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2 Semiologia do Sistema Neurológico MARÍLIA MIRANDA SANTANA P4 | Medicina | 2022 Devo fazer todo o exame neurológico? Não! Faça o exame de acordo com as queixas do paciente. Investigue o que é (dormência, falta de sensibilidade, dor, perda de movimentos) no membro da queixa e busque simetria com o outro. É imprescindível a filtragem do exame! Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Na história neurológica, deve se atentar para: • Modo de instalação: Se aguda, subaguda ou crônico. • Temporalidade: Organizar os sinais e sintomas de aparecimento da doença. • Comprometimento dos membros acometidos. • Comprometimento de nervos cranianos. • Fatores precipitantes ou de agravo. • História familiar de doença semelhante. • Hábitos de vida. Estado Mental e Funções Superiores Estado Mental O estado mental diz respeito ao humor e aos pensamentos de um paciente. A profundidade do exame do estado mental dependerá do paciente e do seu problema. Em muitos pacientes, apenas uma avaliação simples será necessária. Entretanto, vale a pena considerar se uma avaliação mais profunda seria aconselhável em todos os pacientes. O que fazer e o que você encontra. Aparência e comportamento. Há sinais de autoabandono? • Sujo ou desarrumado: considere depressão, demência, alcoolismo ou abuso de drogas. O paciente parece deprimido? • Testa franzida, imóvel, face de tristeza, fala lenta e monótona. O paciente parece ansioso? • Agitado, inquieto, com pobre concentração. O paciente se comporta adequadamente? • Aparentando familiaridade excessiva ou agressividade: considere frontalismo. • Indiferente, com pouca responsividade emocional: embotamento afetivo. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana O humor do paciente se modifica rapidamente? • Choro ou riso fácil: labilidade emocional. O paciente manifesta adequada preocupação com seus sintomas ou incapacidade? • Falta de preocupação face a uma incapacidade significativa. Funções Superiores O termo funções superiores é utilizado para incluir a linguagem, o pensamento, a memória, a compreensão, a percepção e o intelecto. Os propósitos do teste de funções superiores são documentar o nível de função de uma forma reprodutível, distinguir déficits difusos e focais e avaliar o nível funcional dentro da comunidade. As funções superiores podem ser divididas nos seguintes elementos: Atenção, memória, cálculos, pensamento abstrato, percepção espacial e percepção visual e corporal. FUNÇÃO TESTE Atenção e Concentração São modificadas em quadros mais agudos, com em cetoacidose diabética. Digit Span→Diga ao paciente que quer que ele repita alguns números que você lhe dará. Comece com números de três ou quatro dígitos e aumente até que o paciente cometa vários erros. Ex: “Quando eu disser um, dois, três você dirá três, dois, um.” Normal: sete para frente, cinco ao revés. Orientação em tempo e espaço Tempo: Que dia é hoje? Qual é a data? Qual é o mês, o ano? Lugar: Como se chama este lugar? Qual é o nome da clínica? Qual o nome da cidade? Memória Memória de curto prazo ou episódica Cinco minutos depois de pedir que o paciente memorize nomes, peça-lhe que o repita. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Anote quantos erros são cometidos. Memória de longo prazo ou semântica Teste o conhecimento factual que você esperaria que o paciente tivesse: nome de avó, em que ano se casou. Funções executivas A avaliação é feita de acordo com a capacidade do paciente administrar (selecionar, organizar, planejar e inibir ações ou comportamentos) suas emoções e instrumentos. Linguagem A avaliação é feita pelo uso da linguagem verbal ou gesticulação. Pensamentos abstratos A avaliação é feita de acordo com a capacidade do paciente relacionar coisas ou entender provérbios. “Insight” e Julgamento Avaliar o discernimento do paciente sobre o que é certo e errado. Há alguns métodos para a avaliação do estado mental e funções superiores, como o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Montreal Cognitive Assessement (MOCA) e a Bateria Breve. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Com base nesses exames, podemos observar alterações: Fala As anormalidades da fala devem ser consideradas em primeiro lugar, uma vez que podem interferir na obtenção da história, com a avaliação subsequente de outros aspectos das funções corticais superiores e com a realização do restante do exame. As anormalidades da fala podem refletir anormalidades em qualquer ponto ao longo da cadeia de processos a seguir. PROCESSO ANORMALIDADE Audição Surdez Compreensão Afasia Pensamento e evocação de palavras Afasia Produção da voz Disfonia Articulação Disartria Afasia Distúrbio de compreensão, pensamento e evocação de palavras de palavras. A afasia pode ser classificada de várias formas e cada nova classificação trouxe uma nova terminologia. Existem, portanto, muitos termos para designar problemas semelhantes: Afasia de Broca→Afasia de expressão→Afasia motor. Afasia de Wernicke→Afasia receptiva→Afasia sensorial. Afasia nominal→Afasia anômica. Os sons são reconhecidos como linguagem na área de Wernicke, que é então conectada a uma “área conceitual”, onde o significado da palavra é compreendido. A “área conceitual” é conectada à Área de Broca, onde a produção oral é geral. A área de Wernicke também é conectada diretamente à Área de Broca pelo Fascículo Arqueado. Essas áreas ficam no hemisfério dominante→O hemisfério esquerdo é dominante em pacientes destros e em alguns canhotos, e o hemisfério direito é dominante em alguns pacientes canhotos. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana 1- Afasia de Wernicke: Compreensão pobre; fala fluente, mas frequentemente sem significado; repetição impossibilitada. 2- Afasia de Broca: Compreensão preservada; fala não fluente; repetição impossibilitada. 3- Afasia de Condução: Perda da capacidade de repetição com preservação da compreensão e da produção oral. 4- Afasia Transcortical Sensorial: Compreensão pobre; fala fluente, mas frequentemente sem significado e com repetição preservada. Está relacionada com lesões na parte inferior da junção entre os lobos temporal, parietal e occipital. 5- Afasia Transcortical Motora: Compreensão preservada; fala não fluente; repetição possível. Ocorre como resultado de lesões na para triangular do giro inferior do lobo frontal. No contexto da afasia, o termo transcortical refere-se à ocorrência de danos em vários lobos do cérebro que isolam algumas vias nervosas e estruturas relacionadas à linguagem. Exame: Avalie a Compreensão Faça uma pergunta simples ao paciente: • Qual é o seu nome? Onde você mora? • Qual é a sua profissão? Explique exatamente o que você faz. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Se ele parece não entender: Repita mais alto. Teste a compreensão: • Faça perguntas cujas respostas sejam sim/não: —Por exemplo, “Isso é uma caneta?” (mostrando alguma coisa, depois uma caneta.) • Dê uma ordem simples: —Por exemplo, “Abra sua boca” ou “Toque seu nariz”. • Caso seja bem-sucedido, tente ordens mais complexas: —Por exemplo, “Com sua mão direita toque seu nariz e depois sua orelha esquerda.” • Determine o quanto é compreendido. Avalie a fala espontânea Se o paciente parece compreender, mas é incapaz de falar: • Pergunte se ele tem dificuldade para encontrar as palavras corretas. Isso frequentemente resulta num aceno positivo da cabeça e num sorriso, indicando o prazer pelo fato que você entendeu o problema. • Se o problema é menos severo, ele pode ser capaz de lhe dizer o seu nome e seu endereço, embora lentamente. Faça perguntas adicionais Pergunte, por exemplo, sobre a profissãodo paciente e sobre como o problema começou. • A fala é fluente? • Ele usa palavras corretamente? • Ele usa a palavra errada (parafasia) ou se trata de um jargão sem significado (algumas vezes denominado de jargonofasia)? Avalie a habilidade de evocação de palavras e a nomeação de objetos • Peça ao paciente que denomine todos os animais que ele possa imaginas (normal= 18-22 em um minuto). • Peça ao paciente que diga todas as palavras que puder recordar começando com uma determinada letra usualmente “f” ou “s” (anormal= menos de 12 em um minuto para cada letra) Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana • Peça ao paciente que nomeie objetos familiares próximos, por exemplo, um relógio, camisa, gravata, botões. Avalie a repetição • Peça ao paciente que repita uma frase simples, por exemplo, “O sol está brilhando”, e depois use frases cada vez mais complicadas. Teste a leitura e a escrita Certifique-se de que não haja deficiência visual e que o paciente esteja utilizando os seus óculos de leitura. Peça ao paciente para: • Ler uma frase. • Obedecer a um comando escrito, por exemplo, “Feche os olhos”. • Escrever uma frase. Déficit de leitura→dislexia Déficit de escrita→disgrafia Antes de continuar com o exame, descreva os seus achados, por exemplo “Este paciente tem uma afasia global não fluente, socialmente incapacitante, que é predominantemente de expressão, com parafasias e repetição prejudicada. Há dislexia e disgrafia associadas.” OBS: A afasia global é a perda total da capacidade de fala, compreensão, leitura e escrita. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Disfonia É um distúrbio da produção(timbre) da voz e pode refletir uma patologia local das cordas vocais, uma anormalidade da inervação via nervo vago (nervo laríngeo recorrente) ou, ocasionalmente, uma perturbação psicológica. Se o paciente é capaz de fornecer o seu nome e endereço, mas é incapaz de produzir um volume sonoro normal ou fala sussurrando, ele apresenta disfonia. • Peça ao paciente que tussa. Avalie a qualidade da tosse. • Peça ao paciente para emitir um “iiiii” contínuo. Ele entra em fadiga? A tosse normal indica que a inervação motora das cordas vocais está preservada, mas que pode está ocorrendo problemas laríngeos locais ou histeria. Se a tosse não possui seu componente inicial explosivo—tosse bovina—indica paralisia da corda vocal. Ademais, a nota “i” não pode ser sustentada e ocasionar fadiga, nos casos contrários é importante considerar miastenia gravis. Disartria É a dificuldade em articular palavras. A produção da voz requer coordenação da respiração, cordas vocais, laringe, palato, língua e lábios. A disartria pode, portanto, refletir dificuldades em diferentes níveis. As lesões motoneurônio superior, do sistema extrapiramidal (como na doença de Parkinson) e as lesões cerebelares perturbam a integração dos processos da produção da fala e tendem a perturbar o ritmo na fala. Se o paciente é capaz de dizer seu endereço, mas as palavras não são formadas corretamente, ele tem disartria. Peça ao paciente que repita frases difíceis, por exemplo, “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. Duas frases muito úteis são: • Um limão, dois limões, três limões: testa sons linguais. • O peito do pé do padre Pedro é branco: testa sons labiais. Observe cuidadosamente: • O ritmo da fala. • As palavras arrastadas. • Quais sons causam maiores dificuldades. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Disartrias mais comuns: • Disartria extrapiramidal: Causa comum→Parkinsonismo. • Disartria cerebelar: Causas comuns→Intoxicação alcóolica, esclerose múltipla, toxicidade por fenitoína, raramente: ataxias hereditárias. Dislalia É um distúrbio no qual se observa alteração da articulação da palavra caracterizada pela troca de letras, como a troca pelo “l” e “r”. Discalculia É a dificuldade na execução de cálculos envolvendo a subtração ou adição (devem ser avaliados pacientes escolarizados). Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Nervos Cranianos Nervo Craniano I: Nervo Olfatório Este nervo é raramente testado na prática clínica. O exame é geralmente realizado para investigar uma queixa específica e não como um teste de rastreio. A maioria dos odores reconhecíveis requer o sentido da olfação intacto. Para a execução desse exame é importante identificar se o paciente está com alguma infecção viral ou bacteriana do trato respiratório, para diferir de uma causa neurológica. O exame é feito com uma substância previamente conhecida pelo paciente, como o café, e que não seja irritativa. O odor deve ser apresentado a cada narina do paciente de forma que o paciente esteja com os olhos fechados para que não ocorra um erro no exame. A partir disso, podemos encontrar uma anosmia bilateral ou anosmia unilateral. ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Incapacidade de sentir cheiro Anosmia Tem dificuldade, mas ainda consegue sentir Hiposmia Aumento de sensibilidade olfatória Hiperosmia Percepção inapropriada de odores desagradáveis Cacosmia Nervo Craniano II: Nervo Óptico A avaliação do nervo óptico consiste na capacidade do paciente conseguir enxergar à longa distância (acuidade visual), ter os campos visuais funcionais e o exame de fundoscopia sem alterações. Acuidade Visual: Para avaliar a acuidade visual posicionamos o paciente a seis metros da tabela de snellen e solicitamos que ele leia o que está escrito de cima para baixo. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Campimetria: A avaliação deve ser feita de modo que o examinador fique frente a frente com o paciente a uma distância de 60cm, com os olhos opostos ocluídos . Após isso, o examinador estende os braços para o lado, deixando seus dedos estendido e, analisando os quatro quadrantes, avaliar os campos visuais do paciente. ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Mancha escura dentro do campo visual Escotomas Metade do campo visual de cada olho Homônima (Temporal e Nasal) Heterônima (Mesmo campo) Perda da visão em um quadrante do campo visual Quadrantopsia Fundoscopia: É a avaliação do fundo de olho. Nela se observam o tamnho, forma e aparência dos vasos, retina, coroide e fóvea central, procurando identificar hemorragias, exsudatos, pigmentos, atrofias e/ou edema. Nervos Cranianos III, IV, VI: Nervos Oculomotor, Troclear e Abducente O III nervo craniano (Oculomotor) inerva os músculos reto superior, inferior, medial, o obliquo inferior e o levantador da pálpebra superior. Além de invervar os músculos intrínsecos (ciliar e esfíncter), ou seja, ajuda a abrir o olho, olhar para cima, baixo e para a linha média. O IV nervo craniano (Troclear) inerva o músculo oblíquo superior. Ajuda a olhar para baixo e para o meio ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Perda total da acuidade visual Amaurose Diminuição da acuidade visual (visão dupla, diplopia) Ambliopia Disfunção na diferenciação de cores Discromatopsia Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana O VI nervo craniano (Abducente) inerva o músculo reto lateral. Ajuda a olhar lateralmente. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana No exame será avaliada a motilidade extrínseca, na qual o paciente irá acompanhar o movimento dos dedos do examinador apenas com os olhos. O exame é feito incialmente apenas com um olho e, posteriormente, com os dois olhos. Nessa etapa deve-se avaliar a abertura ocular. Ao examinar a motilidade intrínseca são analisados os movimentos de contração e dilatação pupila, colocando luz da parte lateral para a medial do olhos e vendo a reação individual (reflexofotomotor direto) e em conjunto (reflexo fotomotor consensual) dos olhos. Ademais, avaliamos o reflexo de acomodação que consiste na aproximação de um objeto na direção da ponta do nariz e assim, o paciente deve estar olhando fixamente para o objeto. O esperado do teste é a contração pupilar. ALTERAÇÕES NO III N.C TERMO SEMIOLÓGICO Queda de pálpebra Ptose palpebral Dilatação anormal Midríase Desvio de um olho para o campo temporal Estrabirsmo Divergente ALTERAÇÕES NO IV N.C TERMO SEMIOLÓGICO Desvio de um olho para o campo temporal Estrabismo Convergente Olhar patético (para fora e para cima) -------------------------------- ALTERAÇÕES NO VI N.C TERMO SEMIOLÓGICO Desvio de um olho para o campo nasal Estrabismo Convergente Nervo Craniano V: Nervo Trigêmeo Responsável pepla sensibilidade da face e pelo movimento da mastigação. Ele divide-se em três ramos: Oftálmico (V1), Maxilar (V2) e Mandibular (V3). Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana A parte motora do nervo trigêmeo inerva os músculos da mastigação, e para avaliar essa função o avaliador irá palpar a região bilateral temporal e observar o abrr e fechar da boca (com e sem lateralização de mandíbula) para analisar a simetria do movimento, se há alguma atrofia ou paralisia. Para a aviação da parte motora é preferível seguir a sequência TEDOTA (Térmica, dolorosa e tátil). Inicando com a sensibilidade térmica, utilizamos objetos com temperaturas diferentes mas não extremas e colocamos em cada área de ramificação do nervo. A avaliação dolorosa é feita da mesma forma, mas com um objeto pontiagudo e nessa situação é necessário que o avaliador não coloque muita força ao pressionar o objeto. Por fim, a avaliação tátil pode ser feita com algodão e, assim, observar a sensibilidades das três áreas. OBS: Todos os testes devem ser feitos com o paciente de olhos fechados com apenas uma amostra do teste com olhos abertos no ínicio para evitar sustos do paciente. ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Ausência/Diminuição da sensibilidade tátil Anestesia/Hipoestesia tátil Ausência/Diminuição da sensibilidade térmica Anestesia/Hipoestesia térmica Ausência/Diminuição da sensibilidade dolorosa Anelgesia/Hipoalgesia Aumento da sensibilidade dolorosa Hiperalgesia Nervo Craniano VII: Nervo Facial Esse nervo tem a função de fazer as expressões faciais, por isso a avaliação começa já observando as linhas faciais no paciente. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Quando o nervo facial é lesionado, perde-se a movimentação de músculos da face, essa paralisia pode ser subdivida em duas formas de causas e sintomas. TIPOS SEMIOLOGIA Paralisia Central Comprometimento do quadrante inferior da face, mas sem prejuízo superior→Isso acontece devido ao comprometimento do núcleo facial inferior contralateral ao local da lesão. Paralisia Periférca Comprometimento de toda hemiface→Há lesão em ambos os núcleos (superior e inferior) Por isso, faz-se necessário avaliar a capacidade de mímica do paciente. Então solicitar que o paciente mostre os dentes, assovie, feche os olhos com força e olhar para o teto fazem parte dessa avaliação. Ademais, o nervo facial possui função sensitiva (2/3 anteriores da língua) e avaliação dessa parte consiste no uso de substâncias doces, salgadas, cítricas e amargas para a análise. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Nervo Craniano VIII: Vestíbulo-coclear É subdividido em uma região relacionada à audição (coclear) e outra relacionada com o equilíbrio (vestibular). Iniciando pela avaliação otológica, é necessário examinar um ouvido de cada vez, buscando qualquer obstrução ou lesão que possam estar comprometendo o canal auditivo. Pode-se iniciar os exames fazendo um simples teste de acuidade auditiva que consiste em fazer creptações no cabelo ou sussurar próximo de cada ouvido. Ademais, existem outros testes mais complexos que vão detalhar melhor o problema auditivo. Teste de Rinne Posicione um diapasão(em vibração) de 256 ou 512 Hz sobre o processo mastoide e então em frente ao ouvido. Em pacientes normais a condução do ar deve durar mais do que a óssea. Teste de Weber Posicione o diapasão (em vibração) de 256 ou 512Hz sobre o vértex— ponto mais alto do crânio—e avalie a simetria do som nos pacientes. A laterealização indica perda condutiva ipsilateral ou neurossensorial contralateral. A partir desses testes, se houver alterações, pode-se diferenciar a surdez neurossensorial da surdez de condução. Isso é imprescindível, tendo em vista que são sistemas e tratamentos diferentes. Surdez de condução: É a obstrução mecânica presente no conduto auditivo externo. Surdez Neurossensorial: Doença na cóclea ou no VIII nervo que provocão uma surdez de percepção. Ela pode ser classificada em diferentes graus: leve, moderada, severa e profunda e também pode acometer ambos os ouvidos (bilateral/central) ou apenas um (unilateral). Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana A porção vestibular do III nervo craniano pode ser examinado indiretamente pelo exame de marcha, pela avaliação do nistagmo e por meio de testes mais específicos. Teste de Hallpike Este é usado em pacientes com vertigem postural. Sente o paciente numa maca sem travesseiro de modo que quando ele se deitar a cabeça fique sem apoio, vire a cabeça para um lado e peça para o paciente olhe para o mesmo lado. O paciente então deita-se rapidamente até que fique com o pescoço estendido e a cabeça apoiada pelo examinador. Verifique se ocorre nistagmo na direção mirada. Observe se há um retarde, se o nistagmo fadiga com a repetição do teste e se o paciente sente vertigem. Repita para o outro lado. Teste de Romberg A avaliação da estabilidade postural consiste em o paciente em pé com os pés juntos, primieto de olhos abertos, e depois de olhos fechados. Este exame é positivo quando ocorre a piora da estabilidade quando os olhos são fechados, com tendência à queda. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Teste de Fukuda A avaliação consiste em andar sobre uma linha colocando um pé na frente do outro, nas quais pacientes com lesão vestibular sobre desvio para um dos lados. Reflexo Oculocefálico Reflexo responsável por estabilizar as imagens na retina durante o movimento da cabeça. Ao virar a cabeça em um sentido, os olhos devem se virar no sentido oposto. OBS: A presença de nistagmo não é exclusiva de lesões de vias vestibulares, podendo ocorrer em lesões de vias cerebelares. De forma resumida, o nistagmo multidirecional (aquele que muda de direção com a mudança da direção do olhar) ou vertical tem origem central; enquanto o nistagmo rotacional e unidirecional(aquele que não muda a direção com a mudança da direção do olhar) indica origem periférica. Marcha Sempre examine a marcha do paciente. Ela é uma ação coordenada que requer a integração de funções motoras e sensitivas. A alteração da marcha pode ser a única anormalidade detectada no exame, ou ela pode levar você a buscar correlações clínicas apropriadas no restante do exame. As mais comumente encontradas são: marchas hemiplégica, parkinsonianas, anserina, atáxica e instável. Testes adicionais Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Peça ao paciente que simule andar numa corda bamba (demonstre). • Se o paciente cai sempre: instável. • Pode cair predominantemente para um dos lados. • Pacientes idosos são com frequência levemente instáveis. Peça ao paciente para caminhar nos calcanhares (demonstre). • Se for incapaz: pé caído. Peça ao paciente para caminharnas pontas dos pés (demonstre). • Se for incapaz: fraqueza dos gastrocnêmios Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Nervo Craniano IX e X: Nervo Glossofaríngeo e Vago. O nervo glossofaríngeo possui uma porção sensitiva (1/3 posterior da língua, faringe, ouvido médio), uma porção motora (músculo estilofaríngeo) e uma autonômica (glândula parótida). Já o nervo vago se subdivide, também, em uma parte sensitiva (membranda timpânica, meato auditivo externo e ouvido externo), motora (músculos do palato, faringe e laringe) e autonômica (barorreceptores carotídeos). O exame destes nervos é realizado conjuntamente e nele avalia-se a qualidade da voz, a capacidade de deglutição, a motricidade do palato mole e faringe e o reflexo do vômito. A avaliação é feita: Nervo Craniano XI: Nervo Acessório Ele é puramente motor e inerva os músculos esternocleidomastóideo e o trapézio. O hemisfério cerebral ipsilateral supre o trapézio contralateral e o esternocleidomastóideo ipsilateral. Assim, uma única lesão do neurônimo motor superior pode produzir sinais em ambos os lados. Avaliação do Esternocleidomastóideo Peça ao paciente que faça força com a cabeça para a frente. Empurre para trás com sua mão sobre a testa do paciente. Observe ambos os esternocleidomastóideos. Peça ao paciente que vire a cabeça para um lado e ofereça resistência ao movimento empurrando a testa. Observe o esternocleidomastóideo contralateral. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Avaliação do Trapézio Peça ao paciente que encolha os ombros, observe a simetria e empurre os ombros para baixo Nervo Craniano XII: Nervo Hipoglosso É o nervo que tem a função de motilidade da língua. A avaliação é feita: solicita-se ao paciente que abra a boca e ponha alíngua para fora. É alterado quando a língua exteriorizada desvia para o lado do nervo afetado. Exame Físico Neurológico: Avaliação da motricidade A avaliação da motriccidade pode ser dividida em: força, tônus, coordenação, movimentos involuntários, trofismos e reflexos. Modalidades da motricidade • Motricidade Voluntária ou ativa→Sistema motor piramidal • Motricidade Automática→Sitema motor extrapiramidal • Motricidade Involuntária→Sistema motor periférico Avaliação de Motricidade: Exame da força muscular deve-se realizar manobras de força global e segmentar. As manobras de força global são: Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana – Manobra de Mingazzini: em que o indivíduo, em decúbito dorsal, mantém as coxas semifletidas (formando um angulo de 90. com o tronco), as pernas na direção horizontal e os pés na vertical. Normalmente, esta posição pode ser mantida por dois minutos ou mais. A prova de migazzini também pode ser avaliada nos membros superiores com a extensão dos braços. Essa posição deve ser mantida por pelo menos 2 minutos, com os olhos fechados. Em membro parético ocoore pronação (fraqueza mais distal) e/ou queda lena (fraqueza mais proximal). – Manobra de Barré: Paciente deitado em decúbito ventral deve deixar as duas pernas na vertical e manter nessa posição por dois minutos. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Para o exame dos membros superiores, podemos optar por movimentos de oponência entre o polegar e cada um dos dedos, de abrir e fechar as mãos, de flexão e extensão dos punhos e dos antebraços, abdução e de adução dos braços e elevação dos ombros. Estes movimentos devem ser repetidos com a resistência do examinado. Avaliação de paresias A paresia é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores, ambos ou tronco. Conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento fala-se paralisia ou paresia. Imagine um paciente que sente dor em região lombar e diz não ter forças para conseguir levantar, para avaliação de paresias no tronco e pescoço, devemos solicitar ao paciente que realize movimentos de flexão, extensão, lateralidade e rotação. Assim, conseguimos perceber as limitações de movimento do paciente. ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Fraqueza parcial do membro Monoparesia Paralisia total do membro Monoplegia Fraqueza unilateral dos membros Hemiparesia ou Hemiplegia MMSS ou MMII acometidos Paraplegia Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana MMSS e MMII acometidos Tetraplegia A força é quantificada em graus de acordo com a capacidade do paciente de vencer uma resistência. Avaliação do trofismo Sem o tônus muscular o músculo levaria mais tempo para responder aos estímulos (comandos) do cérebro. No entanto, quando há um aumento do tônus muscular isso é devido a alguma doença, sendo que esse aumente anormal é conhecido como hipertonia. Enquanto isso, o trofismo diz respeito ao volume da massa muscular que existe no corpo. A atrofia muscular (amiotrofia) pode ser causada por condições neurológicas que afetem a célula do corno anterior, as raízes nervosas, o nervo periférico ou o músculo. Além de condições como desuso ou inatividade, imobilização, tendonotomia, isquemia muscular, desnutrição, transtornos endócrinos e envelhecimento normal O exame é feito pela inspeção e palpação do músculo: • Inspeção: Exemplo: que os membros superiores dos parkinsonianos se mantêm semifletidas durante a marcha. • Palpação: às vezes não é muito útil, pois pode variar de acordo com a constituição física do paciente. • Determinação da resistência de músculos relaxados a manipulação passiva. E, a partir disso podemos classificar em: ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Aumento do volume muscular Hipertrofia Diminuição do volume muscular Amiotrofia/Hipotrofia Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Aumento de volume devido infiltração de tecido adiposo Pseudo-hipertrofia Tônus Muscular Anormalidades ao exame do tônus são um indicador muito importante da presença e localização de patologias. O tônus pode ser surpreendentemente difícil de examinar. • Normal: leve resistência ao longo de toda a extensão dos movimentos. O calcanhar se levantará apenas levemente da maca. • Tônus diminuído: Perda da resistência ao movimento. O calcanhar não se levanta da maca quando o joelho é levantado bruscamente. Perda acentuada do tônus = flácido. • Tônus aumentado: – A resistência aumenta subitamente; o calcanhar deixa facilmente a maca quando o joelho é levantado bruscamente: espasticidade. Aumentado em toda a extensão do movimento, como se dobrássemos um cano de chumbo: rigidez em cano de chumbo. Quebra regular no tônus durante toda a extensão do movimento: rigidez em roda dentada. O paciente aparentemente se opõe às suas tentativas de mover o seu membro: Gegenhalten ou paratonia. Situações especiais • Miotonia: relaxamento lento seguindo a contração. Demonstrada pedindo-se ao paciente que cerre o punho e depois abra a mão rapidamente. Na miotonia a mão só se abrirá lentamente. • Distonia: o paciente mantém postura no extremo do movimento com contração de agonista e antagonista. • Miotonia à percussão: pode ser demonstrada quando um músculo mantém uma área de indentação após percussão com um martelo de reflexos. Mais comumente pesquisada no músculo abdutor curto do polegar e na língua. Podemos encontrar • Flacidez ou tônus reduzido. Causas comuns: lesão do neurônio motor inferior ou cerebelar. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana • Espasticidade: lesão do neurônio motor superior. Usualmente leva algum tempo para se desenvolver. • Rigidez e rigidez emroda dentada: síndromes extrapiramidais. Causas comuns: doença de Parkinson, fenotiazinas. • Gegenhalten ou paratonia: lesão bilateral dos lobos frontais. Causas comuns: doença cerebrovascular, demência. • Miotonia (rara). Causas: distrofia miotônica (associada à alopécia frontal, ptose, cataratas e defeitos da condução cardíaca) e miotonia congênita. A miotonia à percussão pode ser encontrada em ambas as condições. ALTERAÇÕES TERMO SEMIOLÓGICO Tônus muscular enfraquecido Hipotonia Tônus muscular enrijecido Hipertonia Sinal da Roda Denteada Sinal do Canivete O estiramento do músculo encontra grande resistência incial que cessa brucasamente, semlehante ao abrir e fechar de um canivete. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Avaliação dos Reflexos Exemplo: Um reflexo tendinoso resulta de um estimulação sensível ao estiramento do musculo e proveniente de um fuso neuromuscular que, por meio de uma única sinapse, estimula um nervo motor, levando à contração muscular. Os reflexos tendinosos estão aumentados nas lesões do neurônio otor superior e diminuídos nas lesões de neurõnios motores inferiores e nas anormalidades musculares. A resposta muscular produzida por estímulos específicos, que ocorre independentemente da vontade. • Exteroceptivos: cutâneos, superficiais, nociceptivos →relacionados com a somestesia e são originados de receptores cutâneos ativados por pressão, dor, temperatura e tato • Proprioceptivos: tônicos e fásicos→ presentes nos músculos, tendões, ligamentos e articulações. • Visceroceptivos →localizam-se nas víceras e nos vasos e nas sensações viscerais a fome, a sede e o prazer sexual Se um reflexo não aconteceu, isto não indica necessariamente a presença da patologia, pode ser principalmente devido a uma técnica de exame insuficiente ou o paciente não estar satisfatoriamente relaxado. Podemos dividir os reflexos em: A-)Profundos: Para a avaliação correta é importante lembrar de avaliar simetricamente os reflexos (direita/esquerda) e deixar a musculatura do paciente o mais relaxada possível. REFLEXO COMO FAZER IMAGEM Reflexo Bicipital Antebraço do paciente apoiado no antebaço do examinador. Percurte-se o tendão do bíceps na dobra do cotovelo com interposição do polegar do examinador. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Reflexo Tricipital Segure o braço formando a 90°. Percurta diretamente o tendão do tríceps com o martelo de reflexos. Reflexo Braquiorradial Bata no tendão em cima do pulso para provocar a flexão do seu antebraço. Reflexo Flexor dos Dedos Faça percurssão na unha da falange terminal do dedo médio flexionado. Reflexo Aquiliano ou de Aquileu Paciente deve apoiar os joelhos em uma base, de forma que a parte mais inferior da perna fique suspensa . Assim, percuta diretamente no tendão de aquiles Reflexo Patelar Posicione o joelho do paciente de modo que forme um ângulo de 90° e que as parte inferior que fique suspensa. Percuta o martelo de reflexos no nervo patelar. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana B-)Superficiais REFLEXO COMO FAZER IMAGEM Reflexo Cutâneo- abdominal Paciente com a região abdominal despida e com a musculatura relaxada. O examinador deve usar um objeto pontiagudo para análise da sensibilidade abdominal. Reflexo Cremastérico superficial O reflexo cremastérico é um tipo de reflexo superficial que está presente apenas no homem. Envolve a contração involuntária do músculo cremaster quando a parte interna da coxa é levemente acariciada. Isso faz com que o escroto e o testículo sejam puxados para cima. Reflexo Cutâneo- plantar Suavemente deslize uma espátula para baixo na planta do pé. Em casos de anormalidade, os dedos irão fazer dorsiflexão lenta com abertura do hálux (Sinal de babinski positivo) Modalidades de sensibilidade O exame de sensibilidade requer um considerável grau de atenção, tanto do médico quanto do paciente. Os teste da sensibilidade vibratóra e da noçao de posição segmentar são geralmente rápidos e fáceis e requerem pouca atenção, por isso devem ser realizados em primeiro lugar. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana SENSIBILIDADE PROFUNDA TIPO COMO AVALIAR Vibratória Propiocepção Usa-se um diapasão nos ossos bilateralmente Cinético-postural Propiocepção Pede-se após movimentos passivos dos dedos das mãos ou do pés, ou dos membros, para identificar a posição final. Pressão Profunda Propiocepção Barestesia→Aperta a musculatura. SENSIBILIDADE SUPERCIAL TIPO COMO AVALIAR Tátil Propioceptiva Usar algodão ou pincel com cerdas macias Térmica Propioceptiva Dois tubos contendo água em temperaturas diferentes Dolorosa Propioceptiva Usa palitos de dentes para testar. É importante que o avaliador tenha cuidado ao manusear objetos pontiagudos e substâncias em temperaturas extremas para não machucar o paciente. Ademais, para o exame, é necessário que o paciente esteja de olhos fechados. Avaliação de Coordenação Uma combinação coordenada de uma série de ações motroass é necessária para a produção de um movimento suve e preciso. Isso requer a integração do feedback sensorial com os comando motores. Essa integração ocore principalmente no cerebelo. Na ocorrência de fraqueza, os testes de coordenação devem ser interpretados com cautela e, provavelmente, serão pouco elucidados se houver fraqueza significativa. A perda da noção de posição segmentar pode produzir alguma incoordenação (ataxia sensitiva). Isso é substancialmente agravado Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana quando os olhos estão fechados. A noção de posição segmentar deveria ser testada antes da coordenação. Teste Indez-nariz Posicione o seu dedo a aproximadamente um braço de distância à frente do paciente. Peça a ele que toque o seu dedo com o dedo indicador e que depois toque o próprio nariz. Quando ele fizer isso corretamente, peça-lhe para repetir o movimento mais rapidamente. Observe a precisão e a suavidade do movimento. Teste calcanhar-joelho O paciente está deitado. Peça-lhe que levante a perna e coloque o calcanhar no joelho da outra perna e depois deslize o calcanhar para baixo ao longo da região pré-tibial .Observe a precisão e a suavidade do movimento. Semiologia do Sistema Neurológico | Marília Miranda Santana Didacocinesia Capacidade de realizar movimentos rápidos alternados, avalia-se solicitando que o pacieente alterna a pronação e supinação das mãos. Sinais Meníngeos Pesquisador da musculatura do pescoço e rigidez de nuca. • Sinal de Kernig: O paciente deita em decúbito dorsal e sua perna é fletida 90º na altura do joelho e 135º na altura da coxa. Posteriormente, o médico realiza a extensão forçada do joelho. O paciente sente dor importante que impede a extensão da perna. • Sinal de Brudzinski: Deflagrado quando o examinador realiza a flexão passiva do pescoço do paciente em decúbito dorsal. O sinal é presente caso haja dor e flexão reflexa ativa dos joelhos e quadril na tentativa de reduzir esse estímulo álgico. • Sinal de Lasègue: Conhecido mais nas radiculopatias, ao realizar o estiramento da raiz nervosa acometida. Este sinal consiste em dor na topografia do trajeto do nervo ciático à elevação da perna do paciente acima de 30º. Na síndrome meníngea o quadro álgico apresenta-se bilateralmente
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