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RESUMO DO LIVRO TEXTO III MATERNO INFANTIL

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RESUMO DO LIVRO TEXTO III – NUTRIÇÃO MATERNO 
INFANTIL 
 
7. CRIANÇA E ADOLESCENTE 
7.1 Transição nutricional em menores de 5 anos 
A expressão transição nutricional é entendida como o processo que ocorre na 
população e envolve as mudanças nos padrões nutricionais (alimentação) e 
composição corporal que culminam alterando o perfil de saúde e nutrição. 
 
7.2 Alimentação do pré-escolar e do escolar 
 
Pré-escolar: 2 a 6 anos 
Escolar: 6 a 10 anos 
 
7.2.1 Aspectos fisiológicos 
7.2.2 Crescimento 
 
No crescimento estão envolvidos fenômenos de hiperplasia (aumento de células) 
e hipertrofia (aumento no conteúdo celular) que ocorrem no corpo como um 
todo (crescimento de pele, vísceras, esqueleto e músculos) e também no 
equilíbrio entre o turnover dos tecidos (síntese e degradação). 
 
O crescimento depende das forças biológicas inscritas no genótipo, da 
integridade biológica e normalidade de órgãos e sistemas, da nutrição, da 
integridade psicológica (que pode afetar o apetite e os mecanismos 
neuroendócrinos necessários aos catabolizantes e à secreção de hormônios 
tróficos). 
 
Até o segundo ano de vida, o crescimento está muito dependente dos 
acontecimentos da gestação, do nascimento e do ambiente a que a criança foi 
exposta após o nascimento, sendo que as condições de nutrição (tipo de 
alimentação) influenciam muito nessa fase. 
 
Nessa faixa etária, os fatores genéticos não são considerados como 
determinantes do crescimento. Eles passam a exercer influência a partir do 
segundo ano de vida. 
 
A partir do terceiro ou do quarto ano de vida, as crianças manifestam uma 
velocidade constante de crescimento, representando cerca de 2 kg a 3 kg de 
peso ao ano e de 5 cm a 7 cm no ganho estatural. 
 
Durante a fase escolar (dos 6 aos 10 anos), observa-se que o crescimento 
começa a aumentar lentamente, junto com a ingestão alimentar. Essa fase 
precede o estirão pubertário e é comum observar uma maior velocidade no 
ganho de peso (repleção energética) como forma de acumular energia para 
o crescimento pubertário (estirão). 
 
7.2.3 Desenvolvimento 
 
A Organização Mundial da Saúde considera que a criança, para ter um perfeito 
desenvolvimento, deve ter um aparato neurobiológico intacto e também um 
ambiente rico em estímulos sociais e efetivos. 
 
Assim, conseguirá desenvolver-se em todas as áreas do funcionamento 
humano: social e emocional, cognitivo, na comunicação e no movimento. 
 
Simplificando o conceito, pode-se dizer que é identificado como a capacidade 
de realizar funções e que está acelerado nos primeiros meses de vida (sentar, 
falar, comer). 
 
Isso ocorre devido à maturação progressiva do sistema nervoso central que 
deriva da presença de condições adequadas do meio interno (equilíbrio ácido-
básico, nutricional e metabólico) e de efetores (cordas vocais, estrutura óssea, 
musculatura), com a ajuda dos estímulos ambientais que exijam resposta e 
capacitem a criança a adquirir e aprimorar habilidades funcionais. 
 
7.2.4 Avaliação do crescimento 
 
O Ministério da Saúde desde 2006 recomenda o uso das curvas de crescimento 
publicadas pela OMS, que têm nos seus dados crianças que receberam 
aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida, bem como a parte da 
casuística foi realizada com brasileiros. 
 
Uma vez aferidas as medidas antropométricas e pela notação dos valores nas 
curvas propostas, obtém-se um diagnóstico nutricional segundo os índices peso 
para idade (P/A), peso para altura (P/A), altura para idade (A/I) e IMC para idade 
(IMC/I) para faixas etárias estratificadas em intervalos de 0 a 5 anos e de 5 a 10 
anos e para adolescentes, assim como com as equivalências dos valores de 
escore-z e de percentil. 
 
7.2.5 Recomendações nutricionais 
 
7.2.6 Características de uma dieta adequada 
 
A ingestão de hortaliças e frutas é indispensável para atender os requerimentos 
de vitaminas e minerais, podendo as primeiras serem oferecidas na forma crua, 
cozidas, como saladas, refogadas, como purês, sopas, bolos; e as segundas como 
sobremesas, nos lanches, colações, como merenda escolar, devendo-se preferir 
as da época devido ao seu melhor valor nutricional. 
 
 
 
 
7.2.7 Nutrição em condições clínicas especiais 
 
7.2.8 Intolerância à lactose 
 
O dissacarídeo lactose é o carboidrato encontrado no leite e em produtos lácteos, 
constituído por glicose e galactose que necessita da enzima lactase (também 
chamada de beta-galactosidase), presente nas microvilosidades intestinais 
(jejuno, principalmente) para sua hidrólise. Quando ocorre o processo, esses 
monossacarídeos são absorvidos pelos enterócitos e seguem o processo na 
produção de energia. 
 
Devido à alteração genética (rara) ou a doenças que destroem a mucosa 
intestinal, a lactase pode estar ausente ou reduzida, o que faz com que a lactose 
vá para o cólon, exerça força osmótica e aumente o fluxo de fluidos para o interior 
do intestino, dando como consequência o aumento no peristaltismo 
que culmina em diarreia e dor abdominal. Parte da lactose é ainda utilizada pelas 
bactérias colônicas, levando à produção de ácidos graxos de cadeia curta (short-
chain fatty acids – SCFA), gases como H2, CO2 e metano (CH4), que originam 
sintomas de flatulência e borborigmo. 
 
Comumente, o diagnóstico do quadro é clínico e laboratorial (pH fecal, curva 
glicêmica, biópsia de mucosa intestinal para dosagem de lactase e quantidade de 
H2 no ar expirado). 
 
Para melhorar a microbiota intestinal, é indicado ainda o uso de alimentos 
funcionais com os prebióticos, que podem aumentar a atividade da lactase e, 
portanto, reduzir os sintomas da intolerância. 
 
Os prebióticos são carboidratos utilizados como nutriente para bifidobactérias e 
Lactobacillus. O crescimento desses microrganismos é benéfico para a microbiota 
intestinal, pois inibe o crescimento de outros microrganismos indesejáveis e 
patogênicos. 
 
7.2.9 Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) 
 
Na alergia à proteína do leite de vaca (APLV), ocorre uma reação adversa que 
envolve o sistema imunológico. É a alergia alimentar mais frequente na criança, 
ocorrendo geralmente no início da vida e desaparecendo espontaneamente por 
volta dos 3 ou 4 anos. 
 
Na maioria dos indivíduos, após a digestão proteica, os aminoácidos são 
absorvidos no trato gastrointestinal, que possui uma barreira de permeabilidade 
constituída por fatores imunológicos, do lúmen e da mucosa intestinal. 
 
Do nascimento ao terceiro mês de vida, essa barreira não está bem desenvolvida 
e permite a passagem de macromoléculas que, se forem heterólogas (tiverem 
alto poder alergênico), podem desencadear reações imunológicas em indivíduos 
que têm a suscetibilidade genética. 
 
O leite de vaca possui quatro proteínas que são potencialmente alergênicas: 
beta-lactoglobulina, caseína, lactoalbumina e albumina sérica bovina. No início 
da vida, pode ser comum o aparecimento da APLV pelo fato de o leite de vaca ser 
o substituto do aleitamento materno (ASBAI; SBAN, 2012). 
 
O aparecimento de APLV em crianças em aleitamento materno é raro e, no caso 
de aparecimento, deriva de proteínas heterólogas consumidas pela mãe. 
 
A APLV pode ser primária, quando está relacionada aos componentes genéticos, 
ou secundária, quando seu aparecimento deriva de problemas que alteram os 
mecanismos de defesa do trato digestório. Nos pacientes com alergia alimentar, 
o sistema imunológico dos indivíduos reconhece antígenos alimentares como 
estranhos e desenvolvem respostas imunológicas patológicas. 
 
Se a criança estiver em aleitamento materno, deve ser mantida a amamentação 
e, a partir do sexto mês, a alimentação complementar deve ser realizada 
utilizando o mesmo esquema de uma criança não alérgica. 
 
Durante o período do aleitamento, o nutricionista faz a exclusão do leite e 
derivados da dieta materna e avalia a ingestão alimentar para verificar se há 
necessidade de suplementação de cálcio e/ou outros nutrientes (vitamina D). 
 
Para crianças que não estão em aleitamento materno, recomenda-sea exclusão 
de leite e derivados e a prescrição de fórmulas infantis hidrolisadas – sem a 
proteína intacta do leite de vaca ou, então, parcialmente hidrolisada. 
 
7.2.10 Diarreia aguda e persistente 
 
Considera-se como quadro de diarreia quando a evacuação amolecida ou 
líquida ocorre três ou mais vezes durante 24 horas. 
 
Quando sua duração é inferior a 14 dias é classificada como aguda; mas caso se 
estenda por 14 dias ou mais, é considerada persistente, e a preocupação pelo 
tempo e pelas características é que pode provocar desidratação, má absorção 
intestinal – que leva à desnutrição, à parada no crescimento, à anemia, a outras 
doenças e, em muitas vezes, à morte. 
 
Sua etiologia geralmente é infecciosa, causada por vírus (principalmente o 
rotavírus), bactérias (E. coli, Salmonella, Shigella, entre outras) ou protozoário 
(Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, entre outros), mas eventualmente pode 
ocorrer devido à alergia ao leite de vaca, à deficiência de lactase, ao uso de 
antibióticos, entre outros. A anamnese clínica da criança para um diagnóstico 
mais preciso inclui a história do quadro e o exame físico. 
 
Avaliando a perda de peso e associando-a com desidratação, considera-se que: 
- perda de até 5% represente a desidratação leve; 
- entre 5% e 10%, a desidratação é moderada; 
- perda de mais de 10% traduz desidratação grave. 
 
E é em cima da porcentagem de peso que é feita a reposição hídrica (cada 1% 
perdido significa acréscimo hídrico de 10mL/kg) com água e outros tipos de 
líquidos que não refrigerantes ou sucos de frutas, que têm elevada osmolaridade. 
 
 
 
7.2.11 Obstipação intestinal 
 
A obstipação intestinal é um sintoma em que há dificuldade de eliminação das 
fezes estendida por duas ou mais semanas. Geralmente elas estão ressecadas, 
endurecidas, têm pequeno volume e provocam desconforto, sofrimento e dor. 
Pode ocorrer de forma aguda, em decorrência de intervenção cirúrgica ou de 
doença. 
 
Parte da obstipação é crônica funcional e resulta de uma dieta com teor reduzido 
de fibras associada a um fator constitucional familiar de constipação. Nesses 
casos, uma dieta rica em fibras resolve o problema. 
 
Muitas vezes a obstipação intestinal é de origem psicogênica, ou seja, a retenção 
das fezes é voluntária e está relacionada a episódio de evacuação prévia dolorosa. 
 
Nesses casos, a impactação fecal causa mais desconforto e dor e mais 
comportamento de retenção, o que pode se tornar um círculo vicioso e levar à 
formação de fecaloma, soiling (escape fecal), megacólon funcional, estase e 
infecção urinária. É um problema comum na infância, com início entre 18 e 24 
meses e com pico máximo entre 2 e 4 anos. 
 
 
 
Deve-se ainda orientar quanto ao estabelecimento de hábito intestinal normal 
para as crianças que têm entendimento, através do treinamento evacuatório e 
biofeedback (estimular o uso do vaso sanitário por dez minutos após as 
principais refeições com postura fisiológica e responder prontamente ao reflexo 
que precede a evacuação). 
 
7.2.12 Erros inatos do metabolismo (EIM) 
 
São doenças em que determinada via metabólica está bloqueada devido a 
algum defeito genético e há necessidade de manejo do metabolismo para 
minimizar e até mesmo evitar as manifestações clínicas. 
 
Estima-se que existem mais de 500 tipos de EIM decorrentes do bloqueio de 
rotas do metabolismo intermediário causado geralmente por deficiências 
enzimáticas específicas ou decorrentes de falhas no transporte de proteínas, 
que podem levar ao acúmulo de metabólitos, e, consequentemente, às 
manifestações clínicas. 
 
Dos EIM mais conhecidos e com terapia nutricional estabelecida com objetivo 
para minimizar o acúmulo de substrato tóxico resultante dessa falha no 
metabolismo intermediário, têm-se: 
 
-os erros no metabolismo dos aminoácidos: fenilcetonúria, doença da urina do 
xarope de bordo (MSUD); 
- e dos açúcares: galactosemia; 
 
Um dos objetivos terapêuticos nesses casos é restabelecer o equilíbrio 
metabólico pelo manejo da dieta e por outras estratégias (estímulo da atividade 
enzimática ou reposição, por exemplo) realizadas isoladas ou combinadas. 
 
Na fenilcetonúria, há um defeito na enzima fenilalanina hidroxilase que, ao não 
metabolizar o aminoácido, faz com que ele se acumule. A restrição de fenilalanina 
da dieta é eficaz no tratamento. 
 
A doença da urina do xarope de bordo, o defeito na enzima para escarboxilação 
dos aminoácidos de cadeia ramificada e a terapia deve combinar dieta com 
restrição de leucina, isoleucina e valina. 
 
Na galactosemia o defeito é na enzima galactose-1-P uridil transferase (GALT), o 
que compromete a conversão de galactose em glicose. A terapia consiste na 
restrição de lactose e galactose. 
 
A OMS tem uma ressalva para lactentes que estão em aleitamento materno e 
apresentam esses EIM. 
 
No Manual de normas e rotinas da iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), 
no anexo intitulado “Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite 
materno”, há a recomendação sobre quais lactentes não devem receber leite 
materno nem qualquer outro leite, exceto fórmulas especiais. 
 
Recomenda-se que para as galactosemias clássicas, é necessário utilizar fórmula 
especial isenta de galactose. 
 
Na doença da urina do xarope de bordo (leucinose), há necessidade de fórmula 
especial; e, na fenilcetonúria, a recomendação é fórmula especial isenta de 
fenilalanina. 
 
Para a fenilcetonúria, há a ressalva de que alguma amamentação é possível, sob 
monitoramento cuidadoso, pois o leite materno possui, pela sua especificidade, 
baixos teores de alguns aminoácidos envolvidos. 
 
8. ALIMENTAÇÃO DO ADOLESCENTE 
 
10 a 19 anos 
 
As mudanças biológicas são determinadas pelo desencadeamento dos estímulos 
hormonais do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, o início desse processo sofre 
influências de fatores ambientais, nutricionais e sociais. 
 
8.1 Necessidades nutricionais 
 
O que norteia a avaliação e a prescrição são os valores de ingestão propostos pelo 
Food and Nutrition Board do Institute of Medicine (IOM), que fornecem as 
ingestões dietéticas de referência (DRIs), que são usadas para planejar e avaliar 
dietas, para a prescrição dos valores de energia, da distribuição dos 
macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas) e dos demais nutrientes 
(vitaminas, minerais, água, entre outros) (anexo A). 
 
Na determinação das necessidades dietéticas diárias, é levado em consideração 
a idade, o sexo, o peso e a atividade física e metabólica. 
 
Para o período da adolescência, duas faixas etárias são consideradas para a 
determinação dos nutrientes: de 9 a 13 e de 14 a 18 anos, buscando evitar 
desequilíbrio no balanço energético e de nutrientes, que pode predispor à riscos 
à saúde, como obesidade, dislipidemia, hipertensão, diabetes, bem como quadro 
de carências conhecidos como fome oculta. 
 
8.2 Orientações nutricionais 
 
8.3 Transtornos alimentares na adolescência 
 
A anorexia e a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar são os 
transtornos mais comuns, sendo a etiologia considerada multifatorial 
(diversidade de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e 
familiares) (LAUS et al., 2011; GONÇALVES et al., 2013), que trazem como 
consequência problemas sociais, nutricionais e de saúde oral. 
 
A anorexia tem como característica o peso bem inferior ao esperado para sua 
altura, a distorção da imagem corporal e o medo em ganhar peso. O quadro de 
desnutrição resultante pode levar a atraso no crescimento e alterações 
endócrinas que, no sexo feminino, se manifestam como amenorreia. 
 
Na bulimia nervosa, também há o medo em ganhar peso, a visão distorcida da 
imagem corporal; o peso é próximo ao considerado eutrofia e pode haver 
episódios de compulsão alimentar seguidos ou não de uso de laxantes e 
diuréticos ou indução de vômitos (tipo purgativo) ou prática exagerada de 
atividade física ou jejum (não purgativa) (BRASIL, 2014e; GONÇALVES et al., 
2013). 
 
A compulsão alimentaré caracterizada pelo consumo de uma grande quantidade 
de alimentos em um curto espaço de tempo. 
 
8.4 Prevalência de excesso de peso e obesidade 
8.5 Determinantes de excesso de peso 
 
O excesso de peso em seus diferentes graus tem etiologia associada a diversos 
fatores, sendo que os principais são os ambientais (alterações dietéticas, 
situação socioeconômica, realização de atividade física, culturais, de ordem 
psicológicas) associados ou não aos aspectos genéticos.

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