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18/05/2022 Atividade Física e Esportiva Adaptada
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ATIVIDADE	FÍSICA	E	ESPORTIVA	ADAPTADA
CAPI�TULO 1 - SOCIEDADE E PESSOA COM
DEFICIE� NCIA
Creuza Frinéia do Nascimento Rolim
18/05/2022 Atividade Física e Esportiva Adaptada
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Introdução
O ser humano é um ser estritamente social. E� através das relações interpessoais que ele constitui-se enquanto
pessoa, indivı́duo, cidadão. Nesse contexto, é notório que cada pessoa possui singularidades que as
diferenciam umas das outras e similaridades que as igualam umas às outras. Assim, relações são constituı́das
e fortalecidas, enredadas pelos aspectos culturais da sociedade em que cada indivı́duo está inserido.
Em meio a essa dinâmica constitutiva emerge a �igura da pessoa com de�iciência, que em diferentes épocas e
em diferentes culturas, luta pela igualdade de direitos. Isto porque, historicamente, pessoas com de�iciência,
em tempos passados, sequer eram valorizadas como pessoas, sendo veementemente excluı́das, segregadas e
passı́veis de preconceitos.
E� importante ressaltar que, segundo o Instituto Brasileiro de Geogra�ia e Estatı́stica (IBGE), há cerca de 45
milhões de pessoas com alguma de�iciência no Brasil, aproximadamente um quarto da população do paı́s
(IBGE, 2010). Esse dado revela-nos a necessidade latente de se promoverem ações que venham a garantir os
direitos a esse grupo populacional tão historicamente marginalizado.
Mas como ocorreu a relação entre a pessoa com de�iciência e as demais camadas da sociedade ao longo da
história? E� possı́vel a�irmar que a pessoa com de�iciência ganhou um protagonismo na sociedade atual diante
do preconceito histórico que sofreu? Quais medidas sociais e polı́ticas foram criadas para que as diferenças
entre pessoas com e sem de�iciência se tornassem menores? Há diferença entre pessoas	 com	 de�iciência e
pessoas	 com	necessidades	 especiais? Como tratar as pessoas com de�iciência? Como classi�icar os diversos
tipos de de�iciência? Nesta unidade estabeleceremos uma discussão sobre aspectos referentes à relação da
pessoa com de�iciência na sociedade ao longo da história. Serão analisadas polı́ticas públicas brasileiras que
objetivam a garantia de direitos das pessoas com de�iciência, assim como serão apresentadas terminologias
apropriadas para referir-se a esse grupo social de acordo com o tipo de de�iciência que apresenta. Em seguida
serão descritas as de�inições dos tipos de de�iciência, bem como de grupos com necessidades especiais,
caracterizando-se cada um destes.
1.1 Contexto histórico, cultural e social na relação entre as
pessoas com deficiência e a sociedade
E� possı́vel deduzir que pessoas com de�iciência sempre existiram. Porém, a relação desses indivı́duos com os
demais membros da sociedade mudou ao longo da história e, até os dias atuais, difere de cultura para cultura.
Quando pensamos nos primeiros seres humanos que habitaram a Terra, é importante lembrar que eles
encontravam di�iculdade em possuir um abrigo satisfatório para se protegerem de fatores como o frio, o calor
e/ou de animais predadores. Além disso, os primeiros humanos tinham que caçar e pescar para se
alimentarem, pois não produziam alimentos (prática da agricultura). Havia, ainda, limitações para se estocar a
comida e viviam como nômades. Diante desse quadro e da falta de indı́cios que comprovem como as pessoas
com de�iciência eram tratadas nesse perı́odo, é possı́vel inferir que estas não sobreviviam por muito tempo
(GUGEL, 1999).
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Pensar nesse contexto possibilita acreditar que não havia, na Pré-História, qualquer cuidado para com as
pessoas com de�iciência, sendo possı́vel até acreditar que estas não eram aceitas por não conseguirem se
sustentar ou contribuir com o grupo. Dessa forma, os indivı́duos que apresentavam algum tipo de de�iciência,
seja de forma natural (nascidos com a de�iciência) ou tornados de�icientes por algum motivo externo (ao lutar
ou caçar), acabavam se tornando um peso para os outros e, com isso, possivelmente, eram abandonados pelo
grupo (BIANCHETTI, 1995). Ressalta-se que essa atitude não provocava, possivelmente, qualquer tipo de
sentimento de culpa no grupo, pois fazia parte dos costumes da época. 
Avançando um pouco o perı́odo de tempo, chegamos à Antiguidade, na qual as grandes civilizações percebiam
e tratavam de diferentes formas as pessoas com de�iciência. Clique nas setas a seguir para ler sobre este
perı́odo.
No Egito Antigo, por exemplo, há achados arqueológicos que dão indı́cios de que as pessoas com
de�iciência viviam normalmente inseridas na sociedade chegando a ocupar funções sociais
importantes. As pessoas com nanismo, por exemplo, eram adoradas pela sociedade, sendo
atribuı́das a posições de autoridade nas famı́lias ou empregadas em casas de pessoas com poder
na sociedade. Algumas alcançavam um status tão importante que recebiam honrarias em suas
mortes (CORRENT, 2016).
Os �ilósofos nessas sociedades possuı́am uma grande in�luência sobre a forma de pensar e, nesse
contexto, Platão e Aristóteles recomendavam que as pessoas nascidas com de�iciência fossem
eliminadas por exposição, abandono ou ainda sendo atiradas de montanhas, em prol do
equilı́brio demográ�ico (GUGEL, 2015).
Em Roma, por sua vez, os bebês nascidos com o sexo feminino ou com alguma de�iciência eram
submetidos a um julgamento, sendo colocados aos pés do pai, que tinha o poder de decidir se a
criança deveria continuar viva ou morrer. Se a opção do pai fosse a morte do bebê, este era
abandonado para morrer por falta dos cuidados básicos necessários a todo recém-nascido
(SILVA, 2018), ou mesmo em lugares em que viviam animais selvagens famintos (CORRENT,
2016). Os pais também podiam optar pelo afogamento ou pelo abandono em cestos no rio Tibre
ou em lugares sagrados para serem recolhidas por famı́lias plebeias ou para morrerem. Isso era
uma prática comum, natural (NEGREIROS, 2014). A sociedade romana considerava as pessoas
com de�iciência como descartáveis.
Era comum também, às pessoas com de�iciência que sobreviviam, serem mantidas vivas por
interesses comerciais em casas comerciais, tavernas e bordéis, ou como entretenimento ou
realizando serviços simples em circos. Sempre de forma subjugada, menosprezando-se suas
capacidades, em atividades consideradas humilhantes. As pessoas com de�iciência normalmente
aceitavam essas condições por falta de opção: era isso ou a morte.
No Império Romano, com o surgimento do cristianismo, as pessoas com de�iciência passaram a
ser enxergadas de outra forma, pois surgiram os conceitos de caridade, compaixão e ajuda aos
necessitados contrapondo-se com as ideologias até então praticadas. Nesse perı́odo, começou-se
a melhorar o tratamento para com as pessoas com de�iciência, passando a serem um pouco mais
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Agora, falaremos sobre a pessoa com de�iciência na Idade Média. Acompanhe!
Na Idade Média as pessoas com de�iciência passaram a receber abrigo, o que ocorria principalmente em
asilos e conventos. Contudo, havia, nesse perı́odo, a crença de que quem nascia com de�iciência estava sendo
castigado por Deus pelos pecados cometidos por estes ou por seus pais, perpetuando-se a hostilidade e o
preconceito para com essas pessoas (SILVA, 2010).
A preocupação social que se iniciava para com as pessoas com de�iciência não fez com que a sociedade se
tornasse benevolentede forma imediata. A sociedade, na verdade, começou a se preocupar em resolver o
problema social das pessoas com de�iciência dando-lhe alguma assistência, contanto que estas se
mantivessem alheias à inserção social, afastando-os do convı́vio regular em sociedade, porém, �icando com a
consciência de estarem cumprindo o dever cristão de ajudá-las, internando-as em manicômios, orfanatos,
prisões e outras instituições, junto com idosos, pedintes e delinquentes (BERGAMO, 2010).
Na Idade Moderna, por volta do século XVI, médicos e pedagogos começaram a se contrapor à ideia de que as
pessoas com de�iciência eram indivı́duos ineducáveis. Por exemplo, a de�iciência mental começou a ser
encarada como um problema médico, passı́vel de tratamento, pelo médico Paracelso (1493-1541). Houve
também o inı́cio de uma preocupação com a educação das pessoas com de�iciência, como o fez o �ilósofo
Cardano (1501-1576). Contemporaneamente e consecutivamente, Pedro Ponce de Léon (1520-1584) tornou-
se o primeiro educador de surdos da história. John Locke (1632-1704), por sua vez, enfatizou a experiência
sensorial e a individualidade como essenciais no processo de aprendizagem da pessoa com de�iciência. Anos
mais tarde, já no século XVIII, Charles Michel de l’Epée (1712-1789) fundou a primeira escola para surdos em
Paris, enquanto Valentin Haüy (1745-1822) fundou o Instituto Nacional dos Jovens Cegos, onde utilizavam-se
letras em relevo no processo de ensino-aprendizagem. No começo do século XIX, Louis Braille (1809-1852)
criou o Sistema Braille, que se trata de um sistema de pontos em relevo que, em determinadas sequências,
representam letras e números.
E� importante salientar que apesar dessas ações em prol das pessoas com de�iciência frente à sociedade, estas
continuavam segregadas em instituições para tratamento. Até o século XX as pessoas com de�iciência não
faziam parte da sociedade. A inclusão e participação dessas pessoas na sociedade aconteceram de forma
muito lenta.
Na Idade Contemporânea a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) propôs a garantia a todos os
cidadãos dos mesmos direitos sociais, enquanto a Declaração de Salamanca (1994) tratou da inclusão de
pessoas com de�iciência na escola, possibilitando às crianças com de�iciência serem incluı́das e valorizadas
por sua diversidade e caracterı́sticas (SILVA, 2018).
A história da pessoa com de�iciência no Brasil ganha importância a partir do �inal do século, revelando um
processo demorado e recente de aceitação desse grupo perante a sociedade brasileira. Esse processo perdura
até os dias atuais em uma constante evolução de pensamento por parte das demais camadas da sociedade e na
aceitas, mesmo que se mantivesse um distanciamento social. Diminuiu a ocorrência de
sacrifı́cios de crianças nascidas com de�iciência, apesar da discriminação ainda presente no
contexto social. O fato é que as pessoas ajudavam mais a esse grupo, principalmente por temor à
ira de Deus, caso não praticassem a caridade com as pessoas com de�iciência (GUGEL, 2007).
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adoção de medidas práticas que têm transformado a forma de enxergar a pessoa com de�iciência no Brasil.
No �inal do século XIX, perı́odo em que a cultura brasileira era fortemente in�luenciada pela cultura europeia,
era comum o abandono de crianças nascidas com de�iciência em conventos, igrejas e até mesmo na rua. As
Santas Casas de Misericórdia assumiram um importante papel na vida das pessoas com de�iciência da época,
pois, além de se preocuparem com a educação dessas pessoas, passaram a acolher as crianças com
de�iciência abandonadas, cumprindo o papel cristão de dar assistência aos pobres e doentes (SILVA, 2018).
Em 1854, no Brasil, ocorreu o primeiro marco da educação especial, quando Dom Pedro II criou o Imperial
Instituto dos Meninos Cegos. Em 1891, essa escola passou a ser chamada de Instituto Benjamin Constant. Em
1857, Dom Pedro II criou outra importante instituição, o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos, outro grande
marco da história da educação inclusiva. Em 1957, essa escola passou a se chamar Instituto Nacional de
Educação de Surdos. A criação dessas instituições deu espaço para o inı́cio de discussões acerca da educação
das pessoas com de�iciência, partindo de pessoas sensibilizadas, mas com o apoio governamental.
A partir dessas iniciativas, lentamente foram surgindo outras instituições que visavam o tratamento da pessoa
com de�iciência e outras de caráter pedagógico, bem como centros de reabilitação, juntamente com outras
ações e associações de assistência, mesmo que tudo isso se desse de forma isolada. A exemplo, nesse perı́odo
foi criada a AACD (Associação de Assistência à Criança De�iciente), em 1950, assim como a APAE (Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais), em 1954.
Nos discursos o�iciais de lı́deres governamentais, na década de 1960, �irmou-se a preocupação com a
educação especial, que incentivou o surgimento de escolas especiais, no entanto, ainda segregativas. Nesse
mesmo perı́odo foi promulgada a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), em 1961. Nessa lei abordou-se
explicitamente a educação das pessoas com de�iciência, especi�icamente nos artigos 88 e 89 que a�irmam: 
Art. 88. A educação de excepcionais, deve, no que for possı́vel, enquadrar-se no sistema geral de
educação, a �im de integrá-los na comunidade.
Art. 89. Toda iniciativa privada considerada e�iciente pelos conselhos estaduais de educação, e
relativa à educação de excepcionais, receberá dos poderes públicos tratamento especial mediante
bolsas de estudo, empréstimos e subvenções (BRASIL, 1961, documento on-line).
Dez anos após a promulgação da LDB, a Lei no. 5692/71 foi modi�icada, estabelecendo a indicação de
tratamento especial para pessoas com de�iciência. Em 1981, surge a interação entre pessoas com de�iciência e
pessoas sem de�iciência em ambiente escolar.
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Em 1999, é lançada pelo governo a Polı́tica Nacional para Pessoa Portadora de De�iciência, assegurando,
através de um conjunto de normas, os direitos das pessoas com de�iciência. Em 2002, a Lı́ngua Brasileira de
Sinais (Libras) se tornou o�icialmente a lı́ngua dos surdos no Brasil. Em 2015, foi promulgada a Lei de
Inclusão, tratando da formação necessária de professores para essa área e para o AEE (Atendimento
Educacional Especializado) (SILVA, 2018). O �luxograma abaixo ilustra o delineamento histórico da trajetória
de reconhecimento desse grupo no nosso paı́s baseado nos fatos apresentados:
VOCÊ QUER LER?
A LDB sofreu modi�icações recentes, visando a melhoria dos parâmetros educacionais
no Brasil. Dito isso, você pode conferir a versão mais atualizada
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm). Ressalta-se que, o capıt́ulo V
desta Lei trata especi�icamente da educação especial. Boa leitura!
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
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Percebe-se, então, que são muito recentes as conquistas legais das pessoas com de�iciência no Brasil e no
mundo, mas, a luta pela igualdade de direitos está para além da base legal, ela se estende à mente das pessoas,
pois a raiz cultural de discriminação é muito mais difı́cil de sofrer mudanças do que a lei em si. A seguir,
vamos estabelecer uma breve discussão sobre as polı́ticas públicas de inclusão para pessoas com de�iciência
no Brasil, aspecto importantı́ssimo para minimizaro processo discriminatório das pessoas com de�iciência.
Figura 1 - Fluxograma ilustrando a participação da pessoa com de�iciência na sociedade desde o �inal do séc.
XIX.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
1.2 Políticas públicas de inclusão às pessoas com
deficiência
E� importante compreender que as pessoas com de�iciência, antes da de�iciência, são pessoas, que merecem ter
seus direitos sociais preservados como qualquer outro cidadão. Mas, como visto anteriormente, a cultura
discriminatória, forjada ao longo da história da humanidade, está ainda muito presente nos dias atuais, seja no
Brasil ou em grande parte do restante do planeta. Voltando-se especi�icamente para o Brasil, percebe-se um
movimento importante frente à luta contra a discriminação das pessoas com de�iciência, na busca pela
igualdade de oportunidades e direitos. Nesse sentido, surge o movimento de expansão de polı́ticas públicas
em favor dessas pessoas.
Mas o que são polı́ticas públicas? Clique no item a seguir para saber mais.
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Para compreender o processo de implantação de polı́ticas públicas no Brasil para as pessoas com de�iciência,
é necessário relembrar a histórica marginalização desse público, por serem julgadas como incapazes e
inúteis, sendo, posteriormente, admitidas como merecedoras de assistência e caridade.
Essa percepção social sobre as pessoas com de�iciência alterou-se à medida que esse público, paulatinamente,
começou a ser percebido como um grupo de pessoas que poderiam executar funções do mesmo modo que
outras que não possuı́am de�iciência, e que, por isso, poderiam e deveriam estar inseridos nos ambientes
sociais. Além disso, elas deveriam ter oportunidades de trabalho, educação e lazer igual a qualquer outro
cidadão, mesmo que para isso adaptações viessem a ser necessárias.
Com o surgimento dos primeiros discursos sobre os direitos das pessoas com de�iciência no Brasil, na
década de 1960, houve uma mobilização de vários segmentos da sociedade, possibilitando um processo de
politização desses sujeitos sociais, contribuindo para que a demanda desse grupo tivesse a responsabilidade
assumida pelo Estado. Focou-se em desenvolver polı́ticas públicas destinadas a este público (FRANÇA;
PAGLIUCA; BAPTISTA, 2008), o que só veio a acontecer, de fato, na década de 1980.
Em 1981, as Nações Unidas declararam este ano como o Ano Internacional da Pessoa De�iciente,
impulsionando os movimentos sociais. A Constituição Federal de 1988 foi um marco de estabelecimento de
direitos para as pessoas com de�iciência, de onde podem se destacar alguns objetivos principais, são
estes: cuidar	da	 saúde	 e	 da	assistência	pública,	 dar	proteção	 e	 oferecer	garantias	 a	 estas	pessoas. Em 1989,
surgiu a Lei nº. 7.853, de 24 de outubro de 1989, �irmando a primeira legislação de polı́ticas públicas para
pessoas com de�iciência. Essa Lei de�iniu a Polı́tica Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
De�iciência e criou a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa De�iciente, vinculada ao Ministério da
Ação Social da época (GARCIA, 2014).
A Lei 7.853/89 �irma o apoio às pessoas com de�iciência e sua integração social necessária, principalmente
no que diz respeito à saúde, promoção e prevenção, com serviços especializados de reabilitação e habilitação,
o acesso aos estabelecimentos de saúde e o tratamento apropriado nesses ambientes, assim como o
atendimento domiciliar ao paciente grave não internado e a expansão de programas direcionados às pessoas
com de�iciência. O Decreto 3.298, de 1999, regulamenta a referida Lei (SILVA, 2018).
A Polı́tica Nacional para Integração da Pessoa Portadora de De�iciência surgiu com o intuito de promover a
proteção, o bem-estar pessoal, social e econômico das pessoas com de�iciência, conferindo-lhes o respeito e a
igualdade de oportunidades. Reforçando a criação de iniciativas governamentais direcionadas à educação, à
saúde, ao trabalho, à edi�icação pública, à seguridade social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e
ao lazer, promovendo a integração e a permanência em todos os serviços (SANTOS et al., 2012).
A partir da criação dessa Polı́tica Nacional para Integração da Pessoa Portadora de De�iciência, adaptações
importantes começaram a surgir na sociedade brasileira, principalmente no acesso ao mercado de trabalho,
com o processo de adoção de cotas de emprego no setor privado e em concursos públicos (Leis nº. 8.213/91
Políticas
públicas
As polı́ticas públicas compõem um conjunto de ações governamentais geradas para
ressaltar o papel do Estado, na busca por assistir à sociedade ou algum grupo em
especı́�ico (SOUZA, 2006). Elas devem ser amparadas por lei, ter o �inanciamento e a
gestão sob responsabilidade do Estado e envolver a sociedade civil de forma
participativa, seja na atuação ou no controle das ações governamentais. Ou seja, as
polı́ticas públicas são de responsabilidade do Estado, mas também de cada cidadão
noas aspectos de compreensão e desenvolvimento dessas polı́ticas.
As polı́ticas públicas são geradas a partir de um processo de longo e médio prazo,
que consiste primeiramente da identi�icação e reconhecimento de uma problemática
social de ordem pública. Em seguida, forma-se uma agenda pública para organizar e
detectar os problemas existentes, para então formular-se a polı́tica em si, o que
desencadeia no processo polı́tico de tomada de decisão e implementação. Parte-se,
então, para a execução da polı́tica pública, seguida do acompanhamento,
monitoramento e avaliação, decidindo-se sobre sua continuidade, reestruturação ou
extinção (BENDITO; MENEZES, 2013).
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e 8.122/90, respectivamente). No entanto, esse direito foi regulamentado apenas em 1999, prevendo a
admissão de 2 a 5 trabalhadores com de�iciência a cada 100 funcionários que a empresa privada possuir, em
cargos compatı́veis com o tipo de de�iciência, e a garantia de 20% das vagas em concursos públicos serem
destinadas a pessoas com de�iciência. Passa-se também a ser garantida a matrı́cula de pessoas com
de�iciência em cursos regulares de instituições escolares públicas e privadas, bem como o direito à cultura,
ao esporte, ao turismo e ao lazer com prioridade e acessibilidade, assim como à informação e ao transporte.
Outras adaptações importantes também passaram a ser sugeridas pelas polı́ticas públicas brasileiras no
espaço público, em equipamentos e nos veı́culos de transporte público, como: rampas, elevadores,
sinalização para pessoas com de�iciência visual ou auditiva e a habilitação de funcionários treinados para o
atendimento a essas pessoas. Essas medidas tinham como objetivo suprimir as barreiras urbanas de
obstáculos em vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifı́cios, bem
como no meio de transporte e comunicação. A referida Lei só foi regulamentada em 2004 pelo Poder
Executivo Federal (SANTOS, et al., 2012).
No campo da saúde, estabeleceu-se a Polı́tica Nacional de Saúde da Pessoa com De�iciência através da Portaria
nº. 10.060/2002, com o objetivo de possibilitar a reabilitação da pessoa com de�iciência na sua capacidade
funcional e desempenho humano, a proteção da saúde, bem como a prevenção do agravo possı́vel de ser
ocasionado pelo tipo de de�iciência (SANTOS, et al., 2012).
Na esfera educacional o objetivo das polı́ticas públicas estabelecidas foi de proporcionar a igualdade e a
permanência da criança com de�iciência na escola. Como exemplo destacam-se o Benefı́cio de Prestação
Continuada de Assistência Social na Escola, que consiste no pagamentode um salário mı́nimo mensal para
idosos e pessoas com de�iciência incapacitante para a vida independente e para o trabalho, os Projetos Educar
na Diversidade, que apoia a formulação de culturas, polı́ticas e práticas inclusivas nas escolas, priorizando-se
a formação de professores do ensino regular, estimulando a inclusão, e Educação Inclusiva, que promove a
formação continuada de gestores das redes de ensino públicas na perspectiva da educação inclusiva, assim
como o Programa Escola Acessı́vel, visando adequar os espaços fı́sicos na escola na busca pela
acessibilidade, entre outros (TEIXEIRA, 2010). Todos estes programas são destinados à educação básica, mas,
em relação ao ensino superior, há a garantia de cotas em vagas nas universidades públicas federais.
Em 2015, muito recentemente, foi promulgada a Lei nº. 13.146, a chamada Lei da Inclusão ou Estatuto da
Pessoa com De�iciência. Através dessa lei, as pessoas com de�iciência �icaram asseguradas no que diz respeito
à igualdade, ao atendimento prioritário, ao direito à saúde, à educação, à moradia, ao trabalho, ao transporte e
à mobilidade, à acessibilidade, à tecnologia assistida, à ciência, à justiça, entre outros.
A Lei nº. 13.146/15 proı́be a cobrança de valores adicionais em matrı́culas e mensalidades de instituições de
ensino privado para atendimento especializado à criança ou adolescente com de�iciência. Esta lei também
de�ine pena de detenção de dois a cinco anos a quem di�icultar o ingresso da pessoa com de�iciência em
planos de saúde privados. O mesmo se aplica a quem negar emprego, ou assistência médico-hospitalar ou
qualquer outro direito às pessoas com de�iciência (BRASIL, 2015). Abaixo, um esquema ilustrando os
momentos de criação de algumas polı́ticas importantes voltadas à pessoa com de�iciência até os dias atuais:
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Apesar do surgimento de polı́ticas públicas no Brasil voltadas à assistência das pessoas com de�iciência,
através de leis e programas, há um tipo de barreira que inviabiliza a execução prática de muitos direitos que
deveriam ser preservados a estas pessoas: a atitudinal, forjada pelo preconceito e pela falta de conhecimento,
principalmente na área trabalhista.
Com uma população de cerca de 45 milhões de pessoas com de�iciência no Brasil, segundo os últimos dados
do IBGE, apenas 403,2 mil atuam no mercado de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho. O que
permite inferir que possivelmente a Lei de inclusão das pessoas com de�iciência nas empresas não esteja
sendo devidamente cumprida. Existem empresas que só passam a cumprir a Lei após serem multadas pelo
governo, pois as pessoas com de�iciência comumente são vistas pelas empresas como geradoras de custos,
devido ao custo das adaptações arquitetônicas necessárias ao seu acesso aos locais de trabalho. Além disso,
algumas pessoas com de�iciência precisam regularmente ausentar-se do trabalho para realizar tratamentos ou
ir a consultas especializadas, o que, para muitas empresas signi�ica ter prejuı́zos na dinâmica de
produtividade (SANTOS, et al., 2012).
Em órgãos públicos, a Lei é cumprida por meio de concursos, porém isso não signi�ica que não haja
resistência social no ingresso, apoio e permanência das pessoas com de�iciência no mercado de trabalho
público. Há uma priorização da condição fı́sica em detrimento do mérito, o que reduz a oferta do número de
vagas (TEIXEIRA, 2010).
Nas escolas, as di�iculdades de inclusão são re�lexos da própria sociedade como um todo. A�inal, defender
uma ideia não signi�ica praticá-la. A mesma sociedade que estabelece polı́ticas públicas, através de leis e
programas em favor das pessoas com de�iciência, reconhece a necessidade de respeito às diferenças,
entretanto pratica a desigualdade. E as principais barreiras estão na falta de prédios escolares adaptados
(barras de apoio, banheiros, largura de portas, localização de extintores, rampas, mobiliário adaptado, número
de alunos por sala, recursos materiais, equipamentos didáticos especı́�icos e recursos humanos) o que
demanda investimento �inanceiro, e que também pode ser outra barreira (SANTOS, et al., 2012).
Figura 2 - Esquema ilustrando acontecimentos marcantes na sociedade em prol da pessoa com de�iciência
desde o �inal do séc. XX.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
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A barreira atitudinal talvez seja a mais difı́cil de ser transpassada, por se tratar de uma constituição histórica.
Na escola isso se re�lete no pensamento de gestores, professores e pais de alunos sem de�iciência que
consideram que as pessoas com de�iciência podem atrapalhar o ritmo da aula, prejudicando o processo de
aprendizagem dos demais alunos. Isso re�lete a di�iculdade que as pessoas na sociedade têm em sair do
comodismo e enxergar o outro como seu igual (SANTOS, et al., 2012).
A preparação dos professores para atuarem frente à demanda de cada indivı́duo com de�iciência é outra
barreira existente. A�inal, não basta conhecer as caracterı́sticas de cada tipo de de�iciência, é necessário que os
pro�issionais da educação sejam capacitados para reconhecer as di�iculdades de cada aluno e atuarem de
forma signi�icativa no desenvolvimento de suas potencialidades (TEIXEIRA, 2010).
CASO
Recentemente, foi instituıd́a na Universidade de Brasıĺia (UnB), uma Comissão
responsável pela elaboração da polıt́ica de acessibilidade da universidade formada
por diversos setores estratégicos. A apresentação do documento para a comunidade
universitária foi realizada em uma consulta pública em maio de 2018, quando os
participantes puderam apresentar suas contribuições. A polıt́ica de acessibilidade foi
aprovada por unanimidade no Conselho de Administração (CAD) em 16 de outubro
de 2019. Disponıv́el em: http://acessibilidade.unb.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=40&Itemid=712
(http://acessibilidade.unb.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=40&Itemid=712).
1.3 Análise de terminologias para a pessoa com deficiência
Já é perceptı́vel que o conceito de de�iciente é uma constituição histórico-social. Nesse percurso, as
determinações orgânicas foram um indicativo de pressuposto conceitual, mas também, em outro momento, o
viés assistencialista predomina, na tentativa de conscientizar sobre o processo de inclusão das pessoas com
de�iciência na sociedade (AREND, 2011).
Ao longo da história da humanidade esse conceito sofreu mudanças norteadas a partir de discursos
ideológicos, como, por exemplo, o de que cada indivı́duo deve ser observado pela sua potencialidade e não
pela de�iciência orgânica congênita ou adquirida. Logo, sob essa perspectiva, a pessoa com de�iciência deixa
de ser considerada de�iciente ao passo que sua potencialidade não está subjugada à enfermidade ou anomalia
que apresenta, mas por suas capacidades.
As terminologias adequadas para se fazer referência a pessoas com de�iciência merece relevante atenção. E�
importante analisar a forma correta como as pessoas com de�iciência são referidas e buscar evitar a utilização
de palavras e termos inapropriados, que podem muito mais estarem ligados ao preconceito e à discriminação
do que à referência a esse grupo.
http://acessibilidade.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=40&Itemid=712
18/05/2022 Atividade Física e Esportiva Adaptada
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Ao longo da história muitos termos foram criados e disseminados pela sociedade, como: anormais,	 idiotas,
incapacitados,	excepcionais,	de�icientes,	pessoas	comnecessidades	especiais e portadores	de	de�iciências. Estes
termos não devem mais ser utilizados nem em meio cientı́�ico e nem mesmo em documentos legais (SILVA,
2012). Outros termos também eram utilizados e hoje não são mais. Clique nos itens e veja mais sobre alguns
deles.
O termo inválido	 também foi muito utilizado para se referir às pessoas com de�iciência, o que
denotava a estas um caráter de inutilidade para a sociedade. O termo incapacitado	 também foi
utilizado, representando a incapacidade de alguns indivı́duos em realizarem algumas tarefas e
atividades por causa de seu tipo de de�iciência, isso por volta do século XX. Em seguida a
terminologia passou a ser indivíduos	com	capacidade	residual, reportando à mesma diminuição de
capacidade em decorrência de algum tipo de de�iciência (SASSAKI, 2013).
O termo defeituoso	surgiu e foi utilizado entre os anos 1960 e 1980, carregando consigo a ideia de
indivı́duos com deformidades. Em seguida emergiram os termos de�icientes	 e pessoas
de�icientes, excepcionais	 e pessoas	 com	 de�iciência	 intelectual. Percebe-se que os termos
anteriormente utilizados para designar pessoas a partir do que elas não conseguiam fazer, deu lugar
a termos que designavam as pessoas a partir de sua de�iciência (SASSAKI, 2013).
O termo pessoa	portadora	de	de�iciência	 começou a ser usado na década de 1990, a partir de uma
proposta dada pela Organização das Nações Unidas (ONU). A utilização do termo portador ,
utilizado para buscar o direito à igualdade e à sociedade diante da sociedade, carregava consigo o
valor de algo agregado à pessoa. Contudo, este termo recebeu crı́ticas pelo fato de que quando
portamos algo, temos a opção de deixar de portar, o que normalmente não é possı́vel em se
tratando das pessoas com de�iciência (SASSAKI, 2013).
Ainda na década de 1990, o termo de�iciente	 deixou de ser utilizado e passaram a ser usados os
termos pessoas	 com	 necessidades	 especiais	 e pessoas	 especiais . Essa mudança ocorreu sob a
perspectiva de apresentar tais pessoas não como de�icientes em sua totalidade, mas que
necessitavam de algumas adaptações sociais para serem inclusas na sociedade (SASSAKI, 2013).
•
•
•
•
Inválido
Defeituoso
Portador	de	de�iciência
De�iciente
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Na área da educação escolar, o termo que passou a ser utilizado neste perı́odo foi necessidades	educacionais
especiais, reportando-se a crianças e jovens com elevada capacidade (altas habilidades e superdotação) ou
com di�iculdades para aprender, sendo esta di�iculdade vinculada ou não a uma de�iciência (BRASIL, 2003).
Atualmente as terminologias adequadas utilizadas, visam eliminar estigmas e preconceitos referentes às
pessoas com de�iciência. Hoje, o termo apropriado é pessoa	com	de�iciência	ou pessoas	com	de�iciência. Estes
são utilizados no texto da Convenção dos Direitos das Pessoas com De�iciência, aprovada em 13 de dezembro
de 2006, pela Assembleia Geral da ONU. Além desses termos, existem outros que devem ser utilizados, na
tentativa de se eliminarem preconceitos ou estigmas em relação às pessoas com de�iciência (SASSAKI, 2004).
Clique nas abas e conheça-os.
Referindo-se a uma pessoa que não tenha uma de�iciência. Este substitui o termo pessoa	normal,
que deve ser evitado, pois carrega consigo a referência a pessoas com de�iciência como anormais.
Devendo-se ser evitado o termo ceguinho.
Substituindo o termo pessoa	excepcional. O termo excepcional	passou a referir-se tanto a pessoas
com altas habilidades e superdotação quanto a pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo
da média, emergindo-se os termos excepcionais	positivos	e	excepcionais	negativos.
Referindo-se a pessoas com alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, que comprometam alguma função fı́sica, apresentada sob forma de paraplegia,
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, ostomia, amputação, ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade congênita ou adquirida. Substitui os termos defeituoso	 �ísico,	 defeituoso,	 aleijado e
inválido, de comum utilização na década de 70.
Substituindo o termo de�iciente	mental.
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Pessoa	sem	de�iciência	ou	pessoa	não-de�iciente	
Pessoa	com	de�iciência	visual	ou	pessoa	cega	ou	cego	
Pessoa	com	de�iciência	intelectual	ou	pessoa	com	de�iciência	mental	
Pessoa	com	de�iciência	�ísica	
Pessoa	com	transtorno	mental	ou	paciente	psiquiátrico	
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Referindo-se a pessoas com de�iciência auditiva e também visual, múltiplas de�iciências.
Substituindo os termos mongolóide	e mongol,	que re�letem o preconceito sobre as pessoas com
essa sı́ndrome.
Substituindo o termo pejorativo mudinho	ou surdo-mudo.	A de�iciência auditiva é uma condição
total ou parcial e isso signi�ica que, provavelmente, a pessoa não consiga falar porque não ouve
sons.
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VOCÊ O CONHECE?
Stephen Hawking foi um famoso fıśico teórico britânico com mais de 40 anos de
carreira. Graças a seus escritos, se tornou membro da Sociedade Real de Artes, membro
da Pontifıćia Academia de Ciências e ganhou importantes honrarias como a Medalha
Presidencial da Liberdade. O corpo de Hawking foi comprometido por uma doença
neurológica chamada Esclerose Lateral Amiotró�ica (ELA). Os sintomas apareceram
ainda na juventude, quando ele simplesmente perdeu o equilıb́rio e caiu. Os médicos
davam em torno de dois ou três anos de vida a ele a partir daquele momento. Seus
movimentos foram comprometidos gradualmente, porém sua capacidade intelectual
foi mantida intacta. Hawking fazia questão de que todos soubessem disso com seus
grandes feitos para a Ciência. Após lutar contra a ELA por mais de 50 anos, faleceu no
dia 14 de março de 2018, aos 76 anos de idade, na Inglaterra.
Pessoa	com	surdocegueira	ou	surdocego	
Pessoa	com	síndrome	de	Down	
Pessoa	com	de�iciência	auditiva,	pessoa	surda	ou	surdo	
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1.4 Classificação e caracterização das pessoas com
deficiência e portadores de necessidades especiais
(gravidez, distúrbios de saúde ou emocionais)
Após essa breve discussão sobre as terminologias apropriadas para nos referirmos às pessoas com
de�iciência, vamos agora focar na apresentação da classi�icação e caracterização dessas pessoas. Em seguida,
nos reportaremos às pessoas com necessidades especiais, aqui, já diferindo ambos os grupos (pessoas	com
de�iciência e pessoas	com	necessidades	especiais).
A falta de uma de�inição clara do termo de�iciência tem sido apresentada como um impedimento para a
promoção da saúde de pessoas com de�iciência. A intervenção para a melhoria da saúde desses indivı́duos
dependeria da capacidade de identi�icar e classi�icar as pessoas que deveriam ser incluı́das nesta de�inição,
cada uma com sua respectiva de�iciência (DI NUBILA;BUCHALLA, 2008; LOLLAR, 2002). E� importante
ressaltar que de�iciência, segundo o decreto nº. 3298, de 20 de dezembro de 1999, 	é o termo empregado para
de�inir toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, �isiológica ou anatômica que gere
incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem hoje duas classi�icações de referência para a descrição dos
estados de saúde: a Classi�icação Estatı́stica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, que
corresponde à décima revisão da Classi�icaçãoInternacional de Doenças (CID-10) e a Classi�icação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) (DI NUBILA;BUCHALLA, 2008). Na famı́lia de
classi�icações internacionais da OMS, as condições ou estados de saúde propriamente ditos (doenças,
distúrbios, lesões, etc.) são classi�icados principalmente na CID-10, que fornece um modelo basicamente
etiológico, embora tenha uma estrutura com diferentes eixos ou grandes linhas de construção, entre estes o
etiológico, o anátomo-funcional, o anatomopatológico, o clı́nico e o epidemiológico. A funcionalidade e
incapacidade associadas aos estados de saúde são classi�icadas na CIF (DI NUBILA;BUCHALLA, 2008; U� STUN,
2002).
A CID-10 e a CIF são consideradas classi�icações complementares e os usuários são estimulados a utilizá-las
em conjunto. A CID-10 fornece um "diagnóstico" de doenças, distúrbios ou outras condições de saúde e essas
informações são complementadas pelas informações adicionais fornecidas pela CIF sobre funcionalidade (DI
NUBILA & BUCHALLA, 2008). Em conjunto, as informações sobre o diagnóstico e sobre a funcionalidade
fornecem uma imagem mais ampla e mais signi�icativa para descrever a saúde das pessoas ou de populações,
que pode ser utilizada, entre outros, para propósitos de tomada de decisão (DI NUBILA;BUCHALLA, 2008).
Enquanto a CID-10 fornece os códigos para mortalidade e morbidade, a CIF fornece os códigos para descrever
a variação completa de estados funcionais que capturam a experiência completa de saúde (DI NUBILA &
BUCHALLA, 2008; U� STUN, 2002).
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O desenvolvimento de um conceito para a palavra “de�iciência” constitui um desa�io, especialmente devido à
ambiguidade conceitual dentro deste campo. A CIF é uma grande fonte de termos relevantes, conceitos e
relações necessárias para o desenvolvimento de terminologias formais, e assim oferece um importante ponto
de partida neste desa�io (HARRIS et	al., 2003; DI NUBILA; BUCHALLA, 2008).
De acordo com Di Nubila e Buchalla (2008), as de�inições dos componentes da CIF compreendem os itens
listados a seguir. Clique nas setas para ler.
VOCÊ QUER VER?
As necessidades e os direitos das pessoas com de�iciência têm sido uma prioridade na
ONU. Mais recentemente, após anos de esforços, a Convenção das Nações Unidas sobre
os Direitos das Pessoas com De�iciência e seu Protocolo Facultativo foi adotada em
2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008. No link abaixo, você verá um vıd́eo
rápido de como a ONU tem tratado a pessoa com de�iciência em suas
convenções: https://youtu.be/I9CqFndaBHM (https://youtu.be/I9CqFndaBHM).
Estruturas corporais: são as partes anatômicas do corpo tais como órgãos, membros e outros
componentes.
De�iciências: são problemas na função ou estrutura corporal, tais como um desvio ou perda
signi�icativos.
Funcionalidade: refere-se a todas as funções do corpo e desempenho de tarefas ou ações como
um termo genérico.
Incapacidade: serve como um termo genérico para de�iciências, limitações de atividades e
restrições à participação, com os quali�icadores de capacidade ou desempenho. A CIF também
alista fatores ambientais que interagem com todos estes construtos (DI NUBILA & BUCHALLA,
2008).
https://youtu.be/I9CqFndaBHM
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Na CIF, o termo de�iciência corresponde, como descrito acima, a alterações apenas no nı́vel do corpo,
enquanto o termo incapacidade é mais abrangente, indicando os aspectos negativos da interação entre um
indivı́duo e seus fatores contextuais (U� STUN, 2002). Um indivı́duo pode apresentar uma de�iciência (no nı́vel
do corpo) e não necessariamente viver qualquer tipo de incapacidade. De modo oposto, uma pessoa pode
viver a incapacidade sem ter nenhuma de�iciência, apenas em razão de estigma ou preconceito (barreira de
atitude) (DI NUBILA; BUCHALLA, 2008).
O modelo dinâmico da CIF é mostrado a seguir, incluindo os fatores contextuais.
Os tipos de de�iciência podem ser agrupados em cinco grupos: de�iciência visual, de�iciência auditiva,
de�iciência mental ou intelectual, de�iciência fı́sica e de�iciência múltipla.
A de�iciência	visual	se caracteriza pela perda parcial ou total da capacidade visual, acometendo as funções
básicas do olho e do sistema visual, em ambos os olhos, o que leva o indivı́duo a uma limitação em seu
desempenho habitual (MUNSTER; ALMEIDA, 2019). Podendo ser classi�icada em dois grupos: cegueira e baixa
visão.
Na cegueira há perda total da visão ou há pouca capacidade para enxergar. Neste caso a percepção de luz pode
auxiliar no deslocamento do corpo, mas é insu�iciente para perceber o meio ambiente ao seu redor através da
visão. Na baixa	visão	veri�ica-se o comprometimento do funcionamento do olho, mesmo após tratamento ou
correção. Neste caso a pessoa possui di�iculdade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com a utilização de
lentes corretivas, necessitando de estratégias visuais compensatórias.
A de�iciência	auditiva se caracteriza pela perda parcial ou total da capacidade de ouvir ou perceber sinais
sonoros em um ou em ambos os ouvidos, decorrente de fator congênito ou causado por doença. Dessa forma,
o surdo é a pessoa cuja audição não é funcional no dia a dia e é parcialmente surdo aquele cuja capacidade de
Figura 3 - Esquema ilustrando os fatores que são considerados para a classi�icação da de�iciência baseada na
CIF
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.
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ouvir é de�iciente, porém funcional seja com ou sem prótese auditiva.
Os tipos de de�iciência auditiva são: condutiva, sensorioneural, mista e neural.
A deficiência auditiva condutiva é, normalmente, um grau leve a
moderado, podendo ser tratado com aparelho auditivo ou com
implante de ouvido médio (implante coclear).
A deficiência auditiva sensorioneural é decorrente de danos
causados às células sensoriais auditivas ou ao nervo auditivo,
ocasionando uma perda de audição neurossensorial em grau leve,
moderado, severo ou profundo.
A deficiência auditiva mista é a associação das duas anteriores,
a sensorioneural e a condutiva, decorrente em problemas em
ambos os ouvidos (interno e externo ou médio).
A deficiência auditiva neural é profunda e permanente, não
havendo possibilidade de minimizá-la seja com uso de aparelho
auditivo ou com implante coclear, porque o nervo auditivo não é
capaz de transmitir informações sonoras ao cérebro.
 
Quanto à de�iciência	mental	ou	intelectual, é um tipo de de�iciência manifestada antes dos dezoito anos de
idade, caracterizando-se pelo funcionamento intelectual geral signi�icativamente abaixo da média, com
limitações associadas a duas ou mais áreas de conduta adaptativa (comunicação, cuidados pessoais,
habilidades sociais, desempenho na famı́lia e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança,
desempenho escolar, lazer e trabalho) ou da capacidade do indivı́duo em responder adequadamente às
demandas da sociedade (Associação Americana de De�iciência Mental – AAMD). Pode ser apresentada nos
nı́veis leve, moderado, severo e profundo. E o diagnóstico oriundo da área da medicina e da psicologia de�ine
o de�iciente mental como: pessoas que apresentam di�iculdades psicológicas devido a patologias orgânicas
neurológicas.
Com uma deficiência intelectual leve, um indivíduo pode
desenvolver habilidades escolares e profissionais, inclusive
manter-se economicamente, embora muitas vezes necessitem de
ajuda e orientação diante de novas situações. Podem apresentar
déficit decomunicação e baixa autoestima, que contribuem para
sua falta de espontaneidade social, contudo podem atingir grau de
sucesso social e ocupacional em um ambiente de suporte.
No nível moderado, um indivíduo tem capacidade insuficiente de
desenvolvimento social, mas tem a possibilidade de se manter
economicamente através de programas de trabalho
supervisionados. Essa pessoa tem consciência de seu déficit e,
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muitas vezes, sente-se afastada de seus pares e frustradas por suas
limitações.
Em uma situação de deficiência intelectual severa, um indivíduo
apresenta pouco desenvolvimento motor e mínimo
desenvolvimento de linguagem, podendo apenas contribuir
parcialmente com sua manutenção, desde que em ambientes
controlados. Pode ocorrer um desenvolvimento rudimentar da
linguagem oral nos anos escolares, mas, ao chegar à adolescência,
se a evolução da linguagem ainda for fraca, pode ocorrer à
evolução de formas de comunicação não verbais.
Com um nível profundo de deficiência intelectual, um indivíduo
apresenta um retardo intenso e uma capacidade sensorial motora
e desenvolvimento da linguagem mínimos, mas mesmo assim,
podem adquirir hábitos de cuidados pessoais, sempre de forma
assistida e com cuidadores.
 
A de�iciência	 �ísica, por sua vez, caracteriza-se pelo comprometimento de funções motoras, que podem
comprometer a mobilidade, a coordenação motora geral e a fala, decorrentes de lesões neurológicas,
neuromusculares, ortopédicas ou más formações congênitas ou adquiridas (BRASIL, 2004). O
comprometimento do aparelho locomotor compreende o sistema osteoarticular, o sistema muscular e o
sistema nervoso. As limitações fı́sicas podem ter grau e gravidade variáveis, de acordo com o segmento
corporal afetado e o tipo de lesão ocorrido (BRASIL, 2006).
Por �im, a de�iciência	múltipla se trata da associação de dois ou mais tipos de de�iciências, sejam elas quais
forem (fı́sicas, intelectual, visual ou auditiva, ou ainda distúrbios neurológicos, emocionais, de linguagem, de
desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional). A de�iciência múltipla pode ser classi�icada
pelas seguintes dimensões: fı́sica e psı́quica (associa a de�iciência fı́sica à intelectual ou a de�iciência fı́sica a
transtornos mentais), sensorial e psı́quica (associa a de�iciência auditiva à transtornos mentais ou perda
visual à transtorno mental), sensorial e fı́sica (associa a de�iciência auditiva à de�iciência fı́sica ou a
de�iciência visual à fı́sica) e fı́sica, psı́quica e sensorial (associa a de�iciência fı́sica à visual e à intelectual ou
a de�iciência fı́sica à auditiva e à intelectual, ou ainda a de�iciência fı́sica à auditiva e à visual).
E� importante �icar claro que ter uma necessidade especial não signi�ica ser uma pessoa com de�iciência.
Existem diversos grupos de pessoas que possuem necessidades especiais temporárias ou permanentes, mas
não têm qualquer tipo de de�iciência fı́sica, intelectual, visual, auditiva ou múltipla. Aqui abordaremos três
grupos principais que se enquadram na descrição de pessoas com necessidades especiais: grávidas, pessoas
com distúrbios fı́sicos de saúde (citam-se: cardiopatia, diabetes, distúrbio postural, distúrbio respiratório,
hipertensão, AIDS/Vı́rus da Imunode�iciência Humana - HIV, obesidade, osteoporose) e pessoas com
distúrbios emocionais (depressão e transtorno de ansiedade).
 A gravidez	 é um estado resultante da fecundação de um óvulo pelo espermatozoide, seguida do
desenvolvimento de um feto dentro do útero, durante um perı́odo estimado de nove meses, até o momento da
expulsão do feto, isto é, o parto. Este processo provoca muitas alterações no organismo feminino, que podem
ser desde a forma corporal até alterações de humor. Nesse estado as mulheres costumam se sentir menos
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atraentes, pesadas, com movimentos descoordenados e sem a agilidade habitual. A própria gestação é o
indı́cio de uma condição saudável do organismo, no entanto é um fator limitante, pois as condições
funcionais das mulheres mudam, principalmente em relação à sua estática e seu equilı́brio, assim como há
alterações nos sistemas circulatório e respiratório e nos tecidos de sustentação (o conjuntivo e o muscular). A
gestante pode apresentar nesse perı́odo mal-estar, desconforto, cansaço, dores posturais, edema, aumento do
volume mamário, entre outros, em consequência de seu estado (LOPES; ANDRADE, 2019).
A Cardiopatia	 abrange todas as doenças relacionadas ao coração e gera altos ı́ndices de mortalidade. As
cardiopatias são muito frequentes, mas, em sua maioria, não apresentam sinais e sintomas prévios, podendo
até não ser perceptı́vel em exames especı́�icos. Diante disso, a primeira manifestação da doença pode já ser
um evento fatal (infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico, etc.). Isso alerta para a necessidade de
exames preventivos regulares. Entre as doenças cardiovasculares, uma se destaca: a doença arterial
coronariana (DAC), que tem como consequência �inal o infarto agudo do miocárdio. Quando este não provoca
um óbito imediato, pode desencadear angina (dor torácica persistente), arritmias cardı́acas e insu�iciência no
miocárdio.
A DAC pode, ainda, ser caracterizada pelo desenvolvimento do processo de aterosclerose (formação de uma
placa de gordura que obstrui os vasos coronários que irrigam o miocárdio), assim como também pode ser
decorrente de uma predisposição genética ou da in�luência de fatores de risco. Normalmente são necessárias
intervenções cirúrgicas diante desse quadro, como a angioplastia e a cirurgia de revascularização miocárdica
(ponte de safena ou mamária). Pelo impacto que a DAC tem na saúde e na qualidade de vida das pessoas
acometidas, observam-se mudanças em seu cotidiano. Essas mudanças vão desde a ingestão diária de
medicamentos até a necessidade de redução da capacidade funcional da pessoa, que vão desde tarefas simples
como subir uma escada (SOUZA, 2013).
Diabetes ou Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica, decorrente da hiperglicemia (excesso de açúcar
no sangue), resultante de alterações na secreção e na ação da insulina ou em ambas. Está associada ao
desencadeamento de lesões em diversos órgãos do corpo humano, como olhos, rins, sistema nervoso,
coração e vasos sanguı́neos. Existem dois tipos de DM, o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é caracterizado pela
ausência de secreção de insulina pelas células betapancreáticas e o tipo 2, o mais comum, é caracterizado por
uma combinação de resistência à ação da insulina com resposta compensatória de secreção de insulina
inadequada. Os sintomas apresentados e importantes para o diagnóstico da diabetes são: poliúria, polifagia,
perda inexplicada de peso, associados a uma glicemia casual maior que 200mh/dL, glicose de jejum maior
que 126mg/dL e glicemia de 2 horas maior que 200mg/dL (medida em teste oral de tolerância à glicose)
(SOUZA, 2013).
O Distúrbio Postural caracteriza-se pelas alterações posturais estáticas são consideradas um problema de
saúde pública, principalmente as que atingem a coluna vertebral, pois podem ser um fator predisponente às
condições degenerativas da coluna vertebral do adulto (SEDREZ et	al., 2014). Além disso, a depender da sua
magnitude, são capazes de gerar algum tipo de incapacidade para as atividades diárias.
Quadros patológicos posturais resultam da associação de múltiplas situações, tais como: sociodemogra�ia,
estilo de vida, exposições às atividades cotidianas, comorbidades, entre outras questões (TEIXEIRA;
FERREIRA, 2019; FERREIRA	 et	al., 2011;TEIXEIRA et	al., 2019). Neste sentido, os hábitos pouco saudáveis
como o estilo de vida pouco ativo e atividades repetitivas parecem disseminadas nas mais diversas
comunidades. O que contribui na elevação do peso corporal e alterações na postura (TEIXEIRA; FERREIRA,
2019; SILVA et	al., 2011).
Normalmente, os desvios posturais avaliados em estudos epidemiológicos são mudanças anteroposteriores,
como a hipercifose dorsal (curvatura da coluna acentuada a nı́vel cervical e torácico – “corcunda”) e
hiperlordose lombar (curvatura acentuada da coluna a nı́vel lombar). Entretanto, existem também desvios
posturais no sentido lateral, chamados de escolioses.
O Distúrbio Respiratório, enquadra-se nas doenças respiratórias crônicas (DRCs) são doenças das vias aéreas
e outras estruturas do pulmão. Alguns dos mais comuns são doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
asma, doenças pulmonares ocupacionais e hipertensão pulmonar. Além da fumaça do tabaco, outros fatores
de risco incluem a poluição do ar, produtos quı́micos, partı́culas de poeira e infecções respiratórias leves
frequentes durante a infância. As DRCs não são curáveis, no entanto, várias formas de tratamento que ajudam a
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dilatar as principais passagens aéreas e melhorar a falta de ar podem ajudar a controlar os sintomas e
aumentar a qualidade de vida das pessoas com a doença. A visão da Aliança Global contra os DRCs da OMS é
um mundo em que todas as pessoas respirem livremente, concentrando-se, principalmente, nas necessidades
das pessoas com DRCs em paı́ses de baixa e média renda. (OMS, 2020).
O objetivo do Programa de Doenças Respiratórias Crônicas da OMS é apoiar os Estados Membros em seus
esforços para reduzir o número de morbidades, incapacidades e mortalidade prematura relacionada a doenças
respiratórias crônicas e, especi�icamente, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. (OMS,
(https://www.who.int/health-topics/chronic-respiratory-diseases#tab=tab_1) 2020) 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada pelo aumento mantido da pressão arterial sistólica
acima de 140 mmHg e da diastólica acima de 90 mmHg e/ou pelo uso regular de medicação para diminuição
da pressão arterial. Essa é uma das desordens cardiovasculares mais comuns na população mundial e é
considerada como um dos principais fatores de risco para a morbidade e a mortalidade cardiovascular. Sua
causa pode ser primária, quando não apresenta causa conhecida, que corresponde a cerca de 95% dos casos, e
secundária, quando é decorrente de alguma outra doença (SOUZA, 2013).
A AIDS é a doença causada pela infecção do Vı́rus da Imunode�iciência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse
vı́rus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais
atingidas são os linfócitos T CD4+. O vı́rus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo.
Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção (BRASIL, 2020).
As intervenções biomédicas contra a AIDS	compreendem as ações voltadas à redução do risco de exposição,
mediante intervenção na interação entre o HIV e a pessoa passı́vel de infecção. Essas estratégias podem ser
divididas em dois grupos: intervenções biomédicas clássicas, que empregam métodos de barreira fı́sica ao
vı́rus, já largamente utilizados no Brasil; e intervenções biomédicas baseadas no uso de antirretrovirais (ARV)
(BRASIL, 2020).
As intervenções comportamentais são as ações que contribuem para o aumento da informação e da percepção
do risco de exposição ao HIV e para sua consequente redução, mediante incentivos a mudanças de
comportamento da pessoa e da comunidade ou grupo social em que ela está inserida (BRASIL, 2020).
Existem, ainda, as intervenções estruturais, que são ações voltadas aos fatores e condições socioculturais que
in�luenciam diretamente a vulnerabilidade de indivı́duos ou grupos sociais especı́�icos ao HIV, envolvendo
preconceito, estigma, discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e garantias
fundamentais à dignidade humana (BRASIL, 2020).
A obesidade é considerada um dos problemas de saúde pública mais comum, atingindo um percentual
signi�icativo da população não só brasileira, mas mundial. A obesidade pode desencadear uma série de riscos
principalmente relacionados ao surgimento de doenças cardiovasculares. Uma das maneiras mais comuns de
se determinar o quadro de obesidade é através da veri�icação do ı́ndice de massa corporal (IMC) do indivı́duo
(SOUZA, 2013). Um IMC menor que 18,5 corresponde a pessoas com peso abaixo do normal, entre 18,5 e 24,9
é tido como peso normal, entre 25 e 29,9 representa pessoas com peso acima do normal, entre 30 e 39,9 a
pessoa está obesa e quando o IMC é maior do que 40 considera-se a pessoa portadora de obesidade mórbida
(BRASIL, 2020).
Há várias causas para o surgimento da obesidade dentre as quais podemos citar: predisposição genética,
dietas ricas em gordura, falta de exercı́cios fı́sicos e alterações endócrinas (hipotireoidismo, por exemplo)
(BRASIL, 2020).
O tratamento inclui a reeducação alimentar, que consiste em consumir alimentos menos calóricos, maior
ingestão de alimentos ricos em �ibras e respeito aos horários das refeições. Este procedimento pode requerer
suporte psicológico e auxı́lio por parte da famı́lia. Outra medida adotada é o inı́cio de atividades fı́sicas
visando gastar a energia acumulada do organismo na forma de gordura. A atividade fı́sica diminui o apetite e
melhora a autoestima. Depois de veri�icar se a pessoa está em condições adequadas de saúde para a prática de
exercı́cios, o ideal é que ela caminhe 50 minutos quatro vezes por semana (BRASIL, 2020).
A osteoporose é uma doença óssea metabólica progressiva que diminui a densidade óssea (massa óssea por
unidade de volume), com deterioração da estrutura óssea. A fraqueza do esqueleto leva a fraturas com
traumas secundários ou imperceptı́veis, particularmente na coluna lombar e torácica, punho e quadril
(chamadas fraturas por fragilidade). O diagnóstico é feito por densitometria óssea ou pela con�irmação de
https://www.who.int/health-topics/chronic-respiratory-diseases#tab=tab_1
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uma fratura de fragilidade. A prevenção e o tratamento são feitos pela modi�icação dos fatores de risco,
suplementos de cálcio e vitamina D; exercı́cios para otimizar a força óssea e muscular, melhorar o equilı́brio e
minimizar o risco de quedas; e tratamento farmacológico para preservar a massa óssea ou estimular a
neoformação óssea (BRASIL, 2020).
Existem dois tipos principais de osteoporose, a osteoporose primária e a osteoporose secundária. A primária
ocorre espontaneamente e compreende a maioria dos casos em homens e mulheres, enquanto a secundária é
causada por outras doenças ou medicamentos (BRASIL, 2020) .
Ressalta-se que, a perda óssea ocorre em uma taxa de cerca de 0,3 a 0,5%/ano depois dos 40 anos, acelerando
depois da menopausa em mulheres para cerca de 3 a 5%/ano por aproximadamente 5 a 7 anos (BRASIL,
2020).
Por �im, temos os distúrbios	emocionais. A depressão é um transtorno mental comum e uma das principais
causas de incapacidade em todo o mundo. Ela é caracterizada por tristeza, perda de interesse ou prazer,
sentimentos de culpa ou baixa autoestima, sono e apetite alterados, cansaço e falta de concentração. Quem
sofre com essa condição pode também ter múltiplas queixas fı́sicas sem nenhuma causa aparente. A
depressão pode ser de longa duração ou recorrente, prejudicando substancialmente a capacidade das pessoasde serem funcionais no trabalho ou na escola, assim como a capacidade de lidar com a vida diária. Em seu
estado mais grave, a depressão pode levar ao suicı́dio (OMS, 2020).
Existem também tratamentos e�icazes para a depressão em seu estado leve e moderado. Esse distúrbio
emocional pode ser efetivamente tratado com terapias que utilizam o diálogo, como a cognitivo-
comportamental e a psicoterapia. Os antidepressivos podem ser uma forma e�icaz de tratamento para a
depressão de moderada a grave, mas não são a primeira linha de tratamento para casos de depressão leve. Eles
não devem ser usados para tratar a depressão em crianças e não são a primeira linha de tratamento em
adolescentes, grupo em que esses medicamentos devem ser usados com cautela (OMS, 2020).
O tratamento da depressão deve incluir aspectos psicossociais, como a identi�icação de fatores de estresse,
tais como problemas �inanceiros, di�iculdades no trabalho ou abuso fı́sico/mental, assim como identi�icar
fontes de apoio, como familiares e amigos. A manutenção ou reativação de interações e atividades sociais é
importante (OMS, 2020). 
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O Transtorno de ansiedade é um grupo de transtornos nos quais uma
ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações
nitidamente determinadas que não apresentam nenhum perigo real.
Estas situações são, por esse motivo, evitadas ou suportadas com temor.
As preocupações do sujeito podem estar centradas sobre sintomas
individuais tais como palpitações ou uma impressão de desmaio, e
frequentemente se associam com medo de morrer, perda do
autocontrole ou de ficar louco. A simples evocação de uma situação
fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória. A ansiedade
fóbica frequentemente se associa a uma depressão. Para determinar se
convém fazer dois diagnósticos (ansiedade fóbica e episódio depressivo)
VOCÊ SABIA?
O Plano de Ação Integral sobre Saúde Mental 2013-2020 da OMS, aprovado pela
Assembleia Mundial da Saúde em 2013, reconhece o papel essencial da saúde
mental na consecução da saúde para todas as pessoas. O plano inclui quatro
grandes objetivos:
O Programa de Ação da OMS para Reduzir as Lacunas em Saúde Mental (mhGAP),
lançado em 2008, utiliza orientações técnicas, instrumentos e módulos de
capacitação baseados em evidência para ampliar a prestação de serviços nos
paıśes, especialmente naqueles com recursos escassos. O programa foca em uma
série de condições prioritárias, direcionando a capacitação para provedores de
cuidados de saúde não especializados em uma abordagem integrada que
promova a saúde mental em todos os nıv́eis de cuidados.
liderança e governança mais eficazes para a saúde mental;
prestação de serviços abrangentes e integrados de saúde
mental e assistência social em contextos comunitários;
implementação de estratégias de promoção e prevenção;
sistemas de informação reforçados, evidências e
pesquisas. 
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ou um só (ansiedade fóbica ou episódio depressivo), é preciso levar em
conta a ordem de ocorrência dos transtornos e as medidas terapêuticas
que são consideradas no momento do exame (BRASIL, 2020). 
Existem também outros transtornos ansiosos, caracterizados
essencialmente pelas manifestações ansiosas que não são
desencadeadas exclusivamente pela exposição a uma situação
determinada. Podem se acompanhar de sintomas depressivos ou
obsessivos, assim como de certas manifestações que traduzem uma
ansiedade fóbica, desde que estas manifestações sejam, contudo,
claramente secundárias ou pouco graves (BRASIL, 2020). 
Para fins didáticos, o quadro a seguir  resume este tópico de
caracterização e classificação das pessoas com deficiência e de alguns
grupos com necessidades especiais, bem como suas respectivas
subdivisões:
Quadro 1 - Divisões existentes entre as pessoas com de�iciência e as pessoas com necessidades especiais,
ambos os grupos com suas respectivas subdivisões
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
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Conclusão
Ao chegarmos ao �inal desta unidade, caro estudante, você estudou sobre as de�inições dos tipos de
de�iciência, bem como de grupos com necessidades especiais, caracterizando-se cada um destes. Além disso,
compreendemos as polı́ticas públicas brasileiras que objetivam a garantia de direitos das pessoas com
de�iciência
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
compreender aspectos sociais, históricos e culturais relacionados
à pessoa com deficiência nas principais civilizações ocidentais;
observar a criação de diversas medidas e políticas públicas em
prol da pessoa com deficiência e, verificamos como esse processo
é recente e exige uma constante e atual mudança por parte das
demais camadas da sociedade;
verificar as sucessivas etapas na definição de um termo correto
para o tratamento da pessoa com deficiência, chegando ao atual
termo  “pessoa com deficiência”;
analisar como se dá a classificação das pessoas com deficiência
de acordo com a sua respectiva deficiência segundo o CID-10 e a
CIF e, pudemos diferenciar esse público das pessoas portadoras de
necessidades especiais;
identificar alguns grupos comuns na sociedade de pessoas com
necessidades especiais, permitindo um conhecimento prévio de
problemas de saúde que exigem conhecimento por parte dos
profissionais de saúde.
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