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TAYA N E D I A S | F L C 1 4 8 7 7 A D G UNIDADE 2 . OPERAÇÕES E MELHORAMENTOS OBJETIVOS DEAPRENDIZAGEM Apartirdestaunidadevocêserácapazde: • compreender e explicar criticamente os fatores que levam à determinação da localização daoperaçãoempresarial; • indicar oarranjo físico ideal paraaoperação; • reconhecer e indicar metodologias de gestão da manutenção do parque fabril de formaaasseguraradisponibilidadedemáquinaseequipamentos; • reconhecer os conceitos da qualidade e explicar os fatos que levaram à sua concepção; •compreender osprocedimentos degestãodasmelhoriasnaoperação. TÓPICO 1 –LOCALIZAÇÃO Posicionar geograficamente uma empresa é um primeiro e decisivo passo para o sucesso de um empreedimento. LOCALIZAÇÃO DA PLANTA Em muitas situações, um dos elementos mais influentes no fracasso das empresas é a sua localização. Posicionar-se geograficamente de forma adequada na rede de valor pode impactar na logística da operação, estabelecendo níveis críticos de custos, de visibilidade, enfim, na sua capacidade de servir o cliente e obter resultados. TÓPICO 1 –LOCALIZAÇÃO 1 Custos da mão de obra: tem peso considerável na composição do custo dos produtos. 2 Custos da terra: os custos relativos à localização propriamente dita, como aluguéis ou aquisição de imóveis. 3 Custos de energia: o custo e a disponibilidade de energia suficiente para a operação é altamente relevante. 4 Custos de transporte: os custos dos transportes dos insumos que entram na operação ou da entrega dos produtos acabados que seguem para os clientes são significativamente importantes. 5 Fatores da comunidade: são fatores derivados do ambiente social, político e econômico de local. A isenção de impostos oferecidos por um determinado local para a instalação de uma empresa, ou ainda, a diferença cultural de um local para os executivos deslocados de outros países. Fatores do lado do fornecimento TÓPICO 1 –LOCALIZAÇÃO 1 Habilidades da mão de obra: a mão de obra do local pode impactar positivamente na imagem que o cliente da organização constrói. 2 Adequação do local: a relação entre determinado tipo de operação e a localização é inevitável. 3 Imagem do local: é o impacto de um determinado local sobre a imagem do produto. Aqui no Brasil, quando falamos de chocolate caseiro, logo nos lembramos de Gramado, uma acolhedora cidade do interior gaúcho. Quando falamos de bons relógios, logo nos vem à mente a Suíça. 4 Conveniência para os clientes: talvez seja o mais significativo de todos os fatores do lado da demanda, pois uma operação deve oferecer fácil acesso aos seus clientes. Fatores do lado da demanda TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO Para Moreira (2008), três seriam os motivos que tornam as decisões sobre o arranjo físico ou leiaute extremamente importantes: 1 As mudanças de leiaute afetam a capacidade da instalação e a sua produtividade, em função da racionalização do uso dos recursos. 2 Mudanças de leiaute podem implicar em grande dispêndio de recursos financeiros, dependendo da complexidade da operação afetada. 3 Uma necessidade de reversão futura pode ter um custo extremamente alto ou ainda uma complexidade técnica tamanha, que implique interrupções indesejáveis do processo produtivo. Arranjo físico trata do posicionamento físico dos recursos produtivos, de forma a aperfeiçoar os fluxos de materiais e pessoas, maximizando o desempenho obtido. TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO O ARRANJO IDEAL A escolha do arranjo físico ideal passa pelo conhecimento prévio do processo que será operado neste leiaute. Erros na escolha podem gerar custos desnecessários e falhas nos fluxos que podem complicar muito as coisas na operação. Para facilitar ainda mais esse processo de escolha do arranjo físico ideal, Slack, Chambers e Johnston (2009) propõem a utilização de um quadro que associa volume, variedade e tipo de arranjo. Um arranjo físico mal elaborado pode levar a situações de elevação de custos, por proporcionar fluxos longos e confusos, estoques, filas e outras circunstâncias negativas. TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO TIPOLOGIA DOS ARRANJOS TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO TIPOLOGIA DOS ARRANJOS 1. ARRANJO FÍSICO POSICIONAL Também conhecido como leiaute de posição fixa é caracterizado pelo fato dos recursos transformados estarem fixos, enquanto os recursos transformadores se deslocam, mesmo estando dedicados ao processo. Um exemplo bem típico é a produção de aviões, na qual a grande aeronave fica parada, enquanto as coisas acontecem à sua volta. TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO TIPOLOGIA DOS ARRANJOS 2. ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO Neste tipo de leiaute ocorre o oposto do leiaute posicional. Aqui os recursos transformadores ficam parados e os recursos transformados é que circulam pelo fluxo. Estes recursos transformadores são agrupados em função da similaridade que têm entre si, de tal forma que os recursos a serem transformados circulem. É utilizado em situações de grande variedade de produtos e para cada produto a ser produzido haverá um fluxo ideal. TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO TIPOLOGIA DOS ARRANJOS 3. ARRANJO FÍSICO CELULAR A ideia do leiaute celular é agrupar em um único ponto os recursos transformadores necessários para atender necessidades específicas de um recurso transformado pré- selecionado. Estes recursos transformados são agrupados em famílias de produto que tem em comum o fato de se utilizarem dos mesmos recursos transformadores alocados na célula. Assim sendo, desta célula sai um produto ou componente completo. TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO TIPOLOGIA DOS ARRANJOS 4. ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO Os recursos transformadores são posicionados com a melhor conveniência para o produto. Cada recurso transformado segue um fluxo específico que coincide com a sequência em que se encontram os recursos transformadores. O arranjo físico por produto, também denominado linha de produção ou linha de montagem, procura definir a sequência em que os recursos produtivos devem ser dispostos de modo a processar o produto, cliente ou informação. TÓPICO 2 –ARRANJO FÍSICO E FLUXO TIPOLOGIA DOS ARRANJOS 5. ARRANJO FÍSICO MISTO Os leiautes básicos apresentados podem ser misturados conforme as conveniências da operação. Uma mesma empresa pode ter um departamento em que o leiaute posicional seja o mais indicado, enquanto em outros a melhor opção pode ser um leiaute por processo. O importante é entender a relação entre o processo a ser operado e o leiaute adequado. Lembre-se: a intenção é aperfeiçoar os fluxos produtivos para maximizar os resultados da empresa. IMPORTANTE TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO Inovações tecnológicas têm inserido modos de produção cada vez mais sofisticados, mas todas essas tecnologias são suscetíveis às falhas. Eis aqui a razão para a crescente preocupação com a função Manutenção: cabe a ela manter em funcionamento toda a estrutura criada para gerar riqueza, evitando perdas de faturamento e rentabilidade em função de paradas não previstas dos recursos produtivos. Alves e Falsarella (2009) afirmam que o principal objetivo da Manutenção é preservar a integridade funcional dos recursos envolvidos na produção ou operação de um serviço. Para eles, a capacidade produtiva e operacional de uma empresa está diretamente ligada à disponibilidade e confiabilidade dos recursos produtivos que ela tem. Sua competência para maximizar esta disponibilidade dos recursos dá à manutenção uma relevante importância na busca de diferenciais competitivos. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO CUSTOS DA MANUTENÇÃO Para Fortes (2009), os custos são didaticamente divididos em três categorias: • Custos com materiais e serviços: são aqueles que ocorrem para que se mantenha o equipamento em operação. Inclui os custos de mão de obra direta de manutenção, materiais utilizados etc. • Custos das perdas: custos oriundos da indisponibilidade de equipamento em função direta da falta de ação da equipe de manutenção. Porexemplo, parada de produção por falta de equipamento reserva, quebras ou falhas de equipamentos por manutenção inadequada etc. • Custos da estrutura: são relacionados com a estrutura gerencial e de apoio administrativo, análises e estudos de melhoria, engenharia de manutenção, lideranças envolvidas etc. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO Fortes (2009) ainda sugere que estas categorias de custos sejam gerenciadas e para tal devem ser acompanhados alguns indicadores essenciais para que se mantenha o controle: Histórico de custo mensal: quanto se gasta com manutenção durante o mês. Deve-se criar um acompanhamento histórico. Comparativo orçado x realizado: como em qualquer outra atividade da empresa, também a manutenção tem um orçamento dentro do qual tenta se manter. Benchmark: qual a referência mundial, isto é, valores da empresa que tem o menor custo de manutenção nesse tipo de instalação. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO TIPOLOGIA DA MANUTENÇÃO Há duas grandes categorias de manutenção: NÃO PLANEJADA PLANEJADA nessa categoria a ação de manutenção ocorre quando o problema aparece e busca acelerar o retorno do equipamento à operação. Quebrou, consertou! a equipe de manutenção planeja a parada de manutenção, evitando os momentos em que o equipamento é utilizado pela produção. Com isso a ação de manutenção não interfere no processo produtivo. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO CORRETIVA (MC) Parte do princípio de que, quando algo quebra, deve ser consertado. Ou seja, o ato da manutenção acontece depois que a quebra aconteceu. A manutenção age de forma reativa aos problemas, o que traz consigo consequências, que, para Fortes (2009), seriam: • Os equipamentos quebram de forma aleatória, e isto pode acontecer durante o processo produtivo. • Como os equipamentos quebram quando os estamos utilizando, seu índice de utilização acaba reduzido. • Diminuição da vida útil das máquinas, equipamentos e instalações, pois as quebras acontecem em função de deterioração dos componentes dos equipamentos. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PREVENTIVA (MP) Esse tipo de manutenção se baseia na realização de manutenções periódicas, nas quais são inspecionados e/ou substituídos componentes de máquinas, equipamentos e instalações. Esses componentes, que merecem atenção especial, são identificados através do uso da estatística. O período entre as manutenções é fixo e determinado por calendário (semanal, mensal, trimestral, semestral, anual etc.) ou pela operação (número de ciclos, horas de operação etc.). Uma vez completado o período, é realizada uma intervenção na qual são verificados os itens determinados em um roteiro de manutenção. Em muitos casos, esses roteiros são fornecidos pelos próprios fabricantes dos equipamentos. Esse tipo de manutenção funciona muito bem, mas tem custos elevados de peças e componentes. Isso acontece porque a troca é determinada pelo roteiro, que por sua vez é determinado pela análise histórica de dados dos equipamentos. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PREDITIVA (MPD) A manutenção preditiva é a introdução da ciência na manutenção. O que determina o momento de uma intervenção não é o período, mas a condição e o desempenho dos componentes, segundo Fortes (2009). A determinação desses dois aspectos é feita através do acompanhamento de variáveis diversas (vibração, temperatura, espessura, velocidade etc.) com o objetivo de determinar o melhor momento para a realização da manutenção, de forma que se maximize o tempo de operação e a vida útil dos componentes dos equipamentos. São estabelecidos períodos em que é realizada a leitura das variáveis que são acompanhadas. Uma vez feitas as leituras, elas são registradas num histórico e comparadas com o padrão ideal. Este padrão normalmente é definido no projeto dos equipamentos que estão sendo acompanhados e é determinado pelo próprio fornecedor. Na prática, na MANUTENÇÃO PREDITIVA, busca-se permitir a operação contínua do equipamento pelo maior tempo possível. (FORTES, 2009). TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO DETECTIVA (MD) Muito similar à MPD, mas com uma diferença básica: a velocidade. Na manutenção detectiva, o monitoramento das variáveis é feito em tempo real e não em períodos definidos. A intenção é identificar as falhas ocultas e que não podem ser identificadas visualmente. Esse tipo de manutenção é relativamente recente e só foi possível graças aos avanços tecnológicos dos sistemas de instrumentação e controle de processo. Na manutenção preditiva é necessário um diagnóstico a partir das medições, enquanto que na manutenção detectiva há um diagnóstico direto que parte das leituras diretas e contínuas realizadas nos equipamentos monitorados. Na manutenção preditiva é necessário um diagnóstico a partir das medições, enquanto que na manutenção detectiva há um diagnóstico direto que parte das leituras diretas e contínuas realizadas nos equipamentos monitorados. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (MPT) Segundo Mirshawka e Olmedo (1993, p. 51) poder-se-ia dizer que MPT é: 1. Maximização do rendimento operacional global dos equipamentos. 2. Enfoque sistêmico globalizado, onde se considera o ciclo de vida do próprio equipamento, ou seja, uma manutenção produtiva total. 3. Participação e integração de todos os departamentos envolvidos, como o da programação, produção e manutenção. 4. Envolvimento e participação de todos, desde a alta direção até os elementos operacionais da linha. 5. Colaboração das atividades voluntárias desenvolvidas pelos pequenos grupos, além da criação de um ambiente próprio para a condução desses trabalhos. Um dos aspectos mais significativos e aparentes dessa metodologia é a participação dos operadores dos equipamentos. Parte-se do princípio de quem ninguém conhece melhor o equipamento do que o seu operador, afinal, este tem contato diário com ele. TÓPICO 3 –MANUTENÇÃO TIPOS DE ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE Uma característica importante da qualidade e, portanto, da sua definição, é o fato de depender em muito da percepção daquele que a examina ou define. Qualidade é impingir ao produto e a toda a cadeia de valor que o produz os atributos desejáveis pelo cliente. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE Nesse processo de construção conceitual da qualidade, diversos foram os pesquisadores que deram a sua contribuição. JOSEPH M. JURAN- 1. Qualidade são aquelas características do produto que atendem às necessidades dos clientes e, portanto, promovem a satisfação com o produto. 2. Qualidade consiste na ausência de deficiências. (CORRÊA; CORRÊA, 2006, p. 183). ❑ Cliente interno x Cliente externo; ❑ Deficiências - desencadeia eventos futuros negativos. ❑ Insatisfação - consequência das deficiências do produto. ❑ Satisfação - relacionada com as características do produto, sendo a razão pela qual o cliente compra o produto. ❑ Custos da qualidade: a) Custo das falhas: erros internos detectados antes do recebimento pelo cliente e custos externos relativos a problemas detectados pelo cliente. b) Custo de avaliação: processos de monitoramento e verificação da qualidade, que vão desde testes de qualidade e inspeções, até auditorias. c) Custo da prevenção: custos relativos a qualquer atividade que vise a evitar os problemas de qualidade. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE Para que a trilogia pudesse ser colocada em prática, Juran sugeriu uma sequência de passos: 1 Identifique os clientes. 2 Identifique as necessidades dos clientes. 3 Traduza as necessidades dos clientes em especificações. 4 Desenvolva os produtos que atendam as necessidades dos clientes. 5 Aperfeiçoe as características dos produtos. 6 Desenvolva as capacidades dos processos para produzir o produto. 7 Teste os processos. 8 Operacionalize os processos Trilogia da qualidade segundo Juran Planejar Controlar Melhorar TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE WILLIAM E. DEMING Melhorias expressivas naqualidade só podem ser obtidas através da redução das variações nos processos. Ciclo PDCA 14 Pontos de Deming TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE ARMAND VALLIN FEIGENBAUM Publicação do livro Total Quality Control, no qual estabeleceu os princípios do Controle Total da Qualidade. Para controlar efetivamente os resultados de qualidade de um processo 1º Estabelecer padrões. 2º Avaliar a conformidade em relação a estes padrões. Agir corretivamente quando necessário. Agir corretivamente quando necessário. Um sistema da Qualidade é uma estrutura operacional de trabalho concordada, documentada em procedimentos técnicos e de gestão efetivos e integrados, para toda a empresa e toda a fábrica, para guiar as ações coordenadas das pessoas, máquinas e informações da companhia e da fábrica nas formas melhores e mais práticas para assegurar a satisfação o cliente com a qualidade e a custos de qualidade econômicos. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE KAORU ISHIKAWA - Acrescentou três dimensões ao Controle Total da Qualidade. 1ª dimensã o • Diagramas de processo: ferramenta destinada à visualização de forma simples e rápida de todas as fases de um processo, com o objetivo de identificar rupturas, sobreposições de tarefas e etc. • Análise de Pareto: utilizada para determinação de prioridades. Isto direciona as decisões para os fatos que efetivamente geram maior retorno. • Diagramas de Causa e Efeito: utilizada para identificar possíveis causas-raízes de um problema, sendo normalmente utilizada após a aplicação da Análise de Pareto. Também pode ser utilizada para promover a participação das pessoas na análise de problemas através de brainstormings. • Diagramas de Correlação: utilizada para explorar possíveis relações entre duas variáveis que podem ter influência sobre o problema estudado. • Histogramas: ferramenta gráfica para levantamento de dados obtidos através de observação. • Cartas de Controle de Processo (CEP): têm o objetivo de manter o controle de um processo, através da visualização do desempenho de suas variáveis mais importantes. • Folhas de Verificação: ou check list, ferramenta formada por um conjunto de itens em um formulário, utilizado para coletar dados e controlar processos. É uma metodologia que tem como objetivo acompanhar e solucionar possíveis problemas nas atividades de rotina de uma organização. 2ª dimensã o Ações da qualidade devem ser estendidas a todas as atividades da organização em que houverem oportunidades de melhoramento, pertencessem ou não, ao ciclo industrial. 3ª dimensã o Auditorias da alta gerência, cuja participação é uma demonstração notória de seu comprometimento com a qualidade. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE Diagrama de Processo Diagrama de Pareto TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE Diagrama de Causa e Efeito TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE Folhas de Verificação TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE SHIGEO SHINGO Não acreditava que a estatística fosse suficiente para resolver os problemas da organização. Shingo propôs que haveria uma distinção entre erro e defeito, afirmando que os erros seriam causas que levariam aos defeitos. Nessa busca pelo defeito zero, Shingo criou o ZQC – Zero Quality Control, sistema no qual sugere que as inspeções sejam feitas na fonte, de modo a evitar o erro, antes que o mesmo se transforme em defeito. O caminho seria evitar que os erros acontecessem e para isso ele criou o que chamou de dispositivos Poka Yoke, que impediam fisicamente os erros. Um exemplo bastante simples desses dispositivos é apresentado na figura a seguir, na qual, mesmo se quisesse, uma pessoa não conseguiria cometer um erro e inverter a posição do pino. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE GENICHI TAGUCHI Para ele, a qualidade de um produto seria igualmente proporcional às perdas financeiras que este produto impõe à sociedade. Para tanto, ele sugere que o ciclo de vida de um produto poderia ser dividido em duas fases: antes da venda e depois da venda. Todos os custos ocorridos antes da venda seriam perdas para o fabricante e todos os custos promovidos pelo produto após a venda seriam perdas para o cliente. Partindo da premissa que tanto fabricante quanto clientes fazem parte da sociedade como um todo, a menor somatória dos dois custos seria o menor custo social. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE DAVID GARVIN Para Garvin, o fundamental para a organização seria superar a concorrência naqueles atributos da qualidade que o público-alvo considerava importantes. 1. Considera que a qualidade é um “pacote” que engloba oito dimensões. Esse pacote de oito dimensões seria assim composto: 1) Desempenho: são características básicas de ordem técnica e operacional. 2) Características: são características complementares que suplementam o desempenho. 3) Confiabilidade: indica com que frequência o produto estará fora de operação. 4) Conformidade: indica o quanto um produto está em conformidade com as especificações anunciadas ou com experimentação anterior do cliente. 5) Durabilidade: indica quanto tempo este produto estará em condições de operação, com desempenho aceitável. 6) Manutenção: indica o quanto o produto é de manutenção fácil, barata e acessível. 7) Estética: características associadas à aparência e impressão deixada pelo produto. 8) Qualidade percebida: é a percepção do cliente sobre o produto. Indica como ele avalia o que recebeu. TÓPICO 4 - EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA QUALIDADE PHILLIP B. CROSBY O terceiro guru mais reconhecido da área de TQM cunhou a célebre frase “- Faça certo da primeira vez” e a ideia do Zero Defeito. Segundo Reid e Sanders (2005), Crosby argumentava que não é aceitável a ideia de que uma pequena quantidade de defeitos seria inerente ao processo em função de máquinas e pessoas serem imperfeitas. Acredita, sim, na prevenção PLANEJAMENTO DA QUALIDADE A cadeia de valor é formada por uma sucessão de clientes e fornecedores. Cada um deles com expectativas e necessidades diferentes. É este fato que fundamenta a necessidade de planejamento dos eventos. Como esses eventos são suscetíveis às variações, surge a necessidade de controle. Tomada de decisões e a definição das ações necessárias ao controle da qualidade também são tarefas do planejamento da Qualidade. Essas decisões incluem: Controlar ou não controlar? Controlar o produto ou processo? Que características do produto ou processo serão controladas? Como controlar? Quem deve controlar? Quando controlar? TÓPICO 5 -A GESTÃO DOS MELHORAMENTOS Falconi (2004) apresenta a compreensão dos processos fazendo uma analogia com o diagrama de causa e efeito. Para ele, causas (entradas e o processo) levam a efeitos (saídas) e, portanto, poder-se-ia afirmar que processo é um conjunto de causas. Gerir melhoramentos nada mais é do que conhecer os processos em profundidade suficiente para se ter uma visão crítica de suas falhas e propor os ajustes necessários. Seguindo esse raciocínio, os processos poderiam ser sistematicamente subdivididos: 1. Processos elementares: unidade elementar ou célula de um processo, composta de entradas, transformação e saídas de uma única atividade. 2. Processos complexos: compostos por uma reunião interconectada de processos elementares. TÓPICO 5 -A GESTÃO DOS MELHORAMENTOS CONTROLE DOS PROCESSOS Maranhão e Macieira (2004) afirmam que as organizações que mantêm os seus processos sob controle têm características facilmente identificáveis: • existência de objetivos claros e conhecidos por todos que podem e devem contribuir para a sua consolidação; • os processos de trabalho são identificados e controlados; • existem indicadores de desempenho ou resultado destes processos, pelo menos nos pontos críticos; • a organização é gerida com base nestes indicadores; • os indicadores estão alinhados com os objetivos organizacionaise com a satisfação dos clientes; • as pessoas realizam os seus processos sob sua responsabilidade de forma estruturada, previsível e organizada. TÓPICO 5 -A GESTÃO DOS MELHORAMENTOS PROCESSOS COMO ATENDIMENTO DE NECESSIDADES DOS CLIENTES Clientes querem soluções para seus problemas e atendimento de seus desejos e expectativas através do produto que adquirem. Como o produto é resultado de processos, podemos afirmar que a satisfação do cliente indica processos que foram realizado com qualidade. Quando os processos não conseguem gerar esse valor esperado pelo cliente, ele deve ser corrigido ou eliminado do sistema. Necessidades x Expectativas Necessidades são aspectos fundamentais que o cliente busca e faz questão de falar. Expectativas são igualmente importantes e esperadas pelos clientes, mas normalmente não são faladas. TÓPICO 5 -A GESTÃO DOS MELHORAMENTOS MELHORIA Há duas formas complementares de se enxergar a melhoria, segundo Slack et al. (2002): 1 Melhoria contínua, também chamada por seu nome japonês kaizen. 2 Melhorias radicais, muitas vezes associadas à reengenharia de processos A) MELHORIA CONTÍNUA É uma abordagem evolutiva, incremental, mais que radical. Baseia- se na filosofia de transferir a responsabilidade pela qualidade aos funcionários de produção e estabelecer metas audaciosas. O espírito é incentivar os colaboradores a continuamente usarem as ferramentas da qualidade para procurar formas de melhorar passo a passo a qualidade do que fazem. A expectativa é que os benefícios principais sejam obtidos ao longo do tempo. TÓPICO 5 -A GESTÃO DOS MELHORAMENTOS B) MELHORIAS RADICAIS Visa ao redesenho radical dos processos para obtenção de resultados mais drásticos e em prazos mais curtos, consequentemente, carregando riscos maiores. Na prática trata de uma mistura de diversas técnicas de melhoria (JIT, fluxogramas de processo, exames dos métodos, gerenciamento da rede de valor etc.). Slack et al. (2002, p. 607) definem o BPR como sendo: “O repensamento fundamental e o reprojeto radical do processo de negócios, para atingir melhoramentos dramáticos em medidas críticas de desempenho, como custos, qualidade, serviços e velocidade.
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