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07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=qhY0eKiAGSJrdFwxzyqqHQ%3d%3d&l=uo4dWO7Ehgf4fiYuY10CbA%3d%3d&cd=SaldOiY… 1/31
INTERAÇÃO	DROGA	NUTRIENTE
UNIDADE	3	–	FARMACODINA�MICA	E
INTERAÇA�O	COM	OS	NUTRIENTES	II
Autoria:	Valker	Araujo	Feitosa	-	Revisão	técnica:	Henrique	Bridi
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=qhY0eKiAGSJrdFwxzyqqHQ%3d%3d&l=uo4dWO7Ehgf4fiYuY10CbA%3d%3d&cd=SaldOiY… 2/31
Introdução
Nesta	 unidade,	 serão	 abordados	 os	 conceitos	 fundamentais	 relacionados	 à	 farmacologia	 nos	 sistemas
orgânicos,	com	destaque	para	os	mecanismos	de	ação	e	as	 interações	 farmacocinéticas	e	 farmacodinâmicas
mais	importantes	que	podem	ocorrer	entre	os	fármacos,	os	alimentos,	os	nutrientes	e	as	plantas	medicinais.
Para	isso,	propomos	algumas	perguntas:	quais	as	classes	farmacológicas	que	atuam	no	coração	e	no	sistema
vascular?	 Quais	 fármacos	 têm	 efeitos	 sobre	 o	 sistema	 respiratório?	 Quais	 fármacos	 são	 utilizados	 para	 o
controle	da	glicemia	sanguı́nea?	Para	que	possamos	responder	a	essas	questões,	apresentaremos	os	fármacos
disponı́veis	 para	 o	 tratamento	 da	 hipertensão	 arterial,	 da	 angina	 estável,	 da	 insu�iciência	 cardı́aca,	 das
arritmias,	da	hiperlipidemia,	assim	como	os	fármacos	que	atuam	como	anticoagulantes	e	antiplaquetários.	Na
sequência,	serão	apresentados	os	agentes	antitussı́genos,	expectorantes	e	mucolı́ticos,	além	das	opções	para
tratamento	das	doenças	pulmonares	obstrutivas	com	destaque	para	asma,	bronquite	crônica	e	en�isema.	Por
�im,	 iremos	 conhecer	 os	 efeitos	 glicêmicos	 dos	 hormônios	 insulina	 e	 glucagon,	 além	 dos	 fármacos
antidiabéticos.	Vamos	lá?	Acompanhe	esta	unidade	com	atenção	e	bons	estudos!	
3.1  Farmacologia aplicada ao sistema cardiovascular
O	 coração	 funciona	 como	 uma	 bomba	 que	 impulsiona	 o	 sangue	 pela	 corrente	 circulatória,	 combinando
propriedades	mecânicas	(fração	de	ejeção	do	sangue)	e	elétricas	(frequência	cardı́aca).	Esse	órgão	possui	uma
capacidade	 limitada	 de	 regeneração	 após	 lesão,	 sendo	 que	 perdas	 signi�icativas	 da	 sua	 função	 levam	 a
de�iciências	 cardı́acas.	 Algumas	 patologias	 que	 resultam	 em	 alterações	 da	 função	 cardı́aca	 e	 interferem	 no
sistema	 cardiovascular	 incluem:	 hipertensão,	 doença	 coronariana,	 insu�iciência	 cardı́aca,	 arritmias	 e
dislipidemias	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
Resumidamente,	 quando	 ocorrem	 falhas	 “mecânicas”	 instala-se	 um	 quadro	 de	 insu�iciência	 cardı́aca.	 Por
outro	 lado,	quando	existem	falhas	“elétricas”	no	ritmo	cardı́aco	ocorrem	as	arritmias.	Nesses	dois	cenários,
existe	a	necessidade	do	uso	de	fármacos	que	melhorem	as	funções	cardiovasculares	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
De	 forma	 didática,	 os	 fármacos	 disponı́veis	 para	 o	 tratamento	 das	 doenças	 cardiovasculares	 podem	 ser
agrupados	de	acordo	com	o	quadro	“Grupo	de	fármacos	que	atua	no	sistema	cardiovascular”:
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=qhY0eKiAGSJrdFwxzyqqHQ%3d%3d&l=uo4dWO7Ehgf4fiYuY10CbA%3d%3d&cd=SaldOiY… 3/31
#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	do	grupo	de	fármacos	que	atua	no	sistema	cardiovascular	no
controle	 da	 hipertensão	 arterial	 sistêmica,	 da	 angina	 estável,	 da	 insu�iciência	 cardı́aca	 congestiva,	 das
arritmias	cardı́acas,	das	dislipidemias,	bem	como	os	fármacos	que	alteram	a	coagulação	sanguı́nea.	
Agora,	vamos	conhecer	os	anti-hipertensivos.	
3.1.1 Anti-hipertensivos
A	hipertensão	arterial	sistêmica	é	um	complexo	cı́rculo	vicioso	que	deve	ser	tratado	tão	logo	diagnosticado.	O
processo	hipertensivo,	quando	não	tratado	corretamente,	pode	levar	a	consequências	cardı́acas	e	vasculares
graves,	as	quais	podem	evoluir	para	complicações	como:	acidente	vascular	cerebral	(AVC),	isquemia	cardı́aca,
lesões	 nos	 vasos	 sanguı́neos	 (espessamento	 vascular),	 insu�iciência	 cardı́aca	 congestiva,	 hipertro�ia
ventricular	esquerda,	insu�iciência	renal,	entre	outras	(SOARES,	2017).
Fisiologicamente,	 a	pressão	arterial	 é	 a	multiplicação	do	valor	do	débito	 cardı́aco	pelo	valor	da	 resistência
periférica	 total.	 Nesse	 sentido,	 o	 débito	 cardı́aco	 é	 controlado,	 principalmente,	 por	 fatores	 cardı́acos
(frequência	cardı́aca	e	contratilidade	do	coração)	e	fatores	sanguı́neos	(que	aumentam	o	volume	vascular,	por
exemplo,	 sódio,	 aldosterona	 e	 noroadrenalina).	 Já	 os	 fatores	 relacionados	 à	 resistência	 periférica	 total	 são
decorrentes	 da	 vasoconstrição	 excessiva	 das	 arterı́olas	 ocasionadas	 pela	 ação	 de	 moléculas	 como
noroadrenalina,	angiotensina	II	e	tromboxano	(SOARES,	2017).
Como	 se	 pode	 observar,	 pela	 complexidade	 de	 mecanismos	 �isiológicos	 de	 controle	 da	 pressão	 –	 que
envolvem	diferentes	moléculas	 e	 receptores	 –,	 tem-se	uma	variedade	de	 fármacos	utilizados	para	 reduzir	 a
hipertensão	arterial	sistêmica,	chamada	anti-hipertensivos.	O	objetivo	desse	grupo	de	fármacos	é	diminuir	a
pressão	 arterial	 para	 valores	 próximos	 do	 normal,	 o	 quanto	 possı́vel,	 isto	 é,	 valores	menores	 do	 que	 120
mmHg	(para	pressão	sistólica)	e	menores	do	que	80	mmHg	(para	pressão	diastólica)	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
Esses	 fármacos	 podem	 ser	 subdivididos	 em	 classes,	 conforme	 o	 quadro	 “Subgrupos	 dos	 fármacos	 anti-
hipertensivos”:
Quadro	1	-	Grupo	de	fármacos	que	atua	no	sistema	cardiovascular
Fonte:	Elaborado	pelo	autor,	2020.
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	dos	subgrupos	dos	fármacos	anti-hipertensivos	com	destaque
para	 diuréticos,	 inibidores	 da	 enzima	 conversora	 de	 angiotensina	 (iECA),	 bloqueadores	 β-adrenérgicos,
bloqueadores	 α-adrenérgicos,	 agonistas	 α-adrenérgicos,	 bloqueadores	 do	 receptor	 da	 angiotensina	 II,
antagonistas	do	receptor	da	aldosterona,	bloqueadores	dos	canais	de	cálcio	e	vasodilatadores.	
Aprofunde	seus	conhecimentos	a	seguir.	Con�ira!	
Quadro	2	-	Subgrupos	dos	fármacos	anti-hipertensivos
Fonte:	Adaptado	de	OLIVEIRA-JR.,	2012.
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Depois	de	conhecermos	um	pouco	sobre	o	professor	Sérgio	Ferreira,	destacamos	que	ele	também	foi	atuante
na	polı́tica	cientı́�ica	como	presidente	da	Sociedade	Brasileira	para	o	Progresso	da	Ciência	(SBPC).	
3.1.2 Fármacos que atuam na angina estável
A	angina	estável	é	uma	sı́ndrome	caracterizada	por	dor	torácica,	também	conhecida	como	dor	anginosa.	Pode
ser	 desencadeada	 por	 esforço	 e/ou	 situações	 de	 estresse,	 sendo	 aliviada	 com	 repouso	 e	 uso	 de	 nitratos
orgânicos.	 Esses	 compostos	 são	 vasodilatadores	 venosos,	 arteriais,	 arteriolares	 e	 coronários.	 Atuam
relaxando	 o	 músculo	 liso	 vascular,	 com	 redução	 da	 pressão	 venosa	 central	 (venodilatação).	 Exemplos:
trinitrato	de	gliceril	(GTN),	dinitrato	de	isossorbida	e	mononitrato	de	isossorbida	(OLIVEIRA-JR.,	2012).	
3.1.3 Fármacos que atuam na insuficiência cardíaca congestiva
A	insu�iciência	cardı́aca	congestiva	é	a	situação	em	que	o	débito	cardı́aco	não	é	mais	su�iciente	para	oxigenar
os	 tecidos.	 Os	 digitálicos	 ou	 glicosı́deos	 cardı́acos	 (por	 exemplo,	 digoxina)	 são	 cardiotônicos,	 ou	 seja,
aumentam	a	 força	 de	 contração	 do	 coração	 (efeito	 inotrópico	 positivo),	melhorando	 a	 e�iciência	 cardı́aca	 e
aumentando	o	volume	de	sangue	ejetado	na	circulação	(OLIVEIRA-JR.,	2012).	
VOCÊ O CONHECE?
Sérgio	 Henrique	 Ferreira	 foi	 um	 brasileiro,	 médico,	 professor	 e	 cientista	 na	 área	 de
farmacologia	 que	 descobriu	 o	 peptídeo	 fator	 de	 potencialização	 da	 bradicinina
(BPF),uma	 molécula	 extraıd́a	 do	 veneno	 da	 cobra	 jararaca.	 A	 descoberta	 desse
peptıd́eo	 foi	 o	 passo	 inicial	 para	 o	 desenvolvimento	 do	 captopril,	 principal	 fármaco
usado	 contra	 a	 hipertensão	 arterial	 no	 mundo.	 Esse	 fármaco	 pertence	 à	 classe	 dos
inibidores	da	enzima	conversora	de	angiotensina.	
Para	 aprofundar	 seus	 conhecimentos	 sobre	 o	 professor	 Sérgio	 Ferreira	 e	 sobre	 o
desenvolvimento	do	fármaco	captopril,	con�ira	os	textos	a	seguir:	
“Sérgio	 Ferreira:	 do	 veneno	 da	 jararaca	 ao	 captopril.”	 Disponıv́el	 em:
http://hospitaldocoracao.com.br/wp-content/uploads/2016/01/S%C3%89RGIO-
FERREIRA.pdf.
“Aspectos	históricos	da	hipertensão:	 do	 fator	de	potencialização	da	bradicinina	 (BPF)
aos	 inibidores	 da	 ECA.”	 Disponıv́el	 em:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-1/ahh.pdf.
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3.1.4 Fármacos que atuam nas arritmias
As	 arritmias	 são	 anormalidades	 no	 ritmo	 cardı́aco,	 as	 quais	 causam	 transtornos	 na	 produção	 e/ou	 na
condução	dos	impulsos	elétricos	na	frequência,	na	regularidade	e/ou	pela	localização.	Os	fármacos	que	atuam
nas	arritmias	podem	ser	agrupados	conforme	o	quadro	“Subgrupos	dos	fármacos	que	atuam	nas	arritmias”:	
#PraCegoVer:	 o	 quadro	 apresenta	 uma	 relação	 dos	 subgrupos	 dos	 fármacos	 que	 atuam	nas	 arritmias	 com
destaque	 para	 os	 bloqueadores	 dos	 canais	 de	 sódio,	 bloqueadores	 dos	 receptores	 β-adrenérgicos,
bloqueadores	dos	canais	de	potássio	e	bloqueadores	dos	canais	de	cálcio.	
A	seguir,	são	descritas	as	principais	interferências	entre	fármacos	que	atuam	no	sistema	cardiovascular	com
alimentos	 e	 nutrientes.	 Observe	 o	 quadro	 “Fármacos	 que	 atuam	 no	 sistema	 cardiovascular	 e	 interações
decorrentes	da	coadministração	de	alimentos/nutrientes/plantas	medicinais”:	
Quadro	3	-	Subgrupos	dos	fármacos	que	atuam	nas	arritmias
Fonte:	Adaptado	de	OLIVEIRA-JR.,	2012.
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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Quadro	4	-	Fármacos	que	atuam	no	sistema	cardiovascular	e	interações	decorrentes	da	coadministração	de
alimentos/nutrientes/plantas	medicinais
Fonte:	Adaptado	de	MAGNUS;	SALVI,	2014.
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#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	de	diferentes	fármacos	que	atuam	no	sistema	cardiovascular	e
suas	 interações	 farmacocinéticas	 decorrentes	 da	 coadministração	 de	 alimentos,	 nutrientes	 e	 plantas
medicinais.	
Vamos	prosseguir	nossos	estudos	conhecendo	os	fármacos	utilizados	nas	dislipidemias.	
3.1.5 Fármacos que atuam nas dislipidemias
A	 dislipidemia	 é	 uma	 sı́ndrome	 caracterizada	 pelo	 excesso	 de	 lipı́dios	 na	 circulação	 sanguı́nea,
principalmente	os	triglicerı́deos	(hipertrigliceridemia)	e	o	colesterol	(hipercolesterolemia)	(SOARES,	2017).
O	 depósito	 de	 gorduras	 e	 outros	 componentes	 na	 parede	 arterial	 é	 o	 inı́cio	 da	 formação	 da	 placa
aterosclerótica	(ou	ateroma)	(PIVELLO,	2014).
Os	 antilipêmicos	 ou	 hipolipemiantes	 são	 os	 fármacos	 utilizados	 para	 o	 tratamento	 das	 dislipidemias
(PIVELLO,	2014).	Contudo,	para	que	haja	e�icácia	terapêutica,	é	necessária	uma	mudança	no	estilo	de	vida	do
paciente,	por	exemplo,	readequação	alimentar	para	dieta	hipocalórica	e	prática	de	atividades	fı́sicas	(SOARES,
2017),	 além	 da	 suspensão	 do	 hábito	 de	 fumar	 e	 da	 restrição	 do	 consumo	 de	 álcool	 quando	 for	 o	 caso
(PIVELLO,	2014).
Os	principais	 fármacos	utilizados	para	tratamento	das	hiperlipidemias	são	as	estatinas,	que	atuam	sobre	a
enzima	 hidroximetilglutaril	 coenzima	 A	 (HMG-CoA)	 redutase	 inibindo	 a	 etapa	 inicial	 da	 formação	 de
precursores	do	colesterol	(PIVELLO,	2014).
A	HMG-CoA	redutase	é	uma	enzima	de	membrana,	essencial	para	a	sı́ntese	do	ácido	mevalônico	(mevalonato),
o	 qual,	 após	 uma	 cascata	 de	 reações	 intermediárias,	 é	 convertido	 a	 colesterol.	 Nas	 células	 do	 fı́gado
(hepatócitos),	as	estatinas	inibem	seletivamente	a	enzima,	impedindo	a	formação	do	mevalonato	e	reduzindo,
desse	modo,	a	sı́ntese	do	colesterol	endógeno	pelo	fı́gado	(SOARES,	2017).
VOCÊ QUER LER?
Para	 aprofundar	 seus	 conhecimentos	 sobre	 a	 �isiopatologia	 e	 a	 terapêutica	 das
dislipidemias,	 leia	o	seguinte	artigo	de	revisão:	“Tratamento	das	dislipidemias:	como	e
quando	 indicar	 a	 combinação	 de	 medicamentos	 hipolipemiantes”.	 Disponıv́el	 em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302006000200021&lng=pt&nrm=iso.	
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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Esse	 grupo	 de	 fármacos	 foi	 descoberto	 em	 1976,	 sendo	 isolado,	 inicialmente,	 do	 fungo	 �ilamentoso
Penicillium	citrinum.	A	primeira	estatina	comercializada	foi	a	lovastatina;	posteriormente,	foi	sintetizado	um
novo	 derivado,	 a	 sinvastatina.	 (SOARES,	 2017).	 Outros	 fármacos	 dessa	 classe	 incluem	 a	 atorvastatina,	 a
�luvastatina,	 a	 pravastatina	 e	 a	 rosuvastatina	 (PIVELLO,	 2014).	 O	 mecanismo	 de	 ação	 das	 estatinas	 está
esquematizado	na	�igura	“Inibição	da	sı́ntese	do	colesterol	pelas	estatinas”:
#PraCegoVer:	a	�igura	apresenta	a	via	bioquı́mica	da	sı́ntese	do	colesterol	endógeno.	Os	fármacos	da	classe
das	estatinas	agem	inibindo	a	enzima	hidroximetilglutaril	coenzima	A	(HMG-CoA)	redutase,	responsável	pela
primeira	etapa	da	via	bioquı́mica,	limitando,	assim,	a	produção	do	colesterol.	
Agora,	con�ira	uma	curiosidade!	
Figura	1	-	Inibição	da	sı́ntese	do	colesterol	pelas	estatinas
Fonte:	Adaptado	de	PIVELLO,	2014,	p.	114.
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Além	 das	 estatinas,	 outros	 fármacos	 que	 atuam	 no	 controle	 das	 dislipidemias	 incluem:	 sequestradores	 de
ácidos	 biliares,	 inibidores	 da	 absorção	 do	 colesterol,	 �ibratos,	 niacina	 e	 ácidos	 graxos	 do	 tipo	 ômega	 3,
conforme	podemos	ver	no	quadro	“Classes	dos	fármacos	que	atuam	no	controle	das	dislipidemias”:	
VOCÊ SABIA?
Você	 sabia	 que	 o	 hipolipemiante	 Lipitor®,	 produzido	 pela	 empresa	 P�izer,	 é	 um
dos	medicamentos	mais	comercializados	no	mundo?	Esse	medicamento	tem	como
princıṕio	ativo	a	atorvastatina	cálcica	e	pertence	à	classe	das	estatinas.	
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Quadro	5	-	Classes	dos	fármacos	que	atuam	no	controle	das	dislipidemias
Fonte:	Adaptado	de	PIVELLO,	2014.
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#PraCegoVer:	 o	 quadro	 apresenta	 uma	 relação	 das	 classes	 dos	 fármacos	 que	 atuam	 no	 controle	 das
dislipidemias	com	destaque	para	as	estatinas,	resina	de	ligação	aos	ácidos	biliares,	inibidores	da	absorção	do
colesterol,	 derivados	 do	 ácido	 nicotı́nico	 (vitamina	 B3),	 derivados	 do	 ácido	 fı́brico	 (�ibratos)	 e	 os
suplementos	alimentares	à	base	de	óleos	de	peixes	ricos	em	ácidos	graxos	ômega	3.	
Prosseguindo,	 são	 descritas	 as	 principais	 interferências	 entre	 fármacos	 hipolipemiantes	 com	 alimentos	 e
nutrientes.	 Observe	 o	 quadro	 “Fármacos	 hipolipemiantes	 e	 interações	 decorrentes	 da	 coadministração	 de
alimentos	e	nutrientes”:	
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#PraCegoVer:	 o	 quadro	 apresenta	 uma	 relação	 de	 fármacos	 hipolipemiantes	 e	 suas	 interações
farmacocinéticas	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos	e	nutrientes.	
Na	sequência,	conheça	os	fármacos	que	atuam	na	coagulação	sanguı́nea.	
Quadro	6	-	Fármacos	hipolipemiantes	e	interações	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos	e
nutrientes
Fonte:	Adaptado	de	MAGNUS;	SALVI,	2014.
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=qhY0eKiAGSJrdFwxzyqqHQ%3d%3d&l=uo4dWO7Ehgf4fiYuY10CbA%3d%3d&cd=SaldOi… 14/31
3.1.6 Fármacos que modificam a coagulação sanguínea
A	coagulação	é	um	processo	�isiológico	caracterizado	por	uma	sequência	de	reações	de	enzimas	proteolı́ticas
em	diversos	fatores	de	coagulação	responsáveis	pela	conversão	do	�ibrinogênio	(proteı́na	solúvel	do	plasma)
em	�ibrina	(proteı́na	insolúvel	formadora	de	trombos/coágulos)	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
Os	anticoagulantes,	 juntamente	com	os	antiplaquetários	e	os	trombolı́ticos,	previnem	e	tratam	os	distúrbios
trombóticos	 e	 tromboembólicos.	 A	 trombose	 engloba	 a	 formação	 (trombogênese)	 ou	 a	 presença	 de	 um
trombo,	 isto	 é,	 um	 coágulo	 sanguı́neo,	 no	 sistema	 vascular.	 Dessa	 forma,	 a	 trombogênese	 evita	 as
hemorragias;	entretanto,	a	presença	de	um	trombo	em	local	inapropriado	impede	o	�luxo	sanguı́neo,	causando
isquemia	(SOARES,	2017).
Os	 anticoagulantes	 são	 administrados	 para	 prevenir	 a	 formação	 de	 novos	 coágulos.	 Esses	 fármacos	 não
dissolvem	os	coágulos	 formados	(trombólise),	não	melhoram	o	 �luxo	sanguı́neo	nos	 tecidos	no	entorno	do
coágulo	nem	evitam	a	lesão	isquêmica	dos	tecidos	(SOARES,	2017).
Os	fármacos	utilizados	para	prevenir	ou	tratar	a	trombose	modi�icam	o	processo	de	coagulação	sanguı́nea.	Os
anticoagulantes	são	administrados	em	distúrbios	trombóticos,	sendo	melhores	para	evitar	a	trombose	venosa
do	que	a	trombose	arterial.	Os	antiplaquetários	evitam	a	trombose	arterial.	Já	os	trombolı́ticos	são	utilizados
para	dissolver	os	trombos	(SOARES,	2017).
A	seguir,	vamos	conferir	alguns	tipos	de	anticoagulantes:
Anticoagulantes injetáveis
A	heparina	 é	 uma	mistura	 heterogênea	de	mucopolissacarı́deos	 extraı́da	 de	 vı́sceras	 animais.	 Esse	 fármaco
une-se	à	antitrombina	(inibidor	da	trombina)	e	induz	mudanças	conformacionais,	tornando-a	mais	acessı́vel	à
protease	 e	 acelerando	 sua	 interação	 com	 fatores	 da	 coagulação.	 A	 heparina	 também	 inibe	 a	 trombina	 pelo
cofator	II,	que	é	um	inibidor	circulante	(SOARES,	2017).
A	heparina	é	um	ativador	da	antitrombina	III,	responsável	pela	inibição	de	enzimas	da	coagulação	(trombina	e
fatores	Xa	e	IXa).	Lembramos	que	a	trombina	é	a	enzima	que	transforma	o	�ibrinogênio	em	�ibrina	(coágulo)
(SOARES,	2017).
Esse	 medicamento	 anticoagulante	 é	 utilizado	 exclusivamente	 em	 ambiente	 hospitalar	 para	 tratamento	 de
pacientes	 com	 risco	 de	 infarto	 devido	 à	 trombose	 (SOARES,	 2017).	 E� 	 indicado	 para	 prevenir	 a	 trombose
venosa	profunda	em	pacientes	 com	risco	 trombótico	 (pós-operatório	de	 cirurgias	 abdominais,	 ortopédicas,
pacientes	oncológicos	e	pacientes	 em	repouso	prolongado).	Também	 é	utilizado	para	prevenir	 tromboses	e
embolias	 em	procedimentos	 com	risco	 trombótico	 como	cateterismo,	 angioplastia,	 hemodiálise	 e	 cirurgias
cardiovasculares	com	circulação	extracorpórea	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
A	heparina	pode	ser	administrada	por	infusão	intravenosa	ou	injeção	subcutânea.	Durante	o	tratamento	com
heparina,	 se	 houver	 hemorragia	 grave	 a	 protamina	 pode	 ser	 utilizada	 para	 neutralizar	 a	 ação	 da	 heparina
(SOARES,	2017).
Além	 da	 heparina	 e	 de	 seus	 derivados,	 como	 a	 enoxaparina	 e	 dalteparina,	 existem	 outros	 anticoagulantes
injetáveis,	por	exemplo,	os	inibidores	diretos	da	trombina	(lepirudina,	bivalirudinaargatrobana),	danaparoide
(inibidor	 do	 fator	 ×	 ativado)	 e	 a	 drotregogina	 (�ibrinolı́tico	 –	 inibidor	 do	 inativador	 do	 plasminogênio)
(SOARES,	2017).
Anticoagulantes orais
Os	 anticoagulantes	 orais,	 também	 conhecidos	 como	 cumarı́nicos	 ou	 dicumarı́nicos,	 são	 derivados
lipossolúveis	da	 cumarina.	Apresentam	semelhança	quı́mica	e	estrutural	 com	a	vitamina	K.	A	varfarina	 é	 o
fármaco	mais	conhecido	dessa	classe	(SOARES,	2017).
Os	 anticoagulantes	 orais	 são	 usados,	 normalmente,	 na	 prevenção	 de	 fenômenos	 tromboembólicos	 em
pacientes	que	apresentam	trombose	venosa	ou	arterial	e	naqueles	com	doenças	que	predispõem	a	formação
de	trombos	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
Esses	 fármacos	 são	 antagonistas	 da	 vitamina	 K,	 sendo	 que	 essa	 vitamina	 acelera	 a	 conversão	 de	 alguns
precursores	de	fatores	da	coagulação.	Assim,	os	anticoagulantes	orais	interferem	na	formação	de	fatores	que
dependem	de	vitamina	K,	como	os	fatores	II,	VII,	IX	e	X,	incluindo	as	proteı́nas	C	e	S	na	fase	inicial	da	sı́ntese,
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07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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produzindo,	 assim,	 formas	 incompletas	 (acarboxiladas),	 incapazes	 de	 atuar	 adequadamente	 na	 coagulação
(OLIVEIRA-JR.,	 2012).	 Por	 outro	 lado,	 esses	 anticoagulantes	 não	 têm	 efeito	 sobre	 os	 fatores	 da	 coagulação
circulantes	nem	sobre	a	função	plaquetária	(SOARES,	2017).
A	ingestão	de	gorduras	e	alimentos	ricos	em	vitamina	K,	principalmente	folhas	verdes,	 é	causa	frequente	de
redução	 do	 efeito	 anticoagulante	 (OLIVEIRA-JR.,	 2012).	 Por	 outro	 lado,	 a	 ação	 anticoagulante	 é	 maior	 em
pacientes	que	possuem	alguma	de�iciência	na	absorção	da	vitamina	K	(SOARES,	2017).	Em	geral,	a	presença
de	alimentos	no	trato	gastrointestinal	pode	reduzir	a	absorção	da	varfarina	(SOARES,	2017).	
VOCÊ SABIA?
Pacientes	 que	 utilizam	 o	 anticoagulante	 varfarina	 simultaneamente	 com	 outros
medicamentos	 precisam	 ser	 acompanhados	 com	 atenção.	 A	 fração	 da	 varfarina
ligada	 às	 proteıńas	 plasmáticas	 é	 facilmente	 deslocada	 por	 outros	 fármacos,
aumentando	 a	 concentração	 da	 fração	 livre	 do	 fármaco	 e,	 consequentemente,
elevando	 o	 risco	 de	 hemorragias	 graves.	 Essas	 hemorragias	 também	 podem
ocorrer	 em	 casos	 de	 superdosagem	 com	 a	 varfarina.	 Nesses	 casos,	 deve-se
administrar	como	antıd́oto	a	�itomenadiona,	que	é	a	vitamina	K	sintética	(SOARES,
2017).	
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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Vamos	prosseguir	em	nossos	estudos	conhecendo	os	antiplaquetários	e	os	trombolı́ticos.
Antiplaquetários
Os	 antiplaquetários	 são	 fármacos	 usados	 para	 evitar	 a	 agregação	 das	 plaquetas	 e	 a	 formação	 de	 trombos
(antitrombogênicos).	 Os	 principais	 fármacos	 dessa	 classe	 são:	 ácido	 acetilsalicı́lico	 (AAS),	 dipiridamol,
ticlopidina	e	clopidogrel	(OLIVEIRA-JR.,	2012).	
A	 ticlopidina	 e	 o	 clopidogrel	 são	 tienopiridinas	 que	 reduzem	 a	 adesividade	 plaquetária	 (MAGNUS;	 SALVI,
2014).	 Já	o	AAS,	amplamente	empregado	como	anti-in�lamatório,	analgésico	e	antipirético,	possui	atividade
antiplaquetária,	 sendo	 utilizado	 como	 medicamento	 pro�ilático	 do	 infarto	 do	 miocárdio.	 O	 AAS	 inibe	 as
enzimas	cicloxigenases	1	e	2	(COX	1	e	2).	A	COX-1	participa	da	sı́ntese	de	tromboxano	A2,	um	estimulante	da
agregação	 plaquetária.	 Com	 a	 inibição	 da	 COX-1	 e,	 consequentemente,	 da	 sı́ntese	 de	 tromboxano	 A2,
diminuem-se	a	agregação	plaquetária	e	a	formação	de	trombos	(SOARES,	2017).
Trombolíticos
Normalmente,	os	trombos	são	formados	e	destruı́dos	(trombólise).	No	entanto,	se	houver	um	desequilı́brio
entre	 a	 trombogênese	 e	 a	 trombólise,	 problemas	 como	 distúrbios	 trombóticos	 ou	 hemorrágicos	 podem
ocorrer.	 Assim,	 as	 tromboses	 podem	 ocorrer	 tanto	 em	 artérias	 quanto	 em	 veias.	 As	 tromboses/emboliasarteriais	 causam	 lesões	 no	 endotélio	 e	 a	 interrupção	 do	 �luxo	 sanguı́neo,	 que	 podem	 ocasionar
isquemia/morte	tecidual	local	e	infarto.	Já	as	tromboses	venosas	causam	congestão	local,	edema	e	in�lamação
(SOARES,	2017).
Os	medicamentos	utilizados	para	desfazer	os	trombos	são	conhecidos	como	trombolı́ticos,	entre	os	quais	se
destacam	as	enzimas	�ibrinolı́ticas:	estreptoquinase,	alteplase	e	tenecteplase.	Tais	enzimas	são	especializadas
em	promover	a	lise	da	�ibrina	(�ibrólise),	ativando	o	plasminogênio	em	plasmina.	Esta	última	tem	ação	lı́tica
sobre	a	malha	de	�ibrina	e,	por	conseguinte,	é	capaz	de	dissolver	os	trombos	(BARUZZI;	STEFANINI;	MANZO,
2018).
VOCÊ QUER LER?
Para	revisar	a	 importância	da	vitamina	K,	 leia	o	seguinte	artigo	de	revisão:	 “Vitamina
K:	 metabolismo,	 fontes	 e	 interação	 com	 o	 anticoagulante	 varfarina.”	 Disponıv́el	 em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-
50042006000600007&lng=pt&nrm=iso.
Esse	artigo	destaca	que	as	principais	fontes	de	vitamina	K	são	os	vegetais	e	os	óleos.	Os
alimentos	 folhosos	 verde-escuros,	 os	 preparados	 à	 base	 de	 óleo,	 oleaginosas	 e	 frutas,
como	kiwi,	abacate,	uva,	ameixa	e	�igo,	também	contêm	teores	signi�icantes	de	vitamina
K.	Em	contrapartida,	cereais,	grãos,	pães	e	laticıńios	possuem	teores	discretos.
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07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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No	quadro	“Fármacos	que	modi�icam	a	coagulação	e	interações	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos
e	plantas	medicinais”,	são	descritas	as	principais	 interferências	entre	fármacos	que	modi�icam	a	coagulação
com	alimentos	e	plantas	medicinais:
#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	de	fármacos	anticoagulantes,	antiplaquetários	e	trombolı́ticos,
além	de	suas	interações	farmacocinéticas	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos	e	plantas	medicinais.	
Vamos,	agora,	conhecer	a	farmacologia	aplicada	ao	sistema	respiratório?	
Quadro	7	-	Fármacos	que	modi�icam	a	coagulação	e	interações	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos
e	plantas	medicinais
Fonte:	Adaptado	de	MAGNUS;	SALVI,	2014.
3.2  Farmacologia aplicada ao sistema respiratório
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O	sistema	 respiratório	 é	 composto	pelas	vias	 aéreas	 superiores	 (cavidade	nasal,	 faringe	e	 traqueia)	 e	pelas
vias	aéreas	inferiores	(brônquios,	bronquı́olos	e	alvéolos).	Essa	rede	interconectada	é	responsável	por	inalar
o	ar	ambiental	para	o	interior	do	organismo.	Em	seu	trajeto,	o	ar	(com	oxigênio)	vai	sendo	direcionado	para	a
realização	 das	 trocas	 gasosas,	 que	 ocorrem	no	 interior	 dos	 alvéolos	 pulmonares	 e,	 ao	 �inal,	 o	 ar	 (com	 gás
carbônico)	é	exalado	para	o	meio	exterior	(OLIVEIRA-JR.,	2012).
De	forma	didática,	os	fármacos	que	atuam	diretamente	nas	vias	aéreas	podem	ser	agrupados	de	acordo	com	o
quadro	“Grupos	de	fármacos	que	atuam	no	sistema	respiratório”.	Con�ira!
#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	dos	grupos	de	 fármacos	que	atuam	no	sistema	respiratório,
com	 destaque	 para	 os	 antitussı́genos,	 expectorantes,	 mucolı́ticos,	 além	 das	 opções	 para	 tratamento	 das
doenças	pulmonares	obstrutivas.	
Entenda	a	diferença	detalhada	entre	esses	fármacos	a	seguir:	
Agora,	con�ira	uma	curiosidade.	
Quadro	8	-	Grupos	de	fármacos	que	atuam	no	sistema	respiratório
Fonte:	Elaborado	pelo	autor,	2020.
Antitussíg
enos	
Também	 conhecidos	 como	 antitussivos,	 são	 os	 fármacos	 utilizados	 para	 inibir	 a
tosse	improdutiva	e	sem	secreção	(tosse	seca).	Os	antitussı́genos	centrais	inibem	a
área	do	cérebro	que	comanda	o	re�lexo,	chamada	“centro	da	tosse”,	também	causando
sedação	(PIVELLO,	2014).	Exemplos:	dextrometorfano	e	codeı́na.	Já	os	antitussı́genos
periféricos	agem	no	local	da	tosse,	 isto	 é,	na	laringe	e	na	traqueia	(PIVELLO,	2014).
Exemplo:	dropropizina.	
Expectora
ntes	
Fármacos	 usados	 na	 tosse	 produtiva	 (com	 secreção/catarro),	 para	 facilitar	 o
deslocamento	das	secreções	no	trato	respiratório,	da	traqueia	e	laringe	até	a	faringe
(garganta),	 tornando	 mais	 fácil	 sua	 eliminação	 (PIVELLO,	 2014).	 Exemplos:
guaifenesina,	sulfoguaicol,	ambroxol,	bromexina.	
Mucolítico
s	
Fármacos	 que	 �luidi�icam	 as	 secreções,	 facilitando	 sua	 eliminação	 pela	 tosse
produtiva	(PIVELLO,	2014).	Exemplos:	acetilcisteı́na	e	carbocisteı́na.	
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Seguimos	nossos	estudos	conhecendo	as	alternativas	terapêuticas	para	o	tratamento	das	doenças	pulmonares
obstrutivas.		
3.2.1 Tratamento das doenças pulmonares obstrutivas (asma,
bronquite crônica e enfisema)
As	principais	 opções	 terapêuticas	utilizadas	no	 tratamento	das	doenças	pulmonares	obstrutivas,	 sobretudo
asma,	bronquite	crônica	e	en�isema,	estão	listadas	no	quadro	“Classes	de	fármacos	utilizados	no	tratamento
das	doenças	pulmonares	obstrutivas”.	Acompanhe:	
VOCÊ SABIA?
Os	mucolıt́icos,	 assim	 como	 os	 expectorantes,	 não	 devem	 ser	 usados	 em	 caso	 de
asma	brônquica	e	bronquite	crônica,	pois	podem	causar	di�iculdade	para	respirar
e	sufocamento	por	movimentação	da	secreção	brônquica.	Também	tendem	a	ser
irritantes	em	quadros	de	gastrite	ou	úlceras	gástricas.	
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#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	das	classes	de	fármacos	que	atuam	no	tratamento	das	doenças
pulmonares	 obstrutivas,	 em	 especial	 asma,	 bronquite	 crônica	 e	 en�isema.	 Destaque	 para	 os	 agonistas
adrenérgicos,	as	metilxantinas,	os	glicocorticoides,	os	anticolinérgicos,	os	anti-histamı́nicos	e	os	antagonistas
de	leucotrienos.	
Entenda	a	diferença	detalhada	entre	esses	fármacos	a	seguir:	
Quadro	9	-	Classes	de	fármacos	utilizados	no	tratamento	das	doenças	pulmonares	obstrutivas
Fonte:	Adaptado	de	PIVELLO,	2014.
Como	a	adrenalina,	os	fármacos	agonistas	adrenérgicos	aumentam	o	calibre	das	vias	respiratórias.
O	 salbutamol	 é	 um	 potente	 agonista	 adrenérgico	 β-2	 seletivo,	 agindo	 principalmente	 na
broncodilatação	 (PIVELLO,	 2014).	 Outros	 fármacos	 dessa	 classe	 são:	 bambuterol,	 fenoterol,
formoterol,	salmeterol	e	terbutalina.		
Têm	ação	relaxante	sobre	a	musculatura	dos	brônquios.	Também	possuem	ação	anti-in�lamatória	e
são	indicados	para	o	tratamento	de	asma,	bronquite,	en�isema	e	dispneia	(PIVELLO,	2014).	Além	da
cafeı́na,	 fazem	 parte	 desse	 grupo	 os	 fármacos	 amino�ilina,	 bami�ilina,	 teo�ilina	 e	 acebro�ilina
(teo�ilina	+	ambroxol).	
•
•
Agonistas	adrenérgicos	
Metilxantinas	
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No	 quadro	 “Fármacos	 que	 atuam	 no	 sistema	 respiratório	 e	 interações	 decorrentes	 da	 coadministração	 de
alimentos/nutrientes/plantas	 medicinais”,	 são	 descritas	 as	 principais	 interferências	 entre	 fármacos	 que
atuam	no	sistema	respiratório	com	alimentos,	nutrientes	e	plantas	medicinais.	Observe	com	atenção:	
Principais	 anti-in�lamatórios	 esteroides	 utilizados	 na	 asma	 crônica	 e	 bronquite,	 podem	 ser
administrados	 por	 inalação	 (beclometasona,	 budesonida,	 ciclesonida,	 �luticasona)	 e	 por	 via	 oral
(dexametasona,	prednisona,	prednisolona).	
São	 antagonistas	 competitivos	 reversı́veis	 dos	 receptores	 muscarı́nicos.	 Atuam	 bloqueando	 a
ligação	 da	 acetilcolina	 nesses	 receptores	 impedindo	 a	 ação	 colinérgica	 nos	 órgãos	 efetores.Os
receptores	 muscarı́nicos	 são	 divididos	 em	 cinco	 subtipos	 (M1	 a	 M5)	 amplamente	 distribuı́dos
pelo	corpo.	Os	receptores	M3	estão	localizados	nas	glândulas	secretoras	e	em	praticamente	toda	a
musculatura	lisa	do	organismo	(SOARES,	2017).
O	bloqueio	desses	receptores	(M3)	nas	vias	aéreas	ocasiona	a	redução	da	secreção	do	muco	pelas
glândulas	 secretoras	 e	 o	 relaxamento	 da	 musculatura	 brônquica,	 isto	 é,	 a	 broncodilatação.	 A
atropina	 e	 a	 escopolamina	 são	 antimuscarı́nicos	 utilizados	 para	 a	 diminuição	 das	 secreções
brônquicas	e	induzem	broncodilatação,	além	de	apresentarem	efeitos	antiespasmódicos	(SOARES,
2017).	
O	 ipatrópio	e	tiotrópio	(análogos	da	atropina)	também	são	antimuscarı́nicos	utilizados	em	crises
asmáticas	por	via	inalatória,	para	evitar	efeitos	sistêmicos	indesejáveis	(PIVELLO,	2014).
Os	fármacos	antagonistas	da	histamina	bloqueiam	a	ligação	da	histamina	nos	receptores	H1	e	são
utilizados	para	evitar	crises	asmáticas	alérgicas	(PIVELLO,	2014).	Exemplos:	cetotifeno,	cetirizina,
fexofenadina,	loratadina	e	prometazina.	
Os	fármacos	montelucaste	e	za�irlucaste	são	inibidores	dos	receptores	dos	leucotrienos	e	reduzem
a	brococonstrição,	a	secreção	brônquica	e	a	di�iculdade	respiratória	(PIVELLO,	2014).	
•
•
•
•
Glicocorticoides	
Anticolinérgicos/antimuscarínicos	
Anti-histamínicos	
Antagonistas	dos	leucotrienos	
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	uma	relação	de	fármacos	que	atua	no	sistema	respiratório	e	suas	interações
farmacocinéticas	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos,	nutrientes	e	plantas	medicinais.	
Vamos	conhecer	a	farmacologia	utilizada	no	controle	da	glicemia.
Quadro	10	-	Fármacos	que	atuam	no	sistema	respiratório	e	interações	decorrentes	da	coadministração	de
alimentos/nutrientes/plantas	medicinais
Fonte:	Adaptado	de	MAGNUS;	SALVI,	2014.
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3.3  Farmacologia do controle da glicemia
O	 diabetes	mellitus	 (DM),	 ou	 simplesmente	 diabetes,	 é	 uma	 sı́ndrome	 metabólica,	 ou	 seja,	 um	 grupo	 de
doenças	crônicas	caracterizado	pelo	aumento	anormal	da	glicemia	sanguı́nea.	E� 	associado	a	danos	em	vários
órgãos,	sobretudo	olhos,	rins,	nervos,	coração	e	vasos	sanguı́neos	(PIVELLO,	2014).
O	diabetes	pode	ser	causado	pela	redução	(ou	ausência)	da	produção	de	insulina	pelo	pâncreas	(diabetes	tipo
I)	 e/ou	pelo	 desenvolvimento	de	 resistência	 à	 ação	 da	 insulina	pelo	 organismo	 (diabetes	 tipo	 II)	 (SOARES,
2017).
A	insulina	é	um	hormônio	polipeptı́dico	pancreático,	produzido	nas	células	β	das	ilhotas	de	Langerhans,	com
funções	anabólicas	e	de	controle	glicêmico,	ou	seja,	com	inibição	da	saı́da	de	glicose	do	fı́gado,	diminuição	da
degradação	 de	 proteı́nas	 no	 fı́gado,	 aumento	 da	 captação	 de	 glicose	 pelas	 células,	 sı́ntese	 de	 glicogênio	 e
proteı́nas	 pelos	músculos,	 elevação	 da	 captação	 de	 glicose	 e	 ácidos	 graxos	 pelos	 adipócitos,	 resultando	na
sı́ntese	 de	 triglicerı́deos.	 Em	 conjunto,	 esses	 efeitos	 resultam	na	 diminuição	 da	 concentração	 de	 glicose	 na
corrente	sanguı́nea	(hipoglicemia)	(SOARES,	2017).
Já	o	glucagon	é	outro	hormônio	que	possui	ação	contrária	à	insulina,	ou	seja,	tem	efeitos	hiperglicemiantes	e
catabólicos,	 estimulando	a	 glicogenólise	 e	 gliconeogênese	no	 fı́gado,	 e	 a	 lipólise	nos	 adipócitos,	 liberando,
assim,	os	ácidos	graxos	(SOARES,	2017).
VOCÊ QUER VER?
Con�ira	 o	 vıd́eo	 ilustrativo	 abordando	 o	 tema	 do	 diabetes:	 Diabetes	 and	 the	 Body
(Diabetes	 e	 o	 Corpo).	 Disponıv́el	 no	 link:	 https://www.youtube.com/watch?
v=X9ivR4y03DE.	 Antes	 de	 iniciar	 o	 vıd́eo,	 lembre-se	 de	 entrar	 nas	 con�igurações	 do
YouTube	para	ativar	as	 legendas	e	con�igurar	a	 tradução	simultânea	do	 inglês	para	o
português.	
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=qhY0eKiAGSJrdFwxzyqqHQ%3d%3d&l=uo4dWO7Ehgf4fiYuY10CbA%3d%3d&cd=SaldOi… 24/31
Os	 mecanismos	 básicos	 de	 controle	 �isiológico	 da	 glicemia	 pelos	 hormônios	 insulina	 e	 glucagon,	 e	 as
alterações	decorrentes	estão	representados	esquematicamente	na	�igura	“Mecanismos	�isiológicos	básicos	de
controle	da	glicemia	pelos	hormônios	insulina	e	glucagon”.	Veja	como	esses	mecanismos	funcionam:	
VOCÊ SABIA?
Você	sabia	que	o	glucagon	pode	ser	administrado	como	agente	hiperglicemiante
para	 reverter	 reações	 de	 hipoglicemia	 decorrentes	 principalmente	 da
administração	 excessiva	 de	 insulina,	 hipoglicemiantes	 orais,	 β-bloqueadores	 ou
consumo	exagerado	de	álcool	(PIVELLO,	2014)?	
07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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#PraCegoVer:	 a	 �igura	 mostra	 uma	 representação	 esquemática	 dos	 mecanismos	 �isiológicos	 básicos	 de
controle	da	glicemia	pelos	hormônios	insulina	e	glucagon.	
Prosseguimos,	conhecendo	o	tratamento	farmacológico	do	diabetes.	
3.3.1 Tratamento farmacológico do diabetes
Para	o	 tratamento	do	diabetes	 tipo	1,	 além	de	uma	dieta	hipoglicêmica	adequada	e	da	prática	de	atividades
fı́sicas,	 exige-se	 a	 aplicação	 injetável	 de	 insulina	 exógena.	 Já	 os	 fármacos	 antidiabéticos	 são	 destinados	 ao
tratamento	do	diabetes	tipo	2	(SOARES,	2017)
Segundo	as	diretrizes	da	Sociedade	Brasileira	de	Diabetes	(SBD,	2014),	os	antidiabéticos	são	classi�icados	em
quatro	categorias,	a	saber:
Figura	2	-	Mecanismos	�isiológicos	básicos	de	controle	da	glicemia	pelos	hormônios	insulina	e	glucagon
Fonte:	Adaptado	de	SOARES,	2017,	p.	511.
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#PraCegoVer:	o	quadro	apresenta	a	classi�icação	dos	fármacos	antidiabéticos.
Quanto	às	principais	classes	de	fármacos	antidiabéticos,	suas	subdivisões	e	seus	respectivos	mecanismos	de
ação,	podemos	conferi-los	no	quadro	“Classes	de	fármacos	antidiabéticos”:	
Quadro	11	-	Classi�icação	dos	fármacos	antidiabéticos
Fonte:	Adaptado	de	SBD,	2014.
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Quadro	12	-	Classes	de	fármacos	antidiabéticos
Fonte:	Adaptado	de	PIVELLO,	2014;	SBD,	2014;	SOARES,	2017.
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#PraCegoVer:	 o	 quadro	 apresenta	 uma	 relação	 das	 principais	 classes	 de	 fármacos	 antidiabéticos,	 com	 os
respectivos	 mecanismos	 de	 ação,	 com	 destaque	 para	 os	 fármacos	 que:	 aumentam	 a	 secreção	 de	 insulina
(hipoglicemiantes);	não	aumentam	a	secreção	de	 insulina	(anti-hiperglicemiantes);	aumentam	a	secreção	de
insulina	dependente	de	glicose	e	diminuem	a	supressão	do	glucagon;	e	promovem	glicosúria.	
Para	ilustrar,	acompanhe	a	sugestão	de	vı́deo	a	seguir:	
Por	 �im,	 são	 descritas	 as	 principais	 interferências	 entre	 fármacos	 hipoglicemiantes	 com	 alimentos	 e
nutrientes.	 Observe	 o	 quadro	 “Fármacos	 hipoglicemiantes	 e	 interações	 decorrentes	 da	 coadministração	 de
alimentos,	nutrientes	e	plantas	medicinais”:	
VOCÊ QUER VER?
Veja	Treatment	and	Management	of	Type	2	Diabetes	(Tratamento	e	Acompanhamento	do
Diabetes	Tipo	2),	disponıv́el	no	link:	https://www.youtube.com/watch?v=qSpAF-JUKEA.
Antes	de	iniciar	o	vıd́eo,	lembre-se	de	entrar	nas	con�igurações	do	YouTube	para	ativar
as	legendase	para	con�igurar	a	tradução	simultânea	do	inglês	para	o	português.
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#PraCegoVer:	 o	 quadro	 apresenta	 uma	 relação	 de	 fármacos	 hipoglicemiantes	 e	 suas	 interações
farmacocinéticas	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos,	nutrientes	e	plantas	medicinais.	
Assim,	concluı́mos	esta	unidade	esperando	que	você	tenha	tido	a	oportunidade	de	aprofundar	seus	estudos.
Até	a	próxima!	
Quadro	13	-	Fármacos	hipoglicemiantes	e	interações	decorrentes	da	coadministração	de	alimentos,
nutrientes	e	plantas	medicinais
Fonte:	Adaptado	de	MAGNUS;	SALVI,	2014.
Conclusão
A	viagem	dos	 fármacos	pelo	corpo	e	suas	 interações	com	os	alimentos	e	os	nutrientes	continua.	Estudar	as
classes	 de	 fármacos,	 as	 subdivisões,	 os	 mecanismos	 de	 ação	 e	 as	 interações	 com	 alimentos,	 nutrientes	 e
plantas	medicinais	é	fundamental	para	entender	os	efeitos	terapêuticos	dos	medicamentos	sobre	os	sistemas
orgânicos.	
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
Conhecer classes farmacológicas que atuam no sistema
cardiovascular, principalmente os fármacos utilizados na
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hipertensão arterial sistêmica (anti-hipertensivos), na angina
estável, na insuficiência cardíaca congestiva, nas arritmias
cardíacas, na hiperlipidemia, bem como os fármacos
anticoagulantes e antiplaquetários.
Conhecer as classes farmacológicas que atuam no sistema
respiratório, representadas pelos fármacos antitussígenos,
expectorantes, mucolíticos, além dos fármacos utilizados na asma,
na bronquite crônica e no enfisema. 
Conhecer os mecanismos e o controle da glicemia sanguínea
pelos hormônios insulina e glucagon, além da ação dos fármacos
antidiabéticos.
Conhecer as principais interações farmacocinéticas e
farmacodinâmicas entre os fármacos e os alimentos, os nutrientes
e algumas plantas medicinais.
•
•
•
Bibliografia
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07/03/2022 20:36 Interação droga nutriente
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