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Foliculogênese, ovogênese e espermatogênese Foliculogênese: Desenvolvimento dos folículos dentro dos ovários Ovogênese: Desenvolvimento dos oócitos que estão dentro dos folículos Espermatogênese: Desenvolvimento e formação dos gametas masculinos Gametas em fêmeas ● Células germinativas: células gonadais indiferenciadas que darão origem aos gametas (folículo primordial) ● Ovogônias: caracterizam as células germinativas que estão em mitose (proliferação dos folículos primordiais) ● Ovócito ou oócitos: maior célula do organismo que começa a adquirir competência própria para iniciar o desenvolvimento embrionário. Processo de foliculogênese ● Desenvolvimento folicular. ● O crescimento folicular ocorre quando os folículos são recrutados de uma reserva primordial e se desenvolve em folículos primários, secundários e terciários. A grande maioria dos folículos que entram na fase de crescimento falhem em completa-la, a maioria entra na fase de atresia (se degenera), apenas uma minoria completa seu desenvolvimento na fase de ovulação. Foliculogênese + ovogênese: Se tem uma população reserva de folículos primordiais, que os oócitos estão circundados por uma única camada de células achatadas. Esses oócitos primários estão bloqueados na fase de diplóteno I. Eles ficam estacionados em uma fase do desenvolvimento, em uma fase da sua divisão meiótica. A fêmea durante sua vida forma uma reserva de número de folículos primordiais determinado, ela vai carregar essa reserva durante a vida, quando ela entrar na puberdade, ela vai gastando essa reserva, em cada cio ela vai gastando um número predeterminado de oócitos, até que em um momento essa reserva se esgote. Na maioria dos mamíferos doméstico, pelo tempo de vida, ela não chega a esgotar essa reserva, elas vão a óbito ainda com um número de oócitos no seus ovários. A formação desta reserva, algumas fêmeas conclui a formação desta reserva ainda na vida fetal, ou seja, já nasce com uma reserva predeterminada. Outras fêmeas, como as cadelas, essa reservada ainda é formada no período após-nascimento, então elas nascem e ainda a formação de folículos primordiais e de ovogônias dentro desses folículos de oócitos. Até que, aproximadamente 3 semanas após o nascimento ocorre o término desta formação de folículos primordiais de reserva. Então temos o: ● Folículo primário: possui uma única camada de células cubóides, sendo as células de granulosas. ● Folículo secundário: várias camadas de células da granulosa, também tem o oócitos e uma zona pelúcida (fica ao redor do ovócito, é formada por glicoproteínas sintetizadas tanto pelo ovócito quanto pelas células da granulosa), também tem as células da teca ● Folículo terciário ou antral: tem células da granulosa, e começou a formação da estrutura chamada de antro, que se forma a partir da liberação de fluidos pelas células da granulosa. Tem a formação das células de cumulus oophorus e da corona radiata ao redor do oócito. Tem células da teca interna e externa. Todo esse processo é o chamado recrutamento! Ovogênese ● Ovogônias: se proliferam por mitose, então são formadas a partir das células germinativas que começam a se proliferar por mitose e recebem o nome de ovogônias. ○ As ovogônias estão circundadas por uma única camada de células achatadas que é chamada de folículo primordial. ○ Essas ovogônias começam após essa fase de proliferação por mitose, elas entram na meiose e ficam estacionadas na fase de Diplóteno I, ainda formando essa população reserva. ○ Existe uma formação de população reserva em milhões de ovogônias. ○ Em algum determinado momento essas ovogônias passam pelo processo de apoptose, que é a morte de celular programada, então as ovogônias que estavam destruídas por todo o ovário, algumas delas passam por esse processo de morte celular programada. As únicas que permanecem presentes nos ovários estão localizadas na região do córtex. ○ Ovogônias sobreviventes do córtex elas iniciam a divisão meióticas (ainda na população reserva, nos folículos primordiais) e elas ficam bloqueadas em fase de Diplóteno da prófase I. ○ Os ovócitos em prófase I nos folículos primordiais revestidos por células foliculares achatadas. ○ Isso tudo acontece antes da puberdade. Ao entrar na puberdade, ocorre a ação hormonal sobre um grupo de folículos, e começam a se desenvolver. Então a população reserva formada por mitose, ela se forma no período fetal na maioria das espécies e até 3 semanas após o nascimento em cães. Conceitos - visão macro para a micro: > Estamos falando de divisão meiótica para a formação de gametas com metade do número cromossômico daquela tal espécie, é preciso entender: ● Fita DNA: chamada de fita de ácido desoxirribonucleico, formada por pequenas porções que podem ser codificadas, pode passar pelo processo de transcrição e tradução, formando uma proteína. Essas pequenas regiões são ativas quanto a produção de proteína e essa região é chamada de gene. ● Cromossomo: A fita de DNA é cumprida, quando ela é solta no citoplasma do núcleo ela formar enovelados, e para que isso não aconteça, essa fita de DNA fica compactada em proteínas presentes no núcleo (proteínas chamadas de histonas). Então assim ela é chamada de cromossomo. Essa compactação ocorre para que a fita de DNA fique organizada dentro da célula. ● Gene: região que podem ser codificadas (sequência de nucleotídeos). Pode produzir proteínas específicas. Conceitos - Fertilização: Após a penetração do espermatozóide no oócito, temos a fusão do núcleo do oócito com o do espermatozóide. Os cromossomos presentes no espermatozoides vão se parear com cromossomos presentes no núcleo do oócito. ● O pareamento ocorre entre cromossomos homólogos, ou seja, cromossomos iguais, com as mesmas responsabilidades e do mesmo tamanho. Eles se procuram, se encontram e formam o par de cromossomos homólogos. Por ex: responsável pela cor dos olhos, da pelagem. Divisão meiótica celular A meiose ocorre nos gametas, é uma divisão celular relacionada aos gametas. A formação dos gametas: tem as células germinativas, que são células 2n presentes lá nos ovários, e essas células germinativas vão se proliferar por mitose, ainda sendo 2n, mas são agora ovogônias. Essas ovogônias presentes nos folículos primordiais, após término da fase de proliferação, vão começar a entrar na divisão meiótica, e vão ficar estacionadas na fase de Diplóteno I. Antes da divisão meiótica começar, tem um processo chamado Interfase, dividida em fase G1, S e G2. ● Na fase S: temos a duplicação do material genético. Então será uma célula 2n com 4 centríolo. Meiose São formadas 4 células n, a partir de 1 célula 2n. Meiose I: é dividida em Prófase I, Metáfase I, Anáfase I e Telófase I. Ainda nessa primeira fase, a Prófase I é subdividida em Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno e Diacinese. > Nesta fase temos o alinhamento dos cromossomos homólogos, que agora estão duplicados. Essa primeira fase, vai separar os cromossomos homólogos. ● Prófase I: temos o pareamento dos cromossomos homólogos. ○ Paquíteno: ocorre o alinhamento dos cromossomos homólogos ○ Diplóteno: tem um processo de crossing over, que e a troca de segmentos entre os cromossomos homólogos. ○ Diacinese: a célula perde a sua membrana nuclear, e o material cromossomo fica no citoplasma da célula, porque esta célula perdeu a membrana nuclear, então ela perde sua carioteca. ● Metáfase I: os centríolos formam as fibras do fuso, essas fibras vão se ligar aos cromossomos homólogos e vão fazer a separação desses cromossomos. ● Telófase I: aqui os cromossomos homólogos já estão separados. Nessa fase juntamente com Anáfase I, forma-se novamente a membrana nuclear, e vai ocorrer a citocinese que é a divisão dos citoplasma para formar duas células. Meiose II: é formada por PrófaseI, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I, Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II. > Vai separar as cromátides irmãs, ou seja, vai separar as cópias que se formaram. ● Prófase II: tem a duplicação dos centríolos e o desaparecimento da carioteca (membrana nuclear). Esse material genético vai ficar disperso no citoplasma. ● Metáfase II: formação das fibras do fuso, centralização cromossômica ● Anáfase II: encurtamento das fibras do fuso, separando as cromátides. ● Telófase II: formação da membrana nuclear novamente e citocinese. Formando então 4 células com metade do número de cromossomos daquela célula. Espécie Nº cromossômico Coelho 44 cromossomos 22 pares Minhoca 32 Porco 40 Macaco 48 Humano 46 Carneiro 54 Cavalo 64 Divisão meiótica - ovogênese 1º Período germinativo/ proliferação: a célula 2n, uma célula germinativa. Ela começa a se dividir por mitose, então são chamadas de ovogônias. Assim, uma célula germinativa forma duas ovogônias com o mesmo número de cromossomos. Essas ovogônias continuam sua divisão mitótica dando origem a outras ovogônias, esse período de proliferação aumenta o número de células precursoras (gametas), formando então a população reserva. Então essas ovogônias entraram na divisão meiótica, estacionando na fase de Diplóteno I. Em um certo momento da vida dessa fêmea, um grupo de folículos primordiais com essas ovogônias, vai receber um estímulo hormonal e isso acontece já quando esta fêmea estiver na puberdade. Então um grupo de folículos vão ser recrutados e irão começar a se desenvolver Período de crescimento: Têm a ativação do folículo primordial, o crescimento do ovócito, ou seja, essa célula aumenta de tamanho. Dentro do citoplasma de oócito, tem o desenvolvimento de grânulos, eles ficam aglomerados. Ocorre então a capacitação no folículo antral antes da indução de ovulação. Então essa capacitação, eles começam a ter potencial para serem fertilizados e desenvolverem um embrião. Quando temos um pico de hormônio LH, ele vai atuar lá no folículo, no oócito, fazendo com que haja uma retomada da divisão meiótica. Então ele vai produzir duas células com metade do número cromossômico daquela espécie, e são os ovócitos secundários. Existe então um ovócito grande e um bem pequeno, esse pequeno é chamado de Corpúsculo polar. Período de maturação do ovócito: após o pico de LH. Tem uma maturação nuclear, que consiste na evolução da meiose. Então esse cromossomo passa da fase Diplóteno da Prófase I para Metáfase da meiose II. Tem uma maturação citoplasmática, e uma citocinese, porém essa citocinese é desigual, todo o citoplasma vai para um ovócito e o outro fica praticamente afuncional, que são os Corpúsculos Polares. Os mesmo também podem sofrer mitose, mas vão dar origem a mais células afuncionais. Desenvolvimento folicular e oocitário ● Ativação da foliculogênese (fol. primordial): eles são ativados a se diferenciarem em folículo primário e secundário, com início da puberdade por meio dos hormônios da reprodução. Então temos a ativação do crescimento folicular e do desenvolvimento ovocitário. ○ Para o início do ovócito, as ovogônias vão crescer e recebem nome de ovócitos. Esses ovócitos cresceram de menos de 30 micrômetros para mais de 120 micrômetros de diâmetro, e desenvolverem no seu citoplasmas umas estruturas chamadas grânulos corticais que serão importante no processo de fertilização. ● Folículo antral: tem a capacitação oocitária, onde estes oócitos adquirem competência para serem fertilizados e desenvolverem um embrião. Isso tudo antes do início da indução de ovulação pelo hormônio LH (luteinizante). ● Após indução de ovulação - Folículo de Graaf: O hormônio LH atua aqui no folículo de graaf, formado após o folículo antral. Recebe a ação do hormônio LH, após essa ação tem a retomada da meiose. Esse ovócito grande com grânulos no seu citoplasma, após receber a ação do LH, passa pelo processo de maturação pré-ovulação. ● Após liberação do hormônio indutor de ovulação: Após essa liberação tem o processo de maturação pré ovulatória do ovócito que envolve: ○ Maturação nuclear: reinício da meiose do estágio de diplóteno da meiose I até a fase de metáfase da meiose II ○ Maturação citoplasmática: reestruturação e modulação de organelas. Grânulos corticais (antes aglomerados), separam-se em posição adjacentes à membrana plasmática. ● Pico de LH - hormônio indutor de ovulação: O pico de LH dura por espécie específica e varia de menos de 12 horas a mais de 40 horas. ○ 10 horas após o início: Ovócito reinicia a meiose; Espaço perivitelino (está presente dentro da membrana do oócito e a zona pelúcida); Perda das junções de gap (força de atração entre elas) entre células do cumulus e oócito. ○ 24 horas após: Término da metáfase II, extrusão do primeiro corpúsculo polar. Gametas em machos ● Células germinativas: células gonadais indiferenciadas que darão origem as espermatogônias. ● Espermatogônias: células germinativas que estão em mitose (proliferação) ● Espermatozóides: gametas masculinos com capacidade de locomoção e fertilização Quando falamos de espermatogênese estamos falando de um número viável de espermatozoides. Então temos uma população reserva de espermatogônias, essa população está presente lá na luz dos túbulos seminífero, na região mais distal, na base dos túbulos seminíferos. Durante o processo de espermatogênese essas células vão se diferenciar em direção a luz do túbulo. Durante o processo de espermatogênese ela forma uma cópia, a espermatogônia A que dará continuidade ao processo de espermatogênese, e essa primeira espermatogônia da população reserva ela vai está sempre presente na luz dos túbulos. Essa espermatogônia A (2n) vai sofrer uma divisão mitótica e dará origem a duas espermatogônia i (2n). Essa espermatogônia i vai sofrer divisão mitótica e vai dar origem cada um a dua células chamadas de espermatogônias D (2n), esse processo de divisão mitótica até a formação de espermatogônia D, é chamada de fase de proliferação. No macho a fase de proliferação ocorre já durante a puberdade, então essa espermatogônia A da população reserva recebe estímulo hormonal na puberdade do macho para o processo de espermatogênese se inicia. Após a espermatogônias B, temos a última divisão mitótica que forma espermatócitos primários (2n), a partir daí vai passar pela primeira divisão meiótica, formando então os espermatócitos secundários, ja células haploides. Na segunda divisão meiótica temos as células espermátides. A divisão meiótica envolve as mesmas etapas das fêmeas, a meiose I e meiose II, só que aqui no macho, na primeira divisão meiótica vai se formar duas células n, na segunda divisão meiótica, de cada uma das células, mais duas células n. O processo de diferenciação de espermatócitos primários a espermátides, é chamado de espermatocitogênese. Essas espermátides passaram por um processo metamórfico (mudança de forma da célula) sem que haja divisão celular. Então a divisão celular termina com a formação das espermátides. Temos então formação de espermatozoides imaturos, tendo formação de flagelos e os espermatozoide vai perder o citoplasma. Espermatogênese: ● Fase de diferenciação: função espermática. Depositar o material genético do macho no núcleo do oócito dá fêmea durante a fecundação. Fases: ○ Golgi: formação das vesículas acrossomais (primeiro passo para a formação do acrossoma) ○ Capa: migração do acrossoma para a porção anterior. ○ Acrossoma: término dos passos para a formação do acrossoma ○ Maturação ● Espermátides esféricas: ○ Condensação nuclear, formação do acrossoma e potencial motilidade (flagelo e hélice mitocondrial). > Está localizado próximo ao núcleo, é formado por um conjunto de vesículas. Essas vesículas iram se fundir dando origem ao uma grande vesículalocalizada em uma das extremidades do núcleo. A fusão desses grânulos (pequenas vesículas) dá origem a vesícula acrossomal. Mais para frente dará origem ao acrossoma. Enquanto isso os centríolos vão migrar para outra extremidade do núcleo celular. O centríolo proximal dará origem ao ponto de fixação flagelar e o centríolo distal dará origem ao flagelo ao flagelo ou a cauda espermática, que inicia sua formação quando sua célula se encontra próxima a luz dos túbulos seminíferos. Fase de capa: ● Capa acima do núcleo (vesícula acrossomal) ● Migração do Golgi para extremidade caudal do espermatozoide ● Início do desenvolvimento do flagelo primitivo. Na B: complexo de golgi migrando para porção caudal do núcleo, o centríolo distal dando origem ao flagelo, o centríolo proximal ao ponto de fixação flagelar e as vesículas do complexo de golgi dando origem ao acrossoma. Fase acrossomal: ● Desenvolvimento maior do acrossoma, o qual ocupa ⅔ do comprimento nuclear ● Alteração no formato nuclear, que agora está mais oval. ● Perda citoplasmática (espermátide). Fase de maturação: ● Formação de um anel mitocondrial ao redor do flagelo. ● Perda citoplasmática + golgi.
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