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IMPOSTO DE RENDA - O QUE É? O imposto de renda é um tributo federal, como diz o nome, sobre a renda. Ou seja, sobre o que você ganha. Além de demonstrar os rendimentos tributáveis e não tributáveis, ele também serve para acompanhar a sua evolução patrimonial. Para fazer esse acompanhamento, o governo solicita aos trabalhadores e empresas que informem para a Receita Federal quais são seus ganhos anuais. Ao longo do ano, você ganha e gasta dinheiro. De forma geral, a renda é tributada no momento do recebimento. No ano seguinte, o a Receita avalia se o que foi cobrado de você é, realmente, o que você precisaria pagar conforme o tamanho dos seus ganhos. Por isso, é preciso fazer a “Declaração de Ajuste Anual” para IRPF (Imposto de Renda sobre Pessoas Físicas). A declaração é, geralmente, feita do início de março até o fim de abril. E você precisa apresentar todos os seus ganhos e gastos em serviços, no último ano. PARA QUEM É DESTINADO? De acordo com o Ministério da Fazenda, parte dos impostos arrecadados é destinada à saúde, educação e programas de transferência de renda, como “Fome Zero” e “Bolsa Família”. Outra fração, é enviada para programas de geração de empregos e inclusão social, como plano de reforma agrária, construção de habitação popular, saneamento e reurbanização de área degradadas. Existe também uma parcela direcionada para investimentos em infraestrutura, segurança pública, cultura, esporte, defesa do meio ambiente e estímulo ao desenvolvimento da ciência e tecnologia IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA Está obrigado a declarar o IRPF as pessoas físicas que receberam em 2018 valores superiores a R$ 28.559,70 ou ganharam mais de 40 mil reais em rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte no ano, como por exemplo indenizações trabalhistas ou rendimento de poupança. IRPF – QUEM DEVE DECLARAR: Quem teve rendimento financeiro de mais de R$ 28.559,70 durante o ano. Pessoas que, até o dia 31 de dezembro, adquiriram bens (joias, carros, casas etc.) com o valor total superior a R$ 300 mil. Quem realizou venda de bens (imóveis, veículos e outros) e recebeu pagamentos por eles, independentemente do valor, deve declarar. Obteve renda bruta acima de R$ 142.798,50 em atividade rural. Recebeu mais de R$ 40 mil em rendimentos isentos e não tributáveis ou tributáveis na fonte (heranças, indenizações, loterias, seguro-desemprego, doações, poupanças etc.). IRPF – QUEM ESTÁ ISENTO? Todos os contribuintes que têm rendimentos abaixo do teto de R$ 28.559,70 aposentados acima dos 65 anos que possuem uma renda mensal de até R$ 1.903,98 pessoas portadoras de algumas doenças (aids, alienação mental, cegueira, tuberculose, fibrose cística etc.) IRPF- O QUE PODE SER DEDUZIDO? Saúde: despesas feitas com atendimentos médicos, como consultas, exames, internações hospitalares e cirurgias; tratamentos como fisioterapia, atendimento psicológico e odontológico; gastos com materiais para reabilitação, como cadeira de rodas, e pagamentos de planos de saúde. Educação: pagamento de mensalidades escolares de ensino infantil ao médio; despesas com cursos superiores e técnicos. Dependentes: todas as despesas do dependente devem ser declaradas da mesma forma, como os gastos com saúde e educação. Por exemplo: a mensalidade escolar e o pagamento do plano de saúde do dependente. Para cada dependente, há uma dedução de R$ 2.275,08 na base de cálculo do imposto do contribuinte. Previdência privada: seja contribuição descontada na folha de pagamento mensal, seja feita por trabalhadores autônomos, há a necessidade de ser deduzida na declaração. IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA Uma pessoa jurídica é, uma entidade que é reconhecida pelo estado em que é registrada. Apesar de ser formada por pessoas físicas, registradas sob um CPF, as pessoas jurídicas têm direitos e obrigações específicos e possuem uma “personalidade jurídica” independente em relação aos membros. As pessoas jurídicas obrigadas a declarar são: toda e qualquer empresa inscrita na Receita Federal. Isso vale para empresas constituídas por matriz, extintas, cindida (parcial ou totalmente) ou companhias que tenham sido incorporadas ou fusionadas. Mas, há uma exceção – as empresas enquadradas no Simples Nacional. Isso porque as empresas enquadradas pelo Simples podem apresentar o pagamento simplificado de suas obrigações tributárias. Assim, acabam dispensadas de apresentar a declaração anual do IR de Pessoa Jurídica em separado, mesmo que precisem enviar a declaração anual de faturamento. – MODELOS DE TRIBUTAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA EMPRESARIAL O IRPJ pode ser pago em quatro modalidades diferentes, mas basicamente todas possuem a mesma alíquota (alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado para o cálculo do valor de um tributo) de 15%, exceto o Simples Nacional. MODELOS Lucro Real Segundo o próprio nome, o IRPJ é declarado com base no valor real do lucro de faturamento obtido pela empresa dentro do período e pode ser pago mensalmente, trimestralmente ou anualmente para o Governo Federal. O Lucro Real é uma opção para a grande maioria das empresas, mas é a tributação obrigatória para instituições do setor financeiro. A alíquota IR cobrada é de 15% sobre o lucro real total da empresa. Ou seja, uma empresa que faturou R$500.000,00, terá de pagar R$75.000,00 em IRPJ. Mas ATENÇÃO: existe um adicional obrigatório de 10% sobre valor excedido, caso o lucro mensal exceda R$20.000,00. Portanto, fique atento! Lucro Presumido De acordo com o Governo, o lucro presumido (tabela) é destinado às empresas que possuem um faturamento anual entre R$4 milhões e R$78 milhões e é pago trimestralmente. Isso permite que as organizações atribuam um percentual de lucro tributável sobre seu faturamento presumido pelo Governo, de acordo com o segmento e atividade da empresa, em uma tabela disponível no site da Receita Federal, que pode variar de 1,6% a 32% do faturamento. Em seguida, é então aplicada a alíquota de 15% e, assim como na tributação Lucro Real, pode haver um adicional de 10%, caso exceda o lucro superior a R$60.000,00 no trimestre. Para as empresas que se encaixam nesta modalidade, a vantagem é estimar seu cálculo do lucro presumido com base no faturamento e, dessa forma, não precisar apresentar uma contabilidade muito detalhada sobre como chegou em determinado resultado. Lucro Arbitrado Essa é uma modalidade especial, para aquelas empresas que não atendem às condições do cumprimento de prestação de contas nos outros regimes. Ou seja, quando existe alguma suspeita de fraude pela Receita Federal por falta de informação. Neste caso, por iniciativa do próprio Governo, é aplicada também a alíquota de 15%, com adicional de 10%, em casos de lucros trimestrais superiores a R$60.000,00. Simples Nacional As empresas enquadradas no Simples realizam o pagamento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica de forma simplificada, através da guia de impostos municipais, estaduais e federais emitida mensalmente, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples), que pode variar de acordo com a taxa de faturamento das empresas. PERÍODOS DE APURAÇÃO – IRPJ Apuração Mensal Da mesma forma, somente as empresas optantes pela tributação Lucro Real podem optar pela apuração mensal. Ou seja, o pagamento do IRPJ é efetuado mensalmente, sob uma base de cálculo estimada, e a opção por este tipo de pagamento é manifestada iniciando o pagamento do imposto referente à renda do mês de janeiro, ou de início da atividade. Apuração Trimestral Os períodos de apuração trimestrais se encaixam para as tributações Lucro Real, Presumido ou Arbitrado e são encerrados nos dias abaixo: 1º Trimestre – 31 de março 2º Trimestre – 30 de junho 3º Trimestre – 30 de setembro 4º Trimestre – 31 de dezembro O IRPJ apurado trimestralmente pode ser pago até o último dia do mês subsequente ao encerramentodo período de apuração, em quota única. Apuração Anual Somente as empresas optantes pela modalidade de Lucro Real podem optar pelo pagamento anual do IRPJ. Sendo assim, a apuração deve ser sempre em 31 de dezembro do ano calendário. Apuração por evento Em casos de incorporação, fusão ou cisão de pessoas jurídicas, a apuração da base de cálculo e do imposto sobre a renda deve ser efetuada na data do evento. O mesmo ocorre em casos de extinção, caso a empresa encerre suas atividades. BASE DO CÁLCULO A base de cálculo do IRPJ é considerada o regime tributário escolhido pela empresa e, sobre ele, são determinadas as alíquotas. Assim, de acordo com o determinado pela Receita Federal, a alíquota de IRPJ para empresas tributadas sob o regime Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado é de 15% sobre o lucro apurado em qualquer um desses regimes tributários. No entanto, a alíquota do IRPJ é de 6% para: empresas que exercem atividade de transporte coletivo de passageiros (concedida ou autorizada pelo poder público e com tarifa fixada por esse poder); empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e telecomunicações; empresas de saneamento básico. IMPOSTO DE RENDA – COMO DECLARAR? Período para o envio da Declaração de Imposto de Renda costuma ser realizado entre março e abril. Na declaração, você vai informar os rendimentos do ano anterior. Por exemplo: se você está em 2021, você vai declarar seus rendimentos do ano de 2020. Para fazer a declaração, é necessário realizar o download do Programa do IRPF, no Site da Receita Federal, para o seu computador. Também já existe a opção de baixar o aplicativo para celulares com sistema Android e iOS. Para a pessoa jurídica é necessário o uso de um certificado digital do sócio responsável pela empresa, do contador responsável pela contabilidade e uma assinatura com o certificado emitido em nome da empresa. O preenchimento das informações dentro do programa costuma ser intuitivo, mas se você tiver dúvidas, o site oferece orientações para o contribuinte. Uma outra opção para quem não tem habilidade com os meios digitais é contratar um contador ou uma agência de contabilidade para fazer a declaração. Dependendo da quantidade de informações a serem declaradas, essa é a melhor opção para evitar erros no IRPF. TIPOS DE DECLARAÇÕES Na hora de fazer a declaração, a Receita vai oferecer duas opções para o contribuinte escolher: simplificada ou completa. Simplificada: para quem não possui dependentes e despesas significativas. Completa: para quem tem mais gastos a deduzir, como dependentes, e rendimentos maiores, com mais notas fiscais de comprovação de despesas.
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