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E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN Assim como os elétrons (partículas carregadas), alguns núcleos (1H, 13C, 15N, 19F e 31P) giram ao redor de seus eixos, possuindo assim, spins, que podem ser + ½ e – ½ . Núcleos carregados produzem um campo eletromagnético quando estão em movimento giratório. Na ausência de um campo elétrico externo, esses núcleos se orientam de maneira aleatória. Ao aplicar um campo sobre esses núcleos, os mesmo giram de modo a se alinharem a favor ou contra o campo de maior magnetismo. Para que um núcleo se alinhe contra o campo é necessário maior energia do que para o alinhamento a favor do campo. E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN Ausência de campo magnético aplicado E n e rg ia estado de spin β estado de spin α A p li c a ç ã o d o c a m p o m a g n é ti c o A favor do campo Contra o campo E s p e c tr o s c o p ia d e R M N E n e rg ia ∆E Depende da força do campo magnético aplicado (B0). Quanto maior B0 maior será ∆E. E n e rg ia Campo magnético aplicado, B0 E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN Ao submeter uma amostra a um pulso de radiação com energia correspondente a ∆E, o núcleo no estado de spin α é promovido ao estado de spin β. Ao sofrerem relaxamento (retornar ao estado de origem), os núcleos emitem sinais eletromagnéticos com frequência correspondente à ∆E. Um espectrômetro de RMN detecta esses sinais e a resposta analítica é apresentada como um registro de frequência do sinal versus intensidade. Espectro de RMN Excitação do spin E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN Se todos os prótons de uma substância estivesse em um mesmo ambiente, todos os núcleos forneceriam sinais na mesma frequência, em resposta ao campo aplicado. Assim, núcleos diferentes experimentarão um mesmo campo aplicado de maneira diferenciada. Em um campo aplicado, os elétrons que circulam o núcleo induzem um campo magnético local que se opõe (subtrai) ao mesmo. Entretanto, cada núcleo encontra-se envolvido em uma nuvem de elétrons que os blinda parcialmente do campo magnético aplicado. Befetivo = Baplicado – Blocal E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear – RMN Quanto maior a densidade eletrônica no ambiente do próton, maior será Blocal. Blindagem diamagnética. E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H Prótons de um mesmo ambiente são denominados “Prótons Quimicamente Equivalentes”. Em uma substância, cada grupo de prótons quimicamente equivalentes fornece um sinal no espectro de RNM 1H. CH3CH2CH2Br Prótons quimicamente equivalentes Prótons quimicamente equivalentes Prótons quimicamente equivalentes produzirá 3 sinais E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H E s p e c tr o s c o p ia d e R M N As posições dos sinais no espectro de RMN são definidas de acordo com a distância em relação a um sinal de uma substância de referência. Muito volátil, podendo ser removido com facilidade da amostra após obtenção do espectro de RMN. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H Tetrametilsilano (TMS) Seus prótons metílicos estão em um ambiente de maior densidade eletrônica do que a maioria dos prótons das moléculas orgânicas, pois o Si é menos eletronegativo que o carbono. Assim, o TMS apresenta um sinal em frequência mais baixa (à direita dos demais sinais). E s p e c tr o s c o p ia d e R M N A posição do sinal no espectro de RMN é chamado de “deslocamento químico”, que é a medida da distância entre o sinal observado e o sinal do TMS. O sinal do TMS define a posição zero na escala do espectro. Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H CH3CH2CH2NO2 1,04 ppm 2,07 ppm 4,37 ppm CH3CH2CH2CH2CH2F 4,50 ppm CH3CH2CH2CH2CH2Cl 3,50 ppm CH3CH2CH2CH2CH2Br 3,40 ppm CH3CH2CH2CH2CH2I 3,20 ppm E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Um dos espectros a seguir refere-se ao 1-cloropropano, e o outro, ao 1-iodopropano. Qual espectro refere-se a cada substância? Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H Frequência mais baixa Mesma distância de “b” com carbonila Mesma distância de “c” com carbonila Núcleo mais afastado do grupo puxador de elétrons Possuem menor frequência que grupo metilênico Possuem maior frequência que grupo metílico E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H Frequência mais baixa Mesma distância de “c” com oxigênio Mesma distância de “b” com carbonila Núcleo mais afastado do grupo puxador de elétrons Possuem menor frequência que grupo metínico Possuem maior frequência que grupo metílico E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice Maior sinal Maior quantidade de núcleos que geram o sinal Menor sinal Menor quantidade de núcleos que geram o sinal E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice Singleto Duplete Quarteto E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H O desdobramento é promovido pelos prótons ligados aos carbonos adjacentes. Um desdobramento de sinal é descrito pela seguinte regra: N + 1 N = número de “prótons equivalentes” ligados aos carbonos adjacentes. Prótons ligados à carbonos adjacentes O número de picos é chamado MULTIPLICIDADE do sinal. Deve-se atentar que é o número de prótons ligados aos carbonos adjacentes que determina a multiplicidade, não número de prótons do carbono em questão. E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio – RMN 1H Desdobrará em três picos (triplete) Desdobrará em quatro picos (quarteto) Desdobrará em apenas um pico (singlete) E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Os espectros de RMN 1H de dois ácidos carboxílicos de fórmula molecular C3H5O2Cl estão representados a seguir. Identifique os ácidos carboxílicos. (A notação “offset” significa que o sinal foi movido para a direita pelo valor indicado). Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice O sinal do próton Hb é desdobrado em tripleto pelos prótons Ha. O sinal do próton Ha é desdobrado em quinteto pelos prótons Hb. E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice O sinal de Ha é desdobrados em tripleto pelos prótons Hc. O sinal de Hbé desdobrado em dupleto pelos prótons He. O sinal de He é desdobrado em septeto pelos prótons Hb. Como os prótons de cada metila são equivalentes, temos: 3 + 3 + 1 = 7 E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Adaptado de Organic Chemistry: Paula Yurkanis Bruice O sinal de Hd é desdobrados em tripleto pelos prótons Hc. O sinal de Hc é desdobrado em um multipleto de 12 picos pelos prótons Ha e Hd. Como os prótons de Ha e Hd não são equivalentes, temos: (3 + 1) x (2 + 1) = 4 x 3 = 12. E s p e c tr o s c o p ia d e R M N Forneça o desdobramento de cada hidrogênio das seguintes moléculas: Metil-butanamida (C5H11NO) 2-metil-hexa-3-ona (C7H14O) (Prova aplicada no 1º semestre de 2016) E s p e c tr o s c o p ia d e R M N (Prova aplicada no 1º semestre de 2016) Uma substância de fórmula molecular C5H14O apresenta uma banda intensa em 1125 cm–1 no espectro do infravermelho. Essa molécula também possui os seguintes desdobramentos dos hidrogênios obtidos através do RMN 1H: Ha = 3 ; Hb = 1 ; Hc = 12 e Hd = 3. Baseado nessas informações, dê a estrutura e o nome da molécula. 28 Espectroscopia no Infravermelho (IR) Médio E s p e c tr o s c o p ia I R Ligação Tipo de composto Intervalo de frequência, cm-1 Intensidade C—H Alcanos 2850 – 2970 1340 – 1470 Forte Forte C—H Alcenos 3010 – 3095 Média C—H Alcinos (610) 675 – 995 3300 Forte Forte C—H Anéis aromáticos 3010 – 3100 690 – 900 Média Forte O—H Álcoois e fenóis monoméricos 3590 – 3650 Variável Álcoois e fenóis com ligações de hidrogênio 3200 – 3600 Variável, às vezes larga Ácidos carboxílicos monoméricos 3500 – 3650 Média Ácidos carboxílicos com ligações de hidrogênio 2500 – 2700 Larga 29 Espectroscopia no Infravermelho (IR) Médio E s p e c tr o s c o p ia I R Ligação Tipo de composto Intervalo de frequência, cm-1 Intensidade N—H Aminas, amidas 3300 – 3500 Média C═C Alcenos 1610 – 1680 Variável Anéis aromáticos 1500 – 1600 Variável C≡C Alquinos 2100 – 2260 Variável C—N Aminas, amidas 1180 – 1360 Forte C≡N Nitrilas 2210 – 2280 Forte C—O Álcoois, éteres, ácidos carboxílicos, ésteres 1050 – 1300 Forte C═O Aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres 1690 – 1760 Forte NO2 Nitro compostos 1500 – 1570 1300 – 1370 Forte Forte
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