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Gestão / Gestão 
Por que as empresas mantêm chefes ruins?
A preocupação maior com o resultado e o apagão de talentos 
são algumas das respostas para esta pergunta 
Amanda Camasmie 
 
Empresas já sabem que é preciso ter líderes mais participativos, mas ainda têm medo de mudanças 
Ele só está preocupado com si próprio. É inseguro e se defende com todas as armas para ninguém 
ocupar o seu espaço. Não está comprometido estrategicamente com a companhia. Tem resistência 
à mudança e não está próximo da sua equipe (mas acima dela). E para piorar, ele pode até deixar a 
desejar tecnicamente. Essas são algumas das características que podem definir um chefe ruim.
Com tantos pontos negativos, por que será que esses líderes ainda continuam na companhia? 
“Geralmente, esses chefes entregam o que é esperado deles. As empresas avaliam apenas o 
resultado numérico e não levam em consideração a forma como se chega a esse resultado”, afirma 
Marcos Piccini, sócio-diretor da Korn/Ferry, empresa especializada em gestão de talentos.
“As empresas têm medo de errar. E, além disso, são poucos os líderes que estão nesse movimento 
de compartilhar informações”, diz Vera Cavalcanti, coordenadora do Núcleo de Liderança do 
FGV in company. Na avaliação dela, as empresas ainda respiram pensamentos muito tradicionais 
como o do “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Outro fator que pesa a favor do mau chefe é o apagão de talentos. É difícil encontrar bons líderes. 
A opção que as empresas têm é manter o chefe ruim ou promover um funcionário ainda 
inexperiente. Não é à toa que quase 20% dos jovens brasileiros ocupam cargos de gestão, de 
acordo com uma pesquisa do Hay Group, divulgada em 2010, e feita com mais de 5,5 mil jovens. 
O estudo constatou que esses jovens são geralmente pertencentes às classes A e B. Têm fácil 
acesso a cursos e dominam idiomas, além de terem vivências fora do País, o que os torna bem 
cotados para o mercado. 
A ética tem que prevalecer 
É claro que deslizes acontecem, afinal, até os melhores líderes falham. Em momentos de 
nervosismo, os chefes podem destratar funcionários ou tomar decisões equivocadas. Situações 
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01/12/2011http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT281705-16360,00.html
como essas podem ser reparadas com diálogos abertos e transparentes. Mas atitudes antiéticas e 
que fogem dos valores da empresa são inaceitáveis. “Se o líder denegrir a sua imagem, ele não 
terá mais credibilidade e condições de permanecer na empresa. Ele pode se desculpar por um 
grito, mas nunca por uma quebra de valores e ética”, afirma Vera.
Ao contrário do que muitos imaginam, o bom líder também carece de uma pitada de autoritarismo. 
“A liderança precisa ter flexibilidade para saber a hora de ‘apertar’ a equipe. Há momentos em que 
não dá para se fazer uma gestão participativa e as pessoas precisam ter essa consciência”, afirma 
Vera. O gestor precisa aliar essa flexibilidade ao contexto do mercado e à maturidade da equipe, 
como fez Steve Jobs durante seu "segundo reinado" na Apple. 
Tome conta de seus líderes 
Se os seus líderes estão deixando a desejar, tenha uma conversa franca sobre os valores da 
empresa e as características que ela valoriza em um líder. O tempo para avaliar se esse profissional 
irá se “recuperar” é de 3 a 6 meses, segundo os especialistas. Se a empresa segurá-los por mais 
tempo correrá o risco de perder talentos.
Além de avaliar as características importantes de um líder, também é preciso considerar a cultura 
corporativa. “Com a massificação das características do gestor, parece que todo mundo cabe em 
todo lugar. Antes de contratar, as organizações precisam ver se esses líderes atendem ao perfil e 
aos valores desejados”, diz Piccini.
Mas antes de fazer qualquer avaliação sobre liderança, é preciso entender qual é o papel do gestor. 
As empresas precisam ter a consciência de que o líder é responsável por pessoas e precisa 
desenvolvê-las. A transformação começará quando esses gestores começarem realmente a criar 
pontes internas e aumentar a conexão entre as pessoas e os processos. “Comunicação não é poder, 
precisa circular amplamente”, afirma Vera, da FGV.
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