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2018 MateMática para econoMistas Profª. Grazielle Jenske Prof. Leonardo Garcia dos Santos Copyright © UNIASSELVI 2018 Elaboração: Profª. Grazielle Jenske Prof. Leonardo Garcia dos Santos Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. 510 J51m Jenske, Grazielle Matemática para economistas / Grazielle Jenske; Leonardo Garcia dos Santos. Indaial: UNIASSELVI, 2018. 203 p. : il. ISBN 978-85-515-0151-1 1.Matemática. I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Impresso por: III apresentação Prezado acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Matemática para Economistas. Este livro foi escrito para os acadêmicos de economia que pretendem revisar, aprimorar e aprofundar seus conhecimentos de matemática para um entendimento adequado da literatura econômica atual. Desta forma, conceitos, definições, propriedades e representações gráficas farão parte dos seus estudos nesta disciplina. Este livro está dividido em três unidades que contemplam partes importantes da matemática aplicada ao curso de Economia. Na primeira unidade, serão apresentados os conceitos introdutórios ao Cálculo, que envolvem o entendimento dos números, o estudo das equações de primeiro e segundo grau, as funções utilizadas por economistas e os sistemas lineares. Na unidade seguinte, serão abordados, além das funções exponenciais e logarítmicas, os principais conceitos do Cálculo Diferencial e Integral, como definições, conceitos, métodos de derivação e integração e aplicações na área econômica. Na terceira, e última unidade, trataremos sobre aplicações das derivadas e integrais para a economia, bem como as funções de diversas variáveis e as derivadas parciais aplicadas à economia. A maximização e a minimização de funções das variáveis permitem solucionar problemas que aparecem em vários contextos práticos da economia. Queremos aqui salientar que este material traz uma introdução à Matemática para o curso de Economia. Você deve se sentir curioso e instigado a pesquisar outros materiais para ampliar e completar seu aprendizado. Durante o texto, deixamos algumas sugestões e outras podem ser verificadas nas referências bibliográficas. Você, acadêmico da Educação a Distância, deve saber que existem fatores importantes para um bom desempenho: disciplina, organização e um horário de estudos predefinido para que obtenha sucesso. Em sua caminhada acadêmica, você é quem faz a diferença. Como todo texto matemático, por vezes denso, você necessitará de papel, lápis, borracha, calculadora e muita concentração. Lembre-se que o estudo é algo primoroso. Aproveite esta motivação para iniciar a leitura deste livro. Estimamos que, ao término deste estudo, você consiga notar a evolução do seu entendimento matemático, pois a melhoria constante deve IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! ser o objetivo de todo acadêmico. Desta forma, esta disciplina pretende oportunizar a compreensão da construção dos conhecimentos aqui trabalhados e servir de subsídio para os conhecimentos subsequentes. Bons estudos! Profª. Grazielle Jenske Prof. Leonardo Garcia dos Santos NOTA V Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais que possuem o código QR Code, que é um código que permite que você acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa facilidade para aprimorar seus estudos! UNI VI VII UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO CÁLCULO ................................................................................ 1 TÓPICO 1 – NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS ........................................................ 3 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3 2 CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS () ............................................................................. 4 3 CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS () ............................................................................... 5 4 CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS () .......................................................................... 6 5 CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS () ........................................................................ 7 6 CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS () ...................................................................................... 7 7 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS ...................................................................................................... 8 7.1 FRAÇÕES E SUAS OPERAÇÕES .................................................................................................. 8 7.1.1 Adição e subtração de frações ............................................................................................... 9 7.1.2 Multiplicação de frações ........................................................................................................ 15 7.1.3 Divisão de frações ................................................................................................................... 16 7.2 POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO ............................................................................................... 17 7.2.1 Potenciação .............................................................................................................................. 17 7.2.2 Propriedades da potenciação ................................................................................................ 19 7.2.3 Radiciação ................................................................................................................................ 25 7.2.4 Raízes numéricas .................................................................................................................... 25 7.2.5 Raízes literais ........................................................................................................................... 26 7.2.6 Adição e subtração de radicais ............................................................................................. 27 7.2.7 Multiplicação e divisão de radicais ......................................................................................28 7.2.8 Racionalização de denominadores ....................................................................................... 28 7.2.9 Expressões numéricas ............................................................................................................ 30 7.2.10 Cálculo de uma expressão numérica ................................................................................. 31 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 35 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 37 TÓPICO 2 – EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU .................................................. 43 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 43 2 INCÓGNITA .......................................................................................................................................... 43 3 EQUAÇÕES ........................................................................................................................................... 44 3.1 PRINCÍPIOS DA IGUALDADE .................................................................................................... 46 3.2 TIPOS DE EQUAÇÕES ................................................................................................................... 47 3.3 GRAUS DE UMA EQUAÇÃO ....................................................................................................... 48 4 EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU ................................................................................................ 49 4.1 RAIZ DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU ............................................................................ 50 4.2 APLICAÇÕES .................................................................................................................................. 51 5 EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU ................................................................................................ 56 5.1 RAÍZES DE EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU ....................................................................... 57 5.2 APLICAÇÕES .................................................................................................................................. 60 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 63 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 64 suMário VIII TÓPICO 3 – FUNÇÕES POLINOMIAIS E SUAS APLICAÇÕES NA ECONOMIA ................. 67 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 67 2 FUNÇÃO AFIM ..................................................................................................................................... 67 2.1 PROPORCIONALIDADE ............................................................................................................... 68 2.2 CONCEITO DE FUNÇÃO AFIM .................................................................................................. 69 2.3 CÁLCULO DA CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE .................................................. 71 2.4 APLICAÇÃO DA FUNÇÃO AFIM: RESOLUÇÃO DE SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ......................................................................................................................................... 72 2.4.1 Retas paralelas (não coincidentes)........................................................................................ 73 2.4.2 Retas paralelas (coincidentes) ............................................................................................... 73 2.4.3 Retas concorrentes .................................................................................................................. 73 2.4.4 Soluções de sistemas de equações lineares ......................................................................... 74 2.5 FUNÇÃO QUADRÁTICA .............................................................................................................. 77 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 83 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 87 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 88 UNIDADE 2 – FUNÇÕES E CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL – PARTE I ................... 91 TÓPICO 1 – FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS .................................................... 93 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 93 2 FUNÇÃO EXPONENCIAL .................................................................................................................. 93 2.1 CÁLCULO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL ................................................................................ 94 2.2 GRÁFICO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL .................................................................................. 95 2.3 FUNÇÃO LOGARÍTMICA ............................................................................................................ 99 2.3.1 Cálculo de logaritmos ............................................................................................................ 99 2.3.2 Operações com logaritmos .................................................................................................... 100 2.3.3 Mudança de base .................................................................................................................... 101 2.3.4 Conclusão do problema da dívida ....................................................................................... 103 2.3.5 Gráfico da função logarítmica ............................................................................................... 103 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 106 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 107 TÓPICO 2 – DERIVADAS – CONCEITOS E MÉTODOS DE RESOLUÇÃO ............................. 109 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 109 2 DERIVADAS .......................................................................................................................................... 110 2.2 REGRAS DE DERIVAÇÃO ............................................................................................................. 112 2.1 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DERIVADA ............................................................... 112 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 122 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 123 TÓPICO 3 – INTEGRAIS – CONCEITOS E MÉTODOS DE RESOLUÇÃO ............................... 125 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 125 2 INTEGRAL INDEFINIDA .................................................................................................................. 125 3 INTEGRAIS IMEDIATAS ...................................................................................................................130 4 MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL PARA INTEGRAÇÃO ...... 133 5 INTEGRAÇÃO POR PARTES ............................................................................................................ 138 6 INTEGRAL DEFINIDA ....................................................................................................................... 143 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 147 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 149 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 150 IX UNIDADE 3 – CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL – PARTE II .......................................... 153 TÓPICO 1 – APLICAÇÕES DE DERIVADAS E INTEGRAIS........................................................ 155 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 155 2 FUNÇÕES MARGINAIS .................................................................................................................... 155 2.1 CUSTO MARGINAL ....................................................................................................................... 156 2.2 RECEITA MARGINAL.................................................................................................................... 157 2.3 PRODUTIVIDADE MARGINAL .................................................................................................. 158 3 REGRA DA CADEIA ........................................................................................................................... 160 3.1 TAXAS RELACIONADAS.............................................................................................................. 161 4 APLICAÇÕES DE INTEGRAIS NA ECONOMIA – CUSTO E RECEITA TOTAL ................. 162 4.1 OUTRAS ANÁLISES MARGINAIS .............................................................................................. 163 4.2 INTEGRAL DEFINIDA E O LUCRO MÁXIMO ......................................................................... 164 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 166 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 167 TÓPICO 2 – FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS ........................................................................... 169 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 169 2 SISTEMA DE COORDENADA TRIDIMENSIONAL .................................................................. 169 2.1 FUNÇÕES DE DIVERSAS VARIÁVEIS ....................................................................................... 172 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 180 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 181 TÓPICO 3 – DERIVADAS PARCIAIS ................................................................................................. 183 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 183 2 DERIVADAS PARCIAIS ..................................................................................................................... 183 3 DERIVADAS PARCIAIS DE ORDEM SUPERIOR ....................................................................... 187 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 191 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 192 TÓPICO 4 – APLICAÇÕES DAS FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS NA ECONOMIA ..... 193 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 193 2 INVESTIMENTOS EM PRODUÇÃO .............................................................................................. 193 3 ELASTICIDADES ................................................................................................................................. 196 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 197 RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 200 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 201 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 203 X 1 UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO CÁLCULO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você será capaz de: • identificar os elementos do conjunto dos números naturais, inteiros, racio- nais, irracionais e reais; • realizar operações; • compreender e usar as regras das expressões numéricas; • identificar os tipos de equações, reconhecer seus elementos e determinar suas raízes; • traduzir uma sentença matemática expressa em linguagem corrente; • generalizar regularidades sem recorrer a processos aritméticos; • identificar a terminologia, símbolos usuais e conhecimentos básicos en- contrados em economia; • compreender os conceitos fundamentais da matemática para economistas, com ênfase em equações, funções e suas aplicações. Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS TÓPICO 2 – EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU TÓPICO 3 – FUNÇÕES POLINOMIAIS E SUAS APLICAÇÕES NA ECONOMIA 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 1 INTRODUÇÃO A história nos conta que os números foram criados para suprir a necessidade de contagem do ser humano e, conforme a evolução humana foi ocorrendo, os números também tiveram seu progresso, e hoje são organizados em conjunto. A concepção do conjunto numérico pode ser compreendida a partir da compreensão de um conjunto. Um conjunto, na matemática, é uma coleção de elementos, representado por uma letra maiúscula do alfabeto. Por exemplo, o conjunto das estações do ano: E = {primavera, verão, outono e inverno} Neste caso, cada uma das estações do ano representa um elemento do conjunto. Um conjunto também pode ser representado graficamente pelo que denominamos “Diagrama de Venn”. Primavera Verão Outono Inverno E Desta forma, os conjuntos numéricos são compreendidos como os conjuntos dos números que possuem características semelhantes. Por exemplo, o conjunto dos números pares maiores e iguais a 10 e menores ou iguais a 20. P = {10, 12, 14, 16, 18 e 20} Representado pelo diagrama: UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 4 10 12 14 16 18 20 P Veremos aqui a concepção de cada um dos conjuntos numéricos, visando à compreensão dos elementos que os constituem. Abordaremos os seguintes conjuntos numéricos: • conjunto dos números Naturais (); • conjunto dos números Inteiros (); • conjunto dos números Racionais (); • conjunto dos números Irracionais (); • conjunto dos números Reais (); 2 CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS () Representado pela letra maiúscula , este conjunto abrange todos os númerosinteiros positivos, incluindo o zero. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 . . . = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, …} IMPORTANT E Os pontos de reticência dão a ideia de infinidade, pois os conjuntos numéricos são infinitos. TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 5 Para representar o conjunto dos Números Naturais não nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um asterisco ao lado do . * = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, …} O conjunto numérico dos Números Naturais começa no zero e é infinito, porém, podemos ter a representação de apenas um subconjunto dele. Por exemplo, um subconjunto M do conjunto dos números naturais formado pelos cinco primeiros múltiplos de 3. M = {0, 3, 6, 9, 12} 3 CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS () Representado pela letra , o conjunto dos Números Inteiros é formado por todos os números que pertencem ao conjunto dos Números Naturais mais os seus respectivos opostos negativos. = {… -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, …} Representação gráfica dos Números Inteiros: . . . - 6 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1 0 1 2 3 4 5 6 . . . . . . - 6 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1 0 1 2 3 4 5 6 . . . São subconjuntos do conjunto dos números inteiros: • inteiros não negativos: representado por +, este subconjunto dos inteiros é composto por todos os números inteiros que não são negativos, ou seja, são todos os inteiros positivos mais o zero. • + = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, …} UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 6 Note que: + , = , ou seja, que o conjunto dos números inteiros não negativos é igual ao conjunto dos números naturais. ATENCAO • inteiros não positivos: representado por -, este subconjunto dos inteiros é composto por todos os inteiros não positivos, ou seja, são todos os inteiros negativos mais o zero. – = {…, -5, -4, -3, -2, -1, 0} • inteiros não negativos e não nulos: representado por *+, este subconjunto é conjunto + excluindo o zero. *+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, …} Acadêmico, perceba que: * + , = *. ATENCAO • inteiros não positivos e não nulos: representado por *-, são todos os números do conjunto -, excluindo o zero. *– = {… -4, -3, -2, -1} 4 CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS () Representado pela letra , o conjunto dos Números Racionais contempla os números inteiros (), os números decimais finitos e os números decimais infinitos periódicos, ou seja, todos aqueles que podemos escrever na forma a/b, com b ≠ 0. Representação gráfica dos números racionais: TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 7 . . . - 6 -11/2 - 5 - 4 - 3,75 - 3 - 2 - 1 -1/2 0 1 2 3 7/2 4 4,859 5 6 . . . . . . -5/2 - 2,33333 7/4 11/3 ... - 4 - 3 - 2 - 1 0 1 2 3 4 5 6 ... 5 CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS () É formado pelos números decimais infinitos não periódicos. Por exemplo, o número PI (π= 3,14159265…), que é o resultado da divisão do perímetro de uma circunferência pelo seu diâmetro) e todas as raízes não exatas, como a raiz quadrada de 2, 3 e 5. - 5,146781... - 0,987654321... π √35 28,918236459... 6 CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS () Representado pela letra , o conjunto dos números reais é formado por todos os conjuntos descritos anteriormente. = { + + + } Veja a representação em diagrama dos conjuntos numérico. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 8 - Reais - Racionais - Inteiros - Naturais - Irracionais 7 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS Certamente você, acadêmico, já estudou as operações fundamentais no ensino básico. Desta forma, o que pretendemos, aqui, é fornecer uma revisão das operações que são primordiais no estudo do cálculo diferencial e integral (temas estes das Unidades 2 e 3). 7.1 FRAÇÕES E SUAS OPERAÇÕES Fração, intuitivamente, deve nos remeter ao conceito de parte. Isto se deve também ao fato de epistemologicamente a palavra ter origem do latim fractus (que significa quebrado). Já em matemática, esta palavra foi destinada ao conceito de comparação de uma parte com o todo. Duas quantidades são comparadas uma acima da outra, sendo que a parte superior (numerador) representa as partes e a inferior (denominador) o todo. numerador denominador O numerador representa a quantidade de partes consideradas de um todo (quantas partes do todo nós possuímos). E, o denominador representa quantas partes iguais estão contidas no todo (ou seja, em quantas partes algo foi dividido). Exemplo: TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 9 Acadêmico, é imprescindível ter o domínio das operações ensinadas a seguir. Elas farão parte da sua jornada acadêmica e profissional, por este motivo é importante compreendê-las e não somente resolvê-las. ATENCAO 7.1.1 Adição e subtração de frações Somente podemos somar ou subtrair frações que possuam o mesmo denominador. Atente para a definição: SÓ PODEMOS SOMAR OU SUBTRAIR FRAÇÕES QUE POSSUAM O MESMO DENOMINADOR. Esta definição permite que você compreenda os artifícios utilizados adiante. ATENCAO Exemplo 1: 1 3 5 5 + Veja a representação geométrica. Como ambos os “todos” estão divididos em cinco partes, podemos “transportar” as quantidades, ficando com 4 das 5 partes do todo. + = + UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 10 Assim, 1 3 4 5 5 5 + = Exemplo 2: 3 2 4 4 + 3 2 5 1 ou 1 inteiro e 4 4 4 4 + = Exemplo 3: 3 2 4 4 - 3 2 1 4 4 4 - = TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 11 Assim, para somar ou subtrair frações que possuem o mesmo denominador, basta manter o denominador e operar o numerador. E se quisermos somar, 1 1 2 3 + , como fazer? Geometricamente, teremos: Note que se “transportarmos” a quantidade 1 2 para o 1 3 não irá caber. E, se “transportarmos” a quantidade 1 3 para o 1 2 irá sobrar espaço. Isso porque o todo está repartido em quantidades diferentes e, pela definição, somente podemos somar e subtrair frações que possuem o mesmo denominador, ou seja, que estejam repartidas em quantidades iguais. Para podermos efetuar essa operação, devemos recorrer a frações equivalentes. Frações equivalentes são frações que representam a mesma parte do todo. Por exemplo: 1 2 3 4 5 6, , , , , , São frações equivalentes. 2 4 6 8 10 12 ¼ Veja a representação gráfica: 1 inteiro 1 2 2 4 3 6 4 8 5 10 6 12 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 12 Acadêmico, observe que apesar do “todo” estar partilhado em quantidades diferentes, a parte pintada corresponde à metade da figura (todo) em todas as frações. Por isso, dizemos que elas são frações equivalentes. Quando as frações não possuem o mesmo denominador devemos reduzi- las ao menor denominador comum (ou mínimo múltiplo comum) e, em seguida somar ou subtrair as frações equivalentes às frações dadas. 1 3 1 2 2 6 3 6 Veja que agora o todo está repartido em partes iguais e assim podemos realizar a adição. 1 1 3 2 5 2 3 6 6 6 + = + = Exemplo: 4 5 12 17 3 5 15 15 1 15 + = + = 15 é o menor denominador comum ou o mínimo múltiplo comum de 3 e 5.Frações dadas, com o mesmo denominador { } Veja, o denominador da fração 1 3 era 3 e aumentou para 15, ou seja, multiplicamos por 5. Para encontrarmos o numerador que vai manter a equivalência, precisamos realizar a mesma operação feita no denominador (multiplicar por 5), assim, 1 x 5 = 5. 1 5 Frações equivalentes 3 15 = TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 13 O mesmo ocorre para a fração 4 5, que tem denominador 5 e devido ao mínimo múltiplo comum (m.m.c.), precisamos de uma fração equivalente com denominador 15, assim multiplicamos por 3 o denominador 5, logo, precisamos fazer a mesma coisa no denominador, 4 x 3 = 12. 4 12 Frações equivalentes 5 15 = DICAS É comum você ter aprendido que depois de ter encontrado o m.m.c. basta dividir pelo denominador e multiplicar pelo numerador. Claro que na prática é a mesma coisa que mostramos aqui, mas cuidado para não interiorizar que você pode realizar uma operação com o denominador e outra com o numerador. Então, a dica é entender que a mesmaoperação (multiplicação ou divisão) que você faz para o denominador precisa ser repetida para o numerador da fração. Como obter o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de dois ou mais denominadores? Vamos achar os múltiplos comuns de 3 e 5: Múltiplos de 3: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30,... Múltiplos de 5: 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40,... Múltiplos comuns de 3 e 5: 0, 15, 30, 45, 60, ... Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 15 é o menor deles. Chamamos o número 15 de mínimo múltiplo comum de 3 e 5. NOTA O menor múltiplo comum de dois ou mais números, diferente de zero, é chamado de mínimo múltiplo comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c. Relembraremos uma técnica chamada de “decomposição simultânea em fatores primos”. Esta técnica consiste em decompor simultaneamente cada denominador em fatores primos. O produto de todos os fatores primos que aparecem nessa decomposição será o mínimo múltiplo comum. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 14 Número primo é um número que possui apenas dois divisores (o número 1 e ele mesmo). São números primos: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ... Utilizando essa técnica, observe como determinar o m.m.c. de 12, 8 e 6. Vejamos como utilizar esse conceito para determinar as frações equivalentes e conseguir resolver a adição e subtração de frações com denominadores diferentes, vamos a mais um exemplo: 3 1 5 10 2 6 - + Como os denominadores são diferentes, iniciamos determinando primeiro o m.m.c. Sabemos que o novo denominador deve ser 30 para que possamos escrever frações equivalentes e, assim, obter frações de mesmo denominador para poder efetuar a adição e subtração. Do número 2 para chegarmos no número 30, multiplicamos por 15. Repetindo a operação com o numerador, temos: 1 x 15 = 15 Do número 10 para chegarmos no número 30, multiplicamos por 3. Assim, devemos realizar a mesma operação para o numerador, 3 x 3 = Do número 6 para chegarmos no número 30, multiplicamos por 5. Repetindo a operação com o numerador, temos 5 x 5 = 25 TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 15 7.1.2 Multiplicação de frações Para multiplicarmos duas ou mais frações, basta multiplicar numerador por numerador e denominador por denominador. Exemplo: 1 5 3 4 3x4 12 2 10 3 1x5 5. 5x25. 1x 3 3 = = = = Lembre-se que 5 = 5 1 . Você não deve tirar o m.m.c. de frações, ou seja, não é necessário que as frações tenham denominadores iguais. ATENCAO Para ilustrar esse conceito de multiplicação, vamos recorrer à geometria, acompanhe o procedimento. Seja a multiplicação entre duas frações: 1 2 3 . 2 , observe o processo geométrico no quadro a seguir. Inicialmente, representamos a primeira fração. Na sequência, devemos subdividir igualmente cada uma dessas partes, em quantidades iguais ao denominador da segunda fração, que neste exemplo é 3. Nesta etapa, para cada parte pintada, tomamos a quantidade de subdivisões iguais ao numerador da segunda fração, que no caso é 2. Note que o círculo original foi dividido em 2 partes e depois cada parte subdividida em três, totalizando 6 subdivisões, destas 6, tomamos duas, ou seja: 2/6. QUADRO 1 – MÉTODO PRÁTICO PARA COMPREENDER O CONCEITO DE FRAÇÃO FONTE: Os autores UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 16 Assim, verificamos que: 1 2 2. 2 3 6 = 7.1.3 Divisão de frações Você já aprendeu que para dividir frações devemos manter a primeira fração e inverter a segunda, passando a divisão para multiplicação. Desta forma: : . =1 3 1 3 1x2 2 5 2 5 2 5x3 5 = 1 =1. 3. 2 2 1 8 2 8 3 8x8 : ou : = . = 3 24 12 5 1 3 1 2 1x2 2 = 1 = = 12 ¸ ¸ 2. :7 ou : = . = 1 1 7 1 1 1x1 1 5 5 1 5 7 5x = 7 35 Este é o processo prático, mas você sabe por que mantemos a primeira fração e invertemos a segunda, passando a divisão para multiplicação? Ao fazermos a inversão estamos omitindo uma passagem. O que se pretende ao multiplicar numerador e denominador pelo oposto do denominador é obter um denominador igual a 1, para operar apenas com o numerador, facilitando o cálculo. Observe: 1 1 2 1 2. .1 3 1 2 25 5 3 5 3: .3 3 25 2 1 5 3 15. 2 2 3 = = = = = Vamos ver também a forma geométrica da divisão entre frações, para isso, tomemos como exemplo a divisão 1 2 : 1 4 Iniciamos representando geometricamente ambas as frações. TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 17 Observe que a fração 1 2 : 1 4 cabe duas vezes na fração 1 2 : 1 4 , portanto, podemos dizer que: 1 2 4 1 : 2= . Pelo artifício do algoritmo, 1 1 1 4 4: . 2 2 4 2 2 2 = = = . 7.2 POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO A fim de evitar erros que podem comprometer o andamento de seus estudos, vamos atentar (e recordar) algumas das propriedades importantes referentes ao estudo das frações. 7.2.1 Potenciação A potenciação nada mais é do que uma multiplicação de fatores iguais. Por exemplo, a multiplicação 2 2 2 2 2× × × × pode ser indicada na forma 25 e recebe as seguintes denominações: A base é o fator que repete, o expoente indica a quantidade de vezes que o fator irá repetir e a potência é o resultado da operação. Desta forma, potência é todo número na forma an, com a ≠ 0, em que a é a base, n é o expoente e an é a potência. an = a · a · a · a · ... · a (n vezes) UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 18 Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4 2 3 2 1)3 3 3 3 3 81 2) 2 2 2 4 3) 2 2 2 2 8 4 4 4 164) 5 5 5 25 = × × × = - = - × - =+ - = - × - × - =- æ ö÷ç = × =÷ç ÷çè ø Cuidado com os sinais. Quando estamos multiplicando, devemos aplicar a regra de sinais: ATENCAO ì++=+ïïïï--=+ïíï-+=-ïïï+-=-ïî Algumas observações: • Base negativa elevada à expoente PAR tem resultado positivo. Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 4 2 4 1) 2 2 2 4 2) 2 2 2 2 2 16 3) 3 3 3 9 4) 5 5 5 5 5 625 - = - × - =+ - = - × - × - × - =+ - = - × - =+ - = - × - × - × - =+ Base negativa elevada à expoente ÍMPAR tem resultado negativo. Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 5 3 3 1) 2 2 2 2 8 2) 2 2 2 2 2 2 32 3) 3 3 3 3 27 4) 5 5 5 5 125 - = - × - × - =- - = - × - × - × - × - =- - = - × - × - =- - = - × - × - =- TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 19 • Quando a base for positiva, não importa o expoente, o resultado será sempre positivo. Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 3 2 3 1) 2 2 2 4 2) 2 2 2 2 8 3) 3 3 3 9 4) 5 5 5 5 125 + = + × + =+ + = + × + × + =+ + = + × + =+ + = + × + × + =+ • Atenção nestas situações! ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] ( ) ( ) ( ) ( ) [ ] 2 2 3 3 1) 2 2 2 4 4 2) 2 2 2 4 4 3) 2 2 2 2 8 8 4) 2 2 2 2 8 8 é ù- + =- + × + =- + =-ë û é ù- - =- - × - =- + =-ë û é ù- - =- - × - × - =-- =+ë û é ù- + =- + × + × + =- + =-ë û Por convenção, admitiremos que todo número elevado a 0 é igual a 1, a0 = 1 e todo número elevado a 1 é igual a ele próprio, a1 = a. 7.2.2 Propriedades da potenciação A seguir, apresentamos as propriedades da potenciação e alguns exemplos para ilustrar sua utilidade. a) multiplicação de potencias de bases iguais Vamos tomar como exemplo a multiplicação 3 52 2× . Resolvendo a prioridade, que é a potenciação, temos: ( ) ( )3 52 2 2 2 2 2 2 2 2 2× = × × × × × × × Por se tratar de multiplicações, não é necessário o uso dos parênteses, visto que a prioridade que ele indica não altera o resultado. Assim, podemos escrever: 3 52 2 2 2 2 2 2 2 2 2× = × × × × × × × UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 20 Que podemos representar pela potência: 3 5 82 2 2× = . Assim, quando tivermos a multiplicação de potencias de bases iguais devemos conservar a base e somar seus expoentes: +× =m n m na a a Exemplos: 3 5 8 4 2 6 2 2 3 2 1)2 2 2 2) 3)3 3 3 4)4 3 + × = × = × = × Þ y y x x x neste caso, devemos primeiramente resolver as potências para depois multiplicar os resultados,pois as bases 4 e 3 são diferentes. 3 24 3 64 9 576× = × = IMPORTANT E Devemos lembrar que esta propriedade é válida nos dois sentidos. Assim: + +× = Û = ×m n m n m n m na a a a a a . Por exemplo, 2 2 2 23 3 3 3 3 3+ +× = Û = ×x x x x . b) divisão de potencias de bases iguais Vamos tomar como exemplo a divisão 5 32 :2 . Esta divisão também pode ser apresentada em forma de fração. 5 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 × × × × = × × Resolvendo a prioridade, que é a potenciação, temos: 5 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 × × × × = × × Simplificando as operações inversas, temos: 5 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 × × × × = × × Que podemos representar pela potência, 5 2 3 2 2 2 = . Assim, quando tivermos a divisão de potencias de bases iguais devemos conservar a base e subtrair seus expoentes. : -=m n m na a a TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 21 Exemplos: 5 3 2 4 2 2 2 2 3 2 1)2 :2 2 2) : 3)3 :3 3 4)4 :3 - = = = Þ y y x x x neste caso, devemos primeiramente resolver as potências para depois dividir os resultados, pois as bases 4 e 3 são diferentes. 3 24 :3 64 : 9 7,11= = ¼ IMPORTANT E Devemos lembrar que esta propriedade é válida nos dois sentidos. Assim: : :- -= Û =m n m n m n m na a a a a a . Por exemplo, 2 2 2 2 2 33 :3 3 3 3 :3 3 - -= Û = = x x x x x . c) potência da potência Vejamos o seguinte exemplo ( ) 232 . Resolvendo a potência interna, temos: ( ) ( )2 232 2 2 2= × × Resolvendo a potência que restou ( ) ( ) ( ) ( )2 232 2 2 2 2 2 2 2 2 2= × × = × × × × × Por se tratar de multiplicações, não é necessário o uso dos parênteses, visto que a prioridade que ele indica não altera o resultado. Assim, podemos escrever: ( ) ( ) ( ) ( )2 232 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2= × × = × × × × × = × × × × × Que podemos representar pela potência ( ) ( ) ( ) ( )2 23 62 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2= × × = × × × × × = × × × × × = Assim, quando tivermos uma potência elevada a um outro expoente, para resolver temos que conservar a base e multiplicar os expoentes. ( ) ×=nm m na a UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 22 Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 52 10 43 12 26 12 23 6 4 4 1) 4 4 2) 7 7 3) 2 2 4) 5) = = é ù- = -ê úë û = =a a x x x x IMPORTANT E Esta propriedade também é válida nos dois sentidos, ou seja, ( ) ( ) .× ×= Û =n nm m n m n ma a a a Por exemplo, ( ) ( )2 23 3 2 3 2 34 4 4 4 .× ×= Û = d) Potência cuja base é um produto Observe a potenciação: ( ) ( ) ( ) 23 5 3 5 3 5× = × × × Removendo os parênteses, temos: ( ) ( ) ( )23 5 3 5 3 5 3 5 3 5× = × × × = × × × Agrupando os fatores semelhantes: ( ) ( ) ( ) 23 5 3 5 3 5 3 5 3 5 3 3 5 5× = × × × = × × × = × × × Voltando a escrever a multiplicação de fatores iguais em forma de potência: ( ) ( ) ( ) 2 2 23 5 3 5 3 5 3 5 3 5 3 3 5 5 3 5× = × × × = × × × = × × × = × Desta forma, quando tivermos uma potenciação cuja base for um produto, podemos escrever: ( )× = ×n n na b a b Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 3 3 3 3 32 3 2 3 3 6 3 9 5 5 5 5 2 2 24 3 4 2 3 8 2 6 1) 2 3 5 2 3 5 2) 2 3 5 2 3 5 2 3 5 3) 4) 2 2 2 × × = × × × × = × × = × × × × = × × × × = × × = × × a x z a x z x y x y x y TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 23 IMPORTANT E Esta propriedade também é válida nos dois sentidos, ou seja, ( ) ( ) .× = × Û × = ×n nn n n na b a b a b a b Por exemplo, ( ) ( )2 22 2 2 27 5 7 5 7 5 7 5 .× = × Û × = × e) potência cuja base é um quociente Observe a potenciação: ( ) 2 2 3 3 33:5 5 5 5 æ ö÷ç= = ×÷ç ÷çè ø Voltando a escrever a multiplicação de fatores iguais em forma de potência: ( ) 2 2 2 2 2 2 3 3 3 33:5 3 :5 5 5 5 5 æ ö÷ç= = × = =÷ç ÷çè ø Desta forma, quando tivermos uma divisão cuja base for um produto podemos escrever: ( ): :=n n na b a b Exemplos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 3 3 33 3 3 3 9 5 5 5 2 23 2 3 2 6 1) 2:3 2 :3 2) 3:5 3 : 5 3 :5 3) : : 4) : : : = = = = = = a x a x x y x y x y IMPORTANT E Esta propriedade também é válida nos dois sentidos, ou seja, ( ) ( ): : : : .= Û =n nn n n na b a b a b a b Por exemplo, ( ) ( )2 22 2 2 27:5 7 :5 7 :5 7:5 .= Û = UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 24 f) expoente negativo O sinal negativo no expoente indica que a base da potência deve ser invertida e simultaneamente devemos eliminar o sinal negativo do expoente. Isto é: 1 -- æ ö æ ö÷ ÷ç ç= =÷ ÷ç ç÷ ÷ç çè ø è ø n n n n a ba ou a b a Vejamos alguns exemplos: ( ) ( ) 3 3 5 5 4 4 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 1 11)2 2 8 12) 1 13) 3 813 2 3 3 94) 3 2 2 4 55) 5 5 125 4 7 7 7 7 3436) 7 4 4 4 4 64 - - - - - - = = = - = = - æ ö æ ö÷ ÷ç ç= = =÷ ÷ç ç÷ ÷ç çè ø è ø æ ö æ ö÷ ÷ç ç= = =÷ ÷ç ç÷ ÷ç çè ø è ø æ ö æ ö æ ö æ ö æ ö÷ ÷ ÷ ÷ ÷ç ç ç ç ç- = - = - × - × - =-÷ ÷ ÷ ÷ ÷ç ç ç ç ç÷ ÷ ÷ ÷ ÷ç ç ç ç çè ø è ø è ø è ø è ø x x a a a a IMPORTANT E Observe que nos exemplos 3 e 6, o sinal negativo do expoente não interferiu no sinal do resultado final, pois esta não é a sua função. g) expoente fracionário Esta propriedade nos mostra que toda potência de expoente fracionário pode se transformado em um radical, em que o denominador do expoente é o índice da raiz. = m mnna a TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 25 Exemplos: ( ) ( ) 1 12 22 2 2 33 3 4 5 45 1)3 3 3 2) 8 8 64 4 3) = = - = - = = =x x IMPORTANT E Assim como as propriedades anteriores, esta propriedade também é válida nos dois sentidos, ou seja, = m mnna a ou = mmn na a . Por exemplo: 13 35 5= . 7.2.3 Radiciação Da mesma forma que a subtração é a operação inversa da adição e a divisão é a operação inversa da multiplicação, a radiciação é a operação inversa da potenciação. De modo geral, podemos escrever ( )1= Û = Î ³nn a b b a n e n , em que: Exemplos: 2 2 33 55 1) 25 5, pois5 25 2) 81 9, pois9 81 3) 27 3, pois3 27 4) 32 2, pois2 32 = = = = = = = = 7.2.4 Raízes numéricas Para resolvermos as raízes numéricas, usamos a técnica de fatoração em números primos, que já estudamos no tópico anterior. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 26 Exemplos: 4 2 2144 272 236 218 39 33 1 2 3 144× = 4 2144 2 3= × = 4 2 4 2 2 2 2 1 2 3 2 3 2 3 4 3 12 × = × = × = × = 1) 2) 3 35 3 23 243 3 3 3= = × = 3 33 23 3× = 3 2 3 33 3× 2 33 3× 5 3243 381 327 39 33 1 3 243= Forma fatorada de 144 Forma fatorada de 243 Resultados possíveis { } { } 3 23 3× 33 9× ou ou Note que nem sempre chegaremos a eliminar o radical. Muitas vezes, apenas escrevemos em uma forma mais simplificada. ATENCAO 7.2.5 Raízes literais Veja um exemplo de raiz literal: 5t Escrever o radical 5t na forma de expoente fracionário 5 2t não resolve o problema, pois cinco não é divisível por 2. Para simplificar esta raiz, vamos decompor o número cinco da seguinte forma: 5 = 4 + 1, pois 4 é divisível por 2 que é o índice da raiz. 633 3 3 1 3 pois 4 não é divisível por 3 3 33 3 23 3 3 233 233 2 33 2 3 2 .6 x y 2 6 x x y 2 6 x x y 2 6 x x y 2xy 6 x 2xy 6x += × × = × × × × = × × × × = × × × × = × × = × TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 27 Assim teremos: 45 4 1 4 1 4 1 22+= = × = × = × =t t t t t t t t t t Vejamos outros exemplos: 1) 3 314 12 2x x += pois 12 é divisível por 3 (índice da raiz). 3 12 2 3 312 2 12 3 23 34 2 x x x x x x x x = × = × = × = × 3 36 6327.x 27 x= ×2) 3) 63 3 3 3 23 1 2 2 3 x (pois 6 é divisível por 3) 3 x 3 x 3x = × = × = × = 3 327 39 33 1 3 27= 34 6 4 633 348 x y 48 x y× × = × × 3 3 48 2 24 2 12 2 .2.3 2 .6 482 6 2 3 3 1 = = 633 3 3 1 3 pois 4 não é divisível por 3 3 33 3 23 3 3 233 233 2 33 2 3 2 .6 x y 2 6 x x y 2 6 x x y 2 6 x x y 2xy 6 x 2xy 6x += × × = × × × × = × × × × = × × × × = × × = × 7.2.6 Adição e subtração de radicais Para efetuar a adição ou subtração com radicais é necessário que os radicais sejam semelhantes, isto é, que tenham o mesmo índice e o mesmo radicando. Então, basta somar ou subtrair os fatores externos. UNIDADE1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 28 3 3 3 3 3 3 3 3 3 5 2 2 1) 2 2 2 2 2) 2 8 2 2 2 2 2 3 2 3) 10 2 4 2 2 13 2 4) 3 8 32 4 18 3 2 2 4 2.3 3.2 2 2 2 4.3 2 5) 6 2 4 2 12 2 14 2 + = + = + = + = + - = - + = - + = - + = - + = Exemplos: 7.2.7 Multiplicação e divisão de radicais Na multiplicação e divisão de radicais, haverá solução somente se os índices forem iguais. Caso contrário, é necessário primeiramente reduzir ao mesmo índice e depois efetuar a operação indicada. Índices iguais: n.n n n n n. a. b a .b a : b a : b, com b 0. = = ¹ Índices diferentes: m n m nn.m m..n n.mn m m n m nn.m m..n n.mn m a. b a . b a .b a : b a : b a : b , com b 0. = = = = ¹ Exemplos: 2.3 3.2 63 2 3 2 63 6 2.3 3.2 63 2 3 23 6 1) 2. 5 2.5 10 2) 2. 3 2 . 3 2 .3 8.9 72 3) 5 : 3 5 : 3 5 :3 125: 9 = = = = = = = = = 7.2.8 Racionalização de denominadores O processo de racionalização consiste em eliminar o radical do denominador de uma fração. Este processo determinará uma fração equivalente, porém, com denominador pertencendo ao conjunto dos números inteiros. Este processo resultará em uma simplificação futura dos cálculos empregados. TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 29 Vejamos alguns exemplos: • Denominador com apenas raiz quadrada: ( ) 2 4 4 5 4 5 4 5 55 5 5 5 = × = = • Denominador com raízes com índices maiores que 2: Exemplo 1: 3 3 2 , neste caso, devemos multiplicar numerador e denominador por 3 22 , pois 1 + 2 = 3 (número esse que cancela com o índice). 3 3 3 3 32 2 2 2 2 3 3 3 3 32 1 2 1 2 3 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 22 2 2 2 2 2+ × × × × × = = = = × Exemplo 2: 5 2 1 a , neste caso, devemos multiplicar numerador e denominador por 5 3a , pois 2 + 3 = 5 (número esse que cancela com o índice). 5 5 5 5 53 3 3 3 3 5 5 5 5 52 3 2 3 2 3 5 1 a a a a a aa a a a a a+ × = = = = × • Denominador com soma ou subtração de radicais: Para eliminar a raiz do denominador, devemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado da soma ou da subtração de radicais. São exemplos de conjugado: 1) O conjugado de 2 3 2 3.+ - é 2) O conjugado de 5 2 5 2.- + é 3) O conjugado de 7 3 7 3.- + é Exemplo de denominador com subtração de radicais: UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 30 Exemplo de denominador com subtração de radicais: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 7 3 2 7 3 2 7 3 2 7 3 7 32 2 7 3 4 27 3 7 3 7 3 7 3 /+ + + + + = × = = = = /-- - + - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 7 3 7 3 7 7 3 3 7 3 7 3- × + = - × + × - = - 7.2.9 Expressões numéricas Acadêmico, você reconhece esses testes? FIGURA 1 – A ORDEM DAS OPERAÇÕES É FUNDAMENTAL FONTE: Disponível em: <https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRvKpY1oznL 6tOsdnu1NFV-KvvGbQ7hlfZ_169UxKQ1dFiptnCM>; <http://otediomeama.com.br/wp-content/uploads/2016/02/20_1456139210-300x157. png>. Acesso em: 25 abr. 2017. Estes testes rodam a internet e parecem muito simples, mas realmente muitas pessoas falham em sua resolução! Os erros ocorrem, não porque não sabem somar ou multiplicar, mas pelo fato de não respeitar a ordem de resolução dessas expressões. As expressões numéricas podem ser definidas através de um conjunto de operações fundamentais (radiciação, potenciação, multiplicação, divisão, adição e subtração) com qualquer tipo de números (naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais). Os cálculos que envolvem expressões numéricas são altamente necessários para solucionarmos as mais variadas situações. Através do conhecimento das operações básicas da matemática e da interpretação dos dados contidos nas situações, podemos extrair suas principais informações e transformá-los em um modelo matemático, para então efetuar os cálculos para a sua resolução. TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 31 As expressões numéricas são formadas por conjuntos de números que são submetidos a operações matemáticas com uma ordem de operações pré-estabelecida por uma convenção. Além de números reais e operações, as expressões numéricas também apresentam sinais de associação. Observe os elementos de uma expressão numérica: a) Números Reais b) Operações • Adição + • Subtração – • Multiplicação × ou ∙ • Divisão ÷ ou / • Potenciação an • Radiciação √ c) Sinais de associação • Parênteses ( ) • Colchetes [ ] • Chaves { } Ainda para efeitos didáticos, as expressões são classificadas em: • expressões contendo só operações; • expressões contendo operações e parênteses; • expressões contendo operações, parênteses e colchetes; • expressões contendo operações, parênteses, colchetes e chaves. Na sequência, veremos o cálculo de cada uma dessas expressões. 7.2.10 Cálculo de uma expressão numérica Conforme você já pôde observar, o cálculo de expressões numéricas possui regras e é preciso conhecê-las para que os resultados sejam verdadeiros. Vamos recordá-las! a) Entre as operações de adição e subtração, efetuamos a que aparecer primeiro. DICAS Uma boa ideia é ir sublinhando as operações realizadas para facilitar uma revisão. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 32 Exemplos: 2 + 4 – 5 + 2 – 1 = 6 – 5 + 2 – 1 = 1+ 2 – 1 = 3 – 1 = 2 1 2 x 4 ÷ 1 ÷ 2 x 3 = 8 ÷ 1 ÷ 2 x 3 = 8 ÷ 2 x 3 = 4 x 3 = 12 3 232 + 4 – 105 – 4 – 1 = 236 – 105 – 4 – 1 = 131 – 4 – 1 = 127 – 1 = 126 2 22 ÷ 11 x 5 ÷ 2 ÷ 5 = 2 x 5 ÷ 2 ÷ 5 = 10 ÷ 2 ÷ 5 = 5 ÷ 5 = 1 4 b) Entre as operações de multiplicação e divisão, devemos efetuar as operações na ordem que é apresentada. Exemplos: c) Nas expressões com as operações de multiplicação, divisão, adição e subtração efetuaremos, primeiramente, as multiplicações e divisões e depois as adições e subtrações. Exemplos: 2 + 4 ÷ 1 - 2 x 3 = 2 + 4 - 2 x 3 = 2 + 4 – 6 = 6 – 6 = 0 5 22 ÷ 11 + 5 x 2 – 5 = 2 + 5 x 2 – 5 = 2 + 10 – 5 = 12 – 5 = 7 6 d) Nas expressões com as operações de potenciação, radiciação, multiplicação, divisão, adição e subtração efetuaremos, primeiramente, as potenciações e radiciações, depois as multiplicações e divisões e, por fim, as adições e subtrações. Exemplos: 5 + 32 x 2 = 5 + 9 x 2 = 5 + 18 = 23 7 √36 x 32 – √64 = 6 x 9 – 8 = 54 – 8 = 46 8 Desta forma, podemos sintetizar que, para resolver uma expressão numérica, efetuamos as operações obedecendo à seguinte ordem: TÓPICO 1 | NÚMEROS E OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS 33 1º Potenciação e radiciação. 2° Multiplicações e divisões. 3º Adições e Subtrações. Acadêmico, fique atento, pois há elementos que podem interferir nessas regras. São os parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }. As operações que estão indicadas entre parênteses devem ser efetuadas por primeiro, sempre. Depois as que estão entre colchetes (quando houverem), na sequência as que estão entre chaves e, por fim, as operações que não estão acompanhadas destes elementos. Observe os exemplos: (2 + 4) ÷ 1 – 2 x 3 = 6 ÷ 1 – 2 x 3 = 6 – 2 x 3 = 6 – 6 = 0 9 32 ÷ (11 + 5) x 2 – 1 = 32 ÷ 16 x 2 – 1 = 2 x 2 – 1 = 4 – 1 = 3 10 12 x (4 – 2) ÷ (2 x 3 – 2) = 12 x 2 ÷ (6 – 2) = 12 x 2 ÷ 4 = 24 ÷ 4 = 6 12 74 x {10 – [5 – (6 – 4) + 1]} = 74 x {10 – 5 – 2 + 1]} = 74 x {10 – [3 + 1]} = 74 x {10 – 4} = 74 + 6 = 80 14 {[( 8 x 4 + 3) : 7 + (3 + 15 : 5) x 3] x 2 – (19 – 7) : 6} = {[(32 + 3) : 7 + (3 + 3) x 3] x 2 – (12) : 6} = {[(35) : 7 + (6) x 3] x 2 – 12 : 6} = {[5 +18] x 2 – 12 : 6} = {[23] x 2 – 12 : 6} = {46 – 2} = 44 16 34 ÷ (2 + 3x 5) – 1 = 34 ÷ (2 + 15) – 1 = 34 ÷ 17 – 1 = 2 – 1 = 1 11 35 ÷ [(14 – 2 x 5) + 1] = 35 ÷ [(14 – 10) + 1] = 35 ÷ [4 + 1] = 35 ÷ 5 = 7 13 40 – [25 + (23 – 7)] = 40 – [25 + (8 – 7)] = 40 – [25 + 1] = 40 – 26 = 14 15 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 34 Assim, destacamos que nas expressões que aparecem os sinais de associação, estes devem ser eliminados na seguinte ordem: 1° parênteses ( ) 2° colchetes [ ] 3° chaves { } 35 Neste tópico, você aprendeu que: • As características dos seguintes conjuntos numéricos: Conjunto dos números Naturais (); Conjunto dos números Inteiros (); Conjuntodos números Racionais (); Conjunto dos números Irracionais (); Conjunto dos números Reais (). • Só podemos somar ou subtrair frações que possuam o mesmo denominador. Para isso, basta manter o denominador e somar ou subtrair o numerador. Quando os denominadores forem diferentes, precisamos buscar frações equivalentes. • Para multiplicar frações, basta multiplicar numerador por numerador e denominador por denominador. • Para dividir frações, mantenha a primeira fração e inverta a segunda passando a divisão para multiplicação. • A potenciação indica multiplicações de fatores iguais. • As propriedades da potenciação são: RESUMO DO TÓPICO 1 ( ) ( ) ) ) : ) ) + - × × = = = × = × m n m n m n m n nm m n n n n a a a a b a a a c a a d a b a b ( )) : : 1) ) - - = æ ö æ ö÷ ÷ç ç= =÷ ÷ç ç÷ ÷ç çè ø è ø = n n n n n n n m mnn e a b a b a bf a ou a b a g a a QUADRO 2 – RESUMO DAS PROPRIEDADES DA POTENCIAÇÃO FONTE: Os autores • A radiciação é a operação inversa da potenciação. • Para resolver as raízes numéricas, devemos usar a fatoração em números primos. Já as raízes literais, devemos simplificá-las levando em consideração o índice. • Na adição ou na subtração com radicais é necessário que os radicais sejam semelhantes, isto é, que tenham o mesmo índice e o mesmo radicando. Então, basta somar ou subtrair os fatores externos. 36 • Na multiplicação e divisão de radicais, haverá solução somente se os índices forem iguais. Caso contrário, é necessário primeiramente reduzir ao mesmo índice e depois efetuar a operação indicada. • O processo de racionalização consiste em eliminar o radical do denominador de uma fração. Este processo determinará uma fração equivalente, porém, com denominador pertencendo ao conjunto dos números inteiros. Este processo resultará em uma simplificação futura dos cálculos empregados. • Expressões numéricas são formadas por conjuntos de números que são submetidos a operações matemáticas com uma ordem de operações pré- estabelecida por uma convenção. 37 1 Nos primórdios, os homens mantinham sua sobrevivência do que era retirado da própria natureza e não possuíam a necessidade de contar. A necessidade de contar começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo, onde começou a plantar, produzir alimentos, criar animais, construir casas etc. No início, bastava a aritmética simples, mas com a evolução das atividades humanas criou-se vários símbolos para representar as contagens, o sistema numérico romano foi um deles. Esse conjunto de símbolos matemáticos continuou a ser aprimorado até que surgiram os que utilizamos atualmente, os números hindu-arábicos. Sobre o atual sistema de numeração, leia com atenção as seguintes sentenças: I- Os números Inteiros não positivos e não nulos são representados por *-, são todos os números do conjunto -, excluindo o zero. II- O conjunto dos Números Naturais não nulos é representado por +. III- Representado pela letra , o conjunto dos Números Racionais engloba os números inteiros, os números decimais finitos e os números decimais infinitos periódicos, ou seja, todos aqueles que podemos escrever na forma a/b, com b ≠ 0. Assinale a alternativa CORRETA: a) ( ) Apenas a sentença II é verdadeira. b) ( ) As sentenças I e II são verdadeiras. c) ( ) As sentenças I e III são verdadeiras. d) ( ) As sentenças II e III são verdadeiras. 2 A matemática apresenta várias propriedades, como, por exemplo, a propriedade associativa que nos permite substituir duas ou mais parcelas pela sua soma ou dois ou mais fatores pelo seu produto e a propriedade comutativa que nos permite trocar a ordem das parcelas ou dos fatores sem alterar o resultado. As propriedades são características peculiares de um número, fórmula, postulado ou teorema e tem como intuito facilitar os cálculos realizados e permitir a simplificação de expressões algébricas. Sobre as propriedades da potenciação, analise as sentenças a seguir: Nesta questão, a resposta é dada pela soma dos números que identificam as alternativas CORRETAS. AUTOATIVIDADE 38 ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) 43/4 4 2 2/3 4/3 8 5 3 1/22 5 5 2 2 02 x 04 7 7 7 a08 a a 116 a 3x 9x32 4 16 - - - - = × = = × = × æ ö÷ç =÷ç ÷çè ø x b b a O somatório das alternativas CORRETAS é: a) ( ) 20. b) ( ) 28. c) ( ) 42. d) ( ) 58. 3 O conhecimento de propriedades operatórias é fundamental no processo de resolução de um cálculo ou no desenvolvimento prático de um problema. Utilizá-las de modo errado pode acarretar no erro de uma questão como um todo. Sendo assim, utilizando as propriedades da potenciação, analise as sentenças a seguir: 22 4 3 5 y y y x 2 2 2 4x x 5 25I- x x II- 2 3 4 5 14 a b a bIII- 7 49 IV- 3 81 y d dæ ö æ ö÷ ÷ç ç÷ ÷=ç ç÷ ÷ç ç÷ ÷ç çè ø è ø + + + = æ ö- -÷ç =÷ç ÷çè ø = a) ( ) Todas as alternativas estão corretas. b) ( ) Somente a alternativa I está correta. c) ( ) As alternativas III e IV estão corretas. d) ( ) Somente a alternativa IV está correta. 4 O valor de [47.410.4]2 : (45)7 é: a) ( ) 16 b) ( ) 8 c) ( ) 6 d) ( ) 4 e) ( ) 2 39 5 Escreva as seguintes expressões na forma mais simples: a) (a . b)3 . b . (b . c)2 b) 3 2 5 4 7 x .y .y .x.x y 6 Sendo 7 8a 2 .3 .7= e 5 6b 2 .3= , o quociente de a por b é: a) ( ) 252 b) ( ) 36 c) ( ) 126 d) ( ) 48 e) ( ) 42 7 Calcule o valor da expressão: 2 1 22 1 1 3 2 4 - - -æ ö æ ö æ ö÷ ÷ ÷ç ç ç- + -÷ ÷ ÷ç ç ç÷ ÷ ÷ç ç çè ø è ø è ø 8 Assinale a alternativa que traz a forma simplificada da expressão a seguir: 2 2 1 13. 2 4 1 33. 3 2 æ ö÷ç- +÷ç ÷çè ø æ ö÷ç- -÷ç ÷çè ø a) ( ) 6 7- b) ( ) 7 6- c) ( ) 6 7 d) ( ) 6 7 e) ( ) 5 7- 9 Quando 1a e b 3 3 =- =- , qual o valor numérico da expressão 2 2a ab b- + ? 40 10 Calcule a raiz indicada: 2 2 6 2 4 2 a) 4a b) 36a b 4c) a b 9 xd) 100 = = = = 10 24 8 5 105 16ae) 25 f ) 100x g) 121 h) 1024x y = = = = 4 6 3 3 4 2 6 1i) 25 aj) b 16xk) y z = = = 11 Efetue as seguintes adições e subtrações que envolvem radicais: 3 3 3 3 33 3 3 3 3 4 4 4 4 a) 24 54 96 6 b) 5 8 2 50 6 98 3 32 c) 300 50 162 243 d) 2 16 54 128 e) 54 24 250 192 f ) 2 4 5 4 2 g) 2 80 3 405 3 3125 4 5 + - + + - + + - - + + + - - + - + + + + 12 Coloque os parênteses de forma que as expressões sejam verdadeiras. a) 2 x 5 + 6 – 1 = 20 b) 36 ÷ 12 + 3 x 2 = 2 c) 12 ÷ 4 x 5 – 1 = 12 d) 102 x 2 – 1 = 102 e) 23 – 2 x 2 + 4 = 126 f) 100 ÷ 4 x 6 + 1 = 4 13 Associe cada frase à expressão numérica adequada. Para isso, escreva a letra e o símbolo romano correspondentes. Depois, resolva cada expressão. a) O dobro de 9, adicionado ao cubo de 5 e subtraída desse resultado a raiz quadrada de 64. b) O quadrado de 9, adicionado ao triplo de 5 e subtraída desse resultado a metade de 64. c) A raiz quadrada de 9, adicionada ao quadrado de 5 e subtraída desse resultado a raiz quadrada de 64. 41 14 Resolva as expressões numéricas: a) 50 – [ 37 – ( 15 – 8 ) ] = b) 28 + [50 – (24 – 2) -10 ] = c) 20 + [ 13 + (10 – 6) + 4] = d) 52 – { 12 + [ 15 – ( 8 – 4)]} = e) 25 + { 12 + [ 2 – ( 8 – 6 ) + 2 ]} = f) { [ ( 18 – 3 ) + ( 7 + 5) – 2 ] + 5 } – 12 = g) 65 – { 30 – [ 20 – ( 10 – 1 + 6) + 1 ]} = h) 45 + { 15 – [ ( 10 – 8 ) + ( 7 – 4) – 3 ] – 4 } = i) 40 + { 50 – [35 – ( 25 +5) – 1 ]} + 7 = j) 38 – { 20 – [ 22 – ( 5 + 3) + ( 7 – 4 +1)]} = 42 43 TÓPICO 2 EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO A sensação de “receio” por parte dos alunos, ao ouvirem falar em matemática é uma questão muito presente no universo escolar. Este fato acarreta diversas vezes no processo de aprendizagem dos alunos, podendo muitas vezes durar muito tempo e prejudicar seu desenvolvimento. Muitas vezes, a dificuldade com os números e a falta de conhecimento da importância do processo impacta navida financeira, seja na pessoa física ou no empreendimento. Devido à aversão criada desde cedo com a matemática, muitos microempreendedores tropeçam em questões essenciais na gestão do seu negócio. As dúvidas comuns são: Quanto tenho em caixa? Qual meu ponto de equilíbrio? Qual o melhor investimento? Invisto agora ou é melhor aguardar outro momento? Não há fórmula mágica, mas acreditamos que a matemática é essencial para o empreendimento e, consequentemente, o domínio dos números. Portanto, este tópico de estudo lhe dará subsídios que o levarão a compreender e aplicar os conceitos de equações. 2 INCÓGNITA O significado formal da palavra incógnita refere-se a algo desconhecido. Matematicamente, tratamos uma incógnita como o valor numérico que determina uma sentença verdadeira, e pelo fato de ser “desconhecido” utilizamos uma letra para sua representação. Na matemática, incógnita é uma grandeza ou quantidade desconhecida, que se pretende descobrir para resolver uma determinada situação. As incógnitas são comumente representadas pelas letras x, y e z, mas podemos representá-las por qualquer letra do alfabeto. Acompanhe, no quadro a seguir, algumas situações transcritas para expressões matemáticas que utilizam incógnitas (expressões algébricas). UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 44 Situação Expressão Algébrica Cinco adicionado a um número qualquer 5 + x O dobro de um número 2y Um número subtraído de 10 10 – a 10 subtraído de um número a – 10 A terça parte de um número 3 t O triplo de um número adicionado a 7 3b + 7 A metade de um número 2 z O quádruplo de um número adicionado a sua quinta parte 4x + 5 x O dobro de um número adicionado ao triplo de um outro número 2x + 3y Um número elevado ao quadrado x2 O dobro de um número adicionado a 5 2m + 5 O quíntuplo de um número elevado ao cubo 5y3 O dobro da soma de dois números 2(x + y) A soma do dobro de dois números 2x + 2y A diferença de dois números ao quadrado a2 – b2 O quadrado da diferença de dois números (a – b)2 QUADRO 3 – COMPARATIVO ENTRE SITUAÇÃO E EXPRESSÃO ALGÉBRICA FONTE: Os autores Acadêmico, as incógnitas ganham seu sentido no cálculo de equações, no qual teremos como objetivo determinar esse “número”, esse “valor” desconhecido ou ainda essa “grandeza”. 3 EQUAÇÕES Quando falamos em equação, estamos tratando de uma sentença matemática que possui igualdade entre duas expressões algébricas. Desta forma, toda equação precisa ter: • Sinal de igualdade (=) • Incógnita • Primeiro membro (expressão antes do sinal de igualdade) • Segundo membro (expressão depois do sinal de igualdade) Para compreender o conceito de equação, imagine uma balança de pratos em equilíbrio, como da figura a seguir. TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU 45 FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO DE EQUAÇÃO FONTE: <http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/ conteudo_691/79.gif> Acesso em: 20 maio 2017. Os objetos sobre os pratos podem ser matematicamente representados por: • Prato 1 → x + 250 • Prato 2 → 500 Como a balança está em equilíbrio, podemos escrever que x + 250 = 500, sentença essa denominada equação. Toda equação deve possuir: sinal de igualdade, primeiro e segundo membro e uma ou mais incógnitas. ATENCAO Acompanhe os exemplos do quadro a seguir: 2y – 6 = 2 Características: Primeiro membro: 2y – 6 Segundo membro: 2 Possui sinal de igualdade e y é o termo desconhecido. Desta forma, 2y – 6 = 2 é uma equação. 5 + 4 = 2 – 3 Características: Primeiro membro: 5 + 4 Segundo membro: 2 – 3 Possui sinal de igualdade, mas não tem incógnita. Portanto, 5 + 4 = 2 – 3 não é uma equação. 2a + 3b – 1 Neste exemplo, temos somente uma expressão algébrica. Não é possível determinar o primeiro e o segundo membro, pois a expressão não possui sinal de igualdade. Portanto, 2a + 3b – 1 não é uma equação. QUADRO 4 – EXEMPLOS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE UMA EQUAÇÃO FONTE: Os autores UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 46 3.1 PRINCÍPIOS DA IGUALDADE Em uma igualdade existem dois princípios, os quais nos permitem realizar operações em ambos os membros sem alterar sua equivalência. Esses princípios são o aditivo e o multiplicativo. NOTA O princípio aditivo da igualdade nos garante que ao adicionar ou subtrair um mesmo número aos dois membros de uma igualdade ainda teremos uma igualdade. Voltando à situação da balança, a qual é representada pela equação x + 250 = 500, se tirarmos 250g de ambos os pratos da igualdade (ambos os membros da equação), a balança continuará em equilíbrio. FONTE: Adaptado de <http://www.objetivo.br/conteudoonline/ imagens/conteudo_691/79.gif>. Acesso em: 20 maio 2017. FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO DO PRINCÍPIO ADITIVO DA IGUALDADE Algebricamente, representamos essa situação por: x + 250 = 500 (situação inicial) x + 250 – 250 = 500 – 250 (equação com a retirada de 250g de cada membro) Em ambas as equações, a grandeza x desconhecida possui o mesmo valor (peso). Desta forma, podemos afirmar que elas são equações equivalentes. TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU 47 Outro exemplo da utilização do princípio aditivo da igualdade é na equação 3x - 5 = x + 15. Ao somarmos o número 5 em ambos os seus membros teremos a igualdade 3x - 5 + 5 = x + 15 + 5, que é equivalente a 3x = x + 20. Observe que a raiz ou solução desta equação é igual à solução da equação original, ou seja, para que a igualdade seja verdadeira, ainda é preciso que x continue sendo igual a 10. Observe que se subtrairmos x em ambos os membros da equação 3x = x + 20 ainda continuaremos com uma igualdade, 3x - x = x + 20 - x, que é equivalente a 2x = 20. IMPORTANT E O princípio multiplicativo da igualdade nos garante que ao multiplicar ou dividir os dois membros de uma igualdade por um mesmo número (diferente de zero), a igualdade será mantida. Em exemplo disso é se na equação 2x = 20 dividirmos ambos os membros da igualdade por 2, teremos a equação 2x : 2 = 20 : 2, que é equivalente à equação x = 10, cuja solução ainda é 10. 3.2 TIPOS DE EQUAÇÕES Existem inúmeros tipos de equações, acompanhe os principais. • Equação polinomial ou algébrica é toda equação da forma p(x) = 0, em que p(x) é um polinômio p(x) = anxn + an-1xn-1 + ... + a1x + a0 de grau n, com n ≥ 1. São exemplos: x4 + 9x2 – 10x + 3 = 0 10x6 – 2x5 + 6x4 + 12x3 – x2 + x + 7 = 0 x8 – x6 – 6x + 2 = 0 • Equação modular apresenta a incógnita dentro do módulo. São exemplos: |x + 3| = 5 |x| – 9 = 8 – |2x| = 10 |x2 – 2x + 8| = 32 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 48 • Equação exponencial é uma expressão algébrica que possui uma igualdade e pelo menos uma incógnita em um de seus expoentes. São exemplos: 3x = 81 4x + 2 + 16x = 8 16x + 42x = 32 • Equações logarítmicas, como o próprio nome sugere, envolve operações com logarítmicos. São exemplos: ( ) ( ) ( ) 3 2 5 5 log 4 log 5 2 8 log 2 4 log 3 1 = - = + = + x x a a • Equação fracionária é aquela em que ao menos uma incógnita aparece no denominador de uma fração. São exemplos: 2 2 x x x 2 3 5 1 2 y 5 2 1 2 1 b b 2 b 2 b 4 = + = + + + = + - - ESTUDOS FU TUROS Nesta unidade de estudo, veremos detalhadamente os tipos de equações que farão parte do seu cotidiano profissional, ou seja, as equações polinomiais de primeiro e segundo grau. 3.3 GRAUS DE UMA EQUAÇÃO Nas equações polinomiais, existem graus distintos que definem o tipo de equação. O grau é determinado pelo maior valor que os seus expoentes assumem. Acompanhe os exemplos a seguir: 1) 3x2 + x = 10 TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU 49 O maior expoente da incógnita x é 2. Portanto, essa é uma equação de grau 2 e a denominamos “equação do segundo grau”. 2) 3y5 + 2y4 – 4y3 + y2 + y + 7 = 0 Observe que 5 é o maior grau para a incógnita y, portanto, a equação é de grau 5. IMPORTANT E O grau da equação é o maior valor que o expoente da incógnita assume. Se o grau for um, trata-se de uma equação do primeiro grau. Se o grau for dois, trata-se de uma equação do segundo grau. E assim,sucessivamente. 4 EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU As equações polinomiais do primeiro grau, ou simplesmente equações do primeiro grau, são também chamadas de equações lineares. Trata-se de equações compostas por coeficientes e uma incógnita cujo expoente é igual a um. Dessa maneira, as equações do primeiro grau são aquelas que podem ser representadas pela forma ax + b = 0, em que a e b são coeficientes reais, sendo que a ≠ 0, e x é a incógnita. IMPORTANT E Uma equação do primeiro grau (ou equação linear) é toda equação da forma ax + b = 0, em que a ≠ 0. Vejamos alguns exemplos de equações do primeiro grau: • 4x + 12 = 0 é uma equação do 1º grau, com a = 4 e b = 12. • –3x – 15 = 0 é uma equação do 1º grau, com a = –3 e b = –15. • 2x – 1 = x + 6 é uma equação do 1º grau. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 50 2x – 1 = x + 6 1º membro 2º membro Para transformarmos a equação acima para a forma ax + b = 0, é necessário, primeiramente, transformar o segundo membro em zero. Para isso, é preciso levar em conta o princípio aditivo e o princípio multiplicativo, ou seja, é possível somar ou subtrair e multiplicar ou dividir ambos os membros da equação pelo mesmo número sem alterar a igualdade. Assim: 2x – 1 = x + 6 2x – 1 – 6 = x + 6 – 6 (subtrair 6 em ambos os lados da igualdade) 2x – 8 = x (união dos termos semelhantes) 2x – 8 – x = x – x (subtrair x em ambos os lados da igualdade) x – 8 = 0 (equação na forma ax + b = 0, com a = 1 e b = –8) Dessa forma, temos que: 2x – 1 = x + 6 ↔ x – 8 = 0 Este exemplo: –3x + 5 = –2x + 12 é uma equação do 1º grau. Vamos transformá-la para a forma ax + b = 0. –3x + 5 = –2x + 12 –3x + 5 – 12 = –2x + 12 – 12 (subtrair 12 em ambos os lados da igualdade) –3x – 7 = –2x (unir os termos semelhantes) –3x – 7 + 2x = –2x + 2x (subtrair x em ambos os lados da igualdade) – x – 7 = 0 (equação na forma ax + b = 0, com a = –1 e b = –7) 4.1 RAIZ DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU Em matemática, a raiz de uma equação (de qualquer grau) é o valor real que determina a sentença algébrica verdadeira. Quando dizemos que, por exemplo, 1 é a raiz da equação x + 2 = 3, isto se justifica pois quando alteramos o valor da incógnita x por 1 ambos os membros da igualdade ficam equivalentes. Veremos como esse processo é realizado formalmente. 2x – 6 = 0 2x – 6 + 6 = 0 + 6 (somar 6 em ambos os lados da igualdade) 2x = 6 (unir os termos semelhantes) 2 6 2 2 = x (dividir por 2 ambos os lados da igualdade) x = 3 (raiz da equação do 1º grau 2x – 6 = 0) Apesar da equação 2x – 1 = x + 6 não estar escrita da forma ax + b = 0, ela é considerada uma equação do primeiro grau, pois é possível transformá-la na forma desejada. Lembre-se que: TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU 51 IMPORTANT E Vale ressaltar que qualquer equação do 1º grau possui uma única raiz! E, para determinar a raiz de uma equação do 1º grau, é preciso isolar a variável x por meio dos princípios aditivo e multiplicativo. Agora que você já compreendeu como determinar a raiz de uma equação do primeiro grau, vamos lhe ensinar um método prático. Fique atento! Primeiramente, destacamos que a equação do primeiro grau é expressa por ax + b = 0. Feito isso, vamos determinar sua raiz em função de a e de b. ax + b = 0 ax + b – b = 0 (subtrair b em ambos os lados da igualdade) ax = –b (unir os termos semelhantes) - = ax b a a (dividir por a ambos os lados da igualdade) - = bx a (raiz da equação do 1º grau ax + b = 0) Por exemplo, na equação 2x – 6 = 0, temos a = 2 e b = –6. Portanto, pela fórmula acima, a raiz dessa equação é ( ) 6 6 3. 2 2 - -- = ® = ® = ® = bx x x x a .Logo, 3 é raiz da equação 2x – 6 = 0, conforme visto anteriormente. IMPORTANT E Para encontrar a raiz de uma equação do 1º grau podemos utilizar a fórmula prática - = bx a . 4.2 APLICAÇÕES Agora que sabemos identificar uma equação do primeiro grau, seus coeficientes e variáveis e dominamos o processo de resolução, podemos aplicar esses conhecimentos em algumas situações através da resolução de problemas. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 52 Exemplo 1: João trabalha em uma loja de informática. Ele recebe um salário fixo mensal de R$ 1.500,00 mais R$ 25,00 por hora extra trabalhada no mês. Como podemos expressar o salário mensal total de João em um determinado mês por meio de uma expressão matemática? Não sabemos quantas horas extras João trabalhou nesse determinado mês. Digamos que a quantidade de horas extras trabalhadas por João seja x. Então: Salário de João = 1.500 + 25x Valor para cada hora extraValor fixo Portanto, a expressão matemática que representa o salário de João é R$ 1.500 + 25x, em que x é a quantidade de horas extras trabalhadas. Assim, podemos calcular o salário total de João em um mês sabendo quantas horas extras ele trabalhou. Por exemplo, se João trabalhar 12 horas extras em um mês, seu salário nesse mês pode ser calculado da seguinte forma: R$ 1.500 + 25x • 12 = 1.500 + 300 = 1.800. Logo, seu salário será de R$ 1.800,00. Exemplo 2: Diariamente, Rafaela pega um táxi para ir ao trabalho, que fica a 20 km de distância de sua casa. Os valores aplicados pelo taxista são: bandeirada: R$ 4,15 e quilômetro rodado: R$ 2,15 (bandeira 1). Desta situação, podemos questionar: quanto ela pagou na corrida em bandeira 1? A cada 1 quilômetro rodado ela paga, na bandeira 1, R$ 2,15. Isso implica que em 20 quilômetros ela pagou 2,15 ∙ 20 = R$ 43,00, mais o valor da bandeirada que é de R$ 4,15, resultará em 2,15 ∙ 20 + 4,15 = 47,15. Logo, Rafaela pagou R$ 47,15 de táxi para ir de sua casa até o trabalho. Acadêmico, observe que no cálculo do custo da corrida há valores que variam de acordo a distância percorrida. R$ 2,15 e R$ 4,15 são os preços fixos nesta situação e 20 km (distância) é o valor que varia. Isto é, existe uma equação por trás destes simples cálculos aritméticos. Acompanhe o problema algebricamente: Vamos nomear (usando incógnitas) as informações encontradas no problema e montar uma equação geral que mostre as despesas de Rafaela para ir de casa até o trabalho. • Valor total a ser pago pela corrida: y • Preço pela bandeirada: R$ 4,15 • Preço por quilômetro rodado: R$ 2,15 • Número de quilômetros rodados: x TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU 53 Agora fica fácil escrever uma expressão matemática que mostra o valor total gasto por Rafaela com o táxi. y = 2,15 ∙ x + 4,15 Exemplo 3: Rafael tinha um saldo bancário positivo de R$ 5.000,00. Ao chegar no banco ele percebe em um aviso que os caixas eletrônicos só fornecem cédulas de R$ 50,00. Qual será o novo saldo de Rafael em função da retirada de cédulas? Este problema mostra como o saldo de Rafael pode variar de acordo com o número de cédulas que ele saca de sua conta. Acompanhe: • Saldo atual de Rafael: R$ 5.000 • Valor fixo em reais que podem ser sacados: R$ 50,00 • Saldo final de Rafael: y • Número de cédulas sacadas: x Com estes dados é possível transformar esta situação em uma equação matemática. y = 5.000 – 50 ∙ x Observe que se Rafael sacar 15 notas (x), seu saldo final será de R$ 4.250,00 (y). Exemplo 4: Isabel irá escolher um plano de saúde entre duas opções: Plano A e Plano B. Acompanhe as condições dos dois planos: • Plano A: cobra um valor fixo mensal de R$ 140,00 e R$ 20,00 por consulta num certo período. • Plano B: cobra um valor fixo mensal de R$ 110,00 e R$ 25,00 por consulta num certo período. A partir disso, responda: Qual plano é mais econômico? Inicialmente, vamos determinar as equações que representam cada um dos planos: Plano A: VA = 140 + 20x Plano B: VB = 110 + 25x Note que haverá situações em que o Plano A será mais econômico e em outras o Plano B pode ser mais econômico. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 54 Para que o plano A seja mais econômico: VB precisa ser maior que VA. Isto é: 110 + 25x > 140 + 20x 25x – 20x > 140 – 110 5x > 30 x > 30/5 x > 6 O que significa que para que o plano A seja mais econômico, o número de consultas no período
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