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TRABALHO DE PROCE. RECURSAL

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Prévia do material em texto

ANA BEATRIZ PINHEIRO 
20191107527 
 
IAGO SANTOS DE SOUZA 
20191107023 
 
RAFAEL FRANÇA DE OLIVEIRA SILVA 
20191102314 
 
 
 
 RECURSOS EM ESPÉCIE 
 
 
 
 
 
 
CABO FRIO, RIO DE JANEIRO 
2022 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O nosso ordenamento jurídico salienta que os recursos são os meios de 
impugnação de decisões judiciais e estão previstos no art. 994 do NCPC, são 
eles: apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de 
declaração, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo 
em recurso especial ou extraordinário e, por fim, embargos de divergências. 
Dessa forma, podendo ser classificados quanto a sua extensão em total ou 
parcial, quando impugnar toda ou parte de decisão proferida, respectivamente. 
E quanto à autonomia (art. 997 do NCPC), pois ambas partes têm 
independência para interpor recursos. 
 
1- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Entende-se como embargos de declaração, quando uma das partes 
pede ao juiz ou tribunal que seja esclarecida alguma decisão judicial proferida. 
O presente instrumento pode ser chamado de embargos declaratórios e por meio 
deles que ocorre o saneamento das dúvidas causadas por contradições ou 
obscuridades. 
O Código de Processo Civil disserta sobre a natureza dos embargos de 
declaração, onde são considerados sim, uma forma de recurso, uma vez que 
estão incluídos no rol de recursos no art. 994 do CPC. Apesar disso, esta não é 
uma inovação. De fato, os embargos de declaração já estavam incluídos entre 
os recursos desde o Código anterior, em seu art. 496, inciso IV. 
As hipóteses que cabem o presente dispositivo estão dispostas nos 
incisos do art. 1.022, Novo CPC. O caput nos traz que poderá haver embargos 
de declaração em qualquer decisão judicial, com o intuito de evidenciar 
obscuridade, eliminar qualquer tipo de contradição, suprir qualquer tipo de 
omissão. É de suma importância que a decisão seja de forma clara para as 
partes e também devem ser coerentes, significa que os argumentos do juízo não 
podem ser incongruentes. Não respeitando essas hipóteses ocasionará grandes 
prejuízos ao processo. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887674/artigo-994-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887644/artigo-997-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
 
 
Outro ponto que o art. 1.022 traz, é a ocorrência de erro material. São 
erros causados por equívoco ou inexatidão, referentes, sobretudo, a aspectos 
objetivos, como material ou cálculo. Não envolvem, portanto, defeitos de juízo. 
Desse modo, como Didier [3] aponta: 
 “A alteração da decisão para corrigir erros de cálculo ou 
inexatidões materiais não implica a possibilidade de 
o juiz proferir nova decisão ou proceder a um 
rejulgamento da causa. O que se permite é que o juiz 
possa corrigir evidentes e inequívocos enganos 
involuntários ou inconscientes, retratados em 
discrepâncias entre o que se quis afirmar e o que 
restou consignado no texto da decisão.” 
Diante da sua ampla aplicabilidade no que se refere às decisões, como 
vimos nas hipóteses acima mencionadas, são restritas. Isto significa que 
possuem fundamentação vinculada. A ausência de fundamentação ou a 
alegação distinta das previstas pode implicar o não conhecimento do recurso, 
sob o risco de os embargos serem considerados protelatórios. 
Os prazos estão tipificados no art. 1.003, CPC, veio regular o tempo 
genérico para interposição de recursos. No entanto, o próprio parágrafo 5º, ao 
mesmo tempo que estipula o prazo de 15 dias para interposição e para resposta 
de recurso, porém prevê que os embargos de declaração não fazem parte dessa 
contagem de dias. No caso dos embargos sua contagem está presente no art. 
1023. e possui o prazo de 5 dias, como podemos ver na letra de lei: 
 “Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo 
de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com 
indicação do erro, obscuridade, contradição ou 
omissão, e não se sujeitam a preparo. 
 § 1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 
229. 
 § 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, 
manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os 
embargos opostos, caso seu eventual acolhimento 
implique a modificação da decisão embargada.” 
No caso para o julgamento dos embargos temos o art. 1024 do CPC 
prevê o dever do juízo é de julgar os embargos de declaração em até 5 dias. 
Cabe ressaltar que os embargos de declaração estão excluídos da necessidade 
de julgamento em ordem cronológica. É um modo de garantir, portanto, que a 
oposição de embargos de declaração não obste o processo. 
 
 
Diante de todo exposto acerca dos embargos declaratórios, podemos 
concluir que o mesmo tem sua principal função em suprir omissões ou, ainda, 
apontar erros materiais, respeitando os princípios para que possa garantir que a 
resposta do juízo seja adequada, clara e coerente com a demanda. 
2- RECURSO ORDINÁRIO STRICTO SENSU 
O recurso especial é um tipo de recurso previsto no Código de Processo 
Civil e tem como finalidade a análise de decisões judiciais realizadas dentro do 
processo estão em conformidade com a lei vigente e com a jurisprudência, tendo 
como órgão competente para julgar o recurso especial, o Superior Tribunal de 
Justiça. Sua principal finalidade é uniformizar o entendimento dos tribunais e 
demais órgãos judiciais a respeito das normas jurídicas federais, que regram as 
normativas dentro do território nacional. 
O Código de Processo Civil nos traz sobre a finalidade e alguns pontos 
importantes as serem levados em consideração. Os artigos 1.029 e 1.035, 
evidenciam que recurso especial deve ser interposto perante o presidente do 
tribunal recorrido. Em continuação, o art. 1029 nos traz o conteúdo que deve estar 
presente dentro do recurso especial. São eles: a exposição do fato e do direito; a 
demonstração do cabimento do recurso interposto; as razões do pedido de 
reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 
 O parágrafo 1° do artigo 1.029 d o CPC deve ser abordado no presente 
texto, pois nos casos onde a fundamentação dele se dá por conta de divergência 
jurisprudencial entre o acórdão proferido e o entendimento de outros tribunais, 
cabe à parte interessada apontar a divergência. 
Por fim, o CPC no seu Art. 1.003 nos apresenta o prazo de 15 dias uteis 
para que o recurso especial posso ser interposto, sendo contado a partir da 
publicação que ocorra algum ferimento aos dispositivos legais. Outro ponto, 
presente no Art. 1.030 é que após o recebimento do recurso, o recorrido, o 
tribunal que proferiu a decisão, terá o prazo de 15 dias uteis para apresentar 
suas contrarrazões. 
 
 
 
3- RECURSO ESPECIAL 
O presente recurso é o meio utilizado para contestar, perante o Superior 
Tribunal de Justiça, uma decisão proferida por um Tribunal de Justiça ou Tribunal 
Regional Federal, desde que a decisão recorrida contrarie um tratado ou lei 
federal, ou ainda lhes negando vigência; julgue válido um ato de governo local 
contestado em face de lei federal; ou der à lei federal uma interpretação diferente 
da atribuída por outro tribunal. Diante desses fatos, encontramos o Recurso 
Especial no artigo 105, inciso III, da Constituição: 
 “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
III - julgar, em recurso especial, as causas 
decididas, em única ou última instância, pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a 
decisão recorrida: ...”Desse modo, havendo a intimação da decisão pelo órgão oficial, ou por 
vista da parte em cartório, é concedido o prazo de 15 dias úteis para interposição 
de recurso especial. Cabe mencionarmos, que se o recurso for interposto antes 
da intimação da decisão, não se haverá de cogitar de extemporaneidade da 
manifestação, haja vista o que dispõe o art. 218, § 4º, do CPC/2015, que 
considera tempestivo o ato praticado antes de seu termo inicial. 
 
4- RECUROS EXTRAORDINÁRIO 
O recurso extraordinário (RE) é um recurso processual utilizado para pedir 
ao Supremo Tribunal Federal (STF) a impugnação (discussão) de uma decisão 
sobre questões constitucionais. Esse recurso é usado para garantir que os 
julgamentos aconteçam de maneira uniformizada e de acordo com a previsão da 
Constituição Federal. O recurso extraordinário é utilizado para contestar 
questões de Direito Constitucional. De acordo com o art. 102 da Constituição 
Federal (CF), o recurso pode ser usado quando a decisão, for contrária a uma 
norma da Constituição Federal, declarar que uma lei ou um tratado federal é 
inconstitucional, julgar como válida uma lei ou um ato de governo que seja 
contestado em razão de uma previsão da Constituição, julgar como válida uma 
lei local frente a uma lei federal. 
 
 
 A lei, no art. 1029 do Código de Processo Civil, define que a petição deve 
conter obrigatoriamente os seguintes itens: 
 exposição dos fatos e do direito recorrido, 
 clara demonstração de que o recurso é cabível, 
 razões pelas quais se deseja a reforma ou a invalidação da 
decisão recorrida. 
Ademais, A petição de RE deve ser encaminhada ao presidente ou ao vice-
presidente do Tribunal de origem da decisão recorrida. O documento deve conter 
um requerimento para que ela seja enviada ao STF para análise. 
 
5- AGROVO EM RECURSO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO 
O Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário, previsto no rol dos 
recursos do artigo 994 do Código de Processo Civil, é cabível da decisão do 
Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional que 
inadmite, em juízo prévio de admissibilidade, recurso especial ou extraordinário . 
De acordo com o Código de Processo Civil vigente, alterado pela Lei nº 
13.256, de 4 de fevereiro de 2016, os Recursos Especial e Extraordinário ainda 
estavam sujeitos à decisão de dupla admissibilidade. No entanto, só cabe 
recurso de uma decisão negativa de admissibilidade, pois, se admitida, o 
processo será remetido ao Supremo Tribunal competente, onde será proferida 
uma decisão final sobre a admissibilidade. 
Caso o juízo de admissibilidade do recurso especial ou extraordinário seja 
negativo, cabe a interposição de agravo. Interposto o agravo, o recorrido será 
intimado para apresentar suas contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, 
conforme dispõe o art. 1.042, § 3º, do CPC. Após a apresentação, ou não, das 
contrarrazões ao agravo, o Presidente ou Vice-Presidente poderá retratar-se e 
desfazer a decisão de inadmissibilidade, determinando seja o recurso especial 
ou extraordinário encaminhado ao tribunal superior. 
Ressalte-se que o julgamento do agravo em recurso especial ou 
extraordinário será conjunto ao próprio recurso especial ou extraordinário, caso 
 
 
aquele seja provido. Dessa forma, o julgamento do agravo em recurso especial 
ou extraordinário, realizado pelo relator em decisão monocrática, que não 
conhecer do agravo, negar-lhe provimento ou decidir, desde logo, o recurso não 
admitido na origem, caberá agravo interno para a turma, no prazo de quinze dias. 
Caso o relator conheça do agravo em recurso especial ou extraordinário, o 
recurso especial ou extraordinário será processado, na forma do Regimento 
interno do Tribunal, e julgado pelo colegiado, admitindo-se a sustentação oral 
 
6- EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
Esse recurso tem como objetivo principiológico sanar possíveis 
divergências que possam ocorrer nos julgados em decorrência de diferentes 
orientações doutrinarias ou até mesmo de valoração. O art. 1.043 elenca as 
hipóteses em que é cabível a oposição de Embargos de Divergência: 
“Art. 1.043. É embargável o acórdão do órgão 
fracionário que: 
I - em recurso extraordinário ou em recurso 
especial, divergir do julgamento de qualquer 
outro órgão do mesmo tribunal, sendo os 
acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
II - em recurso extraordinário ou em recurso 
especial, divergir do julgamento de qualquer 
outro órgão do mesmo tribunal, sendo os 
acórdãos, embargado e paradigma, relativos 
ao juízo de admissibilidade; 
III - em recurso extraordinário ou em recurso 
especial, divergir do julgamento de qualquer 
outro órgão do mesmo tribunal, sendo um 
acórdão de mérito e outro que não tenha 
conhecido do recurso, embora tenha apreciado 
a controvérsia; 
IV - nos processos de competência originária, 
divergir do julgamento de qualquer outro órgão 
do mesmo tribunal.” 
 
Sendo assim, este o recurso atende às garantias constitucionais do 
contraditório e ampla defesa. Portanto, essa medida é de grande importância 
para o julgamento, bem como para os litigantes, pois a utilização de tal recurso, 
se necessário, afasta a insegurança jurídica da ação, além de garantindo às 
partes uma decisão mais "justa", pois o julgamento não será julgado de forma 
monocrática. 
 
 
 
7- APELAÇÃO 
Apelação, prevista nos arts. 1.009 a 1.014 do Novo CPC, é um recurso 
cabível contra sentença proferida por juiz de primeira instância a fim de reformá-
la ou invalidá-la, objetivando a sua reforma (vícios de juízo – errores in judicando) 
e/ou invalidação (vícios de atividade – errores in procedendo). 
 
Nas palavras de Barbosa Moreira, podemos entender a apelação como: 
Só na primeira hipótese competirá ao órgão ad 
quem substituir por outra (de conteúdo diferente ou igual) 
a decisão recorrida; na segunda, se der provimento à 
apelação, ele se limitará a anular a sentença (ou o 
próprio processo, no todo ou em parte), devendo os 
autos, depois, voltar à instância inferior, para que se 
refaça o que tiver sido desfeito: o julgamento do recurso 
terá, aí, mera função rescindente. 
 
Dessa forma, a apelação é interposta através de petição ao juízo de 
primeiro grau da lide, mas será analisada e julgada pela instância superior, no 
caso, um Tribunal. É importante destacar que o tribunal responsável por analisar 
a apelação observará apenas os pontos destacados, e não todo o processo. Isso 
quer dizer que o apelante deve apontar todos os problemas de fatos e direito 
presentes na sentença deferida pelo juízo, independente se a sentença for única 
sobre a matéria ou se diferentes sentenças forem dadas a respeito de diferentes 
pontos da lide. 
De acordo com o artigo 1.010 do Novo CPC, a apelação deve conter: 
“Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao 
juízo de primeiro grau, conterá: 
I – os nomes e a qualificação das partes; 
II – a exposição do fato e do direito; 
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de 
nulidade; 
IV – o pedido de nova decisão”. 
 
Além disso, o recurso de apelação tem devolutividade ampla, sendo 
de quinze dias úteis o prazo para a sua interposição. A partir da interposição 
da apelação pela parte apelante, o apelado receberá uma intimação e terá o 
prazo de 15 dias para apresentar contrarrazões, podendo, nesse prazo, também 
apresentar apelação própria, que dará ao apelante a possibilidade de também 
apresentar contrarrazões. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1010
https://www.projuris.com.br/o-que-e-intimacao/
 
 
8- AGRAVO DE INSTRUMENTO 
O agravo de instrumento é um dos tipos de recursos jurídicos do Direito 
Processual Civil brasileiro. Ele está regulamentado no Código de Processo Civil, 
entre os artigos 1.015 e 1.020, é um recurso que tem como objetivo evitar que 
danos graves e irreversíveis sejam causados a uma das partes a partir de 
umadecisão interlocutória. 
Mesmo não proferindo uma sentença, as decisões que um juiz toma 
durante um processo possuem grande impacto na resolução do mesmo. Da 
mesma forma, uma decisão tomada sem a análise completa do todo ou de forma 
precipitada pode causar grandes danos a uma das partes de um processo. 
Danos esses que podem alterar completamente o curso da disputa judicial. 
O artigo 1.015 do CPC define quais são as decisões interlocutórias onde 
cabe o recurso de agravo de instrumento. São elas: 
“Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I – tutelas provisórias; 
II – mérito do processo; 
III – rejeição da alegação de convenção de arb itragem; 
IV – incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica; 
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou 
acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI – exib ição ou posse de documento ou coisa; 
VII – exclusão de litisconsorte; 
VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X – concessão, modificação ou revogação do efeito 
suspensivo aos embargos à execução; 
XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, 
§ 1º ; 
XII – (VETADO); 
XIII – outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento 
contra decisões interlocutórias proferidas na fase de 
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no 
processo de execução e no processo de inventário”. 
 
E o papel do recurso de agravo de instrumento é justamente pedir 
uma reanálise da decisão proferida para um Tribunal de Justiça (TJ) ou para o 
Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de evitar esses danos. 
 
 
https://www.projuris.com.br/decisao-interlocutoria-novo-cpc/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1015
https://blog.sajadv.com.br/onus-da-prova/
 
 
 
9- AGRAVO INTERNO 
O agravo interno é recurso que o CPC regula em seu art. 1.021. É 
cabível contra decisões monocráticas proferidas nos Tribunais, e permite que se 
garanta a colegialidade típica desses órgãos jurisdicionais. Ele tem como 
objetivo atacar decisões monocráticas de relatores nos tribunais, ou seja, em 
processos na segunda instância. 
Dessa maneira, o agravo interno impugna a decisão 
interlocutória (aquela que não resolve ou extingue a lide) tomada de forma 
monocrática pelo relator, levando ao colegiado a matéria para análise e 
discussão. A natureza do agravo interno, portanto, é de levar ao colegiado a 
discussão de uma decisão que, por regra, pode ser realizada pelo relator 
sozinho, uma vez que o mesmo tem o poder de fazer alguns tipos de decisão 
por conta própria. 
Dentro dos tribunais, órgãos judiciais de segunda e última instância, os 
julgamentos de processos são realizados por órgãos colegiados, capitaneados 
por um relator. Em regra, as decisões tomadas por um tribunal são realizadas 
em grupo, de forma colegiada. Para tornar o processo mais célere e dinâmico, é 
atribuído ao relator do processo, através do próprio órgão colegiado, uma série 
de poderes para tomar decisões por conta própria, ou seja, decisões 
monocráticas. 
O agravo interno é interposto por petição dirigida ao próprio prolator da 
decisão recorrida. O § 2º do art. 1.021, é certo, diz que a petição deve ser dirigida 
ao relator, mas nos casos em que a decisão agravada tenha sido proferida por 
Presidente ou Vice-presidente de tribunal é a este que a petição deverá ser 
encaminhada. 
Exige o art. 1.021, § 1º, que “na petição de agravo interno, o recorrente 
impugne especificadamente os fundamentos da decisão agravada”. Esta é 
exigência que, a rigor, se põe para todos os recursos. 
No caso do agravo interno, porém, isto é ainda mais importante. É que 
ao tempo do CPC de 1973 se desenvolveu uma praxe de, interposto recurso a 
https://www.projuris.com.br/decisao-interlocutoria-novo-cpc/
https://www.projuris.com.br/decisao-interlocutoria-novo-cpc/
 
 
que se negasse seguimento por decisão monocrática, a parte interpunha agravo 
interno que era mera reprodução de seu recurso anterior. Pois esta praxe não 
pode ser mantida à luz do vigente Código de Processo Civil. Exige a lei 
processual que o agravo interno impugne de modo específico os fundamentos 
da decisão monocrática agravada. No caso de a petição de agravo interno ser 
mera reprodução dos fundamentos da petição que ensejou a decisão agravada 
deverá o tribunal considerar inadmissível o agravo interno, dele não conhecendo. 
O prazo de interposição do agravo interno é de quinze dias (art. 1.003, 
§ 5º do CPC).7 Este prazo, evidentemente, é contado levando-se em conta 
apenas os dias úteis (art. 219 do CPC). E no ato da interposição do agravo 
interno deverá ser comprovado, se for o caso, o recolhimento do preparo (art. 
1.007 do CPC), sendo aqui inteiramente aplicável o regime estabelecido pelos 
parágrafos deste último dispositivo legal. 
 
CONCLUSÃO 
Conforme cediço acima, podemos concluir que o recurso nada mais é 
que o meio impugnante que a parte pode utilizar para pedir o reexame da decisão 
que foi preferida no processo ainda em curso, que a mesma faz parte. A 
reanalise da ação (acima referida) poderá ocorrer de duas formas, pela mesma 
autoridade judiciária que julgou a ação ou por outra hierarquicamente superior, 
visando sempre obter esclarecimento, reforma ou invalidação da sentença. 
O recurso atende as garantias constitucionais do contraditório e da 
ampla defesa, sendo assim, este remédio é de extrema importância para o 
processo e também para os litigantes, pois, a utilização de tal impugnação 
quando necessária, afasta a insegurança jurídica da ação, além de garantir as 
partes uma decisão mais “justa” já que o processo não será decido 
monocraticamente. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal: 1988. disponível 
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. 
Acessado em: 08 de abril de 2022. 
BRASIL. Código de Processo Civil. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. 
Brasília. Disponível em https://www.google.com.br/search?q=cpc&oq=cpc&g. 
Acessado em: 05 de abril de 2022. 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. 8. ed. 
Salvador: JusPodivm, 2016 
BASTOS, Athenas. Embargos de declaração no novo CPC. SAJ ADV. 2022. 
DIDIER JR., Fredie e CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Curso de Direito 
Processual Civil.7ª ed. Salvador/BA: Editora Juspodivm, 2009, v. 3, Versão 
digital. 
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Recurso extraordinário e recurso especial, p. 
77. 
CALAMANDREI, Piero. Introduzione allo studio sistematico dei provvedimenti 
cautelari. Opere giuridiche. Nápoles: Morano, 1983. Volume IX. 
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 21. ed. São 
Paulo: Atlas, 2014. Volume 3. 
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. 7. 
ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998. 
SILVA, Ovídio Baptista da. Do processo cautelar. Rio de Janeiro: Forense, 1996. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
https://www.google.com.br/search?q=cpc&oq=cpc&g

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