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Oogênese (ou ovogênese) é o processo de maturação das oogônias em oócitos A oogênese inicia-se na vida fetal com a divisão mitótica das células germinativas primordiais e das oogônias Ao nascimento estas células já entraram em meiose e encontram-se em Diplóteno da Prófase I → Oócito I (ou oócito primário) Por isso mulheres já nascem com um número finito de óvulos Na puberdade, no momento do pico pré- ovulatório de LH, o oócito retoma a meiose até o estágio de Metáfase II → Oócito II (ou oócito secundário) A ovulação (ou oocitação) se dá no estágio de Metáfase II Somente após a fecundação a meiose é finalizada → Óvulo As fêmeas nascem a partir da fase Diplóteno: Células do Cumulus Coroa Radiada Zona Pelúcida Membrana Plasmática Citoplasma Núcleo Nucléolo Oócitos são produzidos dentro de folículos presentes nos ovários Cada folículo possui um oócito O processo de crescimento dos folículos é chamado de foliculogênese A oogênese e a foliculogênese ocorrem concomitantemente Processo de transformação de folículos primários (formados na vida fetal) em folículos pré- ovulatórios (pós-puberdade) Apresentam transformações celulares e moleculares, tanto do oócito quanto de células foliculares (da teca e da granulosa) 1. FSH (Hormônio Folículo Estimulante): crescimento folicular, proliferação e diferenciação das células da granulosa, formação do antro (conteúdo líquido dentro do folículo) 2. Estrogênio: produzido pelas células foliculares, possui ação sinérgica ao FSH e LH 3. LH (Hormônio Luteinizante): ovulação, estimula luteinização das células da granulosa e da teca; 4. Progesterona: preparação e manutenção da gestação, ação imunossupressora Corpo lúteo (1): ► Formação logo após a oocitação ► Células foliculares se reorganizam para dar origem a uma estrutura endócrina ► Secreta principalmente progesterona nas primeiras semanas de gestação Corpo albicans (2): Tecido cicatricial do corpo lúteo Na última fase da maturação, haverá apenas uma estrutura super especializada, enquanto as outras (glóbulos polares) serão descartadas Fêmeas de espécie de reprodução sexuada nascem com seus gametas neste estágio Encontra-se parado na fase Diplóteno da Prófase I (Meiose I) Também chamado de estágio de Vesícula Germinativa (VG) VG: núcleo definido e imaturo Permanece nesse estágio até a puberdade (1º bloqueio meiótico) Oócito imaturo: não está apto a ser fertilizado 1º bloqueio meiótico é mantido através da produção de cAMP pelas células da granulosa cAMP → Ativa Proteína quinase A (PKA) → Fator promotor da maturação (FPM) inativo A perda das junções gap, iniciada pela onda de LH, interrompe o fornecimento de cAMP, ativando o FPM e continuando o ciclo da meiose FPM: FATOR PROMOTOR DA MATURAÇÃO FPM é uma quinase envolvida na divisão celular e regulação do ciclo celular (G2/M) de todas as células eucarióticas Principal regulador das modificações morfológicas durante a maturação do oócito Funções: ► Regulam a condensação dos cromossomos ► Bloqueio da atividade transcricional ► Estimulação do rompimento do envelope nuclear na QVG (quebra da vesícula germinativa) ► Reorganização dos microtúbulos Baixa atividade em oócitos em VG / Alta atividade em oócitos MII Ativado pela queda na concentração de cAMP causada pelo pico de LH Inativado pela fertilização, permitindo a finalização da meiose pelo seu desbloqueio MAPK: PROTEÍNA QUINASE ATIVADA POR MITÓGENO Proteínas ativadas por sinais extracelulares Ativação da MAPK em oócitos bovinos ocorre após 8h de cultivo in vitro e apresenta um aumento gradual até 14h, mantendo-se estável até o final da maturação Funções: ► Atua na fosforilação de fatores de transcrição e proteínas do citoesqueleto ► Sua ativação ocorre na QVG e se mantém até o fim da maturação (essencial nos eventos após QVG) ► Mantém a estabilidade dos microtúbulos e do fuso meiótico Quebra da vesícula germinativa (QVG ou germinative vesicle breakdown, GVBD) - marca a retomada da meiose e início do processo de Maturação Oocitária ► In vivo ocorre pelo estímulo da onda pré- ovulatória do hormônio luteinizante (LH) que promove expansão das células do cúmulus ► In vitro ocorre na coleta do oócito do folículo Maturação oocitária: ► Maturação nuclear ► Maturação citoplasmática : Reversão do 1º bloqueio meiótico (mantido pela alta de cAMP produzido pelas céls. da granulosa) Vai até o segundo bloqueio meiótico → Metáfase II Condensação dos cromossomos e Quebra da Vesícula Germinativa (QVG) Extrusão do 1º Corpúsculo Polar A maturação nuclear se inicia com a quebra da vesícula germinativa (GVBD) Marcada pela segregação cromossomal e extrusão do corpúsculo polar O resultado central desse processo é a divisão reducional dos cromossomos formando um gameta haploide O oócito primário irá retomar a meiose, seguindo a meiose I e a meiose II, no entanto, progredirá até a etapa de metáfase II, na qual estará apto a receber o espermatozoide. Nesta etapa ele pode ser chamado de oócito secundário O oócito só completará a meiose II quando houver a fertilização Porém, já que uma oogônia dará origem a somente um oócito, o que acontecerá com as outras três células que são formadas pela meiose? Ao final da meiose I, a divisão da célula ocorre de forma assimétrica, uma célula possuirá a maior parte do citoplasma (oócito secundário) enquanto a outra possuirá um conteúdo bastante reduzido do citoplasma (primeiro corpúsculo polar) Extrusão dos corpúsculos polares: ► 1º ao final da meiose I ► 2º e 3º ao final da meiose II, que ocorrerá após a fertilização As mitocôndrias do oócito são redistribuídas de forma a se localizarem próximas de regiões de alto consumo energético. Junto do complexo de Golgi se redistribuem ocupando posição central na célula Os ribossomos aumentam em até três vezes a síntese de proteínas para estocagem Os grânulos corticais sofrem exocitose e migram para o córtex, o que leva ao bloqueio da poliespermia Os microfilamentos e microtúbulos do citoesqueleto presentes no citoplasma são reorganizados; são eles quem promovem os movimentos das organelas, além de agir sobre segregação cromossômica O citoesqueleto garante a resposta celular ao estresse, a modulação gênica e a produção de proteínas em células transcricionalmente inativas A maturação molecular envolve a transcrição, processamento e armazenamento de mRNAs que codificam para proteínas importantes para a progressão da maturação, fertilização, formação dos prónúcleos, início do desenvolvimento embrionário Expansão das células do cumulus (modificação das junções gap) Oócito secundário = perda das Junções Gap Se inicia com o crescimento folicular Finalizado na formação do Folículo Antral; Aumento de tamanho do oócito (em até 3x) Aumento e organização de Organelas (6.000 para 193.000 mitocôndrias no oócito em humanos) Síntese de RNA e proteínas importantes na maturação, fecundação e desenvolvimento embrionário Em humanos: ► A maioria dos oócitos (aproximadamente 7 milhões) é perdida e sofre atresia ao longo da vida da mulher, desde o período fetal até a maturidade sexual ► 99% dos folículos não atingem a maturação ► Somente 400 a 500 oócitos ovulam desde a puberdade até a menopausa Oócitos são ovulados em Metáfase II A ativação é induzida pela fecundação de um espermatozoide Metáfase II → Telófase II → extrusão do 2º corpúsculo polar → divisão embrionária Caso não ocorra fertilização o oócito se degenera Oócito fertilizado: Extrusão do 2º CP e formação dos pró-núcleos
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