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LOGISTICA EMPRESARIAL- Material aula dia 10.05.2022
Podemos utilizar uma definição para Logística como sendo um conjunto de atividades que se inicia quando recebemos um pedido de fornecimento de algum produto, passando pela empresa que nos fornece a matéria-prima até o momento em que colocamos o produto na mão do cliente, terminando com o pós-venda. Para que o cliente possa receber o produto, dependemos do estágio denominado distribuição.
A distribuição física dos produto representa uma parcela significativa no custo de um produto ou serviço, afetando sua competitividade. São fatos importantes a serem avaliados: a velocidade de entrega, a confiabilidade, a rastreabilidade e, principalmente, as condições nas quais o cliente recebe seu produto.
As atividades do sistema de distribuição são compostas de quatro etapas importantes para o sucesso do processo, que são: estoque de produtos acabados, embalagem de proteção, depósito de distribuição e transporte.
	Estoque de produtos acabados
	Local onde são armazenados os produtos manufaturados ou comprados para disponibilizar para o mercado
	Embalagem de proteção
	Embalagens especiais para proteger o produto no manuseio em depósitos e nos transportes
	Depósitos de distribuição
	Utilizados para armazenar os produtos em locais muito distantes da origem e próximos aos clientes
	Transporte
	Envolve diversos métodos de movimentar o produto para fora da empresa, podendo ser enviado para depósitos, centros distribuidores, atacadistas, varejistas ou ao cliente final
Ao pensarmos em transporte, temos em nossas mentes a compreensão de que é o processo de movimentar um produto de um local a outro. Partindo do início da cadeia de suprimento e chegando até o cliente, ele exerce um papel importante em toda a cadeia de suprimento porque os produtos raramente são fabricados e consumidos no mesmo local.
O sucesso de qualquer cadeia de suprimento está estreitamente ligado à boa utilização do transporte, e, à medida que o transporte se torna mais eficiente e oferece melhor desempenho, a sociedade beneficia-se de melhor padrão de vida.
Ao conhecermos melhor as características dos modais, torna-se possível buscar as melhores soluções para o negócio.
O transporte na logística
O transporte é o principal componente do sistema logístico, pois todos os produtos necessitam ser transportados de um local a outro, até estarem disponíveis nas mãos de seus clientes. Possui significado de movimento de estoque de um ponto a outro da cadeia de suprimento. O transporte pode ser realizado a partir de várias combinações de meios de rotas, cada uma com características particulares de desempenho. As escolhas sobre o transporte exercem um forte impacto na responsabilidade e na eficiência da cadeia de suprimento. O transporte tem um papel preponderante na qualidade dos serviços logísticos, pois impacta diretamente no tempo de entrega, na confiabilidade e na segurança dos produtos.
Todos os dias, centenas de milhares de empresas compram e vendem milhões de produtos, produtos estes que podem ser transportados numa enorme variedade de configurações e tipos de embalagens. Os despachos podem constituir peças únicas, caixotes ou caixas, paletes parciais ou totais, contêineres etc.
O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi importante e complexo, pois o transporte é um considerável elemento de custo em toda atividade industrial e comercial.
O transporte movimenta produtos de um local a outro, partindo do início da cadeia de suprimentos e chegando até o cliente. Ele exerce um papel importante em toda a cadeia de suprimentos porque os produtos raramente são fabricados e consumidos no mesmo local.
Com o crescimento do e-commerce e a consequente entrega de produtos em domicílios, os custos dos transportes tornaram-se ainda mais significativos no varejo. A movimentação de fretes absorve entre um e dois terços do total dos custos. O foco está nas instalações e serviços que compõem o sistema de transporte e no desempenho de vários serviços de transporte que um gerente poderia selecionar.
O sucesso de qualquer cadeia de suprimentos está estreitamente ligado à boa utilização do transporte e, à medida que o mesmo se torna mais eficiente e oferece melhor desempenho, a sociedade beneficia-se de melhor padrão de vida. Neste capítulo, vamos compreender a importância dessa atividade tão representativa no processo logístico.
Assim, podemos definir transporte como o deslocamento de pessoas e mercadorias de um local para outro, feito por intermédio de veículos, aeronaves, embarcações ou equipamentos de movimentação.
Sem transporte não teríamos como produzir produtos, pois conforme a definição de transporte, os produtos raramente são produzidos em um único local.
Papel do transporte no supply chain
O transporte mobiliza o produto entre diferentes estágios na cadeia de suprimento. Assim como outros fatores importantes da cadeia de suprimento, o transporte exerce grande influência tanto na responsabilidade quanto na eficiência. Um transporte mais rápido, utilizando diferentes meios ou diferentes quantidades a serem transportadas, contribui para que a cadeia de suprimento seja mais responsiva, mas acaba reduzindo a eficiência. O tipo de transporte utilizado por uma empresa também afeta os estoques e localização das instalações da cadeia de suprimento.
Transporte como estratégia competitiva
O papel do transporte na estratégia competitiva da empresa é representado geralmente quando a empresa está avaliando as necessidades-alvo de seus clientes. Se a estratégia competitiva tem como alvo o cliente que demanda um nível muito alto de responsabilidade e esse cliente está disposto a pagar por essa responsividade, a empresa pode então utilizar o transporte como um fator-chave para tornar a cadeia de suprimento mais comprometida. O oposto também ocorre. Se a estratégia competitiva da empresa tem como alvo clientes que apresentam o preço como principal critério de decisão de compra, a empresa pode então utilizar o transporte para baixar o custo do produto, sacrificando a responsividade. Como a empresa pode utilizar tanto o estoque como o transporte para aumentar o comprometimento e eficiência, a solução mais favorável para a empresa é, muitas vezes, encontrar o equilíbrio exato entre ambos.
A principal função da atividade de transporte na logística é agregar valor de lugar ao produto, dado que comumente os produtos não são consumidos no mesmo local em que são produzidos. O sistema de transportes pode produzir grande impacto nos custos logísticos e no desempenho de outras atividades logísticas, tais como nível de serviço ao cliente e gestão de estoques, conforme destacado no início do capítulo. Um sistema de transportes eficiente contribui para gerar maior competição, economia de escala e redução de preços.
Maior competição porque, com um sistema de transportes eficiente, produtos distantes passam a ser competitivos num mesmo mercado. Por exemplo, algumas frutas e legumes e outros alimentos podem ser produzidos durante diferentes estações do ano em diferentes regiões (por exemplo, o leite produzido no estado de Indiana nos EUA é competitivo nas prateleiras dos supermercados na costa leste americana, bananas produzidas na América do Sul podem ser compradas no hemisfério norte em janeiro durante o inverno). Outro exemplo é o crescimento das exportações brasileiras de commodities, tais como suco de laranja e madeira, especialmente quando ocorrem desastres naturais (tornados, furacões, inverno rigoroso) nos EUA (por exemplo, a madeira é exportada para a reconstrução das casas destruídas).
Alcançando consumidores mais distantes, o mercado de um produto cresce, e maiores mercados permitem economias de escala na produção. O nível de utilização dos equipamentos cresce e a mão de obra fica mais especializada (por exemplo, automóveis produzidos no Japão e distribuídos no mundo). Com o aumento da competição e a economia de escala, os preços dos produtos caem. Além disso, o transporte eficiente permite que os produtospossam circular com maior rapidez e com menor índice de perdas e danos. Por exemplo, no caso de produtos perecíveis como carnes, vegetais e frutas, estes produtos podem chegar com mais rapidez, mais baratos e mais frescos (devido ao menor tempo de estoque, frutas e legumes chegam mais saborosos ao consumidor final).
Além da função de movimentação de produtos, materiais e produtos semiacabados ao longo do canal logístico, o transporte também exerce a função de estoque temporário durante o trânsito. Em alguns casos, quando o espaço físico para o estoque em uma instalação não se encontra disponível, os veículos de transporte são utilizados para estocar o produto em movimento (por exemplo, prolongando-se seu itinerário). Esse “estoque sobre rodas” resulta em uma forma bem mais cara de se estocar, mas os custos podem ser menores em termos da redução das necessidades de estoque e maior segurança da carga. Além disso, os veículos de transporte podem servir de estoque por curtos períodos de tempo, quando se encontram parados em uma instalação a espera de descarregamento. É o caso, por exemplo, dos caminhões de cana, laranja e madeira que esperam por uma ordem de despacho nas filas dos sistemas de descarga das agroindústrias. Para as usinas de açúcar e fábricas de suco de laranja, que processam matéria-prima perecível, o estoque sobre rodas reduz o manuseio desses produtos e consequentemente as perdas. Além disso, devido à perecibilidade, esses produtos podem ficar estocados apenas por um curto período de tempo, e o estoque nos veículos torna-se uma alternativa viável de estocagem para suprir rapidamente e de forma constante as moendas e processadores. No caso das indústrias de madeira, o estoque nos veículos proporciona também melhor aproveitamento do espaço físico no pátio da indústria.
Os fatores condicionantes dos serviços de transporte, além de movimentar produtos, estão relacionados com manter a integridade da carga, impedindo que ela seja avariada, roubada ou extraviada, e garantir confiabilidade por meio do cumprimento dos prazos de entrega. São vários os atributos relacionados com a carga que devem ser considerados ao planejar o sistema de transporte. 
Os principais são:
i.Peso e volume: estas características podem requerer equipamentos especiais e carregamento adequado de forma a garantir economia de espaço no veículo.
ii.Dimensões das unidades da carga (caixas, paletes, sacas).
iii.Perecibilidade: algumas mercadorias se deterioram ou tornam-se obsoletas em um curto período de tempo (por exemplo, cana-de-açúcar colhida, hortaliças, alguns tipos de frutas, peixes, frutos do mar, jornal do dia).
iv.Fragilidade: alguns produtos exigem embalagens e cuidados especiais ao serem transportados e manuseados devido a sua fragilidade (por exemplo, flores, alguns tipos de frutas, louças, cristais e equipamentos eletrônicos).
v.Periculosidade: vários produtos são considerados perigosos e podem trazer danos à saúde ou ao meio ambiente se derramados ou espalhados no solo ou em cursos d’água (por exemplo, petróleo e derivados, diversos produtos químicos).
O transporte também é um elemento chave para o crescimento do e-commerce, pois os produtos (livros, CDs, alimentos, equipamentos eletrônicos etc.) são vendidos na internet e entregues em domicílio em geral em pequenos pedidos, e assim o transporte representa o custo mais alto do sistema logístico nesses mercados.
Escopo do sistema de transportes
O transporte de carga tem cinco modais: ferroviário, hidroviário, rodoviário, aeroviário e dutoviário.
De acordo com Rosa (2007), as principais variáveis a serem consideradas na escolha do modal
mais adequado para a empresa são: a disponibilidade, o fator tempo, o índice de sinistralidade
(roubos e avarias), o custo e a qualidade do serviço.
No Brasil, no entanto, o modal mais utilizado para o transporte de cargas é o rodoviário, conforme a tabela a seguir:
Modal Participação no volume de transportes
Rodoviário 61,8%
Ferroviário 19,5%
Aquaviário 13,8%
Outros 4,9%
Fonte: Adaptado de IMAM (2004) por Faria e Costa (2013)
Ferroviário
As transportadoras ferroviárias cobram preços que incentivam o transporte de cargas maiores por longas distâncias (economia de escala de acordo com a quantidade transportada e distância percorrida). No entanto, o transporte ferroviário é lento, e os produtos transportados em geral têm prazos de entrega mais folgados, baixa razão valor-densidade e baixa razão valor-volume. Exemplos de produtos transportados são: carvão, minérios, grãos (soja, milho, farelo de soja), cimento, adubos e fertilizantes. Cargas menores que devem percorrer pequenas distâncias, ou que exigem entrega em curto período de tempo, são raramente transportadas pelo modal ferroviário. Uma das principais preocupações das transportadoras ferroviárias é assegurar uma boa utilização das locomotivas, operadores e equipamentos.89,90 O tempo de viagem representa uma parte relativamente pequena do tempo total de entrega. O desempenho do modal ferroviário em termos do tempo de entrega é afetado pelo tempo nas operações de transição e composição do trem, pois um trem só parte com um número mínimo de vagões, o que implica grandes tempos de espera dos vagões. Essas operações de transição correspondem a mais de 80% do tempo em trânsito.91
Hidroviário
O modal hidroviário (fluvial e marítimo) corresponde ao principal modal para transportar carga em volumes substanciais, principalmente produtos com baixa razão valor-peso e não perecíveis, tal que os custos de estocagem não sejam excessivos (por exemplo, carvão, petróleo, cimento, areia, minério de ferro e grãos). No âmbito do comércio internacional, o modal hidroviário corresponde ao tipo mais utilizado para transporte da maior parte dos produtos, devido à economia de escala proporcionada por grandes volumes e longas distâncias. No âmbito de carga doméstica, sua utilização é limitada pela disponibilidade de hidrovias, como lagos, rios, canais e costa marítima. Em geral, é necessário um transporte suplementar por via férrea ou rodoviária, a menos que os pontos de origem e destino sejam adjacentes a uma via navegável. As vias marítimas e fluviais oferecem capacidade de transportar cargas pesadas com relativamente baixas taxas de frete, mas o transporte é lento com atrasos significativos nos portos e terminais. Além das restrições das vias navegáveis, os terminais de armazenagem de carga seca e carga a granel, bem como os dispositivos de carga-descarga, limitam a flexibilidade desse tipo de transporte. Em geral, cargas pequenas ou que percorrem menor distância não são transportadas por navio (exceções ocorrem em algumas partes da Europa e no Japão). Várias são as incertezas relacionadas com o embarque e desembarque no porto que afetam o tempo total de viagem, consequentemente a disponibilidade e a confiabilidade do modal hidroviário. Alguns dos principais fatores de atraso são: as condições adversas do tempo, cronograma de rotas não obedecido e o atraso de navios ou do transporte terrestre (por exemplo, falta de vagões e congestionamentos nas vias de acesso). Quando comparado com outros modais, o transporte hidroviário também se destaca pela baixa velocidade e o baixo consumo de combustível.
Rodoviário
O transporte rodoviário corresponde ao modal dominante para transporte de cargas no Brasil. Suas principais vantagens são: a conveniência no transporte porta a porta, pois nenhum outro transporte é necessário entre a origem e o destino como ocorre, por exemplo, nos modais ferroviário e hidroviário, e a frequência e disponibilidade dos serviços. O transporte rodoviário também oferece maior flexibilidade, pois proporciona a movimentação a curta distância de produtos de alto valor e pode operar em vários tipos de estradas. Diversos produtos podem ser transportados tanto via ferrovia quanto rodovia. No entanto, há várias distinções entre os modais ferroviário e rodoviário, tais como:92 (i) aspectos legais de contrato; (ii) caminhões podem manipular menor variedade de cargas devido às restriçõesde segurança rodoviária com limite de tamanho e seguro, (iii) caminhões oferecem entrega mais rápida e confiável de cargas parceladas, pois o transportador precisa preencher apenas um veículo antes de despachar a carga, em vez de lotar um trem; assim, a rodovia é mais competitiva no mercado de pequenas cargas.
Os serviços rodoviários podem ser do tipo: carga completa (truck-load – TL) e carga incompleta (less-than-truck-load – LTL, também chamada carga parcial ou fracionada). No caso do tipo TL, o preço do transporte é cobrado pelo caminhão todo e não com base na quantidade transportada, e as tarifas variam de acordo com a distância percorrida. A preocupação das transportadoras que realizam transporte TL é minimizar o tempo ocioso dos caminhões e o tempo de viagem com caminhões vazios (por exemplo, com melhores rotas e programas de entregas). Os serviços com LTL são cobrados de acordo com a quantidade transportada e a distância percorrida, sendo mais utilizados para o transporte de pequenos lotes. Além disso, as entregas do tipo LTL são mais demoradas, pois há mais paradas para entrega de diversas cargas pequenas transportadas em um mesmo caminhão. Uma estratégia para a redução dos custos do transporte tipo LTL é o grau de consolidação das cargas. Em geral, as transportadoras que utilizam LTL possuem um centro de distribuição em que os caminhões trazem diversas cargas pequenas com origem em uma dada área geográfica e partem com diversas cargas pequenas, o que permite melhor utilização dos caminhões apesar do aumento do tempo de entrega. Dessa forma, as transportadoras de LTL enfrentam questões relacionadas com a localização dos centros de distribuição, e programa de designação e consolidação de cargas nos caminhões.93,94
Aeroviário
O modal aeroviário oferece transporte muito rápido, mas tarifas bem elevadas, comparado com os outros modais. No entanto, sua velocidade média não pode ser diretamente comparada com a dos demais modais se não incluir os tempos de manuseio, coleta e entrega de carga. Sua utilização tem sido limitada aos produtos com alta razão valor-peso (ou razão valor-volume), ou quando a velocidade de entrega é muito importante na distribuição (por exemplo, equipamentos elétricos e eletrônicos, joias, frutos do mar, flores, correio), principalmente quando longas distâncias devem ser percorridas. No caso de itens com período de comercialização muito curto ou com prazo de entrega urgente, o transporte aéreo passa a ser o único meio viável (por exemplo, medicamentos, flores, peixe fresco, alguns itens de Natal, entregas expressas de correio).
O transporte aéreo é o modal de transporte menos utilizado para transporte de cargas. Apesar de a quilometragem ser praticamente ilimitada, o transporte aéreo é responsável por menos de 1% do total de t-km intermunicipais nos EUA.95 Em geral, as transportadoras aéreas movimentam cargas inferiores a 230 quilos. As restrições de espaço físico destinado às cargas, capacidade de decolagem e a disponibilidade das aeronaves limitam a utilização do transporte aeroviário. Por outro lado, normalmente os aeroportos não estão integrados com outros modais de transporte, com exceção das rodovias. Assim, a tendência é a construção de aeroportos exclusivamente de cargas com maior integração com os demais modais.
Em condições normais de operação, o transporte aéreo também oferece boa confiabilidade e disponibilidade de serviço. A variabilidade do tempo de entrega é pequena em termos absolutos. No entanto, o transporte aéreo é bastante sensível às condições meteorológicas, problemas mecânicos das aeronaves e equipamentos e congestionamento do tráfego aéreo. A variabilidade, quando comparada com os tempos médios de entrega, coloca o modal aéreo como um dos modais menos confiáveis.8,9 Em geral, a porcentagem de perdas e danos é menor no transporte aéreo, quando comparado com os outros modais terrestres, dado que o manuseio terrestre não oferece exposição maior aos danos do que a fase em trânsito, e que os aeroportos são mais seguros com relação ao roubo de cargas.
Dutoviário
O modal dutoviário (tubulação) é muito eficiente para mover produtos em estado líquido ou gasoso através de grandes distâncias. Seus custos estão entre os mais baixos de todos os modais de transporte. Porém, é pouco flexível, pois poucos produtos podem ser escoados (por exemplo, petróleo, gás e alguns produtos no estado líquido, gasoso e semifluidos). Apesar de ser um transporte lento, os dutos podem operar continuamente durante 24 horas, 7 dias por semana, com paradas apenas para manutenção e troca do material transportado. Com relação ao tempo de trânsito, o transporte dutoviário é o mais confiável, pois há poucas chances de haver interrupções no transporte e o índice de perdas e danos é muito baixo. Por exemplo, as condições meteorológicas que exercem certa influência no tempo de entrega nos demais modais, são pouco significativas para o transporte dutoviário.
	MODAL DE 
TRANSPORTE
	EXEMPLOS DE 
PRINCIPAIS PRODUTOS TRANSPORTADOS
	Ferroviário
	Commodities agrícolas (por exemplo, grãos, café), matéria-prima de baixo valor-peso (carvão, madeira, minério, cimento e cal) e outros.
	Hidroviário
	Commodities agrícolas (por exemplo, grãos, açúcar), carros, produtos químicos e outros.
	Rodoviário
	Maior parte dos produtos agrícolas no Brasil (grãos, cana-de-açúcar, madeira etc.), produtos refrigerados e produtos a granel (leite, suco de laranja, petróleo), e outros produtos (alimentos, bebidas, roupas, produtos de limpeza etc.) de fábricas, atacadistas, depósitos para os varejistas.
	Aeroviário
	Produtos de alto valor-peso (produtos eletrônicos, joias) e produtos perecíveis e urgentes (documentos, flores, frutos do mar).
	Dutoviário
	Petróleo, gás natural, água e esgoto, materiais secos pulverizados a granel (cimento e farinha em suspensão aquosa).
O usuário do sistema de transportes deve escolher o modal, ou uma combinação de modais, que forneça o melhor balanço entre o custo e a qualidade de serviço. Essa escolha pode ser vista em termos de características que são básicas em todos os modais: custo, tempo médio de entrega e variabilidade, perdas e danos, entre outros critérios.
Análise da escolha do modal ideal
Quando falamos de custo/preço, as diferenças entre os modais tendem a ser substanciais. Tomando como base um transporte de carga fechada a longa distância, verifica-se que, em média, os custos/preços mais elevados são do modal aéreo, seguido pelo rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário, pela ordem.
Para escolhermos um modelo de modal que atenda as necessidades de nosso processo, antes precisamos analisar cinco características que são de grande importância:
•velocidade;
•consistência;
•capacitação;
•disponibilidade;
•frequência.
Velocidade: o modal aéreo é o mais veloz sem sombra de dúvidas, seguido pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário e dutoviário. No entanto, considerando que a velocidade deve levar em consideração o tempo gasto no porta a porta (door to door), esta vantagem do aéreo só ocorre para distâncias médias e grandes, devido aos tempos de coleta e entrega que precisam ser computados, ou seja, quanto maior a distância a ser percorrida, maior a vantagem do aéreo em termos de velocidade. Por outro lado, é bom lembrar que, na prática, o tempo do rodoviário e do ferroviário depende fundamentalmente do estado de conservação das vias e do nível de congestionamento das mesmas. No Brasil, o estado de conservação das vias rodoviárias e ferroviárias está insatisfatório, e varia muito de região para região e de trecho para trecho, o que pode modificar em muito o desempenho dos modais.
Consistência: representando a capacidade de cumprir os tempos previstos, tem o duto como a melhor opção. Por não ser afetado pelas condições climáticas ou de congestionamentos, o duto apresenta uma alta consistência, seguida na ordem pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo. O baixo desempenho do aéreo resulta de sua grande sensibilidade a questões climáticas e sua elevadapreocupação com questões de segurança, o que torna bastante comuns atrasos nas saídas e nas chegadas. Vale lembrar novamente que, assim como no caso da velocidade, o desempenho do rodoviário e do ferroviário depende fortemente do estado de conservação das vias e do nível de congestionamento do trânsito.
Capacitação: está relacionada à possibilidade de um determinado modal trabalhar com diferentes volumes e variedades. Nesta dimensão, o destaque de desempenho é o modal aquaviário, que praticamente não tem limites sobre o tipo de produto que pode transportar, assim como o volume, que pode atingir centenas de milhares de toneladas. O duto e o aéreo apresentam sérias restrições em relação a esta dimensão. O duto é muito limitado em termos de produtos, pois só trabalha com líquidos e gases, e o aéreo possui limitações em termos de volume e tipos de produtos.
Disponibilidade: refere-se ao número de localidades onde o modal se encontra presente. Aqui, aparece a grande vantagem do rodoviário, que quase não tem limites de onde pode chegar. Teoricamente, o segundo em disponibilidade é o ferroviário, mas isso depende da extensão da malha ferroviária em um determinado país. O modal aquaviário, embora ofereça potencial de alta disponibilidade devido a nossa costa de oito mil quilômetros, e nossos 50 mil quilômetros de rios navegáveis, porém mal explorados, apresenta de fato uma baixa disponibilidade, função da escassez de infraestrutura portuária, de terminais e de sinalização.
Frequência: pelo número de vezes em que o modal pode ser utilizado em um dado horizonte de tempo, o duto é o que apresenta o melhor desempenho. Por trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, o duto pode ser acionado a qualquer momento, desde que esteja disponível no local desejado. Seguem pela ordem de desempenho o rodoviário, ferroviário, aéreo e hidroviário. A baixa frequência do hidroviário resulta dos grandes volumes envolvidos na operação, o que obriga a trabalhar com a carga consolidada, diminuindo dessa maneira a frequência na direção sul-nordeste, de pouco mais de uma partida por semana.
Outras variáveis importantes
Custo
Em geral, para a empresa que contrata o serviço de transporte, o custo corresponde à tarifa cobrada para o transporte de bens entre dois pontos, mais taxas adicionais (seguro, coleta no local de origem, entrega no local de destino, condições de uso dos equipamentos). No caso do transportador, o custo inclui itens como combustíveis, mão de obra, manutenção, depreciação de equipamentos e administração.
Tempo médio de entrega e variabilidade
O tempo médio de entrega corresponde ao tempo que a carga leva para sair do ponto de origem e chegar no ponto de destino (que inclui o tempo de viagem, o tempo de carregamento e descarregamento e manuseio da carga).
Perdas e danos
Este atributo envolve a capacidade do sistema de transporte em transportar a carga protegendo-a contra perda, dano e roubo. Grande parte dos produtos agroindustriais transportados no Brasil requer cuidados especiais devido à perecibilidade, por exemplo: produtos agrícolas, produtos refrigerados ou congelados. A utilização de equipamentos adequados para as operações de carga e descarga evita os problemas de perdas e quebras da carga transportada.
	MODAL
	CUSTOS FIXOS
	CUSTOS VARIÁVEIS
	Ferroviário
	Altos custos fixos que incluem: operações nos terminais de carga e descarga, depreciação da ferrovia e instalações do terminal, despesas com administração.
	Relativamente baixos custos variáveis (em geral de 35 a 50% dos custos totais) que incluem: salários, combustível ou energia elétrica, manutenção.
	Hidroviário
	Altos custos fixos devido a: investimentos nos equipamentos de transporte (navios), tarifas portuárias e custos de carga e descarga nos terminais.
	Baixos custos variáveis devido à operação do equipamento de transporte.
	Rodoviário
	Baixos custos fixos (15 a 25% dos custos totais), pois as rodovias não pertencem aos transportadores, que incluem: investimento em caminhões (que representa um investimento pequeno se comparado ao trem ou navio), operações nos terminais, como carga e descarga, coleta, manuseio e entrega.
	Relativamente altos custos variáveis que incluem: combustíveis e outros custos associados à viagem do caminhão, pedágios, taxas do veículo e taxas sobre t-km.
	Aeroviário
	Altos custos fixos anuais devido a: os terminais (aeroportos) e a aerovia (espaço) em geral não pertencem ao transportador (Cia. aérea), mas a Cia. aérea possui seu próprio equipamento de transporte (aviões) que é depreciado sobre sua vida útil.
	Altos custos variáveis que no curto prazo são influenciados mais pela distância do que pelo volume da carga, devido à ineficiência da aterrissagem e decolagem dos aviões.
	Dutoviário
	Altos custos fixos devido a: investimentos em vias (tubulação), equipamentos (tubos, bombas, tanques), terminais (instalações de bombeamento).
	Baixos custos variáveis que incluem: energia para mover o produto (que depende da vazão e do diâmetro dos tubos), custos associados à operação das estações de bombeamento.
Funções dos sistemas em estocagem e transportes: (i) manutenção de estoques, (ii) consolidação de carga, (iii) quebra de volume de carga, (iv) combinação de consolidação e quebra de volume de carga, (v) operações de manuseio de materiais.
i. Manutenção de estoques: durante o período de estocagem os produtos devem estar protegidos e organizados no armazém. O tempo em que os produtos são mantidos em estoque e as exigências específicas de conservação ditam a configuração das instalações de armazenagem. Essas instalações vão desde armazenagem especializada de longo prazo (por exemplo, adega de vinhos), armazenagem de produtos diversos (por exemplo, bens produzidos ou consumidos sazonalmente), até armazenagem de curto prazo e crossdocking (por exemplo, produtos esperando pelo embarque em terminal rodoviário).
ii.Consolidação de carga: ocorre quando bens vindo de diversas fontes chegam a um ponto da rede logística (por exemplo, armazém, terminal de carga) para consolidar pequenas cargas em cargas maiores, visando à redução dos custos de transporte, como discutido na seção anterior. Ao consolidar cargas de diversos fornecedores por médias e longas distâncias os custos são reduzidos. Nesse processo, no armazém ou terminal, as mercadorias de diversos fornecedores são combinadas com outras mercadorias, de acordo com as necessidades e pedidos de cada cliente.
iii.Quebra de volume de carga: as operações de quebra de volume correspondem ao oposto da consolidação de carga. Nesse sistema, as mercadorias de um dado fornecedor são transportadas e descarregadas no armazém, onde são separadas e enviadas a diversos clientes. As viagens de longa distância da fábrica para o armazém são feitas sempre com cargas maiores, o que resulta em redução dos custos de transporte e facilidade de rastreamento. Os armazéns de distribuição para quebra de volume tendem a ficar mais próximos dos clientes, enquanto os armazéns para consolidação tendem a ficar mais próximos dos fornecedores.
iv.Combinação de consolidação e quebra de volume de carga: corresponde a uma combinação dos sistemas de consolidação e quebra de volume de carga. Nesse caso, diversas fábricas separadas geograficamente enviam cargas completas de seus produtos ao armazém, com taxa de frete reduzida. No armazém de transbordo as mercadorias são combinadas com outras mercadorias, e os veículos partem com carga cheia para os clientes. Por exemplo, uma rede varejista que compra de diversos fornecedores para preencher parte de sua linha de produtos em cada loja pode estabelecer um armazém como um ponto de combinação (recebe e combina produtos dos diferentes fornecedores para entrega nas diversas lojas da rede), obtendo redução dos custos de transporte.
v.Operações de manuseio de materiais: as operações de manuseio de materiais incluem: (i) carga e descarga, (ii) movimentação e (iii) preenchimento de pedidos (order filling). A carga e a descarga são a primeira e a última atividade na cadeiade manuseio de materiais. Em geral, ao carregar os veículos, são necessários cuidados especiais para evitar danos à mercadoria. Para aproveitar o espaço dos veículos e facilitar o manuseio e a identificação, os produtos devem ser acondicionados em caixas, sacas, paletes, contêineres ou em outra forma de embalagem e, em geral, estes recebem etiquetas de identificação do destinatário. Entre os pontos de embarque, o local de armazenagem e os pontos de desembarque, os produtos podem ser movimentados diversas vezes pelos vários tipos de equipamentos disponíveis. A atividade de preenchimento de pedidos realiza a busca de bens nas áreas de armazenagem, conforme pedidos de venda.
Manuseio de materiais
Os principais objetivos no manuseio de materiais são reduzir tempos e custos de manuseio e melhorar a utilização do espaço. Algumas das principais alternativas para alcançar esses objetivos são: unitização de carga (paletes, contêineres), layout de espaço e escolha de equipamentos de estocagem e de movimentação. A eficiência dessas alternativas depende da natureza do produto (por exemplo, estado físico, grau de perecibilidade, grau de periculosidade, densidade, dimensão e outros) e das tecnologias de informação interna e externa ao armazém.
Unitização de carga
Ao unitizar carga é possível consolidar um maior número de itens numa única carga, o que reduz o número de itens a ser controlado e movimentado e o número de itens danificados ou roubados. A unitização da carga pode ser obtida com a utilização de embalagens para agrupamento e dispositivos de unitização de carga, como paletes e contêineres.
Paletização de carga
O palete é uma plataforma portátil, feita geralmente de madeira, metal ou papelão, no qual os bens são arranjados em camadas e empilhados para o transporte e a estocagem. A paletização permite o uso de equipamentos mecânicos para manusear a carga fracionada (por exemplo, empilhadeira), torna mais fácil o carregamento dos veículos e a transferência intermodal e aumenta o rendimento da mão de obra. O uso de paletes aumenta a utilização de espaço por meio de pilhas de produtos mais altas e estáveis, e reduz os tempos de carga e descarga dos equipamentos de transporte. Outra vantagem obtida com a paletização é a maior proteção da carga, resultando em redução de perdas e danos.
Conteinerização de carga
Os contêineres são caixas grandes (unidades rígidas) onde os itens são armazenados e transportados. Podem ser impermeáveis e lacrados por segurança, e assim o armazenamento pode ocorrer num pátio aberto. Além disso, os contêineres podem ser utilizados no transporte intermodal (por exemplo, entre os modais rodoviário, aéreo, ferroviário e hidroviário). Algumas das vantagens potenciais do uso do contêiner são:111 (i) aumento da eficiência da movimentação de cargas; (ii) redução do número de produtos extraviados, danificados ou roubados durante o manuseio e transporte; (iii) redução dos requisitos de proteção proporcionados pelas embalagens; (iv) unidade de transporte reutilizável que reduz desperdícios e a necessidade de descarte.
Layout de espaço
O modo como os produtos estão dispostos no armazém afeta diretamente os custos da movimentação e manuseio de materiais. Ao projetar o layout de espaço do armazém, deve-se procurar um balanceamento entre o custo de manuseio de materiais e a utilização do espaço disponível. Tipos de layout para disposição de produtos são:
i.Layout para estocagem que é usado em armazéns em que o giro (turnover – vendas anuais sobre estoque médio) é baixo, e é preciso dispor o espaço disponível para estocagem, pois os produtos não são manuseados com muita frequência.
ii.Layout para separação de pedidos que são usados quando a frequência de saída de materiais é alta, e pode ser projetado de forma a facilitar a acessibilidade dos equipamentos de movimentação e separação de pedidos.112 Por exemplo, um supermercado pode ser visto como um armazém com layout para separação de pedidos, pois possui espaço para movimentação dos equipamentos de separação (por exemplo, carrinho de compras), e os produtos são dispostos de tal forma a facilitar a separação, reposição e retirada.
Escolha de equipamentos de estocagem e de movimentação
Alguns aspectos importantes para a escolha dos equipamentos de manuseio e estocagem de materiais são as escolhas de equipamentos de manuseio e armazenagem padronizados e os investimentos em equipamentos que proporcionem o fluxo contínuo no sistema armazém. Os equipamentos devem ser usados o mais intensamente possível, devem ter a menor relação possível entre peso e carga útil e, sempre que possível, a força da gravidade deve ser aproveitada em projetos de sistema de manuseio. Os equipamentos de manuseio podem ser classificados em: manuais, mecanizados, semiautomatizados e automatizados. O equipamento mecanizado mais utilizado é a empilhadeira, que pode movimentar as unidades de carga (por exemplo, caixas, paletes) horizontalmente e verticalmente. Um sistema de manuseio baseado em racks e empilhadeiras oferece grande flexibilidade e requer investimentos modestos. Os sistemas semiautomatizados e totalmente automatizados de manuseio oferecem baixos custos operacionais e rápidos preenchimentos de ordens de pedido, pois quase não requerem o uso de mão de obra. No entanto, os custos de investimento em equipamentos são relativamente altos e a viabilidade econômica depende da escala de estocagem e movimentação. A maioria desses sistemas é controlada, por exemplo, por computador, guias e leituras ópticas ou magnéticas. A tendência é de crescimento do uso de sistemas altamente automatizados, controlados por computadores e compostos por esteiras transportadoras integradas movidas por eletricidade ou gravidade.
Embalagens de produtos
A embalagem do produto afeta o desempenho das atividades logísticas. A eficiência dos serviços de transporte e armazenagem depende diretamente das características da embalagem, tais como: dimensões, volume, densidade, informações afixadas para identificação. O controle de estoque e as operações de manuseio dos produtos são afetados pela precisão e eficiência de identificação e facilidade de manuseio de embalagens (obtida, por exemplo, com a unitização).
Do ponto de vista da logística, as principais funções das embalagens são:
•facilitar o manuseio e armazenagem/acondicionamento;	
•melhorar a utilização do equipamento de transportes;	
•proteger o produto; 	
Em muitos casos, a embalagem passa a ser um foco do planejamento logístico, em função de sua forma, volume e peso. Por exemplo, a forma, tamanho e densidade da embalagem afetam o aproveitamento de espaço físico nos armazéns, equipamentos e veículos de transporte. Exemplos de esforços para redução do volume (em especial nos produtos com baixa razão valor-volume) ou densidade das embalagens são: alimentos concentrados, móveis desmontados e fraldas e travesseiros empacotados de forma compacta, para reduzir o espaço utilizado nos veículos de transporte, e bebidas transportadas e comercializadas em garrafas de plástico em vez de vidro, para redução do peso e aumento da quantidade transportada por veículo.
DISTRIBUIÇÃO
A parte da logística de enorme importância para o resultado final de uma organização é o seu sistema de distribuição. A entrega dos produtos ao seu destino final, quer seja ele o consumidor final, o varejista, o atacadista ou outro fabricante, requer especial atenção e plena satisfação de suas necessidades. Atualmente, a gestão logística permite a integração de todos os setores que interagem diretamente para atender o cliente: administração de materiais, suprimentos, vendas, controle da produção, recebimento e entrega, sendo os dois últimos intimamente ligados ao processo de redução de custos de transportes.
Uma das principais atribuições ao setor de transporte é a de suprir o processo produtivo da empresa e os clientes no momento e lugar certos, na quantidade exata, no tempo certo e no menor custo a partir de um planejamento estratégico da missão da empresa, minimizando as necessidadesde recursos financeiros e incrementando o lucro.
Evidentemente, a estrutura e a forma de operação do setor de transportes deverão ser em função do negócio e dimensão da empresa, sempre objetivando os menores custos operacionais e maior presteza na obtenção e distribuição de materiais e produtos. Em face dessas prioridades, frequentemente nos depararmos com questões críticas que, adequadamente equacionadas, trazem plena satisfação a todos – empreendedor e cliente. Essas questões importantes são:
Como transportar?	
Quanto transportar?	
Quando transportar?	
Quem irá transportar?
Um dos métodos mais comuns de medir como nosso sistema de transporte está atuando é por meio do grau de atendimento, um percentual obtido da quantidade de produtos não entregues dividido pela quantidade de produtos vendidos em um determinado período de tempo.
Podemos expressar o grau de atendimento (GA) da seguinte forma: 	
GA = Quantidade de Produtos Entregues ÷ Quantidades Vendidas	
Entrega
Esta prioridade está associada a pelo menos dois fatores, a confiabilidade e a velocidade de entrega (alguns autores incluem também a facilidade de pedido).66 A confiabilidade, do ponto de vista da Estratégia de Produção, é a habilidade de cumprir as datas de entrega prometidas, entregando o produto ou o serviço certo no momento certo. Essa dimensão está associada ao nível de serviço ao cliente, e é medida por indicadores como o OTIF (on time in full). A velocidade de entrega depende de um atravessamento rápido dos produtos no sistema de produção, de investimentos em transportes e logística, de uma localização adequada de plantas e centros de distribuição, entre outros. Assim, uma empresa pode ter como estratégia competitiva a diferenciação de seu produto ou serviço com base em uma entrega rápida e confiável, e a função produção deve ser capaz de apoiar tal estratégia
OTIF – on time in full (% de pedidos completos e no prazo ou %)	
Descrição: Corresponde às entregas realizadas dentro do prazo e atendendo as quantidades e especificações do pedido. Cálculo: índice resultante do percentual de entregas no prazo × percentual de entregas completas