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29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 1/34 COMPORTAMENTO DOCOMPORTAMENTO DO CONSUMIDORCONSUMIDOR SOCIEDADE DOSOCIEDADE DO CONSUMOCONSUMO Autor: Me. Marcelo de Barros Tavares Revisor : Gabr ie l Franzoni IN IC IAR 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 2/34 introdução Introdução A compreensão do processo de consumo é uma das expertises mais relevantes para o pro�ssional de comunicação e marketing. Segundo Bauman (2008), podemos entendê-lo como um conjunto de características e hábitos dos indivíduos. Esta unidade traz discussões e re�exões signi�cativas para um ponto de partida da disciplina. Entender os processos de comunicação e signi�cação do consumo é um desa�o no cotidiano dos pro�ssionais da área. O consumo pode ter diferentes abordagens a partir das correntes teóricas, e está indissociado do aspecto da interculturalidade presente na sociedade. Essa mesma sociedade que, hoje, vive numa era de conexão e de redes, a ponto de in�uenciar e recon�gurar as lógicas do consumo. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 3/34 O consumo tem uma relação muito próxima com a cultura, que em uma de suas de�nições clássicas, é tratada como um conjunto de fatores atrelados aos membros de uma determinada sociedade (SCHEIN, 1986). Sendo assim, cultura pode ser considerada a maneira como as pessoas se manifestam – e expressam seus signi�cados – por meio da língua, da dança, da roupa e da arte. A sociedade vem se adaptando a uma realidade multicultural, tendo em vista a abertura das fronteiras geográ�cas e até mesmo políticas, impulsionadas pelo movimento da globalização. Nesse sentido, a comunicação pode estabelecer lógicas e relações entre diferentes culturas, e assim impactar o consumo. Pode se a�rmar que toda relação de consumo pode ter um viés cultural, ativado por questões subjetivas dos indivíduos envolvidos. A consequência dessa realidade multicultural vivenciada na atualidade é o desenvolvimento de relacionamentos entre as diferentes culturas, con�gurando assim uma perspectiva intercultural. O relacionamento intercultural dos sujeitos, apesar de estar em evidência na atualidade devido, AA Interculturalidade eInterculturalidade e o Consumoo Consumo 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 4/34 principalmente, ao processo de globalização, é sentido e vivenciado pela humanidade desde os seus primórdios, visto que as pessoas sempre tiveram essa necessidade (FERRARI, 2014). A maneira como as pessoas vêm se relacionando, através de computadores, por exemplo, conforme elencado por Castells (2010), torna esse campo ainda novo e com grande potencial a ser explorado. Nesse sentido, há a noção de que: O campo da interculturalidade tem sido pouco explorado pelos comunicadores, mesmo conscientes de que não há comunicação sem identi�car os processos culturais e vice-versa. Concordamos que cultura e comunicação são os dois lados de uma mesma moeda (FERRARI, 2014, p. 12). Posto isso, Maldonado (2005) a�rma que uma das questões que permeiam as discussões atuais das mais variadas esferas é a possibilidade de compreensão da comunicação intercultural. O autor pondera que, no século 21, tendo em vista os �uxos culturais em diversos campos, como através de símbolos e deslocamentos físicos, “o isolamento e o ‘purismo cultural’ são pouco prováveis num mundo em crescente inter-relação” (MALDONADO, 2005, p. 119). Com essa noção, para Ferrari (2014) a interculturalidade está para além do relacionamento entre as diferentes culturas, e sim como um pano de fundo, que incide diretamente nos relacionamentos entre pessoas e organizações não somente dentro de suas fronteiras geográ�cas. A autora sustenta que, para o estudo da área, faz-se necessário compreender, em um primeiro momento, as bases que oferecem subsídios para o diálogo, já que este se torna essencial para que a interculturalidade exista de fato. Nessa perspectiva: Um dos aspectos mais importantes para o estudo da interculturalidade é a identi�cação dos processos comunicacionais que, ao lado da cultura, estabelecem as bases para o diálogo cultural entre as pessoas e entre organizações com seus públicos e as demais instituições (FERRARI, 2014, p. 44). 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 5/34 Em contrapartida, Cogo (2001) observa a interculturalidade como um fenômeno vivido especialmente a partir da imigração. Além disso, a autora aborda que esse processo de imigração traz consigo uma pluralização cultural, a qual provoca uma recon�guração dessa cultura dentro das fronteiras geográ�cas. Esse fenômeno viabiliza uma reestruturação rápida e descomplicada acerca de imagens e representações culturais. Nesse sentido, a autora ainda alega que, na atualidade, a realidade multicultural é vista como uma extensão dos processos migratórios. Ainda no que tange à imigração e interculturalidade, Cogo (2001) aborda que A imigração é uma das principais experiências socioculturais que move hoje o campo acadêmico a nomear de multicultural as sociedades contemporâneas e a situar na dinamicidade e potencial de intervenção que encerra a categoria interculturalidade, as possibilidades de compreensão das inter-relações e tensões entre economia e cultura, entre mercados e identidades culturais, dinamizadas fundamentalmente em dois cenários: a indústria cultural e a cidade (COGO, 2001, p. 14). A comunicação intercultural se dá a partir da percepção de sujeitos comunicantes, de acordo com Maldonado (2008), em que se nota uma comunicação particular de cada um destes, através de símbolos, vivências e referências. Essas particularidades se devem, principalmente, à cultura que cada indivíduo possui. Apesar de a cultura vir sofrendo um processo de hibridização, ainda sustenta características bastante particulares. A partir disso, a comunicação é vista como heterogênea, de mão dupla e mais ativa. O autor ainda sustenta que esses atributos fazem com que este seja um campo propício a ser estudado na atualidade, juntamente à comunicação digital. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 6/34 praticar Vamos Praticar A interculturalidade é um importante conceito para o estudo da sociedade do consumo. FERRARI, M. A. Signi�cados, possibilidades e impasses da comunicação intercultural. ORGANICOM : Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, São Paulo, v. 11, n. 21, p. 11-17, 2014. Partindo do princípio que se con�gura pela relação de diferentes culturas entre os sujeitos, assinale a alternativa que esteja coerente com a proposta da autora e as lógicas do consumo. a) O consumo não estabelece relação com o conceito da interculturalidade, pois as noções de cultura não afetam o consumidor. Feedback: alternativa incorreta , pois a cultura afeta o comportamento do consumidor, sensivelmente, tornando-se um dos fatores de in�uência. b) As lógicas de consumo distanciam-se da noção de globalização, pois o consumidor não é afetado por culturas de outros povos. Feedback: alternativa incorreta , pois o fenômeno da globalização afeta as lógicas do consumo. c) A comunicação intercultural justi�ca-se para a troca de culturas, mas não pode ser associada ao consumo. Feedback: alternativa incorreta , pois a comunicação é responsável pela produção de sentidos e signi�cados, decisivos para o comportamento do consumidor. d) A comunicação como processo de signi�cadosé essencial para que ocorram os relacionamentos entre as culturas. Feedback: alternativa correta , pois para Ferrari (2014), a comunicação está diretamente ligada com a cultura, e assim, contribui para o consumo. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 7/34 e) A comunicação é vista como homogênea, de mão única, estabelecendo distanciamento entre as culturas. Feedback: alternativa incorreta , pois a comunicação, por si só, tem uma característica heterogênea, atribuindo diferentes aspectos culturais. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 8/34 O consumo tensiona a prática da fruição dos sujeitos estimulando comportamentos, por vezes, desnecessários. Quando você compra um produto que não precisa, o que pode estar por trás dessa ação? Baseados nessa re�exão, vamos abordar a importância do conceito da sustentabilidade para as relações lógicas de consumo. Os estudos relacionados à sustentabilidade instauram-se nas organizações, e re�etem um caráter de responsabilidade social às marcas. A sustentabilidade e o consumo têm provocado discussões no cerne da sociedade e das organizações. As temáticas ambientais, de desigualdade social, de gênero e prosperidade causam e con�guram relações nas empresas e marcas. Além disso, tornam as organizações como cenários e ambientes complexos e sensíveis às temáticas sociais. A SustentabilidadeA Sustentabilidade e o Consumoe o Consumo 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 9/34 As posições contrárias à atuação social das organizações baseiam-se principalmente nas argumentações de Friedman (1970). O posicionamento do economista defende que em um “sistema de empresa livre”, a única responsabilidade social dos negócios deveria ser a geração de lucros, atuando exclusivamente para o interesse de seus acionistas, desde que “em uma competição aberta e livre, sem fraude” (FRIEDMAN, 1970, on-line ). Para ele, os gestores empresariais devem conduzir os negócios em busca da maximização dos benefícios econômicos, não devendo investir em ações sociais com recursos da organização que representam, à medida que considerem que tais ações seriam resultados de propósitos pessoais. Nesse ponto de vista, fundamentalmente neoliberal, “os efeitos sociais gerados por este comportamento seriam aqueles gerados pelo cumprimento das normas, o pagamento de impostos e a contribuição na criação de empregos” (DIAS, 2012, p. 14). Ainda para Friedman (1970), os investimentos dos recursos empresariais para �ns sociais representam uma utilização inadequada desses recursos, e de�ne a responsabilidade social como uma “doutrina fundamentalmente subversiva”, não tendo justi�cativa para que os Compreenda o seu novo consumidor os hábitos sustentáveis estão presentes no cotidiano das pessoas. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 10/34 negócios sejam contra os objetivos para os quais foram criados, ou seja, para a geração de lucros. Para Dias (2012, p. 15): Aqueles que são defensores dessa abordagem se opõem à intervenção da empresa no âmbito social, porque entendem que é uma área reservada à ação política e à Administração pública e a outras instituições como igrejas, sindicatos e organizações sociais, que foram criadas exatamente para desempenhar essa função social. Dessa forma, os defensores desse posicionamento entendem que cada ator ou poder da sociedade possui determinadas funções, e que, portanto, não seria responsabilidade dos negócios empresariais o compromisso com ações para o desenvolvimento social, já que suas funções e responsabilidades seriam a maximização de lucros. No entanto, os argumentos da posição favorável às ações socialmente responsáveis das organizações são pautados pelo entendimento de que “as empresas não atuam isoladas e totalmente desconectadas de outros âmbitos da sociedade” (DIAS, 2012, p. 16). Nesse entendimento, todos os atores da sociedade sofrem in�uência uns dos outros à medida que se relacionam entre si, de forma que cada ator impacta diferentes âmbitos dessa sociedade, resultando em uma inevitável relação de interdependência. Assim, nessa tese, defende-se que “a teoria neoliberal desconhece a existência de imperfeições no mecanismo de mercado, que conduzem a uma destinação ine�ciente de recursos”, sendo necessário re�etir através da participação do Estado “os verdadeiros custos sociais de determinadas atividades ” (DIAS, 2012, p. 16). Por esse motivo, essa tese critica o posicionamento de que as empresas não possuem responsabilidades com o desenvolvimento social, pois tal posicionamento desconsidera os impactos gerados pelas mesmas no exercício de suas atividades. Para Guimarães (1984), o comportamento responsável das organizações deve ser debatido, a �m de fomentar uma atitude re�exiva do cidadão pelos vieses 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xah… 11/34 econômico, social e político. Nesse sentido, é necessário, acima de tudo, derrubar a “barreira erguida entre o econômico e o social”. Assim, nesse ponto de vista, o desenvolvimento econômico esteve historicamente atrelado aos problemas sociais da sociedade. Portanto, para os defensores da atuação socialmente responsável das organizações, além da maximização de lucros, acatamento de normas e legislações, as empresas possuem “obrigação moral de promover com suas atuações valores éticos superiores, contribuindo para melhorar as condições de vida” (DIAS, 2012, p. 16), como uma forma de se responsabilizar pelas consequências de suas atividades. Sendo assim: [...] os defensores dessa tese negam que o modelo de mercado (neoliberal) garanta a destinação ótima dos recursos e a�rmam que a atuação social das empresas trazem benefícios maiores; consideram que a atuação voltada para diferentes atores sociais constitui um investimento e não um gasto; além disso, possuem uma visão mais ampla da função empresarial, na qual o econômico é inseparável do social (DIAS, 2012, p. 16). Além desses argumentos que justi�cariam a atuação socialmente responsável das organizações, há ainda uma linha de defesa denominada instrumental. Nessa linha, considera-se “que há uma relação positiva entre o comportamento socialmente responsável e o desempenho econômico da empresa” (ASHLEY, 2005, p. 44), em que as ações responsáveis nesse caso trariam benefícios e oportunidades nos negócios para as organizações. Tais benefícios encontram-se na proatividade da organização em “antecipar exigências das autoridades governamentais; explorar novas oportunidades de negócios que surgirão em função das novas preocupações com aspectos sociais, culturais e ambientais”, e na capacidade de diferenciação de “concorrentes menos responsáveis” (DIAS, 2012, p. 16). Porém, essa forma de atuar não é bem vista quando utilizada apenas como mais um instrumento de lucro. Para Guimarães (1984), a instrumentalização da responsabilidade social resulta em mais benefício empresarial do que para a sociedade, de forma que as práticas nessa forma de atuar poderiam virar 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 12/34 “modismos”. Assim, para os defensores desse ponto de vista, tais ações seriam mais uma forma de geração de lucros, sem necessariamente signi�car uma conscientização das organizações diante de suas responsabilidades sociais e consequências de seus impactos, o que não resolveria os problemas sociais efetivamente. O que se percebe, na discussão,é a existência de uma di�culdade no entendimento do econômico com o social, em que de um lado permanece a visão de gasto e a resistência em assumir responsabilidades em outros âmbitos além do econômico, e do outro a visão de uma necessidade latente. A solução estaria em buscar a convergência dos aspectos econômicos com a qualidade de vida dos sujeitos de um determinado grupo social (GUIMARÃES, 1984), o que representaria ganhos recíprocos sem ultrapassar o campo da ética, visão também compartilhada por McIntosh et. al. (2001, p. 21) que argumentam que “o melhor futuro possível para pessoas, para o planeta e para os negócios seria uma situação na qual a lucratividade se aliasse a comunidades fortes e sadias”. Assim, o consenso estaria no entendimento de que uma sociedade desenvolvida e justa representa um ciclo de benefícios e uma responsabilidade de todos, aliando prática e estratégia para o bem comum e valorização da qualidade de vida. Porém, para muitos defensores da área, seria necessário antes de tudo dissociar a atuação organizacional responsável da visão de �lantropia e assistencialismo, que historicamente esteve atrelada ao desenvolvimento da responsabilidade social. Nessa perspectiva, a visão da responsabilidade pelo viés assistencialista facilitaria o entendimento de tais ações como um gasto e não como investimento, já que seria um exercício de doação, persistindo a resistência em assumir determinados compromissos sociais. praticar V P ti 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 13/34 praticar Vamos Praticar A relação entre a sustentabilidade e o consumo na sociedade está ligada com a noção de responsabilidade social das marcas e organizações. Carroll (1991) entende que a pirâmide da responsabilidade social é formada por responsabilidades econômicas, legais, éticas e �lantrópicas. Para cada uma das fases desta pirâmide, entende-se que: CARROLL, A. B. The pyramid of corporate social responsibility: toward the moral management of organizational stakeholders. Business Horizons , jul./ago. 1991. a) As fases não têm dependência e conexão entre si, ou seja, a organização pode ter uma base de responsabilidade econômica e não ter uma noção �lantrópica por exemplo. Feedback: alternativa incorreta , pois há uma interligação entre as fases, pois para o autor, a organização necessita contemplar cada uma das fases para estar completa. b) A responsabilidade econômica diz respeito ao lucro da empresa e não à sua contribuição para a sociedade no que tange ao desenvolvimento local e regional da sociedade. Feedback: alternativa incorreta , pois a responsabilidade econômica deve privilegiar o papel produtivo da empresa, e sua contribuição para o desenvolvimento local. c) A responsabilidade ética diz respeito aos comportamentos individuais de todos os sujeitos que compõem a organização, não imputando a ela em si alguma noção de ética. Feedback: alternativa incorreta , pois a responsabilidade ética está ligada aos comportamentos e atividades não cobertos por leis ou aspectos econômicos do negócio, e é imputada diretamente à empresa. d) A responsabilidade social empresarial impõe o cumprimento simultâneo das quatro fases, pois a empresa deve ser lucrativa, obedecer às leis, atender às expectativas da sociedade e ser boa cidadã. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 14/34 Feedback: alternativa correta , pois a empresa precisa estar alicerçada em todas as quatro fases da pirâmide da responsabilidade social empresarial. e) A responsabilidade social �lantrópica exige que a organização faça ações bene�centes e de melhoria da sociedade sem que haja uma necessidade de algum outro compromisso dela nas demais fases da pirâmide. Feedback: alternativa incorreta , pois segundo o autor, não vale de nada a empresa estar fazendo ações �lantrópicas se não cumpre com as responsabilidades econômicas, legais e éticas. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 15/34 O consumo sofre in�uência da sociedade altamente conectada em rede. Segundo Castells (2010), a internet foi o suporte de passagem para uma nova sociedade, a chamada sociedade em rede. Foram advindas dessa sociedade diversas mudanças, entre elas uma nova perspectiva econômica que é introduzida nesse cenário. Além disso, Castells (2010) a�rma que a internet foi a pioneira de uma transformação na forma de comunicação de muitos para muitos, num âmbito global. De acordo com o autor: A internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa época a internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir força da informação por todo o domínio da atividade humana (CASTELLS, 2003, p. 7). Sociedade emSociedade em RedeRede 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 16/34 Para o autor, a internet é a estrutura tecnológica da Era da Informação, constituindo a rede. Castells (2003) caracteriza a ideia de Sociedade em Rede, que conforme ele seria: [...] uma estrutura social baseada em redes operadas por tecnologias de comunicação e informação fundamentadas na microeletrônica e em redes digitais de computadores que geram, processam e distribuem informação a partir de conhecimento acumulado nos nós dessas redes (CASTELLS, 2003, p. 20). Essa Sociedade em Rede não é o futuro, mas a própria sociedade em seus países e culturas, com suas políticas, estratégias e projetos partindo dessa base, como um ponto de partida (CASTELLS, 2003). Dessa forma: [...] embora a forma de organização social em redes tenha existido em outros tempos e espaços, o novo paradigma da tecnologia da informação fornece a base material para sua expansão penetrante em toda a estrutura social (CASTELLS, 2003, p. 565). A multiplicidade de perspectivas e contextos culturais trazidas pela era digital promoveu a transformação de toda a sociedade. Castells (2003, p. 17) a�rma esse processo quando expõe que “A revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade”. A aceleração dos processos de produção e de disseminação do conhecimento e informação são fatores que caracterizam essa nova sociedade. Além de marcar o despertar de um novo cenário tecnológico, provocou uma signi�cativa mudança no rumo da história dos homens na contemporaneidade. Para Lemos e Lévy (2010, p. 68), as tecnologias digitais proporcionam a “passagem do mass media (cujos símbolos são a TV, o rádio, a imprensa, o cinema) para formas individualizadas de produção, difusão e estoque de informação”. Os autores também destacam que, nesse novo modelo, não há uma hierarquia de um para todos, mas uma pluralidade, de todos para todos. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 17/34 Ainda, Castells (2003) assegura que a comunicação na internet é poderosa e �exível, o que gera uma interação social como um todo, criando comunidades virtuais diferentes das físicas, mas que geram na mesma proporção o engajamento desejado. Nesse ambiente, os indivíduos constroem suas relações de acordo com seus interesses e a�nidades. Na compreensão de Lemos e Lévy (2010), a construção dessas comunidades é um dos principais acontecimentos nos últimos anos, visto que elaboraram um novo modo de criar sociedade. No sentido das tecnologias digitais, Castells (2003) estuda a penetrabilidade que a revolução da tecnologia traz para os diferentes contextos da atividadehumana, a �m de analisar as complexidades que ela traz para a economia, a cultura e a sociedade, formadas a partir dela. Além disso, ele relata que a introdução das novas tecnologias da informação deu-se de diferentes formas e objetivos pelas sociedades ao redor do mundo. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 18/34 Essas divergências geram uma inovação tecnológica, fazendo com que as transformações na área da tecnologia sejam mais velozes e diversi�cadas (CASTELLS, 2003). Dessa forma, vários usos feitos dessas tecnologias colaboram para com a sociedade no sentido de acelerar o desenvolvimento das mesmas, além de se bene�ciarem dessas inovações. A partir disso, então, é possível se aproximar da análise das mudanças sociais e culturais proporcionadas pelas tecnologias digitais, especi�camente, referentes à utilização que os indivíduos atribuem a elas. Nesse sentido, Castells (2003) a�rma que as diferentes formas com que as pessoas, instituições e empresas usam a internet desencadearam a transformação da própria internet . Isso se aplica a todo tipo de tecnologia, ou seja, a apropriação, modi�cação e experimentação das tecnologias possibilitam nova transformação. saibamais Saiba mais Muito se fala sobre o consumo consciente, mas você já parou para re�etir sobre os seus hábitos de consumo? O que você consome? Os produtos e bens que você adquire são importantes e necessários para você? Você conhece o processo de fabricação de todos os produtos que adquire? O que você leva em conta no ato do processo de compra? Este link do Ministério do Meio Ambiente traz alguns apontamentos importantes sobre a necessidade de termos um consumo mais consciente: ACESSAR https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 19/34 praticar Vamos Praticar No livro A Cultura da Convergência , Jenkins (2009) discute o conceito da convergência como um fenômeno da sociedade atual, em que os sujeitos sofrem in�uências de diferentes matrizes no seu cotidiano. A obra dividida em análises de diferentes produtos midiáticos re�ete a importância de estudarmos a dimensão da in�uência da mídia, e neste sentido pode-se a�rmar que: JENKINS, H. A Cultura da Convergência . 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009. a) As formas antigas de consumo e produção midiática estão mudando, e agora temos novos níveis de participação dos fãs, sendo mais impactados pela produção de conteúdo. Feedback: alternativa correta , pois a convergência de Jenkins leva a crer que as marcas precisam estar antenadas nessa mudança de mindset dos consumidores. b) A convergência midiática não in�uencia a sociedade e nem o consumo, pois são esferas diferentes e sem impacto com os sujeitos. Feedback: alternativa incorreta , pois para Jenkins a convergência impacta o modo de vida dos indivíduos, e assim, consequentemente, as suas relações de consumo. c) As estratégias dos reality shows, fenômenos midiáticos ao redor do mundo, não in�uenciam a persuasão dos sujeitos, pois não atraem e chamam a atenção das suas audiências. Feedback: alternativa incorreta , pois para Jenkins os reality shows são fontes inesgotáveis de persuasão e in�uência para com os espectadores, na medida 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 20/34 em que prendem a atenção e mobilizam os sujeitos. d) A mudança do consumo midiático não in�uencia as estratégias de comunicação das empresas, pois é necessário apenas adequar aos novos formatos midiáticos. Feedback: alternativa incorreta , pois para Jenkins as mudanças dos formatos midiáticos são um re�exo cultural e não tecnológico da sociedade, e para tanto, é necessário entender esse processo de mudança de forma mais complexa e apurada. e) O reality show American Idol foi um produto midiático com alcance nos Estados Unidos, apenas, e demonstrou uma baixa in�uência nas relações de consumo. Feedback: alternativa incorreta , pois Jenkins demonstra no livro a potência considerada para o programa e toda a sua in�uência fora dos Estados Unidos. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 21/34 O consumo e suas lógicas têm estudos aprofundados e especí�cos para o viés das suas correntes teóricas. Cabe pontuar aqui que o lugar de fala é da área da comunicação e uma perspectiva sociológica da corrente teórica. Nada diferencia mais rigorosamente as diferentes classes socais do que as exigências do consumo, segundo Bourdieu (1994). O conceito de habitus pode ser entendido como aquilo que foi estruturado pela realidade exterior e que estrutura as práticas do interior. Consequentemente, o habitus é o gerador do gosto de classe. O gosto, a propensão e a aptidão à apropriação material ou simbólica de uma determinada categoria de objetos ou práticas classi�cadoras é a fórmula generativa que está no princípio do estilo de vida. O gosto “não é visto como simples subjetividade, mas sim como ‘objetividade interiorizada’; ele pressupõe certos ‘esquemas generativos’ que orientam e determinam a escolha estética” (BOURDIEU, 1994, p. 17). O estilo de vida é um conjunto de preferências distintivas que expressam, na lógica característica de cada um dos subespaços simbólicos, mobília, vestimentas, linguagem etc. Correntes TeóricasCorrentes Teóricas do Consumodo Consumo 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 22/34 Aqueles que consomem os bens simbólicos distribuídos no mercado ocupam posições sociais determinadas em função do capital econômico e cultural, pois: [...] as diferentes posições no espaço social correspondem estilos de vida, sistema de desvios diferenciais que são a retradução simbólica de diferenças objetivamente inscritas nas condições de existência [...] (BOURDIEU, 1994, p. 82). A distinção entre as classes sociais não são menos marcadas quando consideramos a competência especí�ca, que é uma das condições do consumo de bens de cultura legítimos, de acordo com Bourdieu (1994). Os membros das classes populares e das partes menos ricas em capital cultural das classes médias “recusam sistematicamente a so�sticação propriamente estética quando a encontram em espetáculos que lhes são familiares, em particular os programas de variedades televisionadas” (BOURDIEU, 1994, p. 90). Além do mais, o estilo de vida popular se diferencia dos demais tanto pela ausência dos consumos de luxo (uísques, quadros, cruzeiros, exposições de arte, caviar ou antiguidades), quanto pelo fato da substituição desse tipo de consumo (roupas de marca falsi�cadas, vinhos gasosos ao invés da champanhe, imitação ao invés do couro legitimo). São “indícios de um desapossamento de segundo grau que se deixa impor a de�nição do bens dignos de serem possuídos” (BOURDIEU, 1994, p. 100). Portanto, o que separa as classes populares das classes mais altas é cada vez menos a intenção objetiva de seu estilo do que os meios econômicos e culturais que elas podem colocar em ação. Segundo Baudrillard (2008), o consumo surge como um sistema que gera a ordem dos signos e a integração de um grupo, construindo um sistema de valores ideológicos e um sistema de comunicação ou estrutura de permuta. O consumo também surge como conduta ativa e coletiva, como coação e moral, como instituição e compõe um sistema de valores, com tudo o que o 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa…23/34 termo exige enquanto função de integração do grupo e de controle social. Portanto, “o consumo de�ne-se sempre pela substituição da relação espontânea mediatizada por meio de um sistema de signos” (BAUDRILLARD, 2008, p. 116). Uma das provas de que o princípio e a �nalidade do consumo não são a fruição reside no simples fato de esta se encontrar, atualmente, forçada e institucional, não como direito ou como prazer, mas como dever do cidadão, pois: A verdade do consumo reside no facto de ela não ser função de prazer, mas função de produção – e, portanto, tal como acontece com a produção material, função que não é individual, mas imediata e totalmente colectiva. Sem a transposição dos dados tradicionais, não é possível qualquer análise teórica: seja qual for o modo como se abordar, recai-se sempre na fenomenologia do prazer. (BAUDRILLARD, 2008, p. 91). Assim, o consumo gira em torno da função de produção, não do prazer. Baudrillard (2008) acrescenta que o prazer deixa de ser �nalidade e �m racional e passa a ser a racionalização individual de um processo no qual os �ns se encontram em outra parte. O prazer sente-se em função de si mesmo, mas quando se consome, nunca é separadamente que se consome, “entra-se num sistema generalizado de troca e de produção de valores codi�cados em que, pese aos próprios, todos os consumidores se encontram reciprocamente implicados” (BAUDRILLARD, 2008, p. 92). Baudrillard (2008) a�rma que o consumo gira em torno do fetiche, com foco na produção de bens e serviços, na capacidade em criar e estimular o consumo desenfreado, na popularização das marcas e na acessibilidade do consumo para diversas classes sociais. Ainda de acordo com o autor, a sociedade de consumo não se caracteriza apenas pelo crescimento acelerado das despesas individuais, mas também pelo acompanhamento da intensi�cação das despesas assumidas por terceiros. A sociedade de consumo, analisando como um todo, resulta no compromisso entre princípios democráticos igualitários, “que conseguem aguentar-se com o mito da abundância e do bem-estar, e o imperativo fundamental de 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 24/34 manutenção de uma ordem de privilégio e de domínio” (BAUDRILLARD, 2008, p. 56). Contudo, a sociedade de consumo ainda é a sociedade de aprendizagem e de iniciação social, ou seja, um modo novo e especí�co de socializar em relação à necessidade de novas forças produtivas e à reestruturação monopolista de um sistema econômico de alta produtividade. O processo de consumo pode ser analisado através de dois aspectos fundamentais, segundo Baudrillard (2008). Primeiro, como processo de signi�cação e de comunicação, baseado num código onde as práticas de consumo vêm inserindo-se e assumindo o respectivo sentido. Segundo, como processo de classi�cação e de diferenciação social, onde os objetos e signos se ordenam, não só como diferenças signi�cativas no interior de um código, mas como valores estatutários numa hierarquia. Contudo, “o consumidor vive as suas condutas distintivas como liberdade e como aspiração, como escolha, e não como condicionamento de diferenciação e de obediência a um código” (BAUDRILLARD, 2008, p. 67). Para Bauman (2008), característica mais predominante da sociedade de consumo é a transformação dos consumidores em mercadorias. A base dos ideais da sociedade consumista está na promessa de satisfazer os desejos humanos como nenhuma sociedade do passado pôde fazer, porém, a promessa de satisfação só continuará interessante se o desejo seguir insatisfeito. Assim, “a participação ativa nos mercados de consumo é a principal virtude que se espera dos membros de uma sociedade de consumo” (BAUMAN, 2008, p. 102). Dessa forma, a sociedade é conhecida como sociedade do excesso, da extravagância e do desperdício. A sociedade de consumidores, em outras palavras, representa o tipo de sociedade que promove, encoraja ou reforça a escolha de um estilo de vida e uma estratégia existencial consumistas, e rejeita todas as opções culturais alternativas. Uma sociedade em que se adaptar os preceitos da cultura de consumo e segui-los estritamente é, para todos os �ns e propósitos práticos, a única escolha aprovada de maneira incondicional (BAUMAN, 2008, p. 71). 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 25/34 Desse modo, numa sociedade de consumidores, todo mundo precisa ver e tratar o consumo como “vocação”, seguindo as regras da cultura do consumo de forma rigorosa. Para Bauman (2008), a tarefa dos consumidores, e o principal motivo que os incentiva a abraçar uma atividade de consumo contínua, é sair da invisibilidade, se destacando da massa de objetos que não se distinguem. Portanto, “estar à frente, portando os emblemas das �guras emblemáticas da tendência de estilo escolhido por alguém de fato concederia o reconhecimento e a aceitação desejados” (BAUMAN, 2008, p. 108). Assim, o pobre é forçado a gastar o pouco dinheiro ou os poucos recursos que tem com objetos de consumo sem sentido, deixando suas necessidades básicas em segundo plano para evitar a humilhação social e a hipótese de ser provocado ou ridicularizado. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 26/34 Diferenciando-se do consumo, de�nido como uma característica e um hábito humano dos indivíduos, o “consumismo é um tipo de arranjo social resultante da reciclagem de vontades, desejos e anseios humanos rotineiros” (BAUMAN, 2008, p. 41). Para Bauman (2008), o consumo está ligado a imagens de reflita Re�ita O reality show American Idol foi um marco bem-sucedido de convergência midiática na interação da televisão com os espectadores. Os experimentos realizados na década de 1990 foram descartados e potencializados no início dos anos 2000. Com um alcance em diversos países, a terceira temporada do programa mobilizou uma média de 20 milhões de telefonemas e mensagens a cada semana. A ansiedade pela escolha do seu candidato(a) fazia com que o público acompanhasse semanalmente a competição, criando um enlace muito forte com a produção. Você já acompanhou algum reality show e �cou envolvido(a) com ela a ponto de mudar as suas relações? Fonte: Jenkins (2009, p. 93-134). 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 27/34 referência a sonhos e desejos, prazeres emocionais e à cultura da liberdade de escolha. No entanto, o consumismo também pode ser considerado uma economia do engano, caracterizado pelo excesso e pelo desperdício econômico. Para Bauman (2008), o consumismo “aposta na irracionalidade dos consumidores, e não em suas estimativas sóbrias e bem informadas; estimula emoções consumistas e não cultiva a razão” (BAUMAN, 2008, p. 65). Dessa forma, a cultura consumista pode ser entendida como o modo característico pelo qual os membros de uma sociedade de consumidores pensam em seus comportamentos ou pelo qual se comportam de “forma irre�etida”. praticar Vamos Praticar No livro A distinção: crítica social do julgamento , o sociólogo Pierre Bourdieu discute a construção da distinção para os sujeitos em uma determinada sociedade. O autor revela a importância de evidenciarmos o quanto a exigência dessa distinção social obriga os sujeitos a tensionar os seus comportamentos e hábitos. Com base nos estudos deste tópico, em relação ao consumo e as suas correntes teóricas, é possível a�rmar que: BOURDIEU, P. A distinção : crítica social do julgamento. 2. ed. Porto Alegre: Zouk, 2017. a) A distinção não afeta as relações de consumo, pois para ascenderem socialmente os sujeitos não se utilizam de produtos e artefatos de fruição.Feedback: alternativa incorreta , pois o ato de fruir bens so�sticados, segundo os autores deste tópico, pode auxiliar nessa ascensão social. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 28/34 b) A distinção é uma dimensão importante para o consumo, pois ela potencializa a sensação do indivíduo em ascender socialmente por meio da fruição de bens e serviços. Feedback: alternativa correta , pois a distinção pode con�gurar-se em um importante viés para o entendimento do comportamento do consumidor. c) O prazer trabalhado neste tópico não tem relação direta com a noção de distinção, pois ele é um fator intrínseco enquanto a distinção é motivada por fatores externos. Feedback: alternativa incorreta , pois os conceitos sociológicos das correntes culturais estão interligados entre si, e nesse caso, o prazer está ligado à distinção retroalimentando-a. d) A distinção está relacionada com o consumo, na medida em que a produção de bens provoca a vontade do sujeito em usufruir sem a necessidade, o que provoca o desperdício. Feedback: alternativa incorreta , pois esta é uma característica do consumo por fetiche, em que a fruição não é necessária, mas ela dá a satisfação de prazer ao indivíduo. e) A distinção social é um fenômeno individual, pois a sociedade incentiva o sujeito a permanecer em suas classes sociais de origem, e o consumo existe mediante as necessidades individuais. Feedback: alternativa incorreta , pois segundo Bourdieu, a sociedade estimula a ascensão social, e assim o consumo pode concretizar possíveis momentos do sujeito fruir produtos acessíveis a outras classes. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 29/34 indicações Material Complementar LIVRO Cultura da Convergência Henry Jenkins Editora: Editora Aleph Ltda. ISBN: 978-85-7657-084-4 Comentário: o autor mergulha no universo das mudanças tecnológicas das produções midiáticas, e consequentemente, das relações de consumo. Entender o aspecto da convergência e suas relações com as marcas é um importante viés dessa leitura. Você vai acompanhar que a revolução das mídias vai além de um movimento tecnológico e constitui-se também por uma perspectiva social. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 30/34 FILME The Matrix Ano: 1999 Comentário: o �lme conta a história de um jovem programador de computador que começa a ser atormentado por estranhos pesadelos em que está conectado a cabos contra a sua vontade, e descobre uma grande rede de computadores do futuro. A discussão causa um impacto na revolução tecnológica presente na sociedade até os dias atuais, e como ela pode (re)con�gurar as nossas relações. Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer na íntegra. TRA ILER 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 31/34 conclusão Conclusão Nesta unidade, discutimos sobre a sociedade de consumo e suas interligações com a cultura, a sustentabilidade, a sociedade em rede e as correntes teóricas do consumo. Vimos que a dimensão de cultura e, principalmente, o conceito da interculturalidade podem in�uenciar e impactar as relações de consumo. Também estudamos que a responsabilidade social empresarial das marcas fomenta a sustentabilidade para o consumo, e assim, pode in�uenciar um consumo consciente. Na abordagem da sociedade em rede, percebemos que as conexões dos sujeitos estimulam um consumo universal e convergente. Por �m, as correntes teóricas culturais do consumo embasam que o prazer, o fetiche e a distinção podem ser conceitos sociológicos importantes para o estudo do comportamento do consumidor. referências Referências Bibliográ�cas ASHLEY, P. A. Ética e responsabilidade social dos negócios . São Paulo: Saraiva, 2005. 29/03/2022 20:56 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=MAvyLGrU4Cv4E2%2bcx5vJOg%3d%3d&l=5t1Hr14Ud1VswyQJq2QVcg%3d%3d&cd=Xa… 32/34 BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo . Lisboa: Edições 70, 2008. BAUMAN, Z. Vida para consumo : a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. BOURDIEU, P. Sociologia . 2. ed. São Paulo: Ática, 1994. BOURDIEU, P. A distinção : crítica social do julgamento. 2. ed. Porto Alegre: Zouk, 2017. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Quem é o consumidor consciente . [2019]. 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