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Semiologia do Sistema Neurológico

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2 
Semiologia do Sistema 
Neurológico 
MARÍLIA MIRANDA SANTANA 
P4 | Medicina | 2022 
Devo fazer todo o exame neurológico? 
Não! Faça o exame de acordo com as queixas do paciente. Investigue o que é (dormência, falta de 
sensibilidade, dor, perda de movimentos) no membro da queixa e busque simetria com o outro. É 
imprescindível a filtragem do exame! 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 Na história neurológica, deve se atentar para: 
• Modo de instalação: Se aguda, subaguda ou crônico. 
• Temporalidade: Organizar os sinais e sintomas de aparecimento da 
doença. 
• Comprometimento dos membros acometidos. 
• Comprometimento de nervos cranianos. 
• Fatores precipitantes ou de agravo. 
• História familiar de doença semelhante. 
• Hábitos de vida. 
 
Estado Mental e Funções Superiores 
Estado Mental 
 O estado mental diz respeito ao humor e aos pensamentos de um 
paciente. A profundidade do exame do estado mental dependerá do paciente e 
do seu problema. Em muitos pacientes, apenas uma avaliação simples será 
necessária. Entretanto, vale a pena considerar se uma avaliação mais profunda 
seria aconselhável em todos os pacientes. 
O que fazer e o que você encontra. 
Aparência e comportamento. 
Há sinais de autoabandono? 
• Sujo ou desarrumado: considere depressão, demência, alcoolismo ou 
abuso de drogas. 
O paciente parece deprimido? 
• Testa franzida, imóvel, face de tristeza, fala lenta e monótona. 
O paciente parece ansioso? 
• Agitado, inquieto, com pobre concentração. 
O paciente se comporta adequadamente? 
• Aparentando familiaridade excessiva ou agressividade: considere 
frontalismo. 
• Indiferente, com pouca responsividade emocional: embotamento 
afetivo. 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
O humor do paciente se modifica rapidamente? 
• Choro ou riso fácil: labilidade emocional. 
O paciente manifesta adequada preocupação com seus sintomas ou 
incapacidade? 
• Falta de preocupação face a uma incapacidade significativa. 
 
Funções Superiores 
 O termo funções superiores é utilizado para incluir a linguagem, o 
pensamento, a memória, a compreensão, a percepção e o intelecto. Os 
propósitos do teste de funções superiores são documentar o nível de função de 
uma forma reprodutível, distinguir déficits difusos e focais e avaliar o nível 
funcional dentro da comunidade. 
 As funções superiores podem ser divididas nos seguintes elementos: 
Atenção, memória, cálculos, pensamento abstrato, percepção espacial e 
percepção visual e corporal. 
FUNÇÃO TESTE 
Atenção e Concentração 
 
São modificadas em quadros mais 
agudos, com em cetoacidose 
diabética. 
Digit Span→Diga ao paciente que 
quer que ele repita alguns números 
que você lhe dará. Comece com 
números de três ou quatro dígitos e 
aumente até que o paciente cometa 
vários erros. 
Ex: “Quando eu disser um, dois, três 
você dirá três, dois, um.” 
Normal: sete para frente, cinco ao 
revés. 
Orientação em tempo e espaço Tempo: Que dia é hoje? Qual é a 
data? Qual é o mês, o ano? 
Lugar: Como se chama este lugar? 
Qual é o nome da clínica? Qual o 
nome da cidade? 
Memória 
 
Memória de curto prazo ou 
episódica 
Cinco minutos depois de pedir que o 
paciente memorize nomes, peça-lhe 
que o repita. 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Anote quantos erros são cometidos. 
Memória de longo prazo ou 
semântica 
Teste o conhecimento factual que 
você esperaria que o paciente tivesse: 
nome de avó, em que ano se casou. 
Funções executivas A avaliação é feita de acordo com a 
capacidade do paciente administrar 
(selecionar, organizar, planejar e 
inibir ações ou comportamentos) 
suas emoções e instrumentos. 
Linguagem A avaliação é feita pelo uso da 
linguagem verbal ou gesticulação. 
Pensamentos abstratos A avaliação é feita de acordo com a 
capacidade do paciente relacionar 
coisas ou entender provérbios. 
“Insight” e Julgamento Avaliar o discernimento do paciente 
sobre o que é certo e errado. 
 
 Há alguns métodos para a avaliação do estado mental e funções 
superiores, como o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Montreal Cognitive 
Assessement (MOCA) e a Bateria Breve. 
 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Com base nesses exames, podemos observar alterações: 
Fala 
As anormalidades da fala devem ser consideradas em primeiro lugar, 
uma vez que podem interferir na obtenção da história, com a avaliação 
subsequente de outros aspectos das funções corticais superiores e com a 
realização do restante do exame. 
As anormalidades da fala podem refletir anormalidades em qualquer 
ponto ao longo da cadeia de processos a seguir. 
PROCESSO ANORMALIDADE 
Audição Surdez 
Compreensão Afasia 
Pensamento e evocação de 
palavras 
Afasia 
Produção da voz Disfonia 
Articulação Disartria 
 
Afasia 
Distúrbio de compreensão, pensamento e evocação de palavras de 
palavras. A afasia pode ser classificada de várias formas e cada nova 
classificação trouxe uma nova terminologia. Existem, portanto, muitos termos 
para designar problemas semelhantes: 
Afasia de Broca→Afasia de expressão→Afasia motor. 
Afasia de Wernicke→Afasia receptiva→Afasia sensorial. 
Afasia nominal→Afasia anômica. 
 Os sons são reconhecidos como linguagem na área de Wernicke, que é 
então conectada a uma “área conceitual”, onde o significado da palavra é 
compreendido. A “área conceitual” é conectada à Área de Broca, onde a 
produção oral é geral. A área de Wernicke também é conectada diretamente à 
Área de Broca pelo Fascículo Arqueado. Essas áreas ficam no hemisfério 
dominante→O hemisfério esquerdo é dominante em pacientes destros e em 
alguns canhotos, e o hemisfério direito é dominante em alguns pacientes 
canhotos. 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 
1- Afasia de Wernicke: Compreensão pobre; fala fluente, mas 
frequentemente sem significado; repetição impossibilitada. 
2- Afasia de Broca: Compreensão preservada; fala não fluente; repetição 
impossibilitada. 
3- Afasia de Condução: Perda da capacidade de repetição com preservação 
da compreensão e da produção oral. 
4- Afasia Transcortical Sensorial: Compreensão pobre; fala fluente, mas 
frequentemente sem significado e com repetição preservada. Está 
relacionada com lesões na parte inferior da junção entre os lobos 
temporal, parietal e occipital. 
5- Afasia Transcortical Motora: Compreensão preservada; fala não fluente; 
repetição possível. Ocorre como resultado de lesões na para triangular 
do giro inferior do lobo frontal. 
No contexto da afasia, o termo transcortical refere-se à ocorrência de danos 
em vários lobos do cérebro que isolam algumas vias nervosas e estruturas 
relacionadas à linguagem. 
Exame: 
Avalie a Compreensão 
Faça uma pergunta simples ao paciente: 
• Qual é o seu nome? Onde você mora? 
• Qual é a sua profissão? Explique exatamente o que você faz. 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Se ele parece não entender: Repita mais alto. 
Teste a compreensão: 
• Faça perguntas cujas respostas sejam sim/não: 
—Por exemplo, “Isso é uma caneta?” (mostrando alguma coisa, depois uma 
caneta.) 
• Dê uma ordem simples: 
—Por exemplo, “Abra sua boca” ou “Toque seu nariz”. 
• Caso seja bem-sucedido, tente ordens mais complexas: 
—Por exemplo, “Com sua mão direita toque seu nariz e depois sua orelha 
esquerda.” 
• Determine o quanto é compreendido. 
Avalie a fala espontânea 
Se o paciente parece compreender, mas é incapaz de falar: 
• Pergunte se ele tem dificuldade para encontrar as palavras corretas. Isso 
frequentemente resulta num aceno positivo da cabeça e num sorriso, 
indicando o prazer pelo fato que você entendeu o problema. 
• Se o problema é menos severo, ele pode ser capaz de lhe dizer o seu 
nome e seu endereço, embora lentamente. 
Faça perguntas adicionais 
Pergunte, por exemplo, sobre a profissãodo paciente e sobre como o problema 
começou. 
• A fala é fluente? 
• Ele usa palavras corretamente? 
• Ele usa a palavra errada (parafasia) ou se trata de um jargão sem 
significado (algumas vezes denominado de jargonofasia)? 
Avalie a habilidade de evocação de palavras e a nomeação de objetos 
• Peça ao paciente que denomine todos os animais que ele possa imaginas 
(normal= 18-22 em um minuto). 
• Peça ao paciente que diga todas as palavras que puder recordar 
começando com uma determinada letra usualmente “f” ou “s” (anormal= 
menos de 12 em um minuto para cada letra) 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
• Peça ao paciente que nomeie objetos familiares próximos, por exemplo, 
um relógio, camisa, gravata, botões. 
Avalie a repetição 
• Peça ao paciente que repita uma frase simples, por exemplo, “O sol está 
brilhando”, e depois use frases cada vez mais complicadas. 
Teste a leitura e a escrita 
Certifique-se de que não haja deficiência visual e que o paciente esteja 
utilizando os seus óculos de leitura. 
Peça ao paciente para: 
• Ler uma frase. 
• Obedecer a um comando escrito, por exemplo, “Feche os olhos”. 
• Escrever uma frase. 
Déficit de leitura→dislexia 
Déficit de escrita→disgrafia 
 
 
 Antes de continuar com o exame, descreva os seus achados, por 
exemplo “Este paciente tem uma afasia global não fluente, socialmente 
incapacitante, que é predominantemente de expressão, com parafasias e 
repetição prejudicada. Há dislexia e disgrafia associadas.” 
OBS: A afasia global é a perda total da capacidade de fala, compreensão, 
leitura e escrita. 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 
 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Disfonia 
 É um distúrbio da produção(timbre) da voz e pode refletir uma patologia 
local das cordas vocais, uma anormalidade da inervação via nervo vago (nervo 
laríngeo recorrente) ou, ocasionalmente, uma perturbação psicológica. 
Se o paciente é capaz de fornecer o seu nome e endereço, mas é incapaz 
de produzir um volume sonoro normal ou fala sussurrando, ele apresenta 
disfonia. 
• Peça ao paciente que tussa. Avalie a qualidade da tosse. 
• Peça ao paciente para emitir um “iiiii” contínuo. Ele entra em 
fadiga? 
A tosse normal indica que a inervação motora das cordas vocais está 
preservada, mas que pode está ocorrendo problemas laríngeos locais ou 
histeria. Se a tosse não possui seu componente inicial explosivo—tosse 
bovina—indica paralisia da corda vocal. Ademais, a nota “i” não pode ser 
sustentada e ocasionar fadiga, nos casos contrários é importante considerar 
miastenia gravis. 
 
Disartria 
 É a dificuldade em articular palavras. A produção da voz requer 
coordenação da respiração, cordas vocais, laringe, palato, língua e lábios. A 
disartria pode, portanto, refletir dificuldades em diferentes níveis. 
 As lesões motoneurônio superior, do sistema extrapiramidal (como na 
doença de Parkinson) e as lesões cerebelares perturbam a integração dos 
processos da produção da fala e tendem a perturbar o ritmo na fala. 
 Se o paciente é capaz de dizer seu endereço, mas as palavras não são 
formadas corretamente, ele tem disartria. 
 Peça ao paciente que repita frases difíceis, por exemplo, “O rato roeu a 
roupa do rei de Roma”. Duas frases muito úteis são: 
• Um limão, dois limões, três limões: testa sons linguais. 
• O peito do pé do padre Pedro é branco: testa sons labiais. 
 Observe cuidadosamente: 
• O ritmo da fala. 
• As palavras arrastadas. 
• Quais sons causam maiores dificuldades. 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 
Disartrias mais comuns: 
• Disartria extrapiramidal: Causa comum→Parkinsonismo. 
• Disartria cerebelar: Causas comuns→Intoxicação alcóolica, esclerose 
múltipla, toxicidade por fenitoína, raramente: ataxias hereditárias. 
 
Dislalia 
 É um distúrbio no qual se observa alteração da articulação da palavra 
caracterizada pela troca de letras, como a troca pelo “l” e “r”. 
Discalculia 
 É a dificuldade na execução de cálculos envolvendo a subtração ou 
adição (devem ser avaliados pacientes escolarizados). 
 
 
 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Nervos Cranianos 
Nervo Craniano I: Nervo Olfatório 
 Este nervo é raramente testado na prática clínica. O exame é geralmente 
realizado para investigar uma queixa específica e não como um teste de 
rastreio. A maioria dos odores reconhecíveis requer o sentido da olfação 
intacto. Para a execução desse exame é importante identificar se o paciente está 
com alguma infecção viral ou bacteriana do trato respiratório, para diferir de 
uma causa neurológica. 
 O exame é feito com uma substância previamente conhecida pelo 
paciente, como o café, e que não seja irritativa. O odor deve ser apresentado a 
cada narina do paciente de forma que o paciente esteja com os olhos fechados 
para que não ocorra um erro no exame. A partir disso, podemos encontrar uma 
anosmia bilateral ou anosmia unilateral. 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Incapacidade de sentir cheiro Anosmia 
Tem dificuldade, mas ainda 
consegue sentir 
Hiposmia 
Aumento de sensibilidade 
olfatória 
Hiperosmia 
Percepção inapropriada de odores 
desagradáveis 
Cacosmia 
 
Nervo Craniano II: Nervo Óptico 
 A avaliação do nervo óptico consiste na capacidade do paciente 
conseguir enxergar à longa distância (acuidade visual), ter os campos visuais 
funcionais e o exame de fundoscopia sem alterações. 
Acuidade Visual: 
 Para avaliar a acuidade visual posicionamos o paciente a seis metros da 
tabela de snellen e solicitamos que ele leia o que está escrito de cima para 
baixo. 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Campimetria: 
 A avaliação deve ser feita de modo que o examinador fique frente a 
frente com o paciente a uma distância de 60cm, com os olhos opostos ocluídos . 
Após isso, o examinador estende os braços para o lado, deixando seus dedos 
estendido e, analisando os quatro quadrantes, avaliar os campos visuais do 
paciente. 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Mancha escura dentro do campo 
visual 
Escotomas 
Metade do campo visual de cada 
olho 
Homônima (Temporal e Nasal) 
Heterônima (Mesmo campo) 
Perda da visão em um quadrante 
do campo visual 
Quadrantopsia 
 
Fundoscopia: 
 É a avaliação do fundo de olho. Nela se observam o tamnho, forma e 
aparência dos vasos, retina, coroide e fóvea central, procurando identificar 
hemorragias, exsudatos, pigmentos, atrofias e/ou edema. 
 
Nervos Cranianos III, IV, VI: Nervos Oculomotor, Troclear e Abducente 
 O III nervo craniano (Oculomotor) inerva os músculos reto superior, 
inferior, medial, o obliquo inferior e o levantador da pálpebra superior. Além de 
invervar os músculos intrínsecos (ciliar e esfíncter), ou seja, ajuda a abrir o 
olho, olhar para cima, baixo e para a linha média. 
 O IV nervo craniano (Troclear) inerva o músculo oblíquo superior. 
Ajuda a olhar para baixo e para o meio 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Perda total da acuidade visual Amaurose 
Diminuição da acuidade visual 
(visão dupla, diplopia) 
Ambliopia 
Disfunção na diferenciação de 
cores 
Discromatopsia 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 O VI nervo craniano (Abducente) inerva o músculo reto lateral. Ajuda 
a olhar lateralmente. 
 
 
 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 No exame será avaliada a motilidade extrínseca, na qual o paciente irá 
acompanhar o movimento dos dedos do examinador apenas com os olhos. O 
exame é feito incialmente apenas com um olho e, posteriormente, com os dois 
olhos. Nessa etapa deve-se avaliar a abertura ocular. 
 Ao examinar a motilidade intrínseca são analisados os movimentos de 
contração e dilatação pupila, colocando luz da parte lateral para a medial do 
olhos e vendo a reação individual (reflexofotomotor direto) e em conjunto 
(reflexo fotomotor consensual) dos olhos. 
 Ademais, avaliamos o reflexo de acomodação que consiste na 
aproximação de um objeto na direção da ponta do nariz e assim, o paciente 
deve estar olhando fixamente para o objeto. O esperado do teste é a contração 
pupilar. 
ALTERAÇÕES NO III N.C TERMO SEMIOLÓGICO 
Queda de pálpebra Ptose palpebral 
Dilatação anormal Midríase 
Desvio de um olho para o campo 
temporal 
Estrabirsmo Divergente 
ALTERAÇÕES NO IV N.C TERMO SEMIOLÓGICO 
Desvio de um olho para o campo 
temporal 
Estrabismo Convergente 
Olhar patético (para fora e para 
cima) 
-------------------------------- 
ALTERAÇÕES NO VI N.C TERMO SEMIOLÓGICO 
Desvio de um olho para o campo 
nasal 
Estrabismo Convergente 
 
Nervo Craniano V: Nervo Trigêmeo 
 Responsável pepla sensibilidade da face e pelo movimento da 
mastigação. Ele divide-se em três ramos: Oftálmico (V1), Maxilar (V2) e 
Mandibular (V3). 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
A parte motora do nervo trigêmeo inerva os músculos da mastigação, e 
para avaliar essa função o avaliador irá palpar a região bilateral temporal e 
observar o abrr e fechar da boca (com e sem lateralização de mandíbula) para 
analisar a simetria do movimento, se há alguma atrofia ou paralisia. 
Para a aviação da parte motora é preferível seguir a sequência TEDOTA 
(Térmica, dolorosa e tátil). Inicando com a sensibilidade térmica, utilizamos 
objetos com temperaturas diferentes mas não extremas e colocamos em cada 
área de ramificação do nervo. A avaliação dolorosa é feita da mesma forma, 
mas com um objeto pontiagudo e nessa situação é necessário que o avaliador 
não coloque muita força ao pressionar o objeto. Por fim, a avaliação tátil pode 
ser feita com algodão e, assim, observar a sensibilidades das três áreas. 
OBS: Todos os testes devem ser feitos com o paciente de olhos fechados 
com apenas uma amostra do teste com olhos abertos no ínicio para 
evitar sustos do paciente. 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Ausência/Diminuição da 
sensibilidade tátil 
Anestesia/Hipoestesia tátil 
Ausência/Diminuição da 
sensibilidade térmica 
Anestesia/Hipoestesia térmica 
Ausência/Diminuição da 
sensibilidade dolorosa 
Anelgesia/Hipoalgesia 
Aumento da sensibilidade dolorosa Hiperalgesia 
 
Nervo Craniano VII: Nervo Facial 
Esse nervo tem a função de fazer as expressões faciais, por isso a 
avaliação começa já observando as linhas faciais no paciente. 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Quando o nervo facial é lesionado, perde-se a movimentação de 
músculos da face, essa paralisia pode ser subdivida em duas formas de causas e 
sintomas. 
TIPOS SEMIOLOGIA 
Paralisia Central Comprometimento do quadrante 
inferior da face, mas sem prejuízo 
superior→Isso acontece devido ao 
comprometimento do núcleo facial 
inferior contralateral ao local da 
lesão. 
Paralisia Periférca Comprometimento de toda 
hemiface→Há lesão em ambos os 
núcleos (superior e inferior) 
 
Por isso, faz-se necessário avaliar a capacidade de mímica do paciente. 
Então solicitar que o paciente mostre os dentes, assovie, feche os olhos com 
força e olhar para o teto fazem parte dessa avaliação. 
Ademais, o nervo facial possui função sensitiva (2/3 anteriores da 
língua) e avaliação dessa parte consiste no uso de substâncias doces, salgadas, 
cítricas e amargas para a análise. 
 
 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Nervo Craniano VIII: Vestíbulo-coclear 
 É subdividido em uma região relacionada à audição (coclear) e outra 
relacionada com o equilíbrio (vestibular). 
 Iniciando pela avaliação otológica, é necessário examinar um ouvido de 
cada vez, buscando qualquer obstrução ou lesão que possam estar 
comprometendo o canal auditivo. Pode-se iniciar os exames fazendo um 
simples teste de acuidade auditiva que consiste em fazer creptações no cabelo 
ou sussurar próximo de cada ouvido. Ademais, existem outros testes mais 
complexos que vão detalhar melhor o problema auditivo. 
Teste de Rinne 
 Posicione um diapasão(em vibração) de 256 ou 512 Hz sobre o processo 
mastoide e então em frente ao ouvido. Em pacientes normais a condução do 
ar deve durar mais do que a óssea. 
Teste de Weber 
 Posicione o diapasão (em vibração) de 256 ou 512Hz sobre o vértex—
ponto mais alto do crânio—e avalie a simetria do som nos pacientes. A 
laterealização indica perda condutiva ipsilateral ou neurossensorial 
contralateral. 
A partir desses testes, se houver alterações, pode-se diferenciar a surdez 
neurossensorial da surdez de condução. Isso é imprescindível, tendo em vista 
que são sistemas e tratamentos diferentes. 
 
Surdez de condução: É a obstrução mecânica presente no conduto auditivo 
externo. 
Surdez Neurossensorial: Doença na cóclea ou no VIII nervo que provocão 
uma surdez de percepção. Ela pode ser classificada em diferentes graus: leve, 
moderada, severa e profunda e também pode acometer ambos os ouvidos 
(bilateral/central) ou apenas um (unilateral). 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 A porção vestibular do III nervo craniano pode ser examinado 
indiretamente pelo exame de marcha, pela avaliação do nistagmo e por meio de 
testes mais específicos. 
Teste de Hallpike 
 Este é usado em pacientes com vertigem postural. Sente o paciente 
numa maca sem travesseiro de modo que quando ele se deitar a cabeça fique 
sem apoio, vire a cabeça para um lado e peça para o paciente olhe para o 
mesmo lado. O paciente então deita-se rapidamente até que fique com o 
pescoço estendido e a cabeça apoiada pelo examinador. 
 Verifique se ocorre nistagmo na direção mirada. Observe se há um 
retarde, se o nistagmo fadiga com a repetição do teste e se o paciente sente 
vertigem. Repita para o outro lado. 
 
Teste de Romberg 
 A avaliação da estabilidade postural consiste em o paciente em pé com 
os pés juntos, primieto de olhos abertos, e depois de olhos fechados. Este exame 
é positivo quando ocorre a piora da estabilidade quando os olhos são fechados, 
com tendência à queda. 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Teste de Fukuda 
 A avaliação consiste em andar sobre uma linha colocando um pé na 
frente do outro, nas quais pacientes com lesão vestibular sobre desvio para um 
dos lados. 
 
 
Reflexo Oculocefálico 
 Reflexo responsável por estabilizar as imagens na retina durante o 
movimento da cabeça. Ao virar a cabeça em um sentido, os olhos devem se 
virar no sentido oposto. 
OBS: A presença de nistagmo não é exclusiva de lesões de vias vestibulares, 
podendo ocorrer em lesões de vias cerebelares. De forma resumida, o nistagmo 
multidirecional (aquele que muda de direção com a mudança da direção do 
olhar) ou vertical tem origem central; enquanto o nistagmo rotacional e 
unidirecional(aquele que não muda a direção com a mudança da direção do 
olhar) indica origem periférica. 
Marcha 
 Sempre examine a marcha do paciente. Ela é uma ação coordenada que 
requer a integração de funções motoras e sensitivas. A alteração da marcha 
pode ser a única anormalidade detectada no exame, ou ela pode levar você a 
buscar correlações clínicas apropriadas no restante do exame. As mais 
comumente encontradas são: marchas hemiplégica, parkinsonianas, anserina, 
atáxica e instável. 
Testes adicionais 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Peça ao paciente que simule andar numa corda bamba (demonstre). 
• Se o paciente cai sempre: instável. 
• Pode cair predominantemente para um dos lados. 
• Pacientes idosos são com frequência levemente instáveis. 
Peça ao paciente para caminhar nos calcanhares (demonstre). 
• Se for incapaz: pé caído. Peça ao paciente para caminharnas pontas dos pés 
(demonstre). 
• Se for incapaz: fraqueza dos gastrocnêmios 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Nervo Craniano IX e X: Nervo Glossofaríngeo e Vago. 
 O nervo glossofaríngeo possui uma porção sensitiva (1/3 posterior da 
língua, faringe, ouvido médio), uma porção motora (músculo estilofaríngeo) e 
uma autonômica (glândula parótida). Já o nervo vago se subdivide, também, em 
uma parte sensitiva (membranda timpânica, meato auditivo externo e ouvido 
externo), motora (músculos do palato, faringe e laringe) e autonômica 
(barorreceptores carotídeos). 
 O exame destes nervos é realizado conjuntamente e nele avalia-se a 
qualidade da voz, a capacidade de deglutição, a motricidade do palato mole e 
faringe e o reflexo do vômito. A avaliação é feita: 
 
 
Nervo Craniano XI: Nervo Acessório 
 Ele é puramente motor e inerva os músculos esternocleidomastóideo e o 
trapézio. O hemisfério cerebral ipsilateral supre o trapézio contralateral e o 
esternocleidomastóideo ipsilateral. Assim, uma única lesão do neurônimo 
motor superior pode produzir sinais em ambos os lados. 
Avaliação do Esternocleidomastóideo 
Peça ao paciente que faça força com a cabeça para a frente. Empurre para trás 
com sua mão sobre a testa do paciente. Observe ambos os 
esternocleidomastóideos. Peça ao paciente que vire a cabeça para um lado e 
ofereça resistência ao movimento empurrando a testa. Observe o 
esternocleidomastóideo contralateral. 
 
 
 
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Avaliação do Trapézio 
Peça ao paciente que encolha os ombros, observe a simetria e empurre os 
ombros para baixo 
 
 
Nervo Craniano XII: Nervo Hipoglosso 
 É o nervo que tem a função de motilidade da língua. A avaliação é feita: 
solicita-se ao paciente que abra a boca e ponha alíngua para fora. É alterado 
quando a língua exteriorizada desvia para o lado do nervo afetado. 
 
 
Exame Físico Neurológico: Avaliação da motricidade 
 A avaliação da motriccidade pode ser dividida em: força, tônus, 
coordenação, movimentos involuntários, trofismos e reflexos. 
Modalidades da motricidade 
• Motricidade Voluntária ou ativa→Sistema motor piramidal 
• Motricidade Automática→Sitema motor extrapiramidal 
• Motricidade Involuntária→Sistema motor periférico 
Avaliação de Motricidade: 
Exame da força muscular deve-se realizar manobras de força global e 
segmentar. As manobras de força global são: 
 
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 – Manobra de Mingazzini: em que o indivíduo, em decúbito dorsal, 
mantém as coxas semifletidas (formando um angulo de 90. com o tronco), as 
pernas na direção horizontal e os pés na vertical. Normalmente, esta posição 
pode ser mantida por dois minutos ou mais. 
 
A prova de migazzini também pode ser avaliada nos membros 
superiores com a extensão dos braços. Essa posição deve ser mantida por 
pelo menos 2 minutos, com os olhos fechados. Em membro parético 
ocoore pronação (fraqueza mais distal) e/ou queda lena (fraqueza mais 
proximal). 
 
– Manobra de Barré: Paciente deitado em decúbito ventral deve deixar 
as duas pernas na vertical e manter nessa posição por dois minutos. 
 
 
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Para o exame dos membros superiores, podemos optar por 
movimentos de oponência entre o polegar e cada um dos dedos, de abrir e 
fechar as mãos, de flexão e extensão dos punhos e dos antebraços, abdução e de 
adução dos braços e elevação dos ombros. Estes movimentos devem ser 
repetidos com a resistência do examinado. 
 
Avaliação de paresias 
 A paresia é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais 
membros: superiores, inferiores, ambos ou tronco. Conforme o grau do 
comprometimento ou tipo de acometimento fala-se paralisia ou paresia. 
Imagine um paciente que sente dor em região lombar e diz não ter 
forças para conseguir levantar, para avaliação de paresias no tronco e pescoço, 
devemos solicitar ao paciente que realize movimentos de flexão, extensão, 
lateralidade e rotação. Assim, conseguimos perceber as limitações de 
movimento do paciente. 
 
 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Fraqueza parcial do membro Monoparesia 
Paralisia total do membro Monoplegia 
Fraqueza unilateral dos membros Hemiparesia ou Hemiplegia 
MMSS ou MMII acometidos Paraplegia 
 
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MMSS e MMII acometidos Tetraplegia 
 
A força é quantificada em graus de acordo com a capacidade do paciente 
de vencer uma resistência. 
 
Avaliação do trofismo 
 Sem o tônus muscular o músculo levaria mais tempo para responder aos 
estímulos (comandos) do cérebro. No entanto, quando há um aumento do 
tônus muscular isso é devido a alguma doença, sendo que esse aumente 
anormal é conhecido como hipertonia. Enquanto isso, o trofismo diz respeito 
ao volume da massa muscular que existe no corpo. 
 A atrofia muscular (amiotrofia) pode ser causada por condições 
neurológicas que afetem a célula do corno anterior, as raízes nervosas, o nervo 
periférico ou o músculo. Além de condições como desuso ou inatividade, 
imobilização, tendonotomia, isquemia muscular, desnutrição, transtornos 
endócrinos e envelhecimento normal 
 O exame é feito pela inspeção e palpação do músculo: 
• Inspeção: Exemplo: que os membros superiores dos parkinsonianos se 
mantêm semifletidas durante a marcha. 
• Palpação: às vezes não é muito útil, pois pode variar de acordo com a 
constituição física do paciente. 
• Determinação da resistência de músculos relaxados a manipulação 
passiva. 
E, a partir disso podemos classificar em: 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Aumento do volume muscular Hipertrofia 
Diminuição do volume muscular Amiotrofia/Hipotrofia 
 
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Aumento de volume devido 
infiltração de tecido adiposo 
Pseudo-hipertrofia 
 
Tônus Muscular 
Anormalidades ao exame do tônus são um indicador muito importante da 
presença e localização de patologias. O tônus pode ser surpreendentemente 
difícil de examinar. 
• Normal: leve resistência ao longo de toda a extensão dos movimentos. O 
calcanhar se levantará apenas levemente da maca. 
• Tônus diminuído: Perda da resistência ao movimento. O calcanhar não 
se levanta da maca quando o joelho é levantado bruscamente. Perda 
acentuada do tônus = flácido. 
• Tônus aumentado: – A resistência aumenta subitamente; o calcanhar 
deixa facilmente a maca quando o joelho é levantado bruscamente: 
espasticidade. 
Aumentado em toda a extensão do movimento, como se dobrássemos um cano 
de chumbo: rigidez em cano de chumbo. Quebra regular no tônus durante toda 
a extensão do movimento: rigidez em roda dentada. 
O paciente aparentemente se opõe às suas tentativas de mover o seu membro: 
Gegenhalten ou paratonia. 
Situações especiais 
• Miotonia: relaxamento lento seguindo a contração. Demonstrada pedindo-se 
ao paciente que cerre o punho e depois abra a mão rapidamente. Na miotonia a 
mão só se abrirá lentamente. 
• Distonia: o paciente mantém postura no extremo do movimento com 
contração de agonista e antagonista. 
• Miotonia à percussão: pode ser demonstrada quando um músculo mantém 
uma área de indentação após percussão com um martelo de reflexos. Mais 
comumente pesquisada no músculo abdutor curto do polegar e na língua. 
 
Podemos encontrar 
• Flacidez ou tônus reduzido. Causas comuns: lesão do neurônio motor 
inferior ou cerebelar. 
 
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• Espasticidade: lesão do neurônio motor superior. Usualmente leva 
algum tempo para se desenvolver. 
• Rigidez e rigidez emroda dentada: síndromes extrapiramidais. Causas 
comuns: doença de Parkinson, fenotiazinas. 
• Gegenhalten ou paratonia: lesão bilateral dos lobos frontais. Causas 
comuns: doença cerebrovascular, demência. 
• Miotonia (rara). Causas: distrofia miotônica (associada à alopécia 
frontal, ptose, cataratas e defeitos da condução cardíaca) e miotonia 
congênita. A miotonia à percussão pode ser encontrada em ambas as 
condições. 
ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO 
Tônus muscular enfraquecido Hipotonia 
Tônus muscular enrijecido Hipertonia 
 
Sinal da Roda Denteada 
 
 
Sinal do Canivete 
 O estiramento do músculo encontra grande resistência incial que cessa 
brucasamente, semlehante ao abrir e fechar de um canivete. 
 
 
 
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Avaliação dos Reflexos 
 Exemplo: Um reflexo tendinoso resulta de um estimulação sensível ao 
estiramento do musculo e proveniente de um fuso neuromuscular que, por 
meio de uma única sinapse, estimula um nervo motor, levando à contração 
muscular. Os reflexos tendinosos estão aumentados nas lesões do 
neurônio otor superior e diminuídos nas lesões de neurõnios motores 
inferiores e nas anormalidades musculares. 
A resposta muscular produzida por estímulos específicos, que ocorre 
independentemente da vontade. 
• Exteroceptivos: cutâneos, superficiais, nociceptivos →relacionados com 
a somestesia e são originados de receptores cutâneos ativados por 
pressão, dor, temperatura e tato 
• Proprioceptivos: tônicos e fásicos→ presentes nos músculos, tendões, 
ligamentos e articulações. 
• Visceroceptivos →localizam-se nas víceras e nos vasos e nas sensações 
viscerais a fome, a sede e o prazer sexual 
Se um reflexo não aconteceu, isto não indica necessariamente a presença 
da patologia, pode ser principalmente devido a uma técnica de exame 
insuficiente ou o paciente não estar satisfatoriamente relaxado. 
 
Podemos dividir os reflexos em: 
A-)Profundos: Para a avaliação correta é importante lembrar de avaliar 
simetricamente os reflexos (direita/esquerda) e deixar a musculatura do 
paciente o mais relaxada possível. 
REFLEXO COMO FAZER IMAGEM 
Reflexo Bicipital Antebraço do 
paciente apoiado no 
antebaço do 
examinador. 
Percurte-se o 
tendão do bíceps na 
dobra do cotovelo 
com interposição do 
polegar do 
examinador. 
 
 
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Reflexo Tricipital Segure o braço 
formando a 90°. 
Percurta 
diretamente o 
tendão do tríceps 
com o martelo de 
reflexos. 
 
Reflexo 
Braquiorradial 
Bata no tendão em 
cima do pulso para 
provocar a flexão do 
seu antebraço. 
 
Reflexo Flexor dos 
Dedos 
Faça percurssão na 
unha da falange 
terminal do dedo 
médio flexionado. 
 
Reflexo Aquiliano ou 
de Aquileu 
Paciente deve 
apoiar os joelhos em 
uma base, de forma 
que a parte mais 
inferior da perna 
fique suspensa . 
Assim, percuta 
diretamente no 
tendão de aquiles 
 
Reflexo Patelar Posicione o joelho 
do paciente de 
modo que forme um 
ângulo de 90° e que 
as parte inferior que 
fique suspensa. 
Percuta o martelo 
de reflexos no nervo 
patelar. 
 
 
 
 
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B-)Superficiais 
REFLEXO COMO FAZER IMAGEM 
Reflexo Cutâneo-
abdominal 
Paciente com a região 
abdominal despida e 
com a musculatura 
relaxada. O examinador 
deve usar um objeto 
pontiagudo para análise 
da sensibilidade 
abdominal. 
 
 
Reflexo Cremastérico 
superficial 
O reflexo cremastérico 
é um tipo de reflexo 
superficial que está 
presente apenas no 
homem. Envolve 
a contração involuntária 
do músculo cremaster 
quando a parte interna 
da coxa é levemente 
acariciada. Isso faz com 
que o escroto e o 
testículo sejam puxados 
para cima. 
 
 
 
Reflexo Cutâneo-
plantar 
Suavemente deslize 
uma espátula para baixo 
na planta do pé. 
Em casos de 
anormalidade, os dedos 
irão fazer dorsiflexão 
lenta com abertura do 
hálux (Sinal de babinski 
positivo) 
 
 
Modalidades de sensibilidade 
 O exame de sensibilidade requer um considerável grau de atenção, tanto 
do médico quanto do paciente. Os teste da sensibilidade vibratóra e da noçao 
de posição segmentar são geralmente rápidos e fáceis e requerem pouca 
atenção, por isso devem ser realizados em primeiro lugar. 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
SENSIBILIDADE 
PROFUNDA 
TIPO COMO AVALIAR 
Vibratória Propiocepção Usa-se um diapasão nos 
ossos bilateralmente 
Cinético-postural Propiocepção Pede-se após 
movimentos passivos 
dos dedos das mãos ou 
do pés, ou dos 
membros, para 
identificar a posição 
final. 
Pressão Profunda Propiocepção Barestesia→Aperta a 
musculatura. 
 
SENSIBILIDADE 
SUPERCIAL 
TIPO COMO AVALIAR 
Tátil Propioceptiva Usar algodão ou pincel 
com cerdas macias 
Térmica Propioceptiva Dois tubos contendo 
água em temperaturas 
diferentes 
Dolorosa Propioceptiva Usa palitos de dentes 
para testar. 
 É importante que o avaliador tenha cuidado ao manusear objetos 
pontiagudos e substâncias em temperaturas extremas para não machucar o 
paciente. Ademais, para o exame, é necessário que o paciente esteja de olhos 
fechados. 
Avaliação de Coordenação 
 Uma combinação coordenada de uma série de ações motroass é 
necessária para a produção de um movimento suve e preciso. Isso requer a 
integração do feedback sensorial com os comando motores. Essa integração 
ocore principalmente no cerebelo. 
 Na ocorrência de fraqueza, os testes de coordenação devem ser 
interpretados com cautela e, provavelmente, serão pouco elucidados se houver 
fraqueza significativa. A perda da noção de posição segmentar pode produzir 
alguma incoordenação (ataxia sensitiva). Isso é substancialmente agravado 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
quando os olhos estão fechados. A noção de posição segmentar deveria ser 
testada antes da coordenação. 
Teste Indez-nariz 
 Posicione o seu dedo a aproximadamente um braço de distância à frente 
do paciente. Peça a ele que toque o seu dedo com o dedo indicador e que 
depois toque o próprio nariz. Quando ele fizer isso corretamente, peça-lhe para 
repetir o movimento mais rapidamente. Observe a precisão e a suavidade do 
movimento. 
 
 
Teste calcanhar-joelho 
 O paciente está deitado. Peça-lhe que levante a perna e coloque o 
calcanhar no joelho da outra perna e depois deslize o calcanhar para baixo ao 
longo da região pré-tibial .Observe a precisão e a suavidade do movimento. 
 
 
Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 
Didacocinesia 
 Capacidade de realizar movimentos rápidos alternados, avalia-se 
solicitando que o pacieente alterna a pronação e supinação das mãos. 
 
 
Sinais Meníngeos 
 Pesquisador da musculatura do pescoço e rigidez de nuca. 
• Sinal de Kernig: O paciente deita em decúbito dorsal e sua perna é 
fletida 90º na altura do joelho e 135º na altura da coxa. Posteriormente, o 
médico realiza a extensão forçada do joelho. O paciente sente dor 
importante que impede a extensão da perna. 
• Sinal de Brudzinski: Deflagrado quando o examinador realiza a flexão 
passiva do pescoço do paciente em decúbito dorsal. O sinal é presente 
caso haja dor e flexão reflexa ativa dos joelhos e quadril na tentativa de 
reduzir esse estímulo álgico. 
• Sinal de Lasègue: Conhecido mais nas radiculopatias, ao realizar o 
estiramento da raiz nervosa acometida. Este sinal consiste em dor na 
topografia do trajeto do nervo ciático à elevação da perna do paciente 
acima de 30º. Na síndrome meníngea o quadro álgico apresenta-se 
bilateralmente

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