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Principais sintomas associados ao estômago Os principais sinais seriam vômito, sensibilidade abdominal, refluxo, náusea, gastrite, apatia, falta de apetite ou dificuldade de se alimentar. Abordagem semiológica O primeiro passo é fazer a identificação do paciente, onde a idade, se for um animal jovem, já indica que ele ingeriu um corpo estranho ao organismo ou verminoses, o que vai gerar os sintomas comuns de afecção da cavidade gástrica. A espécie é importante, por exemplo, o gato não é comum aparecer com corpo estranho. Nas raças, é possível haver animais que possuem predisposição à algumas afecções. O segundo passo é a anamnese, identificando o tipo do alimento que é ofertado ao animal, a quantidade, a frequência de alimentação e onde a ração é armazenada. Deve ser perguntado se foi dado algum fármaco ao animal, principalmente AINE’s, pois possuem a capacidade de causar gastrites e posteriormente uma úlcera, e qual a dose utilizada. O manejo geral é outro ponto importante, onde as perguntas devem ser: O animal escapa para a rua? O animal comeu algo diferente? Ele vive com outros animais? Ele é vacinado e vermifugado? Qual a vacina e quando esse animal foi vacinado? Quais plantas o animal tem acesso? Deve-se perguntar sobre o vômito, para descobrir se é mesmo vômito ou é regurgitação. Se for vômito, pode ser dividido em dois tipos, o vômito precoce e o tardio. O vômito precoce é aquele onde o alimento mal chega ao estômago e já volta pra fora, muito relacionado com gastrites e úlceras estomacais. O vômito do tipo tardio é aquele que o animal ingere e só depois de muito tempo que o alimento volta, e nesse caso é relacionado com pancreatite, por conta do mal funcionamento da ação das enzimas pancreáticas. A característica da êmese é importante, podendo ser alimento digerido ou mal digerido, a cor do vômito, se possuía muco ou espuma. Em casos de vômito de espuma branca, é característica de gastrite inicial. No vômito amarelado, é líquido da bile, onde pode ser um problema hepático ou um refluxo de bile. Em vômitos com sangue, pode indicar uma úlcera severa, corpo estranho, ou até mesmo uma doença como Parvovirose, leptospirose ou gastrite por Hellicobacter. Por último é feito o exame físico no paciente. É iniciado pela inspeção e olfação da cavidade oral, onde a halitose pode indicar um caminho a ser seguido, na inspeção é observada a mucosa, se há lesões, se tem brilho, se está hidratada e a cor. No estomago é feita a palpação na região mais cranial do abdômen, mas aproveita-se para palpar o resto da cavidade, para identificar se há dor, sensibilidade, aumento de volume ou presença de alimento/corpo estranho. Também pode ser feito uma percussão Exames complementares Os exames complementares são importantes para confirmar ou descartar uma suspeita. Em casos de líquido na cavidade abdominal (ascite), é feita uma abdominocentese, onde é utilizado um cateter para drenar todo o líquido para aliviar os problemas do paciente e para enviar o líquido para análise. O local para a inserção da agulha é na linha alba, 2 a 3 cm caudal da cicatriz umbilical, onde todo o local deve passar pela tricotomia e antissepsia. Abordagem clínica e cirurgica da cavidade gástrica Bilioso Mucoso Alimentar + Muco Hematemese Outro exame é a gastroscopia indicada para visualizar de há sangramento e hiperemia. Esse exame também pode ser um procedimento clínico, onde pode ser utilizado para retirar corpo estranho ou colher amostras da cavidade gástrica. Outros exames são o hemograma (inflamação, anemia, parasitoses, etc.), dosagem de ureia e creatinina, PCR, radiografia, tomografia, ultrassom e exames sorológicos. Síndrome da dilatação-Torção Gástrica (DVG) Cães de raças grandes são mais acometidos por essa afecção, por conta dos ligamentos que seguram o estômago na posição correta serem mais distensíveis. O estômago pode chegar a girar até 360º em seu eixo mesentérico, puxando até o baço, causando estufamento. Inicialmente os principais sinais clínicos são aumento do volume abdominal e timpanismo, seguido de náusea, mímica de vômito, inquietação, depressão, sialorreia, agitação taquipneia e dispneia. No exame físico é possível identificar distensão abdominal com som timpânico, achados indicativos de hipovolemia ou choque (taquicardia, pulso femoral fraco, menor tempo de preenchimento capilar, palidez de mucosa) e dispneia. Nos casos dessa afecção, é feito um procedimento emergencial chamado de gastrocentese percutânea. Pode também ser realizado um procedimento cirúrgico chamado de gastrostomia, onde é feita uma incisão para comunicar o órgão com o meio exterior, para a retirada do gás e para a alimentação. Outros termos utilizados em procedimentos cirúrgicos no estômago são gastropexia, que é a fixação do estomago na posição correta, e a gastrorrafia, que é a sutura do estômago. Procedimento cirúrgico invasivo O procedimento cirúrgico utilizado em casos extremos, onde nenhum outro procedimento ou exame complementar funcionou ou não é possível faze-lo é a laparotomia exploratória, uma cirurgia muito invasiva, feita em último caso, na tentativa de resolver o problema que o animal apresentava, mas nem sempre é possível resolver. Gastrite difusa em gato Gastrite focal no piloro Sangramento na mucosa gástrica
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