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Estudo dirigido - Ancilostomose e Estrongiloidose Parasitologia Geral 1 – Identifique a forma evolutiva e descreva o ciclo do parasito abaixo. a) R – Ovos de ancilostomídeos em fase de embrionamento. b) R – Cápsula bucal de verme adulto Ciclo: Ciclo direto e sem hospedeiro intermediário. Os ovos são liberados pelo hospedeiro infectado, e em condições de oxigenação, temperatura e umidade favoráveis, desenvolvem-se em dois tipos larvais, o L1 e o L2, em seguida muda par a a forma infectante L3, com livre movimentação, cutícula dupla, mas não se alimentam. Em algumas espécies, como a V. americanus, a infecção pode ocorrer por penetração na pele, em outras espécies, como a A. ceylanicum, a infecção ocorre por digestão. Após o contato com o organismo humano, as larvas são estimuladas por sinais térmicos, e juntamente com produtos de secreção e excreção, será capaz de penetrar nos tecidos do hospedeiro. As larvas L3 liberam a cutícula na penetração e migram pela circulação até os pulmões. Lá eles atravessam pelos brônquios, bronquíolos e traqueia, e com o estímulo da oxigenação local conseguem fazer a mudança para o estágio L4, que migra até a faringe, onde podem ser expectoradas ou deglutidas. Se deglutidas, a larva entra no TGI e migra para o intestino delgado onde fazem hematofagia. Depois de alguns dias mudam para a forma adulta jovem e em seguida a forma adulta sexualmente madura. As fêmeas depositam ovos que serão liberados nas fezes e o ciclo se reinicia. 2 – Quais as principais patologias associadas à infecção por ancilostomídeos? R – É importante ressaltar os sintomas causados pela penetração na pele, no caso dos parasitas que recorrem a esse meio, podendo gerar edema resultante de processo inflamatório e dermatite urticariforme. Contudo, o parasitismo intestinal é o mais característico desta doença, e pode gerar dor epigástrica, diminuição de apetite, náuseas e às vezes diarréia sanguinolenta. Outro agravamento muito característico da ancilostomose é a anemia causada pela intensa hematofagia dos adultos. A anemia está relacionada com alimentação do paciente. A fixação dos parasitos no intestino causa processos inflamatórios e pequenas áreas de hemorragia, determinando lesões na mucosa do intestino delgado. 3 – Quais as principais patologias associadas a infecção por Strongyloides stercoralis? R – As principais alterações da estrongiloidíase são devidas a ação mecânica, traumática, irritativa, tóxica e antigênica das fêmeas, larvas e ovos. Podem ser classificadas em: Cutâneas, pela penetração na pele, causando edema, prurido e pápulas hemorrágicas. Pulmonar, com tosse, podendo chegar a broncopneumonia e insuficiência respiratória. Intestinal, com dor epigástrica, diarréia, náuseas e vômitos, emagrecimento, podendo progredir para o comprometimento geral do paciente, podendo levar a morte. Disseminada, comum em imunossuprimidos, com auto-infecção interna, podendo levar a morte, nesse caso as larvas migram por todo corpo, causando alterações nos rins, fígado, vesícula biliar, coração, cérebro, pâncreas, tireóides, adrenais, próstata, glândulas mamárias e linfonodos. 4 – Descreva fatores biológicos inerentes ao Strongyloides stercoralis que dificultam o seu controle em áreas de transmissão. R – Um fator importante é a perpetuação do ciclo do parasita não só em humanos, mas em outros animas, como cães e gatos, que tem grande convívio no meio humano, logo as fezes desses animais também podem contaminar o solo. Além disso a temperatura e umidade ideal para o desenvolvimento do parasita é característica de países tropicais. Também convém ressaltar a dificuldade socioeconômica presentes nas áreas endêmicas, e como isso afeta a população, pelas condições sanitárias inadequadas, e pela falta do uso de calçados em certas ocasiões, por motivos de necessidade, como em caso de lavradores ou por baixas condições econômicas.
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