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ESTRADAS Ma. Arilmara Abade Bandeira ESTUDOS PRELIMINARES ESTUDOS DE TRÁFEGO Volume Densidade Características do Tráfego Tipos de Tráfego Veículos representativos Níveis de Serviço Estudos de Capacidade de Tráfego Estatísticas Mobilidade e Acessibilidade no trânsito Alternativas de Transportes PROJETO GEOMÉTRICO Estudos Topográficos Levantamento e Estaqueamento da Poligonal Locação Classificação das Estradas Seção transversal; Acostamento; Faixa de Domínio; Ocupação. Canteiro Gabaritos EMENTA PAVIMENTO Tipos de pavimentos Subleito, leito, base e sub-base. DRENAGEM OBRAS DE PROTEÇÕES PONTES E PASSARELAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS CICLOVIAS NOÇÕES GERAIS DE FERROVIAS CONCEITO DE SINALIZAÇÃO DE TRÁFEGO REDUTORES DE VELOCIDADE; CONTROLE ELETRÔNICO DE VELOCIDADE MATERIAIS E ESPECIFICAÇÕES EMENTA Bibliografia básica FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de textos, 2010. GONÇALVES, José Alberto; MADEIRA, Sérgio; SOUSA, J. João Sousa. Topografia: conceitos e aplicações. 3ª ed,. atual. eaument. Lisboa: Lidel, 2012. SHU, Han Lee. Introdução ao Projeto Geométrico de Rodovias. 3ª ed. Santa Catarina: UFSC, 2008. Bibliografia complementar COSTA, Pedro S. da; FIGUEIREDO, Wellington C. ESTRADAS Estudos e Projetos. 3ª.ed. Salvador: Editora da UFBA, 2007. FERRAZ, Antonio Clovis Pinto; TORRES, Isaac Guilhermo Espinoza. Transporte Público Urbano. 2ª. São Paulo: Rima, 2004. PORTUGAL, L. da S.; Goldner L. G. Estudo de Polos Geradores de Tráfego e de seus Impactos nos Sistemas Viários e de Transportes. São Paulo: Edgard Blucher, 2003. SENÇO, Wlastemiler de. Manual de Técnicas de Projetos Rodoviários. São Paulo: PINI, 2008. SENÇO, Wlastemiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação – Vol. I. 2ª. ed.São Paulo: PINI, 2008. RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Estudos de Tráfego Estudos Geológico / Geotécnicos Estudos Hidrológicos Estudos Topográficos Plano Funcional Projeto Geométrico Projeto de Interseções, Retornos e Acessos Projeto de Terraplenagem Projeto de Drenagem Projeto de Pavimentação Projeto de Obras-de-Arte Especiais Projeto de Sinalização Projeto de Paisagismo Projeto de Elementos de Segurança Projeto de Desapropriação Projeto de Relocação de Serviços Públicos Projeto de Cercas e Muros Projeto de Instalações para Operação da Via Plano de Execução e Orçamento da Obra Documentos para Concorrência. Atividades para Elaboração de um Projeto Viário ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA-ECONÔMICA - tem por objetivo dar subsídios para seleção das alternativas de traçado mais convenientes, determinar as características técnicas mais adequadas em função dos estudos de tráfego e definir a viabilidade econômica do projeto. Ë desenvolvido ainda na fase inicial (preliminar) dos serviços, ou seja, de reconhecimento da área a ser projetada. ESTUDOS DE TRÁFEGO - trata da coleta de dados de tráfego, seu estudo e análise do tráfego atual e futuro com vistas a propiciar meios necessários para avaliar a suficiência do sistema de transporte existente, auxiliar na definição do traçado e padrão da rodovia, definir a classe e suas características técnicas, determinar as características operacionais da rodovia e fornecer insumos para a análise de viabilidade econômica. ESTUDOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS - têm por objetivo o melhor conhecimento da constituição do terreno através de sondagens e coleta de materiais no campo e consequentes ensaios destes materiais para definição de suas características e aplicabilidade. ESTUDOS HIDROLÓGICOS - consistem na coleta de dados, processamento destes dados e análise relativa a todo aspecto hidrológico nas diversas fases de projeto. ESTUDOS TOPOGRÁFICOS - consistem na busca do pleno conhecimento do terreno através de levantamento topográfico convencional ou por processo aerofotogramétrico, com formas de trabalho, precisão e tolerância em consonância a fase de projeto que se desenvolve. PLANO FUNCIONAL - Na medida do possível, o plano funcional deve abranger o sistema viário coletor-distribuidor da rodovia e ainda os corredores de acesso que alimentarão a nova ligação. Os planos funcionais compreendem nesta fase a concepção geral preliminar de funcionamento da nova rodovia e de integração com o restante do sistema viário, bem como de operação de interseções, ramos, obras-de-arte (viadutos, pontes e passarelas), número de faixas, projeções dos volumes de tráfego e outras informações básicas relativas ao modo de funcionamento do plano de circulação. Serão, ainda definidas, conceitualmente, as soluções das interseções e interconexões, inclusive lay-out; necessidades e tipos de canalização do tráfego; tratamento das entradas e saídas de ramos; velocidades diretrizes para ramos, número de faixas dos ramos; tratamento de problemas específicos; medidas para atendimento do transporte coletivo. PROJETO GEOMÉTRICO - tem por objetivo o completo estudo e conseqüente definição geométrica de uma rodovia, das características técnicas tais como raios de curvaturas, rampas, plataforma, etc..., com precisão tal que permita sua conformação espacial, sua quantificação, correspondente orçamento e possibilite a sua perfeita execução através de um adequado planejamento. PROJETO DE INTERSEÇÕES, RETORNOS E ACESSOS - consiste na identificação e concepção de projeto, detalhamento e demonstração das plantas de execução destes dispositivos. PROJETO DE TERRAPLENAGEM / OBRAS DE ARTE CORRENTES - consiste na determinação dos volumes de terraplenagem, dos locais de empréstimos e bota-fora de materiais e na elaboração de quadros de distribuição do movimento de terra, complementado pela definição das Obras de Arte Correntes (pontes, viadutos, túneis, muros de arrimo, bueiros). PROJETO DE DRENAGEM - visa estabelecer a concepção das estruturas que comporão o projeto de drenagem superficial e profunda, estabelecendo seus dimensionamentos e apresentando quadros identificativos do tipo de obra, localização e demais informações. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO - objetiva estabelecer a concepção do projeto de pavimento, a seleção das ocorrências de materiais a serem indicados, dimensionamento e definição dos trechos homogêneos, bem como o cálculo dos volumes e distâncias de transporte dos materiais empregados. PROJETO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS - consiste na concepção, no cálculo estrutural e confecção das plantas de execução de pontes e viadutos. PROJETO DE OBRAS COMPLEMENTARES - é desenvolvido em função dos demais projetos, complementando-os conforme análise de necessidades de implantação de dispositivos de funcionalidade e de segurança do complexo da obra de engenharia, com definições, desenhos e localizações detalhadas dos dispositivos projetados; também envolve os projetos especiais de paisagismo e locais de lazer nas áreas adjacentes à via em estudo a partir de um cadastro pedológico e vegetal. Sinalização Horizontal Sinalização Vertical Cercas Proteção Vegetal Defensas Metálicas Lombadas e Sonorizadores Manejo Ambiental em Canteiros de Obras Manejo Ambiental de Jazidas Manejo Ambiental na Execução de Bota-Fora Conformação de Jazidas e Áreas Degradadas Revegetação de Áreas Planas ou Pouco Inclinadas Plantio de Grama Hidrossemeadura Plantio de Árvores e Arbustos Recuperação de Voçorocas Reaterro Compactado Recuperação de Áreas Degradadas com Solo Ensacado Recuperação de Áreas Degradades com Solo-Cimento Ensacado Diques Interceptantes Enrocamento de Pedra Desdobramento de Material Lenhoso Demolição e Remoção de Estruturas de Concreto Remoção de Entulhos Recuperação de Áreas de Lixões OBRAS COMPLEMENTARES PROJETO DE SINALIZAÇÃO - é composto pelo projeto de sinalização horizontal e vertical das vias, interseções e acessos, também pela sinalização por sinais luminosos em vias urbanas, onde são especificados os tipos dos dispositivos de sinalização, localização de aplicação e quantidades correspondentes. PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO - é constituído de levantamento topográfico da área envolvida, da determinação do custo de desapropriação de cada unidade, doregistro das informações de cadastro em formulário próprio, da planta cadastral individual das propriedades compreendidas, total ou parcialmente na área e, por fim, relatório demonstrativo. PROJETO DE INSTALAÇÕES PARA OPERAÇÃO DA RODOVIA – é constituído de memória justificativa, projetos e desenhos específicos e notas de serviços dos dispositivos tais como postos de pedágio, postos de polícia, balanças, residências de conservação, postos de abastecimento, áreas de estacionamento, paradas de ônibus, etc... ORÇAMENTO DOS PROJETOS - consiste na pesquisa de mercado de salários, materiais, equipamentos, etc... para o cálculo dos custos unitários dos serviços e estudo dos custos de transportes para confecção do orçamento total da obra. PLANO DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS - apresenta um plano de ataque dos serviços considerando a forma e equipamento para execução, bem como os cronogramas e dimensionamento/ “lay-out” das instalações necessárias a execução da obra. DOCUMENTOS PARA LICITAÇÃO - visam identificar e especificar as condições que nortearão a licitação dos serviços para execução da obra. PLANO DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS - apresenta um plano de ataque dos serviços considerando a forma e equipamento para execução, bem como os cronogramas e dimensionamento/ “lay-out” das instalações necessárias a execução da obra. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) – é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos da avaliação de impacto ambiental; deve conter o esclarecimento de todos os elementos da proposta em estudo, de modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) – trata-se da execução por equipe multidisciplinar das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar sistematicamente as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente, através de métodos de avaliações próprios e técnicas de previsão dos impactos ambientais e conseqüente desenvolvimento de medidas específicas de proteção, recuperação e melhorias no meio ambiente, garantindo o mínimo efeito ao ecossistema. CONSTRUÇÃO A fase de construção de uma obra de engenharia, que deve orientar-se rigorosamente pelo correspondente projeto, é composta por uma grande quantidade de diferentes serviços que, normalmente, são agrupados em 4 títulos gerais: a. IMPLANTAÇÃO BÁSICA b. OBRAS DE ARTE ESPECIAIS c. TÚNEIS d. SUPERESTRUTURA Cada um destes grupos de serviços de construção compreende divisões e subdivisões em itens ou unidades de serviço, como segue: IMPLANTAÇÃO BÁSICA SERVIÇOS PRELIMINARES Destocamento (retirada dos tocos ou restos de árvores (queimadas ou cortadas) Desmatamento Limpeza b. OBRAS DE ARTE CORRENTES Bueiros diversos Bocas de bueiros Saídas d’água Drenos c. TERRAPLENAGEM Escavação/carga Transporte/descarga Compactação d. SERVIÇOS COMPLEMENTARES Sarjetas Dispositivos de proteção OBRAS DE ARTE ESPECIAIS a. PONTES b. VIADUTOS c. OBRAS DE CONTENÇÃO TÚNEIS a. COM ESTABILIDADE NATURAL b. COM ESTABILIDADE ARTIFICIAL SUPERESTRUTURA a. LEITO NATURAL: Solo local espalhado b. REVESTIMENTO PRIMÁRIO: Solo local ou importado, estabilizado c. PAVIMENTO: Asfalto, concreto, pedra, paralelepípedo. OPERAÇÃO O controle operacional de uma rodovia tem por objetivo analisar continuamente os níveis de serviço nos diversos trechos, através de instrumentos de gestão que garantam a imediata tomada de decisões para solucionar os eventuais problemas ou situações que possam ameaçar a segurança e o conforto dos usuários. Para tanto, deverão estar permanentemente disponíveis os serviços operacionais de: • Inspeção de trânsito (sinalização e emergência) • Atendimento pré-hospitalar (primeiros socorros e remoção) • Atendimento mecânico (resgate/ guincho) • Atendimento de incidentes (limpeza de pista) • Fiscalização de trânsito (polícia rodoviária) • Unidades móveis de controle de peso dos veículos (balanças). Além dos serviços de apoio acima descritos, nas modernas rodovias são indispensáveis os sistemas de comunicação e controle, tais como telefonia de emergência (caixas de chamada) e comunicação entre viaturas e, em algumas estradas mais modernas, são implantados sistemas de câmeras de TV para monitoramento permanente (Ex: Via Dutra). CONSERVAÇÃO Toda obra de engenharia, por princípios de concepção, tem por propósito a manutenção de suas características básicas, apesar da ação implacável do tempo em si e das variações freqüentes das condições climáticas (agentes atmosféricos) e ainda, no caso de rodovias e vias urbanas, a ação do tráfego dos veículos que tendem a desgastar tais obras, podendo levar até a total destruição. Para garantir as características das obras e conseqüentemente evitar a possível destruição, e visando a manutenção de boas condições de tráfego e segurança, são executados os serviços de Conservação que, por sua vez, é subdividida em Rotineira que consiste na manutenção diária, constante, com serviços de finalidade preventiva; a outra subdivisão é a Periódica, que consiste em consertar e refazer trechos envolvendo grandes quantidades de serviços. Atualmente vem desenvolvendo-se uma importante ferramenta para melhor conhecimento, dimensionamento e planejamento das necessidades da conservação através do Sistema de Gerenciamento de Pavimentos - SGP. Importância da via ⇔ posição hierárquica na rede viária (federal, estadual, municipal) Características de projeto e de operação dependem de: classe da via localidades e destino atendidos conexões volumes e composição de tráfego previstos topografia uso e ocupação do solo Principais Conceitos Básicos Considerados no Projeto da Via Exigências a serem atendidas no projeto da via: segurança capacidade de escoamento eficiência econômica: análises do tipo custo / benefício integração satisfatória no meio ambiente Exigências relacionadas à segurança devem considerar: limites de percepção humana comportamento do motorista interações físicas entre o veículo e a via Principais Conceitos Básicos Considerados no Projeto da Via Aspectos especialmente importantes à segurança: dinâmica do movimento do veículo drenagem visibilidade configurações da perspectiva da via consistência do traçado equipamentos instalados na via tipos de controle de tráfego Principais Conceitos Básicos Considerados no Projeto da Via Geometria da infra e da superestrutura Trinômio: Veículo / Motorista: características potencialmente variáveis Problema fundamental no desenvolvimento do projeto viário Importância do Projeto Geométrico em Vias de Transportes Projeto geométrico deve visar: sistema viário seguro, eficiente e econômico sistema coerente com os volumes, velocidades e características dos veículos, e também com as necessidades dos usuários integração à paisagem e preservação de valores de ordem social, ambiental, estética e histórica Importância do Projeto Geométrico em Vias de Transportes Fase preliminar Fase de anteprojeto / projeto básico Fase de projeto executivo Fases de Elaboração de um Projeto Viário Fase Preliminar Objetivos Definir as diretrizes tecnicamente possíveis de via Determinar a viabilidade física das alternativas Definir certas soluções básicas Estimar os custos aproximados de construção e desapropriação Estudos a executar Coleta e compilação de dados Identificação e estudo das alternativas de traçado Planos funcionais preliminares (concepção geral preliminar de funcionamento da nova rodovia e de integração com o restante do sistema viário, bem como de operação de interseções, ramos, obras-de-arte (viadutos, pontes e passarelas), número de faixas, projeções dos volumes de tráfego e outras informações básicas relativas ao modo de funcionamento do plano de circulação) Estimativa de custos Avaliação preliminar comparativa Escala das plantas Área rural: 1:50.000, 1:20.000 ou 1:10.000 Área urbana: 1:5.000 ou 1:2.000 Fase Preliminar Fase de Anteprojeto ou de Projeto Básico Objetivos estudar de forma maisdetalhada as alternativas selecionadas na Fase Preliminar (em geral duas) selecionar a melhor alternativa sob os aspectos técnico e econômico determinar com maior precisão os quantitativos de serviços determinar com maior precisão o orçamento da obra Escala das plantas área rural: 1 : 10.000, 1 : 5.000 ou 1 : 2.000 área urbana: 1:2.000 ou 1:1.000 Fase de Projeto Executivo Objetivos detalhar a alternativa selecionada na fase anterior fornecer plantas, perfis, outros desenhos e notas de serviço que permitam ao construtor implantar a obra fornecer relatórios, memoriais descritivos e de cálculo determinar com maior precisão os quantitativos e o orçamento da obra Escala das plantas área rural: 1 : 2.000 ou 1 : 1.000 área urbana: 1:500 Denomina-se Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica de rodovias o conjunto de estudos desenvolvidos para avaliação dos benefícios sociais e econômicos decorrentes dos investimentos em implantação de novas rodovias ou melhoramentos de rodovias já existentes. A avaliação apura se os benefícios estimados superam os custos com os projetos e execução das obras previstas. Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica Os Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica deverão demonstrar se a alternativa escolhida, sob o enfoque de traçado e características técnicas e operacionais, oferece maior benefício que outras, em termos de custos. Será imprescindível, a realização de estudos relativos ao impacto da rodovia sobre o meio ambiente e a fixação de cronograma para a execução das obras, de acordo com a disponibilidade dos recursos financeiros. Para fins de elaboração do anteprojeto das obras e viabilidade de implantação de rodovia, ou melhoramentos em rodovia existente, haverá necessidade de estimar tráfego - atual e futuro, estabelecer as características técnicas e operacionais, fixar as possíveis diretrizes do eixo e locação planialtimétrica da rodovia. Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica FASES DOS ESTUDOS Os estudos serão desenvolvidos em duas fases: - Preliminar; - Definitiva. Na Fase Preliminar serão desenvolvidas as atividades seguintes: a) Estudos ambientais; b) Estudos de Traçado; c) Estudos de Tráfego; d) Estudos Sócio-Econômico; Os estudos preliminares de engenharia abrangem as atividades de coleta de dados, estudos de alternativas de traçado e respectivos custos, quanto as avaliações das alternativas e a elaboração de anteprojetos. Fase Preliminar Os Estudos Ambientais devem caracterizar a situação ambiental da área de influência do empreendimento nos aspectos físicos, bióticos, antrópicos, objetivando um conhecimento da região antes da implantação do empreendimento, servindo de referência para avaliação dos impactos ambientais advindos das obras, da operação da rodovia, e dos passivos ambientais. No Diagnóstico Ambiental serão levantados e analisados, à nível preliminar os possíveis impactos ambientais advindos das obras a serem realizadas na rodovia. Na seleção das alternativas deverão ser identificadas e ponderadas as áreas privilegiadas por lei (Reservas Biológicas e Indígenas, Unidades de Conservação, etc.) Estudos Ambientais Objetivam apresentar ao processo decisório do “Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica” o diagnóstico ambiental das alternativas em estudo, que fundamentará a Avaliação Ambiental dessas alternativas. Os Estudos Ambientais devem ser desenvolvidos buscando obediência aos preceitos do desenvolvimento sustentável e princípios estabelecidos na Política Ambiental, visando assegurar a melhoria contínua de sua gestão ambiental. Estudos Ambientais Durante a elaboração dos estudos ambientais serão desenvolvidas também as atividades seguintes: acompanhamento da elaboração dos estudos da engenharia rodoviária, verificando sua adequação ambiental e apresentando, se necessário, soluções destinadas a eliminar ou minimizar os impactos detectados; elaboração de pareceres que subsidiem as decisões da equipe de projeto em relação às áreas indicadas como fontes de materiais de construção, bem como, proposições de recuperação ambiental destas áreas; verificação junto aos órgãos competentes da existência de fatores restritivos ao uso do solo pela rodovia (áreas urbanas e Unidades de Conservação); proposição de medidas para evitar ou mitigar problemas ambientais identificados através dos estudos; elaboração do “Relatório de Avaliação Ambiental das Alternativas”, contendo as exigências/condicionantes dos órgãos ambientais para o anteprojeto do empreendimento rodoviário em estudo. Estudos Ambientais Estudos Ambientais Estudos Ambientais Desbaste do terreno para impedir a propagação de incêndios Como o projeto de estrada vicinal pode contribuir para minimizar os riscos de acidentes envolvendo animais que atravessam a pista? Cabe ao projeto esse tipo de solução? A criação de passagens preferenciais para animais pode ser uma boa saída. Para realização de mecanismos de proteção ambiental, é necessário um diagnóstico da situação, que deve ser realizado de duas formas: campanhas para o monitoramento da fauna e monitoramento do atropelamento da fauna. As passagens de fauna têm como objetivo permitir o fluxo de animais e minimizar o efeito barreira. Esses dispositivos se baseiam na implementação de mecanismos como túneis, pontes e cercas. No entanto, é necessário se atentar para as necessidades e hábitos de cada espécie. Dessa forma, as dimensões e tipo de passagens devem variar entre grupos da fauna e espécies, conforme apresentados no quadro a seguir. Estudos Ambientais DIMENSÕES E TIPOS DE PASSAGENS Fonte: Manual Básico de Estradas e Rodovias Vicinais: Volume II - Conservação. Estudos Ambientais Ungulados – animais com casco Perissodactyla – ungulados de cascos ímpares (cavalos e zebras - um dedo; rinoceronte e anta – três dedos) Anuros – sapos, rãs e pererecas Arborícolas – vida se dá principalmente nas árvores (primatas, aves, cobras, insetos) Deverão ser identificados as possíveis alternativas de traçado a serem consideradas no estudo. Deverão ser determinados: · A área de influência de estudo, zonas de tráfego, diretrizes tecnicamente possíveis, tráfego provável das diversas alternativas, classe e padrão da rodovia. Para tanto, poderão ser utilizados levantamentos, informações e outros dados disponíveis a respeito da região considerada, como: mapas, cartas geográficas, imagens áreas ou de satélites, restituições aerofotogramétricas estudos geológicos e geotécnicos dados das contagens volumétricas, obtidas nos estudos de tráfego já realizados na área de interesse dos estudos de viabilidade os custos estimados de construção e manutenção. Estudos de Traçado Estudos de Traçado Determinação das diretrizes das alternativas Nessa fase, deverão ser mantidos contatos com as administrações federal, estadual e municipal, presentes na área de interesse dos estudos, no sentido de se conhecer eventuais projetos de natureza diversa, que estejam sendo executados ou programados simultaneamente, e que possam de alguma forma vir a interferir na implantação da rodovia. Terão por finalidade a possibilidade de integrar os projetos, desenvolvidos por outras instituições do setor público. Estudos de Traçado CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS Os principais tipos de classificação são: Quanto à posição geográfica: As rodovias federais no Brasil são identificadas pela sigla BR, seguindo-se um traço, uma centena, uma barra e outra sigla correspondente ao estado da federação onde está implantada. Exemplos: BR-101/BA (Trecho de Rodovia Federal localizada no estado da Bahia). BR-101/RS (Trecho de Rodovia Federal localizada no estado do Rio Grande do Sul). CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS O primeiro algarismo define a direção dominante do traçado da rodovia. Ter-se-á, portanto, o seguinte: • 0 Rodovias Radiais; • 1 Rodovias Longitudinais; • 2 Rodovias Transversais; • 3 Rodovias Diagonais; • 4 Rodovias de Ligação. CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS Rodovias Radiais:são aquelas que partem de Brasília, em qualquer direção, para ligá-la às capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País. Ex.: BR-040. (Brasília - Rio de Janeiro). Rodovias Longitudinais: aquelas que têm direção predominantemente Norte-Sul e que, por força de sua grande extensão (maior que 200 km), constituem, em geral, vias de ligação nacional. Ex.: BR-116 (Fortaleza - Jaguarão). Rodovias Transversais: São as que têm direção predominantemente Leste-Oeste e que, normalmente, possuem extensão maior que 200 km. Ex.: BR-230 (Transamazônica). CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS d) Rodovias Diagonais: possuem direção oblíqua em relação aos paralelos, ou seja, direções Nordeste-Sudoeste ou Noroeste-Sudeste. Assim, podemos ter: • Diagonais Ímpares: têm direção geral nordeste - sudoeste (NE-SO). Ex. BR-319 (Manaus - Porto Velho). • Diagonais Pares: têm direção geral noroeste-sudeste (NO-SE). Ex.: BR-316 (Belém - Maceió). CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS e) Rodovias de Ligação: em geral essas rodovias ligam pontos importantes das outras categorias. Embora sejam estradas de ligação, chegam a ter grandes extensões, como a BR-407, com 1251 km. Já a BR-488 é a menor de todas as rodovias federais, com apenas 1 km de extensão. Esta rodovia faz a conexão da BR-116 com o Santuário Nacional de Aparecida, no Estado de São Paulo. Exemplos de rodovias federais (Fonte: PONTES FILHO, 1998) • 0 Rodovias Radiais • 1 Rodovias Longitudinais • 2 Rodovias Transversais • 3 Rodovias Diagonais • 4 Rodovias de Ligação As RODOVIAS ESTADUAIS trazem a sigla do estado, seguida de um traço e, logo a seguir, uma centena. Cada estado da Federação tem uma maneira própria de classificar essa centena, não havendo, ainda, uma normatização única para todos eles. Exs.: RS-389, RS-734, SC-404 As RODOVIAS MUNICIPAIS também não possuem uma normalização única quanto à denominação. CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS Quanto à função A classificação funcional rodoviária é o processo de agrupar rodovias em sistemas e classes, de acordo com o tipo de serviço que as mesmas proporcionam e as funções que exercem. Quanto à função, as rodovias classificam-se em: Rodovias Arteriais: proporcionam alto nível de mobilidade para grandes volumes de tráfego. Sua principal função é atender ao tráfego de longa distância, seja internacional ou interestadual. Rodovias Coletoras: atende a núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego de menor vulto, não servidos pelo Sistema Arterial. A função deste sistema é proporcionar mobilidade e acesso dentro de uma área específica. Rodovias Locais: constituídas geralmente por rodovias de pequena extensão, destinadas basicamente a proporcionar acesso ao tráfego intramunicipal de áreas rurais e de pequenas localidades às rodovias mais importantes. CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS Quanto à jurisdição: Estradas Federais: é, em geral, uma via arterial e interessa diretamente à Nação, quase sempre percorrendo mais de um Estado. São construídas e mantidas pelo governo federal. Estradas Estaduais: são as que ligam, entre si, cidades e a capital de um estado. São construídas e mantidas pelo governo estadual. Têm usualmente a função de arterial ou coletora. CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS Quanto à jurisdição: c) Estradas Municipais: são construídas pelo governo municipal e se destinam ao interesse deste. d) Estradas Vicinais: ou em algumas localidades ramal, é a designação dada em certas regiões do Brasil a estradas de caráter secundário, na maioria das vezes municipais. Em geral, não dispõem de afastamento, sendo muitas vezes intrafegáveis em determinadas épocas do ano. CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS 50 ≤VMD ≤ 200 CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS O cruzamento das rodovias US-131, M-6 e da Rua 68 em Wyoming, Michigan, Estados Unidos, exemplifica muitas das características principais das autoestradas: impedir o tráfego com estradas separadas, sem cruzamentos no nível do chão e sem acesso direto às propriedades
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