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Luan Schulz Hertzog PRÓTESE TOTAL A prótese total removível, também conhecida popularmente como ''dentadura'', é um artifício utilizado para substituir todos os dentes e tecidos adjacentes que foram perdidos das arcada superior e/ou inferior, sendo suportada apenas por gengiva e osso alveolar. Comumente, seu uso é feito por pacientes geriátricos, o que torna imprescindível conhecer suas particularidades e estar atento à sua saúde bucal e sistêmica . Principais motivos para perda dos dentes são: • Cárie; • Doença periodontal; • Questões culturais. O indivíduo com o passar dos anos acaba adquirindo alterações psicológicas e comportamentais devido à idade avançada, como baixa capacidade adaptativa, inércia, comodismo e depressão, o que os tornam parcialmente ou totalmente dependentes de cuidados secundários. • Paciente geriátrico independente: - Geralmente possui 1 ou 2 doenças sistêmicas, mas conseguem realizar suas atividades rotineiras sozinhos e sem ajuda. • Paciente geriátrico dependente: - Normalmente, apresentam problemas físicos debilitante crônicos, de caráter médico ou emocional e necessitam de assistência e ajuda para realizar suas atividades. - A maioria dessas pessoas vivem em comunidade de serviço de suporte (Casa de repouso). • Paciente geriátrico totalmente dependente: - Possuem capacidades cognitivas e motoras afetadas por problemas físicos, debilitante crônicos, médicos e/ou emocionais, que os impossibilitam de viver com autonomia. - Geralmente vivem institualizados, recebendo auxilio total. Alterações fisiológicas mais comuns que acometem os idosos: • Deteriorização do olfato e paladar; • Perda auditiva; • Deteriorização do sistema motor; • Maior dificuldade de adaptação a mudança de qualquer natureza: é importante que o CD ao traçar o plano de tratamento, se adapte à vida do idoso para que este consiga e queira realizá-lo. • Apresenta baixa tolerância protética: o tecido gengival do idoso é mais delicado e por diversas vezes a prótese acaba machucando o tecido, seja por uso contínuo, mal planejamento da peça ou polimento. • Mudança no limiar de dor: idoso possui um limiar mais baixo que um jovem. • Redução na capacidade muscular; • Menor capacidade de força mastigatória; • Discreta redução da agilidade mental; • Capacidade de memorização e aprendizado prejudicada após 70 anos de idade; • Prolongamento do tempo de reação à estímulos sensoriais. Doenças sistêmicas mais comuns: Luan Schulz Hertzog • Angina (dor no peito); • Doença coronária (obstrução das artérias coronárias, vasos que irrigam o coração- DAC); • Bronquite; • Enfisema pulmonar ( doença degenerativa que se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão - geralmente causado pelo cigarro); • AVE; • Doença de Parkison; • Diabetes; • Osteoporose; • Deficiência nutricional; • Reumatismo. Manifestações orais causadas pela perda dentária: • Aumento proeminente do nariz; • Aparência de velhice prematura; • Perfil de falso prognatismo; • Colapso da musculatura da mímica; • Rugas e sulcos acentuados; • Lábios invaginados e poucos visíveis. Modificações na língua: • Expansão; • Hipotonia; • Má postura. Modificações musculares: • Encurtamento muscular; • Alterações do tônus (estado de tensão do músculo no repouso); • Alteração da posição do tônus; Modificações nos movimentos mandibulares: • Movimento imprecisos; • Ritmo acelerado; • Ciclo mastigatório indiscriminado; • Descontrole da velocidade de fechamento da boca; • Ciclo mastigatório curto; • Mudança na dieta: comem alimentos mais pastosos; • Pressão desigual nos rebordos; • Redução na força de mordida. Modificação articular: • Osteoatrose (degeneração da cartilagem articular); • Degeneração e perfuração do disco articular; • Extrema remodelação dos côndilos mandibulares; • Colapso das estruturas articulares. Condições orais que devem ser avaliadas: • Glândula salivar: é de extrema importância que o paciente apresente um ciclo de salivação saudável, pois a PT sem seu auxilio não consegue se manter na boca. Deste modo, pacientes que fazem Luan Schulz Hertzog uso de medicamentos que reduzem a salivação ou apresentem xerostomia devem lançar mão de salivas artificiais. • Lábio: observar se há lesões, principalmente no ângulo da boca; • Mucosa oral: avaliar coloração; • Língua: avaliar coloração, se há placas brancas removíveis (candidíase), entre outros aspectos; • Rebordo alveolar. Consequência da hipofunção salivar: • Comprometimento da retenção da prótese; • Dificuldade de higienização; • Irritação mecânica e queimação. Condições comuns que afetam a Secreção salivar: - Medicamentos: antidepressivos, anticolinérgicos (muito utilizado para doença Parkison), antidepressivos; - Terapias antineoplasia: radioterapia, quimioterapia; - Doença autoimune: sindrome de Sijogren; Lábios: • Perda da DV; • Deficiência de vitamina B ( importante fortalecedor do sistema imunológico e responsável pela produção de células vermelhas do sangue); • Desidratação; • Perda de elasticidade; • Ressecamento: principalmente no ângulo da boca - quelite angular. Gengivas: • Perda do pontilhado ( aspecto casca de laranja - fica mais frouxa); • Aparência acetinada e edematosa; • Faixa queratinizada delgada ou ausente; • Mais sensível à injúria. Mucosa oral: • Perda de elasticidade; • Atrofia; • Ressecamento; • Hipercementose; • Estomatite ( inflamação localizada na mucosa oral), líquen plano,.. Reabsorção do rebordo alveolar: • Metabolismo protéico alterado; • Baixa resistência orgânica; • Carência alimentar; • Problemas endócrinos; • Enfermidades debilitantes. OBSERVAÇÃO: Luan Schulz Hertzog É importante salientar que, mesmo com o uso da PT haverá reabsorção óssea, no entanto, esta será minimizada. Alteração na morfologia da face: • Redução do terço médio da face; • Redução do rebordo da mandíbula e de sua rotação ântero-superior; • Aumento do prognatismo mandibular; • Ausência de alterações na base do crânio e parte superior da face, base da mandíbula e processo goniano. Alteração na posição das dentaduras: • Acentuada na prótese inferior; • Deslize anterior sobre o rebordo; • Reabsorção do rebordo inferior 4X maior que o superior; • Rebordo inferior mais suscetível às forças funcionais das dentaduras (menor área e forma menos satisfatória) • Redução do rebordo 10X maior no primeiro ano do que nos seguintes; • Com o uso prolongado, o nível do rebordo permanece praticamente constante. Direção da reabsorção óssea: • Maxila: de vestibular para palatino - Redução da circunferência do rebordo. • Mandíbula: de lingual para vestibular - Aumento da circunferência do rebordo. Preservação do rebordo: - Recursos disponíveis: • Sepultamento de raízes; • Overdentes; • Implantes; • Enxertos. Sistema Estomatognático: • Mastigação; • Fonação; • Deglutição; • Respiração; • Postura mandibular; • Estética. Finalidade da PT: • Recuperar a mastigação; • Devolver estética; • Normalizar a deglutição; • Favorecer a fonação; Cai na prova! Cai na prova! Cai na prova! Luan Schulz Hertzog • Estabiliza a mandíbula; • Preserva os tecidos; • Favorece a respiração; • Reduz a reabsorção óssea ( não impede, apenas reduz); • Conforto físico e psíquico do paciente; • Melhora a nutrição. PASSO A PASSO DA CONFECÇÃO DE UMA PRÓTESE TOTAL: 1. Anamnese, exame clínico e físico; 2. Moldagem anatômica ou preliminar e confecção de modelo de estudo; 3. Confecção da moldeira individual e moldagem funcional; 4. Confecção do modelo de trabalho; 5. Confecção da base de acrílico; 6. Confecção do plano de cera sobre a base de acrílico e ajustes; 7. Montagem dos modelos em articulador; 8. Seleção dos dentes; 9. Montagem dos dentes no plano de cera;10. Acrilização da prótese. EXAME CLÍNICO DO PACIENTE Objetivo: • Detectar problemas sistêmicos com reflexos bucais, avaliar distúrbios funcionais do órgão mastigador e alterações da cavidade oral; • Avaliar dificuldades do atendimento; • Determinar se é necessário tratamentos prévios como cirurgias. 1. Exame Geral/Anamnese: É possível coletar dados gerais do paciente, sendo estes importantes para o tratamento protético, proporcionando segurança ao profissional e paciente. Alguns problemas podem ser detectados durante este exame que poderão implicar no tratamento protético: 1. Xerostomia: a falta de saliva irá dificultar a retenção da prótese. Condições que levam à xerostomia: • Anemia; • Deficiência nutricional; • Medicamentos: - Tranquilizantes; - Antidepressivos; -Anti-hipertensivo; 2. Exame extra e intra-oral: Extra-bucal: durante este exame deve ser avaliado: • Tipo de perfil de face ( formato oval, quadricular ou triangular) Luan Schulz Hertzog • Anomalias; • Desvios de septo e/ou linha média • Posição das estruturas anatômicas da face ( posição dos olhos, nariz, angulo da boca, lábios) • Cor da pele, cabelo e olhos; • Presença de quelite angular (pode indicar perda de DV); • Espessura dos lábios; • Inspeção dos gânglios. Intra-bucal: No exame intra-bucal, o CD deve inspecionar: • Mucosa (lesões, coloração, textura); • Quantidade de saliva e sua viscosidade ( xerostomia, hipersalivação, quadro de desidratação) • Lábios ( mucocele); • Freios (a posição do freio pode implicar na adaptação da PT); • Língua ( tamanho, posição e coloração); • Bochecha • Rebordo Avaliação de tecido duro: • Avaliar história das perdas dentárias: doença periodontal, cárie, cultura? por meio destes dados é possível detectar o grau de higiene e cuidado com a cavidade oral; • Formato dos maxilares: geralmente arco superior possui formato semelhante a uma ferradura e o inferior de U; • Avaliar forma do rebordo: Também pode assumir conformação: ✓ Afilado; ✓ Vertente paralela; ✓ Retentivo. • Avaliar tamanho do rebordo: ✓ Grande: 50 mm; ✓ Médio: 45 mm; ✓ Pequeno: 40 mm. • Avaliar volume do rebordo: ✓ Rebordo normal: ✓ Rebordo alto; A- Retangular B- Triangular C- Ovóide Luan Schulz Hertzog ✓ Rebordo reabsorvido • Avaliar superfície do rebordo: ✓ Liso; ✓ Irregular; ✓ Ondulado. • Palato: ✓ Formato: • Presença de Torus: ✓ Mandibular ou palatino; ✓ Para instalação da prótese deve-se realizar a remoção do tórus. • Espaço inter- rebordos: espaço entre arcada superior e inferior quando em oclusão. ✓ Posicione o dedo entre as arcadas superior e inferior e oriente que o paciente oclua, para verificar se há espaço para os dentes. • Relação de posicionamento maxilar: ✓ Avaliar qual tipo de classificação de Angle o paciente se enquadra: I, II ou III. Avaliação de tecido mole: • A prótese superior fica adaptada à arcada por pressão negativa - vácuo de sucção e deve ser estendida somente em palato duro, caso contrário pode provocar desadaptação e ânsia; • Próteses totais inferiores possuem certa resistência à acomodação e adaptação na arcada devido à dificuldade de criar vácuo de sucção, em razão da quantidade de inserções musculares como língua, bochecha e freio lingual. Sendo assim, apresentam adaptação por estabilidade, dependendo da oclusão e planejamento da PT. Deve ser avaliado na mucosa: - Cor; - Textura; - Mobilidade: tecido que apresenta muita mobilidade (mole) dificulta na moldagem e posteriormente na adaptação da prótese, pois há pouco remanescente ósseo. ✓ Palato mole: avaliar sua disposição no organismo - Quanto mais inclinado, mais dificuldade para adaptação da PT - Quanto mais reto, melhor para adaptação da PT. A- Retangular B- Triangular C- Ovóide Luan Schulz Hertzog ✓ Lesões: avaliar se são patológicas ou causadas pelo uso da prótese. - Lesões de candidíase são comuns em pacientes que fazem uso de PT, pois a má higienização casada com o ambiente abafado e úmido que ela oferece, propicia a proliferação de fungos. ✓ Freios e bridas: podem atrapalhar na adaptação da PT ✓ Saliva: - Muito viscosa: pode criar uma camada grossa sobre o rebordo e atrapalhar na adaptação - Muito fluída: pode atrapalhar tanto na adaptação quanto na confecção da PT. 3. Avaliar amplitude de movimentos mandibulares: Em caso de próteses já presentes deve-se avaliar seu estado de conservação e se há desgastes nos dentes, provenientes de descarga mandibular sobre maxila. Quando houver apertamento dos dentes: o desgaste será horizontal Quando houver rangimento dos dentes: os desgastes serão laterais 4. Estado da ATM: Inspecionar se o paciente obtêm: • Dores musculares/ tensão; • Estalos no ouvido; • Dor de cabeça lateral; • Desgastes nos dentes 5. Avaliar próteses anteriores: Avaliar sua conservação, adaptação e necessidade de troca, além de observar a mucosa por baixo das próteses e verificar se a mesma produz lesões. 6. Exames Complementares: • Radiográficos: - Panorâmica: ✓ Avalia relação crista do rebordo com forame mentoniano; ✓ Altura do corpo da mandíbula; ✓ Lesão óssea; Disfunção Temporomandibular Luan Schulz Hertzog ✓ Presença de raiz residual; ✓ Forma e qualidade do osso alveolar. • Modelos de estudo: - Modelo anatômico e de trabalho. ✓ Avaliar detalhes anatômicos; ✓ Espaço inter-rebordo; ✓ Lesões intermaxilar; ✓ Volume da tuberosidade; ✓ Inserção de freios e bridas; ✓ Áreas excessivamente retentivas; ✓ Contorno geral da área chapeável; ✓ Avaliação de cirurgia pré-protética (regularização de rebordo). • Avaliação de próteses antigas: - Deve-se avaliar se o paciente possui: ✓ Bruxismo; ✓ Hábito extrínseco; ✓ Alimentação e modo de escovar (alimentação ácida e escovação forte) ✓ Oclusão; ✓ Validade da prótese ( validade de 4 anos). MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL O que deve ser reproduzido na moldagem: - Rebordo; -Fundo de vestíbulo; - Região de turber; - Bridas e freios; - Fossa retromiloidea: auxilia na retenção da PT; - Linha obliqua: serve para acomodação da base da prótese. Passos: 1. SELEÇÃO DA MOLDEIRA: • Deve ser realizado a prova da moldeira pré fabricada antes da realização da moldagem, analisando se a mesma se adequa e encaixa na arcada. • Próteses já utilizadas pelo paciente podem servir como guia para escolha da moldeira. No entanto, mesmo que se adapte bem à prótese, é necessário que se realize a prova em boca; • A moldeira não pode está justa ao rebordo, pois impossibilita a cópia da estrutura; • A inserção da moldeira segue um movimento de posterior para anterior, com realização de movimentos funcionais para cópia dos músculos, freios e bridas; • A moldeira deve contornar a papila retromolar, cerca de 2/3 de sua extensão; • Deve ser aplicado sobre a moldeira uma pressão seletiva, de modo que o material escoe sobre a moldeira e copie todas as estruturas desejadas; Luan Schulz Hertzog • Moldeiras lisas e mais largas são preconizadas quando o material é godiva; • Moldeiras perfuradas são utilizadas para maioria das moldagens, podendo ser manuseadas com qualquer tipo de material. É a mais utilizada pois auxilia na retenção entre material de moldagem e moldeira, impedindo que estes se soltem durante o procedimento; Na maxila: A moldeira deve: • Abranger toda a área chapeável; • Não pressionar em excesso o fundo de vestíbulo; • Não deve ultrapassar a linha do palato mole; • Seleção da moldeira é feita por tentativas. Na mandíbula: A moldeira deve: • Deve cobrir todo rebordo residual, 2/3 da papila retromolar e abranger a linha obliqua. Cuidados pré-moldagem: • Tecidos orais devem estar saudáveis elivres de infecção e/ou inflamação; • O material para realização da moldagem deve ser compatível com o modelo final que se quer obter: - Alginato: * Utilizado para moldagem preliminares; * Possui baixa viscosidade; * Indicado para fibromucosa flácida ou mista; * Fácil vazamento. - Silicona de condensação: * Indicado para fibromucosa mista; * Caso seja somente utilizado a pasta fluída para moldagem, está indicado fibromucosa flácida; * Material elástico; * Utilizado para trabalhos que necessitem de uma alta precisão e definição dos detalhes; * Grande estabilidade dimensional; * Hidrofóbica - Godiva: * Indicado para moldagem em gengivas com fibromucosa consistente/rígida; * Material plástico; * Pouco utilizado; * Infiel para cópia de detalhes. CAI NA PROVA!!! Luan Schulz Hertzog Análise do molde: • Deve apresentar superfície fosca e distribuída uniformemente; • Área convexa na região de fundo de sulco; • Verificar a centralização do molde. 2. PRODUÇÃO DO MODELO DE ESTUDO: Tipos de moldagem: MOLDAGEM ANATÔMICA OU PRELIMINAR: - Não precisa ser rica em detalhes; - Realizada com moldeiras de estoque para desdentado (pode haver distorção); - Pode ser realiza com alginato ou silicona; - Moldagem para confeccionar um modelo de estudo; Finalidade do modelo de estudo: • Delimitação correta da área basal; • Avaliação da tonicidade das inserções musculares; • Confecção de moldeiras individual para segunda moldagem; • Análise de necessidade de cirurgias pré-protéticas OBSERVAÇÃO!!! Uma das causas mais comuns para realização de cirurgias pré-protéticas é a Síndrome da combinação. Essa condição patológica acomete pacientes portadores de PT superior que antagonizam com arcada inferior em oclusão Classe I (classf. de Kenned), promovendo perda de suporte ósseo anterior da maxila, hiperplasias em palato duro e região anterior de fundo de vestíbulo e crescimento das tuberosidades da maxila. Em determinados casos, quando há crescimento exagerado de tuber da maxila ou surgimento de hiperplasias, que impossibilitarão a inserção ou adaptação da prótese, torna-se necessário a realização das cirurgias pré-protéticas. Delimitação da área basal ou chapeável: Após a moldagem é vazado o gesso e reproduzido um modelo de estudo. Neste modelo o CD deve delimitar a área basal com auxilio de um lápis, para que a moldeira funcional seja confeccionada. A área basal ou chapeável é o local onde a prótese terá contato com o rebordo, com isso, é possível determiná-la marcando todo o fundo de vestíbulo. Nesse momento, algumas áreas devem ser demarcadas: * Delimitação de palato duro e mole; * Contornar região de tuber; * Fundo de vestíbulo e assoalho * Marcar regiões que necessitam de alivium (áreas retentivas), como feios, bridas, depressões, irregularidades, papila retromolar; Luan Schulz Hertzog CONFECÇÃO DA MOLDEIRA INDIVIDUAL: Após realizar a demarcação da área basal ou chapeável, deve-se realizar alivium no modelo de todas as áreas retentivas utilizando cera. Caso veja necessidade, marque com um lápis os limites da moldeira que devem ser: - 2 a 3 mm do fundo de vestíbulo ou assoalho; - Cobrir cerca de 2/3 da papila retromolar (em inferior); - Cobrir todo o tuber da maxila; - Não se estender até palato mole. • Depois de realizar as marcações e fazer o alivium, deve-se isolar o modelo de gesso com o Cell Lac. • Manipula-se o pó sobre o líquido de resina incolor em um pote paladon, aguarde a consistência correta e deposite o material sobre o modelo, respeitando os limites e cobrindo todas as áreas desejáveis. • Confeccione o cabo da moldeira de modo que fique confortável para inseri-la na boca do paciente; • Realizar ajustes e polimento na moldeira funcional. MOLDAGEM FUNCIONAL: Moldagem dinâmica que registra todos os detalhe anatômicos da área chapeável e também as inserções musculares, que pelos seus movimentos interessam a dentadura. - Moldagem rica em detalhes; - Realizada com moldeira individual (confeccionada com resina acrílica específico para o paciente); - Moldagem para confeccionar um modelo de trabalho; - Realizada para obter maior precisão na moldagem. Cuidados durante a moldagem: Durante a moldagem deve-se buscar: • Mínima deformação dos tecidos; • Extensão correta da base da prótese; • Vedamento periférico funcional; • Contato adequado da base da prótese com o rebordo. • A moldagem funcional é feita em 2 etapas: 1ª ETAPA: Selamento Periférico Limite da moldeira Fundo de vestíbulo Luan Schulz Hertzog - É realizado utilizando Godiva ou Denso da silicona, dispondo uma camada fina do material sobre o limite da moldeira na região vestibular, impedindo que ela invada a parte interna da moldeira, para que durante os movimento funcionais se copie a musculatura da área e o fundo de vestíbulo; - Essa etapa será importante no assentamento da peça após sua confecção, tendo em vista que os músculos da região durante o momento da mastigação e fala pode promover a desadaptação da mesma. 2ª ETAPA: Moldagem de rebordo - Após realizado o selamento periférico, realiza-se a moldagem. - Pode ser utilizado o leve da pasta de silicona de condensação ou a pasta de óxido de zinco e Eogenol (Lisandra) para realização da técnica. -Manipula-se o material, carrega a moldeira a introduz na boca do paciente exercendo uma compressão seletiva sobre ela. The Brown ou encaixotamento da moldagem: • Envolva sobre o modelo uma tira de cera com cerca de 2 a 3 mm abaixo do limite superior do molde, de modo que forme um anteparo que auxilie no vazamento de gesso; • No modelo inferior faz-se a língua; • O The Brown irá auxiliar na cópia do fundo de vestíbulo. Vaza o gesso e obtém-se o modelo de trabalho, o qual será usado para confecção da prótese. Cuidados pós moldagem: • Deve desinfetar o molde com álcool 70% ou deixar imergido por 10 minutos no glutaraldeído 2% ou clorexidina, para vazar o gesso. CONFECÇÃO DA BASE DE ACRÍLICO E PLANO DE CERA OU DE ORIENTAÇÃO • Base de acrílico: A base de acrílico é confeccionada sobre o modelo de trabalho, se estendendo até o fundo do vestíbulo ou assoalho, final do tuber, linha do palato duro e cobrindo 2/3 da papila retromolar em arcada inferior. • Objetivo: Serve como uma base para montagem do plano de cera e posteriormente dos dentes. • Passo a passo: 1- Alivium nas áreas retentivas com cera; 2-Manipula-se no pote Paladon a resina acrílica incolor; Luan Schulz Hertzog 3- Deposita o material na consistência correta sobre o modelo de trabalho, respeitando os limites ideais; 4- Realiza-se ajustes com fresas de tungstênio, seguido de acabamento e polimento. • Plano de cera ou de orientação: Plano confeccionado com cera 7, sobre a base de acrílico para montagem posterior dos dentes. Pré-orientações para confecção do plano de cera: • A cera utilizada para montagem do plano de orientação deve está em cima do rebordo, tendo em vista que ela servirá como um guia para montagem dos dentes e confecção da peça final. Durante a mastigação, a força realizada deve ser dissipada sobre as cristas ósseas alveolares, por isso a importância de posicionar corretamente o plano em cera, pois caso contrário poderá resultar em reabsorção óssea em excesso. Altura do plano de cera: • A altura do plano em cera irá variar de paciente para paciente, sendo que a região anterior é mais verticalizada e na posterior mais paralela à base da maxila e mandíbula, seguindo as linhas da curva de Spee e Wilson; • O plano de cera superior está basicamente relacionado à estética e o inferior à função; • O plano de cera inferior está TOTALMENTE relacionado com o plano de cera superior: O plano de cera superior é confeccionado previamente e é a partir dele que o inferior é montado.- Após confeccionado o plano de cera deve-se prová-lo na boca do paciente e realizar os ajustes: Ajustes do plano de cera superior: 1. Suporte labial: é a sustentação que os elementos dentais proporcionam para os lábios. • Ao provar o plano de cera deve-se observar se o lábio superior possui volume vestibular harmônico: caso esteja protruído excessivamente, é necessário retirar uma porção considerável de cera do plano; ao contrário, se estiver sem suporte deve-se acrescentar cera ao plano; • Ao provar o plano em cera a base do nariz precisa realizar um ângulo de 90º com o filtro labial; 2. Borda incisal: quantidade que a borda incisal dos elementos anteriores estão à mostra, quando o paciente em repouso. IMPORTANTE!!! Luan Schulz Hertzog • Quando os lábios estão em repouso, a incisal dos dentes anteriores estão na mesma altura da linha seca do lábio superior, ou com 2 a 3 mm à mostra; • Pacientes mais jovens apresentam cerca de 2 a 3 mm de disposição da borda incisal do dentes e os mais de idade quase não é possível observar; 3. Corredor bucal: é um espaço formado entre bochecha e vestibular dos dentes - os elementos dentais estão dispostos de modo que os anteriores ''escondem'' os posteriores quando paciente sorri. 4. Inclinação ântero-posterior/ Latero-lateral: são as inclinações que os dentes apresentarão no plano de cera depois de montados. Por via de regra, os elementos anteriores possuem coroa clínica maior que os posteriores, por isso possuem angulação mais vestibularizada do que estes. Cada paciente possuirá uma inclinação específica. • Inclinação Ântero-posterior: • O instrumento utilizado para determinar as inclinações ântero-posterior é a régua de Fox, a qual deve ser ajustada na face do paciente de modo que estabeleça o Plano de Camper( linha que parte do tragus e se estende até a asa do nariz), paralelo à base da maxila; • O arco facial do articulador terá como função determinar a inclinação tridimensional da maxila. No entanto, foi constado por meio de estudos e pesquisas que as inclinações de maxila de pacientes desdentados não se distinguem muito, dessa forma, foi criado a mesa de Camper, a qual irá transferir a angulação de modo generalizado dessa estrutura; Como posicionar a régua de Fox? 1. Posicione a primeira régua de modo que se estabeleça o plano de Camper; 2. Posicione a segunda régua dentro da boca do paciente, juntamente com o plano de cera; 3. Observa as angulações: o arco superior DEVE estar paralelo ao inferior Caso não esteja paralela, o plano de cera deve ser ajustado!!! • Inclinação Latero-lateral: • Determinada pela curva de Wilson - curvatura dos dentes no sentido vestibulo-lingual, no plano frontal, que passa pelas cúspides vestibulares e linguais de dentes posteriores de ambos os lados; • A curva de Wilson é encontrada de acordo com o Plano de Frankfurt: com a cabeça paralela ao solo, e com o paciente olhando para o horizonte, traça-se uma linha reta da parte mais inferior da órbita até o meato acústico externo; Régua de Fox Luan Schulz Hertzog • Esta linha deve está paralela à régua inferior com o plano de cera, caso contrário ajustes devem ser realizados. RESUMINDO... O plano de Camper irá disponibilizar as inclinações ântero-posterior - está relacionado com a curva de Spee. O plano de Frankfurt irá transmitir as inclinações latero-laterais- está relacionado com a curva de Wilson. 5. Harmonia do sorriso: irá determinar as linhas de harmonia do sorriso - Linha média: pode levar como referência o freio labial superior, ou realizar marcações de pontos craniométricos - Glabela e protuberância mentual - Linha alta do sorriso: determinada pelo ponto mais alto do sorriso. Pode ser definida pedindo para o paciente promover um sorriso forte. O correto é que durante o sorriso a linha seca do lábio superior esteja na altura da cervicais dos dentes, sem transparecer gengiva. - Linha do canino: pode ser determinada pela asa do nariz (ponta de cúspide). Com lábio em repouso, as faces distais dos caninos estarão de encontro com a comissura labial. Realizar as marcações destas linhas no modelo, para auxiliar a montagem de dentes pelo técnico. Após realizar todos os ajustes no plano de cera, o modelo superior é montado em articulador com a mesa de Camper. Por conseguinte realiza-se os ajustes em cera no plano de cera inferior, montando-o também em articulador. Tomando como referência o modelo superior é determinado a DV e DVO do paciente no modelo inferior. Ajustes no plano de cera inferior DIMENSÃO VERTICAL EM PRÓTESE TOTAL Pré-orientações: 1. Linha de rebordo: irá orientar o posicionamento, inclinação e a altura da montagem dos dentes; 2. Determinar a Dimensão vertical: É importante ressaltar que, o paciente em prótese total é reabilitado sempre em Relação Cêntrica (RC): quando a mandíbula é conduzida para a posição mais retruzida em relação à maxila. Luan Schulz Hertzog • Dimensão vertical (DV): é a distancia entre maxila e mandíbula quando em oclusão. - Ela pode ser definida com uma medida entre dois pontos fixos: um no terço médio da face e outro no terço inferior, quando em oclusão. • Dimensão vertical de oclusão (DVO): é descrita como a altura do terço inferior da face, quando há o contato máximo oclusal dos elementos posteriores superiores sobre os inferiores. - É totalmente dependente do estado de dentição (para que se obtenha seu valor é necessário que haja dentes para que estes se ocluem); - Sua diminuição é provocada pela total ou parcial dos elementos posteriores; - É importante obter DVO, pois sem ela toda carga mastigatória se excederão para os elementos anteriores, causando fraturas e até mesmo reabsorção óssea nesta região em caso de PT. • Dimensão vertical de repouso (DVR): é a distância entre mandíbula e maxila, quando mandíbula se encontra em posição de repouso postural. - A DVR é maior que a DVO e na maioria das vezes, independe do estado da dentição (ou seja, não necessita da presença dos dentes para obter o seu valor); • Espaço funcional livre (EFL): corresponde à diferença entre DVR e DVO - A DVR sempre vai ser maior que a DVO - EFL possuirá em média de 2 a 3 mm EFL= DVR-DVO Importância do EFL: - Estética facial (dentes muito grandes, ausência de corredor bucal); - Posição da ATM ( caso o CD erre na DV, pode ocasionar sobrecarga nos músculos e articulação temporomandibular, provocando DTM); - Eficiência funcional ( ao oclui o paciente quebra a prótese, ou se sente cansaço ao usá-la por não possuir DVR correta); Luan Schulz Hertzog - Preservação dos tecidos; - Atividade muscular; - Relação cêntrica; - Deglutição; - Fonética. • Características de DV diminuída: - Dor muscular; - Danos na ATM; - Lesões na comissura labial ( quelite angular); - Diminuição do tônus muscular; - Protrusão mandibular; - Rugas e sulcos acentuados; - Aparência facial encurtada; - Diminuição da eficiência mastigatória; - Alteração no movimento mandibular • Característica de DV acentuada: - Alterações funcionais; - Processo de reabsorção; - Aparência de sorriso aparente; - Desgastes de dentes de acrílico. MÉTODOS PARA VERIFICAÇÃO DA DVO: • Fonético: - Pode-se obter dados sobre esse método pedindo para que o paciente pronuncie palavras ricas em "S". - Paciente com DV aumentada cospe ao falar; • Estético: Observar a largura e angulação dos dentes em boca; • Deglutição: mandíbula é elevada durante os movimentos fisiológicos da deglutição. - Quando a DVO é maior que a DVR o paciente terá dificuldade em deglutir, pois não terá espaço suficiente para elevar a mandíbula. • Proporções faciais: * Willis: o terço médio precisa ser proporcional ao terço inferior. Luan Schulz Hertzog Como utilizar o compasso de Willis? - Mede-se da região lateral do olhoaté comissura labial, alcançando valores do terço médio da face. Logo em seguida, obtêm-se valores da porção inferior da face, medindo da base do nariz até base do mento. *Boyanov ( este método não é muito utilizado) - Para obter valores de largura, pode-se medir de comissura labial do lado direto até o do esquerdo - Para apresentar valores referentes à altura, pode-se medir da altura do lábio superior à base do mento. • Métrico: método que obtêm-se valores da DV por meio da medição da face e pela fórmula - EFL=DVR-DVO - A medição pode ser obtida por meio do compasso de Willis ou por régua comum, com o paciente estando em DVR. - Para obter a DVO basta subtrair o valor de EFL (+/- 3mm) com a DVR (mede-se na face do paciente). EX: Foi medido no paciente por meio do compasso de Willis e obtido um valor de 58 cm de DVR. Sabendo que o EFL possui em média 3 mm qual será a DVO do paciente? DVO= DVR-EFL DVO= 58 - 0,3 DVO= 55 mm ___5,5cm EX2: Se a DVR encontrada for 5,5 qual será a DVO deste paciente? DVO=DVR-EFL DVO= 5,5 - 0,3 DVO= 5,2 mm • Força de mordida: observa a ação dos elementos posteriores durante a mastigação. • Propriocepção: é a capacidade que o próprio corpo tem de avaliar em que posição se encontra a fim de manter o equilíbrio quando está parado, em movimento ou ao realizar esforços. - Neste sentido, caso a DVO esteja incorreta, o corpo tentará encontrar uma melhor forma para que aquele individuo encontre uma mordida mais harmônica; - Paciente morde de várias formas. Luan Schulz Hertzog • Eletromiografia: é um exame simples, indolor e não invasivo, realizado na clínica do especialista em dor orofacial. - Caso haja dor, a DVO está inadequada. • Silhueta de perfil: método subjetivo baseado na observação e avaliação do perfil do paciente. - Observa a posição dos maxilares e se o paciente encontra-se com perfil Classe I de Angle. • Método radiográfico: - É possível identificar a DVO por meio da cefalometria. Passo a passo de como verificar a DVO do paciente: 1. Posicionar o paciente na cadeira; 2. Remover PT antiga; 3. Encontrar posição de repouso da mandíbula; 4. Utilizar métodos para avaliação da DVO (métodos descritos acima); 5. Registrar o número da DVO encontrado. LEMBRE-SE!!!! É possível identificar a DVO em paciente totalmente desdentado, utilizando a fórmula: DVO= DVR-EFL (3mm) Após realizar os ajustes no plano de cera superior e inferior, e estabelecer a DVO, pode-se registrá-la juntando os dois planos de cera por meio de clipes, retirando logo em seguida da boca do paciente. Faz a desinfecção do plano de cera e monta-o na charneira. SELEÇÃO DOS DENTES EM PRÓTESE TOTAL Para que haja harmonia dos dentes com a fisionomia dos pacientes são necessárias as avaliações do seu tamanho, da sua cor, da sua forma e da sua posição com relação aos demais órgãos. Os dentes poderão ser selecionados quanto: • Ao desenho da face oclusal; • Tipo de material; • Forma dos dentes; • Tamanho dos dentes; Luan Schulz Hertzog • Cor dos dentes. 1. QUANTO AO DESENHO DA FACE OCLUSAL: - DENTES ANATÔMICOS: elementos com cúspides mais evidenciadas • Indicações: - Rebordos normais, ou seja, que não sofreram reabsorção óssea. • Vantagens: - Mais estéticos; - Melhor capacidade mastigatória. • Desvantagem: - Em rebordos muito reabsorvidos, esse tipo de dente pode trazer instabilidade à prótese. - DENTES FUNCIONAIS: elementos que não possuem cúspides evidenciadas • Indicações: - Pacientes com rebordos extremamente reabsorvidos; - Pacientes que desejam um tratamento mais rápido. • Vantagens: - Maior estabilidade da PT • Desvantagens: - Deficiência mastigatória; - Falta de balanceio Luan Schulz Hertzog 2. QUANTO AO TIPO DE MATERIAL: - Porcelana: • Vantagens: - Estabilidade de cor e translucidez; - Resistência à abrasão; - Eficiência mastigatória. • Desvantagem: - Provocam ruídos; - Dificuldade de desgaste ( hoje em dia é mais fácil de desgastar); - São pesados; - Material frágil ( se cair quebra). - O tempo de duração é de aproximadamente 5 anos, por causa da base de acrílico da PT, independente dos dentes inseridos. - Resina: • Vantagem: - Facilidade nos trabalhos clínicos laboratoriais; - Facilidade de caracterização e reparo ( Caso quebre, pode ser reparado ''restaurando-o'' com resina); - Melhor união entre dentes e base da dentadura ( ambos são resina). • Desvantagens: - Fácil abrasão ( O tempo de duração é de aproximadamente 5 anos); - Instabilidade de cor. Podem apresentar: - Dupla, tripla ou multicamadas ( são camadas diferentes de resina que vão proporcionar estética ao elementos dentais, por meio de matiz, croma e valor); - Cúspides mais altas ou mais baixas; - Nacionais ou importados 3. FORMA DOS DENTES: * Lei da harmonia de William: ''Num indivíduo deve existir a concordância entre a forma do rosto e do dente para se completarem os traços fisionômicos harmônicos'' * Triangulo estético de Nelson: ''a forma do arco dental também pode ser dividida em triangular, quadrada e ovóide e essa forma acompanha a forma do rosto e do incisivo central superior.'' Sendo assim, o formato do dente pode ser escolhido de acordo com: • Forma do arco: triangular, quadricular e ovóide; • Forma do rosto: ovalado, quadricular ou triangular; • Forma do Incisivo Central Superior: as formas dos incisivos centrais podem ser agrupadas em 3 formas principais: triangular, quadrada e ovóide, assim como a do rosto. 4. TAMANHO DOS DENTES: É utilizado a orientação por Clapp, por meio das linhas de referência ALTURA DOS DENTES: Luan Schulz Hertzog - O melhor elemento para se estabelecer uma medida inicial da altura dos incisivos superiores é a posição e mobilidade do lábio superior; - A altura do ICS corresponde à distância entre a linha do sorriso e a borda oclusal do plano de cera: devemos determinar a altura dos dentes pela posição do lábio superior com sorriso forçado. No plano de cera ou de orientação, marcamos com um traço horizontal a altura da linha seca do lábio no ato do sorriso. Essa linha recebe o nome de Linha Alta ou Linha do Sorriso Forçado; - Assim, obtemos a altura do incisivo central superior pela distância da linha alta ao plano oclusal do rodete de cera e a largura dos 6 dentes anteriores e superiores, pelas linhas dos caninos; - ICS possui 1/6 da altura da face (Berry e Sawage); - O ICS deve aparecer cerca de 1mm abaixo do lábio quando em repouso LARGURA DOS DENTES: - Não devemos selecionar o tamanho dos dentes anteriores pelo tamanho dos modelos, pois os dentes selecionados de acordo com este procedimento serão demasiadamente pequenos devido a reabsorção dos rebordos residuais; Alguns autores determinaram alguns métodos para indicar a largura dos elementos anteriores: - A largura do ICS seria de 1/18 da distância bizigomática (Sears); *- A largura do filtrum corresponde à largura do ICS ( Lee); - A largura dos 6 dentes ântero-superiores é igual a largura da boca ( Tench e Clopp); *- A largura da base do nariz corresponde à largura dos dentes anteriores, de uma cúspide do canino à outra (Scolt). Como aplicar esses métodos no paciente edêntulo para seleção do tamanho dos dentes? No plano de cera cria-se linhas de referência para montagem dos dentes: 1. Linha média da face: Pode ser encontrada se baseando no freio labial superior e/ou lingual, nos incisivos inferiores ( caso houver); DICA!!! Como marcar a linha média? - Realiza-se um ponto na glabela e outro na protuberância mentual; - Com auxilio de um fio dental liga-se os dois pontos, peça para o paciente sorrir e obtenha a linha média; - Registre no plano de cera. 2. Linha do canino: irá determinar a largura dos dentes da PTLuan Schulz Hertzog - Pode ser determinado por meio da asa do nariz ( cúspide do canino) ou comissura labial ( distal do canino). 3. Linha alta do sorriso: irá determinar a altura dos dentes na PT DEVE-SE FOTOGRAFAR AS LINHAS MARCADAS EM BOCA DENTES ARTIFICIAIS: - São escolhidos por meio da carta molde, nela é possível escolher a forma, tamanho e largura dos dentes baseando-se nas medições feitas anteriormente; - Medir altura da linha do sorriso até a base do plano de cera para obter altura - Medir largura entre as linhas do canino - QUANTO A COR: Para escolha da cor deve-se levar em consideração: • A idade; • Cor de pele lábios do paciente; • Sexo; • Preferência do paciente Luan Schulz Hertzog
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