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PROJETO INTEGRADOR DE COMPETÊNCIAS EM PEDAGOGIA I 
	Aluna: Ana Carmen Peres Rodrigues
	RGM: 305.696.368-09
	Polo: Unicid- Salto de Pirapora
	Tutor: Vitória Soares
Mulheres no EJA: A importância do empoderamento feminino na Educação para a sua formação. 
Introdução: Esse estudo tem como objetivo analisar a contribuição da Educação de Jovens e Adultos- Mulheres no EJA: A importância do empoderamento feminino na Educação para a sua formação. Para a análise do debate que descreve que desde o princípio da constituição humana houve a divisão sexual entre o masculino e o feminino, pois para a mulher sempre foi designado o papel de genitora, lactante e educadora da sua família, embora tenha sempre ajudado no trabalho fora de casa. No decorrer dos tempos, a ideia de superioridade do homem sobre a mulher sempre foi considerada absolutamente normal. Com base nessa cultura, estruturou-se o modo de pensar que discriminou e, ainda, discrimina a mulher em diversos setores, reafirmando o princípio da diferenciação como base de uma sociedade que só aparentemente se homogeneíza.
A pesquisa procurou investigar a importância da escola na vida das estudantes e como a escola pode desempenhar um papel fundamental para o empoderamento das mulheres. Pensando nos condicionantes que excluíram tais mulheres da escola, a pesquisa e estudo, visou entender quais foram as mudanças ocorridas na vida de cada uma delas; como se sentem após ingressarem aos estudos novamente.
Desenvolvimento:
 Gênero é uma categoria criada para demonstrar que a grande maioria das diferenças entre os sexos são construídas social e culturalmente a partir de papéis sociais diferenciados que, na ordem patriarcal, criam polos de dominação e submissão (CUNHA, 2014. p.2). A educação segue desde o Brasil colônia uma conduta excludente com um grupo de indivíduos, pois as classes que eram privilegiadas ao acesso à educação eram as pessoas brancas pertencentes à elite e que exerciam um papel de destaque na sociedade, as demais classes: negros, indígenas e principalmente a maioria das mulheres eram excluídas do acesso à educação. Quanto menor fosse o privilégio, mais excluso o sujeito era.
A luta do ser humano pelo direito à educação, e especificamente, da mulher ao pleno exercício da cidadania é antiga e a negação aos despossuídos também. No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases - LDB, que assegura o direito à educação. Segundo a LDB (1996), art. 37.
A EJA é procurada por sujeitos que não tiveram acesso à educação no tempo dito “regular’’, pois inúmeros motivos fizeram com que tais sujeitos não tivessem condições de estar no ambiente escolar no período considerado o adequado. Entretanto, pensando no acesso, as mulheres tiveram menos oportunidades ainda, pois, desde muito cedo, tiveram que abraçar suas casas e famílias e/ou trabalhar para garantir o sustento e completar a renda. Vale frisar também a clara imposição pautada na construção social de que somente homens deveriam exercer cargos importantes, profissões importantes, restando às mulheres da classe média alta a possibilidade de atuar sendo professora. As mulheres pobres foram, então, obrigadas a deixar a educação em razão de três aspectos: primeiro porque o acesso era dificultado; segundo por conta da prioridade ser o trabalho e terceiro porque prevalecia certo preconceito acerca da possibilidade de que a mulher fosse letrada, visão tão enraizada que até mesmo as próprias mulheres não enxergavam o acesso à educação como um direito universal, independente de gênero, cor ou classe social.
Evidentemente as divisões de classe, etnia e raça tinham um papel importante na determinação das formas de educação utilizadas para transformar as crianças em mulheres e homens. A essas divisões se acrescentariam ainda as divisões religiosas, que também implicariam diversidades nas proposições educacionais (LOURO, 1997, p.1).
Além do acesso à educação ter sido limitado para as mulheres, as crianças, jovens e adultos negros não tinham acesso, pois não havia uma preocupação acerca de que tais sujeitos frequentassem a escola. Os negros eram inclusive, proibidos de frequentar o mesmo ambiente que os brancos. As práticas educativas que existiam eram relacionadas com a posição social que aquele sujeito exercia. Com isso, o ensino era realizado conforme cada região e era ensinado para os homens, além da leitura e da escrita, o conhecimento das quatro operações, bem como também passaram a ser oferecidas noções de geometria. As meninas, por outro lado, recebiam práticas de bordado e costura, o que caracterizava uma diferenciação de acesso, pois aos homens eram oportunizados ensinamentos específicos que faziam com que saíssem da escola com maior possibilidade de conseguir um emprego melhor ou ascender socialmente. As práticas destinadas às mulheres, por conseguinte, faziam com que fosse mantido um papel de inferioridade.
Segundo os resultados de um recorte educacional da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) feito pelo IBGE, no que se refere à análise por sexo, do total daqueles que frequentavam ou frequentaram anteriormente a Educação e Alfabetização de Jovens e Adultos (EJA), 53% eram mulheres e 47%, homens. Com relação ao rendimento, o maior percentual de pessoas que frequentavam EJA, na época da pesquisa, foi daquelas que estavam na faixa de até ¼ do salário mínimo (3,0%) e as que não tinham rendimento (2,6%). A maioria dos que cursavam EJA era formada por pessoas que se declaravam pardas (47,2%), seguidas por brancas (41,2%), negras (10,5%) e de outra raça (1,1%). Com base nos dados definidos pelo IBGE é possível identificar que a maioria dos alunos inseridos na EJA são mulheres colocando em evidência as relações existentes entre as questões de gênero e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Considerações Finais 
Paulo Freire deixou contribuições valiosas para o processo de ensino aprendizagem da Educação de Jovens e Adultos. Uma das contribuições mais importantes, é retirar do professor o papel de detentor do saber e transferir para o aluno o papel de construtor e modificador de seus conhecimentos.
No ano de 1932 foi instituído o voto feminino no Brasil, e também as mulheres tiveram direito a votar e serem eleitas para cargos no executivo. A Constituição de 1988 declarou as mulheres iguais aos homens em todos os aspectos legais, declarando explicitamente no Artigo 5, do Título II, que "homens e mulheres têm iguais direitos e deveres sob os termos desta Constituição". As mudanças que ocorreram na sociedade nos últimos tempos são bem visíveis quando se trata do comportamento e aceitação das pessoas pertencentes ao gênero feminino. Há mais mulheres trabalhando, muitas se tornaram chefe de família e em conjunto, uma parcela considerável de mulheres está optando por voltar a estudar. Esse último fato é motivado segundo Barbosa (2012) pelas mudanças econômicas e culturais pelas quais a sociedade está vivenciando, fazendo as mulheres participarem ativamente dos programas educacionais. A busca pela qualificação das mulheres se deve principalmente ao fato de almejarem melhores empregos, adquirirem liberdade financeira ou por desejarem manter contato com a sociedade. Porém, é perceptível que mesmo com essas mudanças positivas, as mulheres ainda não adquiriram condições igualitárias quando comparados com os homens. Segundo Santos (2009, apud Camargo, 2012) 60% da evasão escolar referente às mulheres é causada pela a necessidade de cuidar dos filhos ou até mesmo pela proibição do marido. 
Referências
BARBOSA, Roberta Brasilino. A formação profissional e a ressignificação do papel do Psicólogo no cenário escolar: uma proposta de atuação-de estagiários a psicólogos escolares. Psicologia Ciência e Profissão, v. 32, n. 1, p. 250-263, 2012.
BRASIL, Lei de Diretrizes. Bases 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, v. 20.
CAMARGO, Janira Siqueira. A mulher nos documentos da educação de Jovense Adultos e Adultas. Revista Ártemis, Edição, v. 14, p. 155-163, 2012.
CUNHA, Bárbara Madruga. Violência contra a Mulher, Direito e Patriarcado. In: XVI Jornada de Iniciação Científica de Direito da UFPR, 2014, Curitiba. Anais... XVI Jornada de Iniciação Científica de Direito da UFPR, 2014. v. 1. p. 149-170. 
LOURO, Guacira Lopes. Mulheres nas salas de aula. In: Mary del Priore. (Org.). História das Mulheres no Brasil. 2. ed. São Paulo: Contexto e UNESP, 1997. p. 443-481.
http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/viewFile/412/242- acesso em 26/04/2022

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