste, desde modo diminui-se o pH do meio ruminal, destruindo as bactérias celulolíticas e protozoários gerando quadro de hemoconcentração e desidratação no animal, como efeito dominó temos atonia ruminal, menor fluxo sanguíneo renal, choque hipovolêmico e óbito. Dessa forma para evitar prejuízos que a acidose pode causar, corrige-se o desequilíbrio de eletrólitos e líquidos da acidose sistêmica e estimula-se a motilidade intestinal e ruminal, revertendo o choque hipovolêmico, destruindo-se os micro-organismos gram-positivos
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