Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 1 Asma A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, que apresenta surtos de broncoespasmos reversíveis, caracterizando as crises asmáticas. As principais características dessas doença serão analisadas a seguir. EPIDEMIOLOGIA Uma das características da maioria dos asmáticos é de ter uma atopia (síndrome idiopática que causa uma predisposição às doenças alérgenas). Nesses indivíduos, predomina a asma alérgica, que é desencadeada por alérgenos, como pólen, ácaros e pelos de animais. O início da doença pode ocorrer em qualquer idade, mas o pico de início é aos 3 anos de idade, sendo que nessa faixa etária predomina o quadro em meninos. Na fase adulta, o predomínio é igual entre os sexos. Em muitos casos, a doença se inicia na infância e some na adolescência, podendo se recidivar na vida adulta. Fenótipos A asma é uma doença extremamente heterogênea, podendo ser dividia em alguns fenótipos, mas isso não é muito utilizado clinicamente, pois não altera a conduta terapêutica. Os principais fenótipos são: • Asma alérgica (extrínseca): é a mais prevalente na população (>80%); tem início na infância e apresenta histórico familiar e pessoal de atopia, como crises alérgicas à medicamento e rinites. Trata-se de uma inflamação eosinofilica (predomínio de infiltração de eosinófilos na parede dos bronquíolos) e com resposta excelente ao uso de corticoides. OBS! Os sintomas devido à resposta inflamatória podem iniciar rapidamente com o contato com alérgenos (resposta asmática imediata) ou apenas horas depois do contato (resposta asmática tardia). • Asma não alérgica (intrínseca): tem início mais tardia (com frequência maior em mulheres adultas); não está associado a atopia; tem padrão inflamatório neutrofílico, podendo apresentar eosinófilos ou até estar sem celularidade (paucigranulocítica). Tem baixa resposta ao uso de corticoides. • Asma com obstrução de via aérea fixa: qualquer tipo de asma que tenha longa duração e tratamento inadequado. Ocorre após remodelamento das vias aéreas com a inflamação crônica, criando uma perda irreversível da função pulmonar. • Asma obesidade: o aumento do IMC está relacionado com o aumento da prevalência de asma (não se sabe o motivo). Fatores de risco para a asma • Atopia: o sistema imune do indivíduo está mais propenso à síntese de IgE após a exposição ao alérgeno (proteases não humanas). Os IgE formados ficam ligados à superfície de mastócitos na mucosa, o contato com o alérgeno promove degranulação da célula, causando a broncoconstrição e inflamação da via aérea inferior. • Genética: a asma tem uma herança poligênica, que está relacionada principalmente com o favorecimento da resposta imune com Th2 (calma que vamos explicar o que é esse Th2). • Alérgenos: o maior contato com alérgenos causa maior risco • Ocupação: algumas profissões têm mais contatos com alérgenos específicos; é a chamada asma ocupacional. • Obesidade: restrição mecânica do pulmão e fator metabólito (secreção de adipocinas pró- inflamatórias) OBS! Alguns possíveis fatores de risco para a asma que ainda não foram confirmados são: • Infecções: acredita-se que poucas infecções na infância favorece o indivíduo a ter uma resposta imune que tende à ativação dos linfócitos Th2 (hipótese da higiene). De maneira análoga, ela especial que infecções no início da vida está relacionado à mudança no sistema imune para uma resposta Th1. Essa teoria explica o porquê de países mais ricos tem maiores prevalências de asma na população. PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 2 • Dieta: vit. C, D e E, além de selênio, magnésio e ômega 3 na dieta possa favorecer o indivíduo a ter asma. • Poluição Fatores desencadeantes • Alérgenos • Infecções virais: a mucosa dos asmáticos apresenta menos interferons, o que os deixa susceptíveis a infecções virais, o que desencadeia uma resposta broncoconstritora. • Fármacos: betabloqueadores (cria um desequilíbrio entre sistema colinérgico e adrenérgico) e AAS. • Dieta: uso de aditivos industrializados na alimentação, como o metabissulfito, que cria gases no estômago, os quais são inalados e desencadeiam a crise asmática. • Exercícios físicos: hiperventilação desidrata a mucosa respiratória, aumentando a sua osmolaridade, o que estimula a degranulação de mastócitos. • Mudança de clima • Poluição • Hormônios o Asma catamenia: crise asmática pré- menstrual relacionada à dos níveis de progesterona na mulher o Hipo/hipertireoidismo é um fator desencadeante para a asma. • Doença do refluxo gastroesofágico: essa doença é mais frequente em asmáticos pois os broncodilatadores relaxam o esfíncter esofagiano inferior. • Estresse. PATOGENIA Patologia No exame patológico das vias aéreas inferiores na asma podemos verificar as seguintes principais alterações: • Inflamação crônica das vias aéreas inferiores: mediado por linfócitos Th2, eosinófilos e mastócitos; causa hiper-reatividade brônquica. • Inflamação persistente leva ao remodelamento brônquico (quando sem tratamento adequado): o ocorre deposição de colágeno na membrana basal; o a mucosa fica com áreas de desnudamento epitelial devido ao descolamento celular (isso expõe as terminação nervosas que podem mediar ainda + reflexos broncoconstritores). o Ocorre neoangiogênese e vasodilatação com com da permeabilidade capilar e edema local → parede fica espessa e hipertrófica o Ocorre hiperplasia e hipertrofia das células caliciformes → produzem mais muco que obstruem a passagem do ar. o Há fibrose subepitelial OBS! Respostas Th1 e Th2 Existem duas respostas principais do organismo à patógenos ou alérgenos, podendo ser mediado por linfócitos Th1 ou Th2. Tais linfócitos vão diferenciar nos seguintes quesitos: • Linfócitos Th1: secretam IL-1, IL-6 e TNF-alfa, os quais estimulam a produção de IgM e IgG pelos linfócitos B, além de atraírem neutrófilos e macrófagos para efetivamente destruir o patógenos, bem como criam uma memória imunológica. • Linfócitos Th2: secretam IL-4, IL-5 e IL-13, fazem a ativação de eosinófilos e estimulam os linfócitos B a liberarem IgE (tais substâncias se ligam a mastócitos e basófilos, tornando-os hipersensíveis). Tais fatores criam as síndromes alérgicas. Portanto, em indivíduos com maior tendência à resposta Th2, temos que essas células causam 3 problemas nas vias respiratórias inferiores (que causam a asma): • Causam maior degranulação de mastócitos ao estimularem a secreção de IgE pelos linfócitos B • Induzem um a hipersensibilidade de tipo IV através da produção de IL-13, que provoca hiperplasia das células caliciformes, aumento da produção de muco e hiper-responsividade do músculo liso • Recrutam eosinófilos através da produção de IL-5, bem como GM-CSF e IL-4. Essas citocinas induzem a proliferação e a liberação de eosinófilos da medula óssea e promovem a sua sobrevida na circulação e nos tecidos. A causa do predomínio de linfócitos Th2 sob os Th1 em certos indivíduos ainda não está bem explicado, mas sabe-se que existem fatores genéticos e ambientais envolvidos. Uma das teorias, “a hipótese da higiene” formula que a exposição diminuída no início da vida a micróbios que desencadeiam respostas dos linfócitos TH1, contribui para o desenvolvimento de asma e outras doenças PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 3 alérgicas em indivíduos suscetíveis (por meio de maior ativação dos linfócitos Th2. Fisiopatologia 1. Inflamação das vias aéreas inferiores 2. Hiper-responsividade de mm. lisa brônquica e edema local, da secreção mucosa, broncoconstrição parassimpática. 3. do calibre das vias aéreas inferiores 4. da resistência do ar → ar fica mais difícil de ser expirado, ficando preso no pulmão. 5. Dispneia Algumas informações adicionais são relevantes:• A obstrução das vias aéreas ocorre difusamente no pulmão, mas não de maneira homogênea • O principal parâmetro para avaliar a alteração da asma é o VEF1: o o VEF1 o VEF1/CVF (índice de Tiffeneau): fica < 0,75- 0,8 em adultos; < 0,9 em crianças o o pico de fluxo expiratório (PFE) • A asma raramente evolui para uma insuficiência respiratória aguda. Em alguns casos, pode ocorrer uma crise asmática fatal devido à formação de um bolo mucoso que obstrui todo o brônquio. • Gasometria do paciente se apresentará com hipocapnia, devido à hiperventilação. Em casos mais graves, haverá uma hipercapnia, devido ao processo de fadiga progressiva do mm. respiratórios. Crises ainda mais graves cursam com hipoxemia, devido à pouca circulação de ar pelos pulmões (SatO2). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Dispneia e aperto no tórax • Sibilos: devido ao menor calibre das vias aéreas • Tosse: calibre das VA, hipersecreção de muco, hiper-responsividade neuronal com a inflamação • Taquipneia e taquicardia • Pulso paradoxal • Hipoxemia • Alteração da espirometria: VEF1, VEF1/CVF, PFE, CPT, CRF, VR MANEJO DA ASMA Diagnóstico O diagnóstico em crianças com idade maior que 6 anos envolve dois fatores: clínica compatível + demonstração objetiva de obstrução variável e reversível do fluxo expiratório. As clínicas que podem sugerir asma estão listadas na imagem a seguir: Já para demonstração objetiva da obstrução de via aérea pode ser feita da seguinte maneira: • VEF1/CVF < 0,75 a 0,8 em adultos ou < 0,9 em crianças. • Prova broncodilatadora → feito de manhã com a administração de um agonistas β-2-adrenérgico inalatório de curta duração (salbutamol). Principal característica da asma, que tem uma broncoconstrição reversível o Adultos: VEF1 > 12% e > 200 ml em relação ao basal o Crianças: VEF1 > 12% do previsto • Variação diária média do Pico de Fluxo Expiratório (PFE) → Essa variação deve ser feita medindo 2 PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 4 valores de PFE (manhã e noite) e aplicando a seguinte fórmula: [PFEmáximo – PFEmínimo]/média dos dois valores x 100. Faz-se isso diariamente por 1-2 semanas e em seguida realiza-se uma média ponderada de todos os valores obtidos. o Adultos: variação média do PFE > 10% o Crianças: variação média do PFE > 13% • Teste de provocação brônquica: ocorre queda do VEF1 >ou= 20% do basal após inalação de metacolina ou histamina ou queda do VEF1 ≥ 15% do basal após protocolos padronizados de hiperventilação, nebulização com salina hipertônica ou manitol → é realizado em indivíduos que não apresentam alteração da espirometria no momento da avaliação. Para tais análises, o principal método de escolha é a espirometria. OBS! Em infecções virais e exarcebações graves da asma o broncoespasmo pode ficar irreversível, dando um falso-negativo nos exames objetivos. Nesses casos, devemos seguir om o tratamento com glicocorticoide sistêmico e demais medidas cabíveis, repetindo os testes respiratórios após 1-2 semanas. Outros exames complementares que podem ser úteis (mas nem tanto) para o diagnóstico da asma são: • Teste para alergia (prick teste): são testes cutâneos de exposição à alérgenos que medem os níveis de IgE. Podem ser úteis apenas para diagnosticar um fator alérgeno que pode desencadear a asma, mas lembre-se que nem toda asma é alérgica. • Raio-x: podem mostrar complicações da asma (pneumotórax, pneumonia e etc) e hiperinsuflação pulmonar (retificação das cúpulas diafragmáticas e aumento dos espaços intercostais) • Medida da fração de óxido nítrico exalado (FENO): tem correlação com os eosinófilos no trato respiratório, mas lembre-se que nem toda asma tem infiltrado principal por eosinófilos e que quase todas as inflamações de via aérea pode aumento essa medida. Asma ocupacional É a asma relacionada ao trabalho, iniciando os sintomas na vida adulta. Geralmente é precedida por rinite alérgica ocupacional. O paciente relata melhora do quadro alérgico em férias e feriados... O diagnóstico precoce é muito importante, já que a manutenção do mesmo trabalho por mais de 6 meses faz o paciente desenvolver um remodelamento brônquico, trazendo sequelas irreversíveis. Avaliação da asma Na avaliação do paciente com asma, devemos analisar dois aspectos principais: (1) grau de controle dos sintomas e (2) risco de eventos adversos futuros. Para avaliar o primeiro quesito podemos fazer 4 perguntas, levando em conta o período das últimas 4 semanas: • Houve sintomas diurnos mais de 2x na semanas? • Houve despertar noturno por causa da asma? • Houve necessidade de medicação de resgate mais de 2x/semana • Houve alguma limitação nas atividades por causa da asma Os principais fatores de risco futuro para a exacerbação de asma são: • Estar com a asma não controlada • Uso excessivo de SABA (>1 frasco/mês) • Uso inadequado de CI: não prescrito, má adesão, uso incorreto do inalador; • VEF1 < 60% do previsto; • Persistência de hiper-reatividade brônquica significativa (aumento de VEF1 > 12% do basal e > 200 ml pós-BD); • Problemas psicossociais ou socioeconômicos importantes; • Exposições continuadas: tabagismo, alérgenos/agentes irritantes (ex.: asma ocupacional); • Comorbidades: obesidade, rinossinusite crônica, alergia alimentar; • Eosinofilia persistente (no sangue ou escarro); • FENO elevada; • Gravidez; • Uma ou mais exacerbações graves nos últimos 12 meses; PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 5 • Intubação traqueal ou internação em CTI por causa da asma a qualquer tempo. Já os fatores de risco de desenvolver obstrução fixa ao fluxo respiratório são: • Parto prematuro, baixo peso ao nascer ou ganho excessivo de peso durante a infância. • Ausência de uso de CI. • Exposições continuadas: tabagismo, alérgenos/agentes irritantes (ex.: asma ocupacional). • VEF1 inicial muito reduzido. • Hipersecreção crônica de muco. • Eosinofilia (no sangue ou escarro). Gravidade da asma A asma pode ser classificada em: • Leve: asma controlada com os passos 1 ou 2 da escada terapêutica. Fique tranquilo que vamos demonstrar o que são esses passos; • Moderada: controlada com o passo 3 da escada terapêutica • Grave: passos 4 ou 5 da escada terapêutica ou que continua sem controle a despeito destes OBS! Antes de julgar a gravidade da asma, devemos certificar alguns parâmetros: • Avalie a técnica de utilização do inalador • Avalie a adesão do paciente ao tratamento • Considere explicações alternativas para os sintomas respiratórios: como doenças cardíacas, rinossinusite, ansiedade, apneia do sono, falta de condicionamento físico e etc. • Investigue exposição continuada a alérgenos ou irritantes. Terapias de controle O tratamento crônico da asma possui dois objetivos principais: • Supressão dos sintomas → dá qualidade de vida • Diminuição do riscos futuros → risco de exacerbação e evita remodelação pulmonar. A terapia pode ser dividida em medidas farmacológicas ou não. A farmacológica se enquadra em 3 categorias: • De controle → Diária, faz a da inflamação das vias aéreas inferiores; sintomas e riscos futuros; principal droga: Corticoide inalatório. • De resgate → conter eventuais exacerbações; principal droga: Agonista β-2-adrenérgico de curta duração. • Adicionais para portadores de asma grave e refratária → para refratários da terapia de controle com dose máxima; é individual para cada um. A estratégia terapêutica da asma constitui uma escada, em que se observa a resposta clínica do paciente e assim, se decide subir ou descer a escada (aumentar ou diminui a eficácia do tratamento). Essa escada é dividida em 5 passos (para indivíduos > 6 anos): Já o tratamento de resgate é dividido de acordo com a faixa etária do paciente: • >ou= a 12 anos: corticoideinalatório + LABA em dose baixa • Demais pacientes e 2ª opção para pacientes com idade >ou= a 12 anos: SABA conforme a necessidade É válido ressaltar que portadores de asma e rinite alérgica sensíveis aos ácaros da poeira domiciliar pode-se lançar mão da imunoterapia sublingual, desde que o VEF1 seja > 70% e o paciente continue tendo crises a despeito do uso de CI. Além disso, deve-se saber que todo portador de asma deve receber informações sobre a sua doença e o tratamento, incluindo um plano escrito de automanejo sobre como procede em casos de crise asmática. Deve-se ainda tratar as eventuais comorbidades que possam contribuir com os sintomas da asma. Para saber em que passo iniciar o tratamento controle da asma, devemos analisar a seguinte tabela: PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 6 Como já dito, uma vez iniciado, o tratamento de controle deve ser reavaliado após um período de 2-3 meses (ou antes, caso haja urgência clínica), sendo então ajustado de acordo com a resposta obtida. Condutas adicionais em situações específicas • Obesidade: perda ponderal melhora os sintomas e facilita o controle da asma. • Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): deve ser tratada quando houver sintomas, como qualquer outro paciente. • Rinossinusite e polipose nasal: a rinossinusite se caracteriza por inflamação das vias aéreas superiores, podendo ser por causa alérgica ou não. Na forma alérgica, é comum o surgimento de pólipos intranasais. A rinossinusite crônica acompanhada de polipose nasal se associa a quadros mais graves de asma. Portadores de rinossinusite devem ser tratados com corticoide tópico intranasal, independentemente do tratamento da asma (isto é, o paciente usa corticoide nasal + inalatório). • Asma induzida por exercícios: A hiperventilação associada ao exercício é um importante deflagrador e broncoconstrição em asmáticos. o Se o paciente não apresenta fatores de risco para exacerbação: profilaxia pré-exercício com SABA inalatório o Se há fatores de risco: mínimo CI regular + SABA de resgate. • Gravidez: tende a piorar no 2º trimestre de gravidez; as crises devem ser tratadas agressivamente com SABA inalatório e suplementação de O2, a fim de evitar hipóxia fetal. Não se deve parar o tratamento de asma em um paciente que iniciará a gestação. Tratamento das exacerbações Exacerbações da asma são episódios de piora progressiva dos sintomas e da função pulmonar em relação ao estado prévio do paciente importantes o bastante a ponto de justificar mudanças imediatas na conduta terapêutica. É importante que todo indivíduo com asma seja avaliado quanto os fatores de risco ara a asma fatal, que são: • História de crise "quase fatal" com necessidade de intubação traqueal e ventilação mecânica. • História de alergia alimentar (anafilaxia). • Internação hospitalar ou visita à emergência devido à asma no último ano. • Uso atual ou recente de corticoide sistêmico (marcador de gravidade da crise atual). • Não utilização de corticoide inalatório. • Uso excessivo de SABA (> 1 frasco/mês). • Doença psiquiátrica ou problemas psicossociais. • Má adesão terapêutica Tratamento ambulatorial Ocorre quando o paciente chega à consulta com sinais e sintomas de exacerbação, sem que haja necessidade para encaminhamento a hospital. Alguns critérios para a transferência do consultório para a emergência são: • Agitação, confusão ou sonolência • Tórax silencioso • Só pronuncia palavras isoladas • Uso de mm acessórios • FR > 30 irpm • FC > 120 bpm • SatO2 < 90% • PFE < 50% do basal Em casos ambulatórias, então, podemos utilizar a seguinte tabela: PNEUMOLOGIA: DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS 7 Tratamento no serviço de emergência Crises graves de asma vão ser avaliados na emergência. A gravidade da crise pode ser determinada com anamnese + ex. físico, com ênfase nos sinais vitais. É ideal que analisemos a espirometria do paciente antes de iniciar o tratamento (ver de acordo com o PFE e o VEF1). A sua conduta perante ao paciente deve seguir a sequência dessa tabela.
Compartilhar