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Soluções Oftálmicas FARMACOTÉCNICA Alunos (a): Marco Antônio, Marcos Vinicius, Nicholas Macedo, Pedro Henrique e Werber Guilherme Prof.ª Ma. Lorena Oliveira Faculdade Independente do Nordeste Vitória da Conquista - 2022 Breve Introdução 2 SOLUÇÕES: Misturas homogêneas de duas ou mais substâncias, resultando em um produto final com uma única fase, de aspecto límpido. Solvente Maior quantidade Soluto Menor quantidade Contém uma ou mais substâncias ativas dissolvidas em água ou em um sistema água-com-solvente. Podem conter adjuvantes farmacotécnicos para prover maior estabilidade (antioxidantes, conservantes) e/ou palatabilidade (edulcorantes, flavorizantes ). Nesse contexto,.... 3 SOLUÇÕES OFTÁLMICAS: Formas farmacêuticas líquidas, isotônica com pH de 7,4 e estéreis Esterilidade Osmolaridade pH Limpidez Conservação e Estabilidade Para uso nos Olhos e Pálpebras Podem ser administrados de forma simples e não invasiva Apresentação das preparações oftálmicas: Colírios Suspensões Pomadas Géis LÍQUIDAS SEMI-SÓLIDAS CARACTERÍSTICAS Em geral, abordaremos .... Definição Aplicação Classificação Uso Composição 4 Anatomia-fisiologia do olho 5 Córnea: membrana que reveste o globo ocular, pouco irrigada, mas muito enervada e, portanto, muito sensível a estímulos dolorosos. Conjuntiva: membrana que reveste externamente a córnea e internamente as pálpebras. Bastante vascularizada, permitindo a absorção e eliminação de fármacos também rica em elementos mucosos. A absorção se processa pela conjuntiva e depende: Solubilidade dos fármacos (lipo e hidro); Permeabilidade do fármaco pelas membranas; pH e sistema tampão; Concentração do fármaco no colírio; Presença de estímulos irritantes (ex. Falta de isotonia ou pH fora da faixa ótima) Colírios 6 Definição: São formas farmacêuticas estéreis destinadas ao tratamento de afecções do globo ocular, incluindo pálpebras, conjuntiva e córnea, ao preparo pré-operatório, para fins diagnósticos ou à limpeza do globo ocular. Administração: Gotas (Via Ocular) FONTE: FazfarmaNet Classificação: Gotas oftálmicas – Soluções aquosas ou oleosas ou suspensão para instalação no saco conjuntival. Loções oculares - Soluções para banho ocular nos 1º socorros e em casa. Soluções p/ lentes de contatos – Lubrificação, lavagem e hidratação. Pomadas oftálmicas – Pomadas para a colocação no saco conjuntival ou aplicadas nas margens do olho. Colírios 7 Aplicação: 1. Antes de tudo, lave as mãos, pois os olhos são sensíveis a bactérias e você pode obter uma alergia em questão de segundos se cutucá-los com a mão suja. Então, atenção! 2. Confirme a indicação médica, sobre o tipo de colírio e em qual olho deve ser feita a aplicação. 3. Retire a tampa do colírio, evitando encostar na ponta, para que o frasco não seja contaminado com bactérias. 4. DICA IMPORTANTE: Antes de aplicar colírio, puxe a pálpebra inferior para que se forme o espaço adequado para a aplicação do produto. 5. Aplique o produto diretamente nessa abertura inferior, a qual chamamos de saco conjuntival. 6. Feche os olhos e deixe o colírio agir por pelo menos um minuto, evitando piscar. Alguns cuidados na hora da aplicação o Pra quem está em tratamento com mais de um tipo de colírio, é importante esperar de 5 até 10 minutos para que haja o devido efeito de cada um. Colírios Requisitos dos colírios: Esterilidade Limpidez (soluções) Isotonia: A lágrima tem tonicidade = solução de NaCl 0,9% O olho tolera tonicidade entre 0,6 a 1,8% de NaCl. pH: Tolerância pelos tecidos e mucosas: Nos olhos: pH de 4,5 a 11,5 (sem ardor de 5,5 a 11) Uniformidade (pomadas e suspensões) Estabilidade 8 Colírios Composição dos colírios: Adjuvantes Conservantes Agentes estabilizantes: Antioxidantes Quelantes de metais Corretivos de pH Corretivos da isotonia Agentes doadores de viscosidade 9 Colírios Conservantes Cloreto de benzalcônio de 0,004 a 0,02% (geralmente a adição de EDTA de 0,01 a 0,1%, aumenta sua atividade) Cloreto de benzetônio 0,01% (mais ativo em pHs maiores que 7) Clorobutanol 0,5% (geralmente a eficácia é aumentada com adição de 0,5% de feniletanol) Parabenos: metil (0,015 a 0,05%), propil (0,005 a 0,01%):ativos em pH de 4 a 8. Corretivos da isotonia: NaCl Dextrose Ácido bórico 10 Colírios Agentes estabilizantes Anti-oxidantes Sulfito e metabissulfito de sódio; Tiouréia; Ácido ascórbico; Quelantes de metais EDTA e ácido cítrico Corretivos de pH e tampões 11 Agentes doadores de viscosidade: Concentração máxima Hidroxietilcelulose 0,8% Hidroxipropilcelulose 1,0% Metilcelulose 2,0% Álcool polivínilico 1,5% Polivinilpirrolidona 1,7% Colírios Tampões usados em oftalmologia Solução tampão de Palitzsch: ácido bórico/borato de sódio Solução tampão de ácido bórico/acetato de sódio Solução tampão de Sorensen (ou fosfato): fosfato de sódio/difosfato de sódio Solução tampão de Atkin e Pantin: ácido bórico/carbonato de sódio 12 Solução isotônica de cloreto de sódio Cloreto de sódio..............................0,9 g Cloreto de benzalcônio............... 1:10.000 Água estéril................qsp............... 100 mL Solução de ácido bórico Ácido bórico................................1,9 g Cloreto de benzalcônio............ 1:10.000 Água estéril ............qsp...............100 mL Colírios - Líquidos aquosos (Gotas) Preparação dos colírios aquosos: Dissolução ou dispersão Filtração Acondicionamento: vidros Tipo I ou plástico Esterilização Controles: teor, esterilidade, isotonia, limpidez (soluções) 13 Preparo dos colírios líquidos aquosos Fármacos veiculados no colírios e Acondicionamento Fármacos veiculados no colírios: Antibióticos: cloranfenicol, ciprofloxacino Antissépticos: cloreto de benzalcônio Alcalóides: pilocarpina, atropina Agentes de diagnóstico: corantes Anestésicos: benzocaína, xilocaina 14 Acondicionamento: Frascos típicos de colírios, conta gotas Plástico ou de vidro Estéril Âmbar Armazenamento e Manejo: Os colírios devem ser guardados em local protegido do calor, da umidade e da luz solar. A maioria dos medicamentos não deve ser congelada, mas há exceções. Colírios sem preservantes (conservantes) devem ser guardados na geladeira, assim como alguns tipos de medicamentos Suspensões Oftálmicas As suspensões oftálmicas são planejadas quando: Se quer aumentar o tempo de contato entre o fármaco e a mucosa Promover a ação por mais tempo O fármaco é insolúvel no veículo desejado O fármaco é instável na forma de solução Além da esterilidade (imprescindível) deve-se observar também as características e tamanho das partículas. Partículas suspensas não podem se aglomerar durante o armazenamento e devem suspender-se uniformemente quando agitadas. Tamanho de partícula em torno de 10 µm (micronizadas) Distribuição homogênea e de fácil ressuspensão 15 Pomadas Oftálmicas As pomadas oftálmicas são planejadas quando: Se quer aumentar o tempo de contato entre o fármaco e a mucosa Promover a ação por mais tempo Quando o fármaco é instável em veiculo aquoso Preparação das pomadas: São fabricadas com componentes esterilizados sob condições de assepsia ou esterilizados depois da fabricação Bases lipofílicas: vaselina branca ou lanolina O fármaco é adicionado na forma de solução ou pó finamente dividido (micronizado) 16 FONTE: Parafamárcia online Géis Oftálmicos O desenvolvimento de formulações em géis vem se tornando uma alternativa para o receituário médico. Sua vantagem é proporcionar um tempo de contato maior do princípio ativo com os tecidos oculares do que os colírios e possuir um efeito visual e cosmético melhor do que as pomadas. Os géis prolongam o tempo de permanência da droga no saco conjuntiva!, aumentando efetivamente a sua biodisponibilidade ocular. Os polímeros mais usados em géis oftálmicos são: HIDROXIPROPILMETILCELULOSE, ÁLCOOL POLIVINÍLICO, CARBOPOL, ÉTER POLIMETILVINIL MALÉICO, POLIACRILAMIDA, POLOXAMER 407 E ÁCIDO PLURÔNICO.17 FONTE: Parafamárcia online Dê sua resposta 18 (A) Em soluções oftálmicas, a tonicidade da solução é desejável, porém não imprescindível pelo fato de o olho possuir uma boa tolerância relativa em relação a equivalentes em cloreto de sódio. (B) A meticelulose, e o hidroxipropilcelulose são exemplos de agentes muito utilizados para aumento de viscosidade de soluções oftálmicas. (C) O cloreto de benzalcônio é o conservante mais utilizado nas preparações oftálmicas, por possuir bom poder de conservação em baixas concentrações e possuir compatibilidade com compostos aniônicos e salicilatos. (D) O pH ótimo para a solução oftálmica é aquele que garante maior estabilidade do produto e, para isso, é necessária a utilização de sistemas-tampão com capacidade adequada para manutenção desse pH. Na preparação de formulações oftálmicas, algumas características devem ser levadas em consideração. Analise as afirmativas abaixo e marque a única INCORRETA. Referências: 1. FERREIRA, A.O. Guia Prático Da Farmácia Magistral, Vol 1, 4 edição, São Paulo, Pharmabooks, 2010 2. ARAUJO, I.P, Farmacotécnica II, 1° edição, Rio de Janeiro, Estácio, 2018CONSIGLIERI, Vladi Olga, Produtos Estéreis: Colírios, Disponível em:<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3525964/mod_resource/content/2/ 3. Anm FC. Terapêutica Farmacológica em Oftalmologia. 3•Ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2003. 4. Souza GB. Formulação Magistral para Oftalmologia. São Paulo: Pharmabooks, 2008. 5. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Comissão da Farmacopeia Brasileira. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. 5ª edição. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2010. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/farmacopeias-virtuais> 6. BARRETO A.P.M.; SANTOS F.R.; NUNES M.M.; JERONIMO R.S. Administração de MEDICAMENTOS: 5 certos para segurança de seu paciente. 2ª Edição. São Paulo: Editora Rideel, 2010. 304 p. Disponível em: http://www.editorarideel.com.br/wpcontent/uploads/2015/07/MIOLO_Administracao-deMedicamentos.pdf 19 http://www.editorarideel.com.br/wpcontent/uploads/2015/07/MIOLO_Administracao-deMedicamentos.pdf
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