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Conceitos e Técnicas de Massagem Clássica - Resumo

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Terapia Manual - Resumo
Técnica de Massagem Clássica
Referência: Livro Técnicas de Massagem de Beard - 4ª edição.
Definição de massagem
● “Termo usado para designar certas manipulações dos tecidos moles do corpo;
Estas manipulações são efetuadas com maior eficiência com as mãos e são
administradas com a finalidade de produzir efeitos sobre o sistema nervoso,
muscular e respiratório. E sobre a circulação sanguínea e linfática local e
geral.” (BEARD, 1952)
Componentes da massagem
● Direção:
○ Centrífuga: do centro do corpo para fora (fluxo arterial);
○ Centrípeta: da extremidade em direção ao centro do corpo (fluxo
venoso);
● Pressão:
○ leve;
○ moderada;
○ profunda;
○ variável.
● Velocidade:
○ rápida;
○ lenta;
○ variável
○ (Para a maioria dos autores, a velocidade dependerá do movimento,
área e objetivo).
● Rítmo:
○ Rítmico: intervalos regulares, uniforme;
○ Arrítmico: método desarticulado, irregular;
● Duração e frequência:
○ Depende do paciente;
○ Do objetivo;
○ Da patologia;
○ Da área afetada.
Lubrificantes: Pós, óleos e cremes
● Pó
○ Permite a manipulação de tecidos musculares profundos;
○ Previne o escorregamento das mãos, como acontece em veículos
oleosos;
○ Ele permite o deslizamento, porém quando aplicamos pressão, a mão e
a pele se movimentam juntas, propiciando a manipulação de
estruturas profundas
● Cremes e óleos
○ Úteis no tratamento da pele, especialmente em cicatrizes, pele seca e
áreas menos nutridas;
○ O creme deve ser do tipo que é ligeiramente absorvido pela pele, mas
que não seja oleoso a ponto de restar em grande quantidade na pele;
○ Se restar lubrificante na pele após a massagem, ele deve ser removido,
a menos que se pretenda manter o veículo na pele ;
○ Deve ser usado apenas a quantidade suficiente que permita o
deslizamento suave das mãos sobre a pele, pois uma quantidade
excessiva impede o massagista de manipular com firmeza os tecidos;
○ O lubrificante deve ser primeiramente depositado nas palmas das
mãos e aquecido (através da fricção das mãos), para então ser
aplicado no paciente. Nunca aplicado diretamente no paciente.
Cobertura e posicionamento do paciente
● Deixar o paciente em posição confortável para que ele possa relaxar;
● É preciso travesseiros para apoiar as partes do corpo e maximizar o
relaxamento;
● Manter o paciente aquecido durante todo o tratamento;
● Cobrir todas as partes do corpo que não estão sendo massageadas;
● O ambiente deve ser mantido aquecido, quieto e privado;
Outras informações:
● O principal é que o paciente deve estar bem apoiado e que o profissional tenha
fácil acesso a parte que irá ser massageada;
● O fisioterapeuta deve estar em pé e numa posição confortável, sem ter que se
inclinar para frente;
● Não há situação que imponha a nudez e exposição completa do paciente;
● Não usar as roupas do paciente para cobri-lo, pois os lubrificantes podem
manchar;
Posição do terapeuta
● O terapeuta precisa ter uma postura que permita o relaxamento controlado
das mãos e a movimentação livre dos braços;
● Quando o paciente está deitado, o terapeuta fica de pé em descanso (pés um
pouco afastados);
● A oscilação pra trás e para frente com os joelhos e tornozelos dobrados,
permite que os braços e as mãos sejam aplicados sobre grandes áreas;
● Quadril e coluna movimentam pouco;
● Para manutenção do equilíbrio os pés devem estar fixos no chão;
● Este movimento oscilatório permite:
○ realização de longos movimentos de alisamento, de forma rítmica e
uniforme;
○ permite um relaxamento adequado dos braços e mãos;
○ evita a fadiga desnecessária em relação à posição inclinada para
frente (sob tensão) adotada por alguns terapeutas;
○ controle da quantidade de pressão aplicada pelo peso corporal;
● A altura da mesa deve ser ajustada ao ponto que o terapeuta possa atingir a
parte do corpo que será tratada, bem como manter as costas do profissional
eretas;
● Quando o paciente estiver sentado em uma cadeira, o terapeuta pode ficar
sentado na frente do paciente;
● Para prevenir tensões articulares, o terapeuta deve evitar uma excessiva
flexão dos punhos e hiperextensão dos dedos.
Classificação e descrição dos movimentos de massagem
Manipulações de alisamento:
● Definição: Realizado com toda superfície palmar, de uma ou ambas as mão,
movimentando-se em qualquer direção da superfície do corpo.
● Finalidade:
○ Dar início à sequência de massagem.
○ Permite que o paciente se acostume com as mão do terapeuta.
○ Permite que o terapeuta sinta os tecidos do paciente.
○ Quando feito lentamente, relaxa o paciente.
● Técnica básica e direção do movimento:
○ Pode ser feito em qualquer direção, desde que seja confortável para o
paciente e conveniente para o profissional.
○ O alisamento avança em 1 direção a cada vez, podendo ser paralelo,
transversal (perpendicular), ou diagonal ao eixo longitudinal.
○ O alisamento deve ser rítmico e contínuo para que o estímulo não seja
desigual.
○ O início deve ser definido, mas suave.
○ A manipulação pode ser efetuada com uma ou ambas as mãos, quando
forem ambas, podem ser alternadas (quando uma mão afasta do
paciente, a outra faz contato) ou simultâneas.
○ Em áreas menores (face) podem ser utilizadas as pontas dos dedos.
● Velocidade do movimento:
○ Lento: Relaxante
○ Rápido: Estimulante
● Profundidade e Pressão:
○ Alisamento superficial: Pressão menor (atinge tecidos superficiais)
○ Alisamento profundo: Pressão maior (atinge estruturas mais
profundas)
● Variações:
○ Alisamento superficial:
■ Lento e suave, mas suficientemente firme para que o paciente
tome consciência da passagem da mão em todo movimento.
■ Extremamente relaxante.
○ Alisamento profundo:
■ Efetuado com bastante lentidão.
■ Estimula a circulação no tecido muscular mais profundo, por
isso é feito na direção do fluxo venoso linfático.
● Efeitos:
○ Relaxamento significativo, alívio da dor (produz efeito sedativo) e
espasmo muscular.
○ Estimulação das terminações sensitivas, revigoramento generalizado.
○ Dilatação das arteríolas (profundo).
● Uso terapêutico:
○ Relaxamento geral ou local.
○ Informações teciduais.
○ Alívio de dor.
○ Alívio da flatulência e outros distúrbios intestinais.
○ Indução do sono.
● Contra-indicações:
○ Grandes áreas abertas (queimaduras ou ferimentos).
○ Edema muito extenso.
○ Varicosidades significativas
○ Áreas de hiperestesia (muito sensíveis ao contato).
○ Áreas extremamente pilosas.
Manipulações de Effleurage (Deslizamento)
● Definição: Effleurage (deslizamento) é um movimento de alisamento lento
com pressão crescente e na direção do fluxo venoso e linfático. Sempre que
possível o movimento termina em um grupo de nodos linfáticos superficiais.
● Finalidade:
○ Objetiva mobilizar o conteúdo das veias e dos vasos linfáticos
superficiais;
○ Facilita a circulação e mobiliza os líquidos teciduais;
○ Utilizado após o amassamento profundo a fim de movimentar os
líquidos mobilizados pelo amassamento;
○ Acabamento de uma sequência de massagem.
● Técnica básicas e direção do movimento:
○ Administrada na direção do fluxo venoso e linfático (isto é, centrípeta,
na direção do coração);
○ Efetuada com a superfície palmar de uma ou ambas as mãos, de
maneira alternada ou simultânea;
○ Pequenas áreas (face ou pé) são tratadas com os dedos;
○ Mãos relaxadas e amoldadas com precisão a forma da parte que está
sendo tratada;
○ Movimento rítmico e suave na direção de um grupo de linfonodos,
seguindo o trajeto de veias e vasos linfáticos superficiais;
○ Sempre trabalhando de áreas distais para proximais;
○ No final de cada movimento, pode-se deixar que as mãos retornem a
sua posição inicial:
■ por meio de alisamento suave;
■ podem ser erguidas da superfície do corpo.
● Velocidade e movimento:
○ Bastante lentidão (6 ou 7 polegadas por segundo);
○ Pressão exercida sobre os tecidos é muito maior que apenas o peso da
mão;
○ Ritmo deve ser equilibrado e relativamente constante;
● Profundidade e pressão
○ A pressão deve ser aumentada gradualmente para “empurrar” o
sangue e a linfa;
○ Deve haveruma pausa definida ao final de cada movimento, nas
proximidades dos nódulos linfáticos. Isso possibilita o fechamento das
válvulas, prevenindo o fluxo retrógrado;
○ Pressão firme porém confortável;
● Efeitos
○ Com a pressão mecânica, o fluxo de sangue nas veias superficiais vai
em direção ao coração;
○ Com o relaxamento da pressão, as válvulas das veias impedem o fluxo
retrógrado;
○ O fluxo linfático é acelerado, ou seja, há uma eliminação mais rápida
dos produtos do catabolismo , o que promove a cura;
○ Estimula circulação (sangue flui mais rápido) e, se realizada
profundamente, dilata as arteríolas superficiais;
○ Aumenta a mobilidade dos tecidos moles superficiais, gerando maior
ADM dos movimentos articulares e segmento dos membros;
● Uso terapêuticos
○ Acostumar o paciente a “sentir” o tratamento;
○ Elo de união para as diversas manipulações da massagem e
continuidade a massagem;
○ Para acompanhar movimentos mais profundos (ex: amassamento e
fricção) e melhorar a absorção dos produtos catabólicos;
○ Para distúrbios da circulação (ex: edema crônico, alguns distúrbios
cardíacos e distúrbios do neurônio motor inferior;
○ Em estágios subagudos e crônicos de lesões dos tecidos moles
(absorção do exsudato inflamatório);
○ Relaxamento e alívio da dor;
● Contra-indicações
○ Grandes áreas abertas (queimaduras ou ferimentos).
○ Edema muito extenso.
○ Varicosidades significativas
○ Áreas de hiperestesia (muito sensíveis ao contato).
○ Áreas extremamente pilosas.
○ Tumefação crônica do MMII, associada a insuficiência cardíaca
congestiva ou a qualquer distúrbio cardíaco associado a edema de
MMII;
Manipulação de Pétrissage (pressão)
● Manipulações de pressão (pétrissage) apresenta diversos movimentos de
massagem;
○ Característica: firme pressão aplicada aos tecidos;
● Os movimentos objetivam a mobilização do tecido muscular profundo ou da
pele e tecidos subcutâneos;
● Apresentam-se em quatro tipos distintos de movimentos: amassamento,
beliscamento, torcedura e rolamento de pele;
1. Amassamento:
● Definição: músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente
comprimidos e liberados;
○ movimento ocorre em sentido circular;
● Finalidade:
○ Intensa ação mecânica para mobilizar os tecidos profundos;
○ Mobilização de tumefação crônica, sobretudo onde a tumefação
sofreu um processo de organização e que prejudica a
movimentação normal;
● Técnica básica e direção do movimento
○ Pode ser efetuado com: várias partes da mão, toda a superfície
palmar e almofadas/pontas dos dedos ou do polegar;
○ Movimento circular;
○ Pressão é aplicada durante metade do movimento circular e
liberada durante outra metade
○
● Velocidade do Movimento
○ Movimento realizado com bastante lentidão;
■ se o amassamento for efetuado rápido, é provável que se torne
ineficaz ou desconfortável;
○ Ao usar toda a mão, o movimento circular deverá ter de 3 a 4 segundos
para se completar;
○ Caso seja usado outra parte da mão (almofadas dos dedos/polegar), o
movimento será menos demorado;
● Profundidade e pressão
○ Aplicação de pressão significativa nos tecidos;
○ A pressão deve ser adaptada conforme o tecido a ser tratado;
○ Pressão aplicada somente em metade do ciclo;
1.1 Amassamento por compressão
● O movimento envolve toda a superfície palmar das mãos;
● Os tecidos são pressionados para cima e para dentro em um movimento
circular contra os tecidos subjacentes e depois liberados;
● Se os tecidos são planos (como as costas), as mãos podem ser usadas lado a
lado. Porém, nos membros, as mãos podem operar em oposição entre si;
● Compressão gerada pela ação lumbrical dos dedos;
● Habitualmente, realizado em massas musculares relativamentes volumosas
(como a coxa);
● Pode ser efetuada em pequenos músculos também;
1.2 Amassamento com as almofadas dos dedos
● Movimento circular efetuado com as almofadas dos dedos;
● As mãos podem operar entre fases e fora destas também, isso é questão de
preferência.
○ Se as mãos estão posicionadas em oposição entre si, geralmente os
dedos operam em fase (ex: cotovelo);
● Aplicado em áreas pequenas, de tamanho médio e com formas irregulares
(ex: tornozelo).
●
1.3 Amassamento com a almofada do polegar
● Amassamento circular com os polegares;
● Feita ao longo dos músculos fusiformes;
● Utilizada em áreas muito pequenas das mãos, pés e faces.
1.4 Amassamento reforçado
● É efetuada com uma mão em cima da outra, para reforçar o movimento;
● Usada em pacientes muito robustos para obtenção de tratamento efetivo;
○ Quando o fisioterapeuta tem a estatura pequena comparado ao
paciente.
1.5 Amassamento com os nós dos dedos
● Áreas pequenas que necessitam maior aprofundamento (sola do pé);
● Uso da superfície dorsal das falanges médias ou proximais;
● Pode ser gerada uma pressão significativa com o punho cerrado.
2. Beliscamento
● Definição: os músculos são agarrados, erguidos dos tecidos subjacentes,
comprimidos e soltos (liberados);
○ O agarramento e a liberação são realizados circularmente, e na
mesma direção das fibras musculares;
● Finalidade:
○ Exerce uma ação mecânica significativa nas fibras musculares e
pretende aumentar a mobilidade muscular, facilitando o
funcionamento normal das articulações e dos membros;
● Técnica básica e direção dos movimentos:
○ Realizada com uma mão em um músculo ou grupo muscular;
○ O tecido a ser tratado é agarrado com toda a mão e o polegar em
intensa abdução;
○ Mãos usadas em conjunto para tratar grupos musculares muito
volumosos;
○ A pressão inicial é exercida para cima e para dentro, em um
movimento circular na direção dos tecidos;
○ Em seguida, os tecidos são agarrados pela palma da mão, e os dedos e o
polegar são controlados pelos músculos intrínsecos (ação lumbrical);
○ Os músculos são levantados e afastados das estruturas subjacentes
(extensão do punho);
○ Os tecidos são liberados e a mão desliza sobre o ventre muscular, então
repete-se o movimento;
○ Uma variação dessa técnica ocorre quando os tecidos são agarrados e
“passados” para a outra mão enquanto ainda estão levantados;
● Velocidade do movimento:
○ O movimento deve ser lento, contínuo e rítmico;
○ O movimento deve ser feito por todo o ventre muscular, em geral, da
origem até a inserção;
○ O agarramento deve ser suave e flexível;
● Profundidade e pressão:
○ Deve ser exercida uma pressão suficiente para agarrar, levantar e
afastar o tecido muscular das estruturas subjacentes;
○ Os tecidos são apertados antes de serem liberados, o que exige
considerável pressão;
○ Em geral, o beliscamento não é uma técnica tão profunda como o
amassamento com compressão.
○
3. Torcedura
● Definição: manipulação em que os tecidos são levantados com ambas as mãos
e comprimidos alternadamente entre os dedos e o polegar das mão em
oposição.
● Finalidade:
○ Mobilização de músculos individuais ou grupos de músculos,
facilitando o funcionamento normal das articulações e dos membros.
○ Exerce uma ação mecânica significativa nas fibras musculares devido
ao movimento de torção que ocorre nos tecidos.
● Técnica básica e direção do movimento:
○ Mãos posicionadas ao longo do eixo do músculo, com os polegares em
grande abdução.
○ Os tecidos são agarrados com ambas as mãos, levantados e
comprimidos entre os dedos e o polegar da mão oposta.
○ O movimento dos tecidos é obtido mediante a extensão e flexão
alternada dos punhos (torcer roupa molhada).
○ As mãos movimentam-se alternadamente ao longo do eixo
longitudinal do músculo, operando transversalmente às fibras
musculares e estirando os tecidos.
○ Geralmente, é feita em grupos musculares volumosos e frouxos, porém
pode ser adaptada para músculos menores ( com as pontas dos dedos e
polegares).
● Velocidade do movimento:
○ É efetuado em velocidade lenta a média (cerca de 4 a 6 polegadas em
músculos grandes, e pouco menos em menores).
○ Exige um ritmo particularmente uniforme.
● Profundidade e pressão:
○ Tendo em vista que os tecidos são agarrados, levantados e afastados
das estruturas mais profundas, o movimento implica uma pressãorazoável.
○ A pressão deve ser regulada de modo a não causar dor no paciente.
4. Rolamento de pele
● Definição: a pele e os tecidos subcutâneos são rolados sobre as estruturas
mais profundas.
● Finalidade:
○ Mobilização da pele e estruturas subcutâneas.
○ Melhora a circulação pois mobiliza os vasos superficiais devido ao
dobramento da pele sobre si.
○ Melhora no funcionamento das articulações e dos membros, pois atua
na extensibilidade da pele.
● Técnica básica e direção do movimento.
○ As mãos repousam completamente lado a lado com os polegares em
abdução.
○ Os dedos extendidos arrastam os tecidos na direção dos polegares (
similar a “andar” com os dedos), formando uma prega de entre os
dedos e os polegares ;
○ Os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos, rolando-os
em torno da parte do corpo, em um movimento ondular, e afastando-os
do terapeuta. O movimento é repetido na parte adjacente da pele.
● Velocidade do movimento:
○ Realizado de forma muito lenta (De 4 a 6 polegadas por segundo).
○ Tomar cuidado para não beliscar nem causar dor.
● Profundidade e pressão:
○ Não exige uma pressão significativa, para ser eficaz.
■ Pacientes com tecido adiposo espesso ou musculatura rígida
tornam-se mais propícios a sentirem dor durante o rolamento.
○ Dependendo da mobilidade da pele ou estrutura, a técnica pode se
tornar difícil senão impossível de ser realizada adequadamente.
○ É muito mais fácil efetuar um rolamento de pele efetivo se essa for do
tipo frouxa.
○
● Efeitos da petrissage
○ Sobre a circulação:
■ Pela compressão e relaxamento alternado dos músculos, as
veias se esvaziam e enchem alternadamente, aliviando a
congestão dos leitos capilares e melhorando os fluxos
sanguíneos. O fluxo da linfa é estimulado pelo mesmo
mecanismo.
■ Quando uma petrissage vigorosa é aplicada pode haver
liberação de substâncias vasodilatadoras.
○ Sobre os músculos:
■ Aumenta a irrigação sanguínea
■ Por conta da aceleração no fluxo venoso e linfático, os produtos
do metabolismo são eliminados mais eficientemente.
■ A petrissage lenta e rítmica relaxa os músculos e reduz a dor.
■ O tecido cicatricial pós-traumático, assim como as articulações
e membros podem ser melhorados por meio de uma petrissage
lenta e profunda (particularmente por torcedura).
○ Na pele e nos tecidos subcutâneos:
■ O aumento da irrigação sanguínea favorece a resolução dos
processos inflamatórios da pele e dos tecidos subcutâneos.
■ A pele é mobilizada pelas manipulações e isso promove sua
elasticidade.
● Usos terapêuticos da petrissage
○ Para facilitar a circulação profunda e superficial até uma área do
corpo afetada.
○ Para mobilizar as contraturas musculares.
○ Para mobilizar a pele e os tecidos subcutâneos.
○ Para ajudar da resolução do edema crônico
○ Para aliviar a dor e a fadiga muscular
○ Para promover o relaxamento
● Contra-indicações:
○ Amassamento profundo em lacerações musculares agudas (hematoma
intramuscular)
○ Amassamento em torno de articulações agudamente inflamadas
○ Doenças cutâneas (dermatite aguda e psoríase).
○ Lesão ou doença dos vasos sanguíneos (tromboflebite e trombose de
veia profunda)
○ Membros hipertônicos e hipotônicos.
○ Doença maligna na área sobre tratamento ou nas proximidades
(câncer ou tuberculose)
○ Infecções bacterianas na área sobre tratamento e suas proximidades,
sobretudo infecções sobre articulações
Manipulações de Tapotement (percussão)
● Caracterizam-se por partes variadas da mão golpeando os tecidos em uma
velocidade bastante rápida.
● As mãos operam alternadamente e os punhos são mantidos flexíveis de modo
que os movimentos sejam leves, elásticos e estimulantes.
● Estimula os tecidos pela ação mecânica direta ou reflexa
1. Palmadas (tapotagem)
● Movimento com as mãos em formato de concha que golpeiam rapidamente a
superfície cutânea, comprimindo o ar e provocando uma onda de liberação
que penetra nos tecidos.
● Finalidade:
○ Objetiva estimular os tecidos por meio de uma ação mecânica direta
○ Quando efetuada sobre os pulmões, as ondas mecânicas ajudam a
soltar as secreções.
○ Quando aplicada sobre os tecidos musculares, estimulam a atividade
muscular pela ativação mecânica direta dos aferentes aos fusos
musculares.
● Técnica básica e direção do movimento:
○ Movimentos alternados das superfícies palmares das mãos em concha
(sem rigidez).
○ O movimento é feito pela flexão e extensão alternada dos punhos, o
restante do braço deve permanecer o mais relaxado possível.
● Velocidade do movimento:
○ As palmadas são efetuadas com bastante rapidez já que consistem em
estimular os tecidos.
○ A velocidade é determinada pelo fisioterapeuta, pela capacidade de
coordenar os movimentos dos punhos.
● Profundidade e pressão:
○ Apesar de ser efetuada rapidamente, deve ser realizada com
suavidade.
○ Isso é possível pois o movimento é realizado pelo punho e não pelo
cotovelo.
○
2. Pancadas:
● Definição: efetuado com uma ou duas mãos, em que o punho frouxamente
serrado golpeia a parte do corpo de modo que o dorso das falanges médias e
distais dos dedos e a parte carnuda da palma da mão entrem em contato com
os tecidos.
● Finalidade:
○ Objetiva estimular os tecidos por meio de uma ação mecânica direta.
○ Embora seja semelhante a pancada, a palmada é mais estimulante.
○ Sobre certas áreas (por exemplo o sacro), a manipulação pode ser
realizada por apenas uma das mãos e em um ritmo mais lento.
○ A mão relaxada cai sobre a parte com as falanges terminais
estendidas, este movimento é conhecido como pancada sacral.
● Técnica básica e direção do movimento.
○ É efetuada com movimentos alternados do dorso das falanges médias
e distais que formam punhos frouxamente serrados, juntamente com
uma parte da palma da mão próxima a articulação do punho.
○ O movimento é realizado pelo punho e não pelo cotovelo.
● Velocidade do movimento:
○ As pancadas são feitas com bastante rapidez, pois visam a
estimulação.
○ A velocidade adequada será determinada pelo fisioterapeuta.
● Profundidade e pressão:
○ Realizado com uma pressão bastante superior à da palmada.
3. Cutilada:
● Definição: movimento efetuado com as mãos, em que as bordas laterais e as
superfícies dorsais dos dedos golpeiam a pele em rápida sucessão, com o
objetivo de criar um efeito estimulante e vigoroso.
● Finalidade
○ Estimulação da pele e dos tecidos subcutâneos e musculares.
● Técnica básica e direção do movimento:
○ O fisioterapeuta de pé e em ângulo reto com o eixo longitudinal dos
músculos que serão tratados; flexiona os cotovelos e promove a
abdução dos ombros, de modo que os antebraços fiquem praticamente
horizontais com os punhos quase em extensão completa (posição de
oração).
○ O movimento é um rápida alternância entre pronação e supinação dos
antebraços, com as mãos operando fora de fase entre si.
○ Bordas ulnares e superfícies dorsais do terceiro, quarto e quinto dedo
golpeiam a superfície cutânea.
○ Movimentação das mãos de um lado para o outro ao longo do músculo
em tratamento.
○ Os dedos e as mãos precisam estar relaxados para não causar
desconforto ao paciente.
○ A manipulação é efetuada transversalmente às fibras musculares e
deve ser evitada em regiões ósseas.
● Velocidade e movimento:
○ Deve ser aplicada com a maior rapidez possível.
○ A cutilada exige coordenação dos esforços e é melhor aplicá-la
lentamente e corretamente, do que rápida de maneira errônea.
○ Erro mais comum: flexionar e estender os cotovelos ao invés de girar os
antebraços, o que causa pressão excessiva.
● Profundidade e pressão:
○ Realizada com rapidez e leveza, sem a aplicação de pressão além do
peso dos dedos relaxados.
● Variações:
○ Cutilada com a borda ulnar :
■ É similar, mas usa-se a borda ulnar da mão e os dedos em
grandes áreas carnosas, para que seja obtido um efeito mais
profundo
○ Cutilada pontual:
■ Aplicada apenas com as pontas dos dedos, quando o punho é
altamente flexionado ou estendido.
■ Usada apenas na face.
4. Socamento
● Definição: movimento realizado com as bordas ulnaresdos punhos
frouxamente cerrados, o qual golpeia de maneira alternada e rápida.
● Finalidade:
○ Movimento estimulante, um tanto mais profundo que a cutilagem;
○ Maior profundidade ao movimento;
● Técnica básica e direção do movimento:
○ Fisioterapeuta permanece em pé, em ângulo reto com o eixo
longitudinal dos músculos que serão tratados;
○ Cotovelos ficam flexionados e os ombros abduzidos, de modo que os
antebraços fiquem horizontais e os punhos em completa extensão;
○ O movimento consiste em uma rápida alternância da pronação e
supinação dos antebraços (mãos operando fora de fase);
○ Punhos levemente cerrados, o golpe sobre a pele é feito pela borda
ulnar da mão e do quinto dedo;
● Velocidade do movimento:
○ O movimento deve ser o mais rápido possível, porém sem perder a
qualidade deste;
● Profundidade e pressão:
○ O movimento é mais profundo do que a cutilada;
○ Estimulação de massas grandes e profundas, por conta da
profundidade;
● Efeitos do Tapotement
○ Efeitos mecânicos:
■ Quando a percussão é aplicada sobre o tórax, com o paciente em
decúbito ventral (posição de drenagem postural), o muco
aderido pode ser direcionado ao trato respiratório, e assim,
podendo ser expelido pela tosse;
○ Efeitos dos reflexos:
■ Ocorre avermelhamento da pele (reflexo axonal);
■ Primeiramente ocorre vasoconstrição secundária (estimulação
dos nervos vasos motores), em seguida ocorre vasodilatação;
■ Cutiladas sobre os músculos espinhais podem induzir sensação
de calor e revigoramento (estimulação do ramo sensitivo);
■ A percussão sobre as fibras musculares resulta em um efeito de
estiramento que reflexamente facilita a contração muscular
(via reflexo de estiramento);
■ Com a estimulação de terminações nervosas sensitivas
(mecanorreceptores) ocorre o alívio da dor.
● Uso terapêutico:
○ Tratamento de distúrbios crônicos do tórax (fibrose cística e
bronquiectasia);
○ Efeito estimulante geral;
○ Alivia nevralgia após amputação, traumatismo ou qualquer distúrbio
patológico;
● Contra-indicações:
○ Palmadas vigorosas podem causar lesões, principalmente sobre tecido
pulmonar subjacente (paciente com fratura grave de costela);
○ Aplicação de palmadas em casos de insuficiência cardíaca aguda,
sobretudo em trombose coronariana (risco de embolia) ;
○ Em caso de hipertensão severa, os movimentos podem aumentar a
pressão sanguínea a níveis perigosos;
○ A técnica pode ser dolorosa ou desconfortável para pacientes com
hiperestesia;
○ Flacidez coloca o paciente sobre risco de estiramento do músculo;
○ Aumento significativo da espasticidade;
○ A percussão pode interferir na cicatrização (atrapalhando a formação
ou estimulando a superprodução de tecido);
○ Aumento de lesão em tecidos com edema traumático agudo;
○ Disseminação de câncer ou tuberculose

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