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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS / EPGE ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA Prof: Marcos Antônio C. Silveira Monitora: Ana Luiza Abrão Roriz 5ª Lista de Exercícios - GABARITO 1- Porque a Teoria Quantitativa da Moeda supõe que a velocidade da moeda é constante, e o produto também era tratado como tal. Os clássicos supunham que os preços eram totalmente flexíveis, logo o produto estava em seu nível de pleno emprego (podendo ser tratado como constante) de forma que aumentos na oferta de moeda se convertiam a aumentos nos preços. A equação de trocas é a seguinte: M V = P Y (1) Sem conhecer os determinantes da velocidade, (1) nada mais seria além de uma identidade, ou seja, uma equação válida por definição. Conhecendo os determinantes da velocidade, Fischer viu que V poderia ser considerado constante ao longo do tempo. Desta forma, a equação se tornou a Teoria Quantitativa da Moeda. A renda nominal (PY) passou a ser influenciada apenas por mudanças em M. O movimento dos preços é determinado apenas por mudanças em M. 2- Demanda Precaução: Pessoas demandam moeda para eventuais emergências ou para uma oportunidade de consumo. Depende da renda do indivíduo. Demanda Transação: Demanda-se moeda para satisfazer as transações necessárias do dia a dia. Proporcional à renda do indivíduo. Demanda Especulação: Pela definição de Keynes, demanda-se moeda quando o retorno esperado dos títulos é negativo. Diz-se que a demanda por moeda é inversamente proporcional às taxas de juros. Demandar-se-á mais títulos conforme a taxa de juros subir e o custo de oportunidade de se reter moeda aumentar. 3- No modelo de Baumol-Tobin, a demanda transação e precaução por moeda (além da sensibilidade da renda) são consideradas sensíveis às taxas de juros, havendo um trade off entre reter moeda (diminuindo os custos de transação e iliquidez) e reter títulos. (aumentando a renda através da obtenção de juros). Quanto à demanda especulativa, considera-se no modelo que as pessoas se importam não só com o retorno dos ativos sobre outros ativos, mas também com o grau de risco dos retornos de cada ativo. Assim, quando as taxas de juros estão altas, tal risco é compensado diminuindo a demanda por moeda. Conclui-se, destas três análises, que a demanda por moeda é inversamente proporcional às taxas de juros. 4- a) Friedman – Considera a renda permanente média de longo prazo como determinante da demanda por moeda. (Sujeita a menos oscilações) Keynes – Considera a renda observada de curto prazo como um dos determinantes da demanda por moeda. (Sujeita a mais oscilações) b) Friedman – Considera a elasticidade-juro da moeda como baixa, dizendo que variações nos juros não causam grandes variações na demanda por moeda. Keynes – Alta elasticidade-juro da moeda. Ou seja, alterações nas taxas de juros afetam consideravelmente a demanda por moeda. c) Friedman – A velocidade é previsível, (pois PY também o é) já que a demanda por moeda não passa por deslocamentos expressivos, sendo portanto, constante. Keynes – A teoria da preferência pela liquidez da demanda por moeda indica que a velocidade apresenta flutuações substanciais. d) Friedman – Demanda por moeda estável por considerá-la como função da renda permanente. (que não apresenta fortes oscilações) Keynes – Como a demanda por moeda é função dos juros e estes variam significativamente, a Md por conseqüência também apresentará flutuações substanciais. e) Friedman – A política monetária é eficaz e consegue prever mudanças nos agregados monetários, já que considera Md proporcional à renda permanente. Recomenda expansão monetária constante. Keynes – Considera a política monetária ineficaz, pois não consegue prever mudanças nos agregados monetários dado que considera a demanda por moeda inconstante. Recomenda controle dos juros. 5- Temos uma relação direta entre retorno e risco no modelo de Tobin. Para uma taxa de retorno mais alta, o risco assumido é maior. 2 2 2 2 (0, ) Risco: . (1) ( ) ( ) (2) . Unindo (1) e (2) . R R g g R R R g R r g g N A A E R A r g A r r σσ σ σ σ µ µ σ σ 2 = + = ⇒ = = + = = � Relação que diz que o investidor só tem um retorno maior às custas de mais risco. (gráfico tosco, mas ajuda a entender...) a) O aumento da taxa de juros desloca o “opportunity lócus” c1 para c2. Quando as taxas de juros são mais altas, a proporção de A2 (títulos) aumenta, enquanto a moeda A1 diminui. O que pode acontecer quando elas acontecem é a decisão de um indivíduo de aceitar um retorno menor do que ele poderia ter, porém correndo menos riscos. (Ilustrado pelo ponto 1 na curva vermelha). Observe que µ na segunda curva é maior do que na primeira, porém o risco σ, é menor. Isto é chamado de efeito renda . O indivíduo prefere ter mais moeda. Caso o ponto 1 for escolhido na nova curva de indiferença, pode-se dizer que o indivíduo aceita tomar mais risco com a perspectiva de obter um retorno µ mais elevado. Efeito substituição. ES: Proporção de títulos aumenta. Proporção de moeda diminui. ER: Proporção de títulos diminui. Proporção de moeda aumenta. OBS: Quando as taxas de juros são baixas , o modelo implica em uma elasticidade da demanda por moeda negativa em respeito às taxas de juros. Ou seja, quanto mais i diminui mais a demanda por moeda aumenta, e essa elasticidade vai aumentando até se aproximar de zero. Há a prevalência do efeito renda, pois os agentes preferem trocar retorno por segurança. Considerando a preferência pela liquidez cairíamos numa armadilha da liquidez, onde qualquer quantidade de moeda será demandada. Já com taxas de juros mais altas , os indivíduos vão migrando da moeda para os títulos, mas depois de um certo ponto o valor da carteira cai pois o preço dos títulos diminui quando i aumenta muito. Neste ponto, temos uma inflexão e o ER > ES, com os agentes preferindo não correr risco. b) Do indivíduo: Há uma taxa de juros crítica. Acima dela ele só demanda títulos (A1) e abaixo dela só demanda moeda (A1). 2 1 2 1 1 0 1 0 1 0 c c c r r A r g r r A A r g r r A r g > = + > = + = + = < = + < Como os indivíduos têm preferências diferentes, a u nião de suas curvas individuais dá a relação de M d da economia. c) ( ) ( ) ( ) 0 ( ) 0 ( ) 0 ( ) c c c R R g E g f r r r E g r r E g r r E g r E gµ σ σ = < → < = → = > → > += A elasticidade juros aumenta, pois variações nos juros afetam Md mais que proporcionalmente. Quanto maior a inclinação da curva, mais A1 será trocado por A2, e vice versa. O nível de retorno está mais sensível à taxa r. Quando r aumenta a nova inclinação é maior para o mesmo retorno. 07) Relembrando o modelo.. OBS: Você não precisa colocar isso na sua resposta, mas é daqui que vêm os resultados sobre a importância dos parâmetros “a” e “b” Diferenciando a equação da demanda por moeda: ln ln ln derivando em relacao ao tempo: ln ln ln ln ln (2) OBS: Lembre-se que pela formacao de expectativas do modelo ln ( ) (1) Substit ea e e e e e M m ce P M P c a d M d p d c d a dt dt dt dt d a dt d b dt π π π πσ π π π π −= = − = − → − = − → − = 0 − = − uindo (2) em (1) temos: ln ( ) 1 e ed b dt ab π σ π = − − a= elasticidade da demanda por moeda b= velocidade na revisão das expectativas. A dinâmica da inflação dependerá do sinal de ab. Fonte do gráfico: “Lectures on Macroeconomics” Cap 4. Seção 4.7 “Seigniorage and Inflation” pág 199 B) ab<1 Se ab<1 entao a inflação esperada cai para todos os pontos abaixo da reta de 45° e caindo para todos os pontos acima dela. Logo A seria um estado estacionário estável e B não. Neste caso, se a economia estiver em algum ponto à esquerda de B ela convergirá para A (estabilidade com inflação baixa)mas se ela estiver à direita de B a inflação continuará crescendo com o governo continuando a emitir moeda e teremos hiperinflação. a) ab >1 As propriedade de estabilidade-instabilidade de A e B se invertem se ab >1, ou seja, se as expectativas se ajustam rápido ou se a demanda por moeda é muito elástica. No primeiro caso, a economia termina com muita inflação e um saldo baixo de moeda. No segundo, uma diminuição da senhoriagem leva, no estado estacionário, a mais inflação. Porém no curto prazo, dadas as expectativas inflacionárias e logo os saldos monetários reais, esta é a única maneira de diminuir as receitas do governo com o imposto inflacionário. Quando temos expectativas adaptativas, a inflação pode se tornar uma hiperinflação por um processo que se auto alimenta, basta para isto, termos uma combinação de equilíbrio instável (ab>1) e não necessariamente um crescimento acelerado da moeda. Por isto não bastam reformas fiscais isoladas para resolver o problema da hiperinflação. (Além de uma reforma fiscal tanto do lado das receitas quanto das despesas é necessária uma redução crível do déficit orçamentário. A estabilização implica substituir o imposto inflacionário por outros impostos.) Tão importante quanto o controle fiscal é o fato do Banco Central assumir um compromisso crível de que não mais monetizará a dívida do governo. Esta medida é drástica porque implica abdicar totalmente da senhoriagem. Se as mudanças apropriadas na política econômica forem críveis, podem provocar alterações drásticas de expectativas, e assim eliminar não só a inflação antecipada como a corrente.
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