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06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 1/64 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes Prof. Mário Nascimento Descrição Conceitos e impactos das tecnologias presentes no Varejo 4.0 no processo de consumo. Propósito O Varejo 4.0 traz consigo uma série de impactos no modo como estão sendo feitos os negócios, seja do ponto de vista do consumidor, seja da empresa. Nesse sentido, é essencial que os profissionais envolvidos entendam os conceitos e as aplicações das tecnologias no consumo moderno. Preparação Antes de iniciar os estudos, caso nunca tenha feito uma compra on-line, simule uma de qualquer produto para ajudar na construção do conhecimento por meio da prática. Objetivos Módulo 1 Marketing 4.0 e Economia da Experiência Identificar os conceitos básicos do Marketing 4.0, da Economia da Experiência e a relação entre ambos. Módulo 2 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 2/64 Introdução ao marketing de varejo, os canais de marketing eletrônico e vendas diretas Descrever o marketing de varejo e os canais tradicionais e eletrônicos. Módulo 3 Varejo 4.0 e a digitalização interna (in store) e externa (presença digital) Definir os conceitos por trás do Varejo 4.0 e as tecnologias aplicadas aos conceitos de in store e presença digital. Módulo 4 Impactos no processo de decisão de compra Relacionar paralelos entre o processo de decisão de compra teórico e as mudanças trazidas pelo Varejo 4.0. O mundo mudou! Estamos, atualmente, sendo bombardeados por um volume de informações nunca visto na história da humanidade – são milhares – e as mais variadas fontes de propagandas, de anúncios para as massas a promoções personalizadas com o exato perfil e comportamento do cliente, diretamente na tela do celular. Além disso, são diversas as evoluções tecnológicas que nos rodeiam diariamente, ainda que não saibamos, como impressoras 3D, realidade aumentada, drones, robótica etc. E tudo isso transformou o nosso modo de consumo. Empresas e clientes agora tentam se entender e se adaptar a esse novo cenário. A nossa missão aqui é conhecer o que está por trás dessa transformação a partir do entendimento da Indústria 4.0 e do Marketing 4.0. Estudaremos também os conceitos tradicionais do Varejo para que possamos verificar os impactos dessas tecnologias e a evolução para o Varejo 4.0. Introdução 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 3/64 1 - Marketing 4.0 e Economia da Experiência Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os conceitos básicos do Marketing 4.0, da Economia da Experiência e a relação entre ambos. Marketing 4.0 De acordo com Kotler et al. (2017), no livro Marketing 4.0, esse marketing é a convergência entre: Kotler Philip Kotler é um dos escritores de marketing mais famosos do mundo. Conhecido por popularizar a definição de mix de marketing, é autor de mais de 80 livros, incluindo os famosos Princípios de Marketing e Marketing Insights de A a Z. Marketing tradicional Marketing digital Visto que, nos últimos anos, os avanços tecnológicos têm afetado todas as nossas formas de interação, não somente entre as pessoas, mas, 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 4/64 também, entre consumidores e empresas. Diante desse contexto, surgem diversos novos conceitos e desafios que afetam muito as práticas de marketing, caracterizando, assim, uma nova fase. Vejamos, a seguir, as fases do marketing: Principais novos conceitos Novos conceitos e desafios oriundos dos avanços tecnológicos surgiram. Kotler et al. (2017) destacam três que ajudam na reflexão sobre o tema: Produtos e serviços que eram exclusivos e concentrados em poucos mercados, agora encontram mercados de massa pelo Marketing 1.0 Tem início com a Revolução Industrial, ganhando força com o fordismo, no qual a base era a produção em massa, padronizada e em escala. O foco era o produto. Marketing 2.0 As empresas passam a ver as pessoas como consumidores. Existe uma jornada de consumo em que o consumidor se informa para adquirir um produto e as empresas passam a se preocupar mais com a comunicação e a conquista desse cliente. Marketing 3.0 O consumidor passa a ser humanizado, e conquistá-lo não é o foco, mas se conectar de maneira mais humana. Marketing 4.0 Toda a humanização e conexão esperada pelos consumidores é alavancada com os avanços e complexidades tecnológicas da Indústria 4.0. Exclusivo para Inclusivo 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 5/64 mundo inteiro, como os smartphones. A transparência gerada pela Internet também permitiu que países emergentes replicassem soluções de países desenvolvidos, como a 99 Táxi nos moldes do Uber e a Alipay, inspirada no PayPal. E isso vale também para o lado social: as mídias sociais permitem que as pessoas interajam entre si e discorram sobre os mesmos produtos, independentemente das barreiras sociais e demográficas existentes A inovação que no passado vinha de dentro das empresas que investiam em pesquisa e desenvolvimento deixou de ser suficientemente veloz para o mercado moderno. A inovação ideal atualmente vem de um sistema complexo que inclui os fornecedores, parceiros de negócio e os próprios consumidores. Isso se aplica também em relação à concorrência. Altamente inovadoras, nos dias atuais, as pequenas empresas conseguem se tornar relevantes rapidamente em mercados dominados por multinacionais já estabelecidas, como no caso do Airbnb e da Netflix, que se concentraram em entender, e atender, o objetivo do cliente com uma alternativa diferente das que existiam. A confiança também não é mais vertical, os consumidores deixaram de ser somente alvos de mídias publicitárias e passaram a ser vistos como parceiros da marca. Antes, as marcas até mesmo inventavam diferenciações de valor que não eram verdadeiras. Atualmente, com o apoio das comunidades, os consumidores conseguem se proteger dessas inverdades e também das marcas ruins. O valor social aumentou exponencialmente com os consumidores se importando cada vez mais com as opiniões não só de seus amigos e familiares mas, também, de totais desconhecidos. Os consumidores, mais do que nunca, trocam informações a respeito da qualidade das marcas e produtos, utilizando as mais diversas plataformas. As mais comuns são os próprios sites de compras, ambientes em que se qualificam os produtos na pós-compra. Mas há outros meios para isso como: Redes sociais e blogs Vertical para Horizontal Individual para Social 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 6/64 Sites de avaliação, como TripAdvisor Sites de reclamação, como o ReclameAQUI Esses meios apresentam vários comentários sobre as empresas e seus produtos. Vejamos, a seguir, um pouco mais sobre o exemplo “ReclameAQUI”: Exemplo No ReclameAQUI há um ranking sobre os melhores índices de solução, melhores índices de “Voltar a fazer negócios” e melhores notas médias. Algumas reclamações chegam a ter 70 mil visualizações, mostrando a importância dessas informações para os consumidores e como é essencial cuidar da imagem da empresa. Antes, era possível esconder erros e falhas de atendimento em virtude do controle individual que as empresas tinham sobre os canais de atendimento. Atualmente, isso acabou, pois as experiências dos clientes no consumo são expostas o tempo todo na rede. Essa socialização do consumo ganhou força com a expansão da conectividade que foi apoiada em grande parte pela popularização dos smartphones. Pense na sua última compra on-line.Você acha que alguns desses conceitos estiveram presentes? Se sim, re�ita sobre eles. O que é a tal da Conectividade e qual a sua importância? Conectividade é a alta capacidade de troca de informação em tempo real, em grande volume, com qualquer pessoa e empresa e em qualquer lugar. É possivelmente um dos fatores mais relevantes do Marketing 4.0. Ela fez com que diversas barreiras fossem quebradas, como os altos custos de interação com o consumidor e até mesmo de entrada em novos mercados. Como exemplo, temos a Amazon, que entrou no mercado de livrarias em todos os lugares do mundo sem ter qualquer loja física. O mesmo vale para a Netflix e a disputa com os canais de TV. Mas o maior impacto mesmo é que a conectividade transformou o comportamento de compra em vários aspectos. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 7/64 Como a busca por informação, por exemplo, já que a maior parte do consumo atualmente é precedida por uma rápida pesquisa para o consumidor obter informações do produto desejado e da própria marca. É fácil utilizar o Google, ou qualquer outro meio, para pesquisar sobre o tratamento que é dado aos clientes e se o produto anunciado faz realmente o que é prometido. Busca simulada sobre uma empresa fictícia. Os consumidores estão muito mais conscientes sobre a qualidade e características dos produtos e da empresa, muitas vezes até mais do que os próprios vendedores. Inclusive, nos Estados Unidos, 8 em cada 10 pessoas fazem pesquisas dentro das próprias lojas. Essas pesquisas são quase sempre em função da opinião compartilhada de outras pessoas, uma espécie de boca a boca virtual. Atenção! O boca a boca não é uma ideia nova do Marketing 4.0, mas foi potencializado pela conectividade. A avaliação, defesa e promoção de uma marca por clientes atingem muito mais pessoas e potenciais clientes do que antigamente, quando acabavam limitadas a um círculo próximo de amigos e parentes. Defesa e promoção da marca Sobre defesa e promoção da marca, é importante falar sobre o famoso indicador NPS® (Net Promote Score). De acordo com seu criador, Frederick Reichheld (2004), existem três tipos de clientes: Os promotores São leais e comprometidos com a marca, com grande chance de divulgação dela. Os detratores Não estão satisfeitos, não recomendam e falam mal da marca. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 8/64 Os passivos São neutros, não divulgam e nem falam mal da marca. Esse indicador acaba levando em consideração somente a subtração dos detratores pelos promotores, pois entende que uma imagem negativa sendo divulgada diminui a qualidade da recomendação da marca. Nesse cálculo os passivos são excluídos. Escala do NPS e os tipos de clientes. Para Kotler et al. (2017), a defesa de uma marca pode ser dividida em: Defesa espontânea É rara e ocorre mais por conta dos adoradores e fãs da marca que naturalmente, sem qualquer estímulo, advogam em favor dela. Defesa estimulada É a mais comum e ocorre por solicitação da marca. Costuma ser mais inerte. Netizens e in�uenciadores digitais Você sabia que existe um grupo especial de defensores em meio a todo o espectro de clientes? Eles são os chamados Netizens, ou cidadãos da Internet. Esse grupo é composto em sua maioria por jovens, os chamados millenials. Esses jovens têm capacidade imensa de exploração para o marketing, não só pela quantidade, cada vez maior no mundo, mas também por diversas características, como: Millenials Pessoas nascidas entre 1980 e 1996. A adoção rápida de tecnologias; 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 9/64 Agilidade na tomada de decisão; e Exigência de tudo instantaneamente. Instantaneamente Geração do agora. Têm grande habilidade para se conectar com as pessoas on-line e, por isso, acabam sendo muito influentes: Alguns contam com até milhões de seguidores, são verdadeiras celebridades modernas. Toda opinião desses influenciadores sobre marcas e produtos tem grande repercussão. Sim, eles são os chamados influenciadores digitais! Você com certeza deve seguir ou conhecer um. Muitas vezes, essa conexão e repercussão ocorre em virtude da autenticidade do conteúdo, baseada em uma história de relacionamento real com a marca e o produto, passada pelo ponto de vista de um consumidor, e não da empresa. Esse conteúdo pode percorrer todas as conexões, indo cada vez mais além, até ser visto por um não seguidor que também tenha interesse no assunto e, assim, quem sabe, acaba se tornando um novo seguidor. E são milhões de conteúdos gerados a cada segundo na Internet, sendo um vasto campo de exploração para o marketing. As formas de conexão mais utilizadas pelos Netizens são as redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, como Facebook, YouTube, WhatsApp, Tik Tok, Instagram e blogs. De acordo com o blog do próprio YouTube (2021), mais de 500 horas de conteúdo são enviadas a cada minuto, como pode ser visto na imagem abaixo: Volume de conteúdo produzido na Internet por minuto. Economia da Experiência Conceitos iniciais 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 10/64 O termo Economia da Experiência é antigo, foi usado pela primeira vez em um artigo de 1998 por B. Joseph Pine II e James H. Gilmore, no Harvard Business Review, que descrevia como as pessoas estavam gastando o dinheiro mais com experiências do que com produtos. Título traduzido – A economia da experiência: o trabalho é um teatro e todo negócio um palco Os autores criaram um livro, que se tornou um clássico do marketing, traçando um paralelo entre o teatro e o mercado, ensinando a transformar a entrega do produto ou serviço em uma experiência completa, assim como em uma encenação teatral. E não se trata apenas de agregar valor ao produto, significa engajar os clientes em algo memorável na compra. A empresa deixa de oferecer meros produtos, mas passa a fornecer sensações. E o mais importante é que sensações são individuais, duas pessoas não têm a mesma, pois além de cada fornecimento ter características distintas, existe também a mentalidade da pessoa no momento em que as recebe. A vantagem disso é a criação de conexão e lembranças fortes e positivas entre o consumidor e produto e/ou marca. Certamente, isso é mais fácil para serviços, principalmente relacionados a entretenimento, do que para produtos físicos. Mas mesmos estes últimos também conseguem – veja o exemplo do iPhone e toda sua experiência de compra, do atendimento nas lojas até a embalagem e o próprio celular. Loja Apple: livre, confortável e descolada, sem vendedores caçando clientes O livro também trata da importância dos funcionários no processo de consumo. Assim como no teatro, a performance de cada um é importante para a experiência como um todo. Mas também é fundamental que a trama, o elenco e o script sejam bons e estejam alinhados. Em um paralelo com o mercado, esse cenário seria substituído por: 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 11/64 Estratégia Pessoas Processos Vejamos a seguir um bom exemplo de Economia da Experiência: Um dos pioneiros da Economia da Experiência, e nesse alinhamento entre teatro e negócio, é Walt Disney e toda a sua criatividade capaz de envolver seus clientes em vários níveis: emocional, físico e intelectual. Eventos memoráveis na Disney. Característica da experiência A experiência pode ser dividida em: Para entender melhor, pense em um show. Quanto mais pessoas estiverem assistindo, principalmente se estiverem animadas, mais memorável será esse show. E outra divisão da experiência se dá por conta da imersão e absorção.Esta última tem relação com a proximidade com o evento. Já a imersão pode ser exemplificada pelo cinema: é mais imersivo assistir a um filme no cinema do que em casa. Do mesmo modo, uma aula é mais imersiva do que a leitura de um livro sobre o mesmo tema. Experiência ativa Em que os clientes têm papel importante no desempenho da experiência. Experiência passiva Em que os clientes não afetam o desempenho. Contudo, mesmo na passiva os clientes acabam contribuindo para uma experiência visual e emocional. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 12/64 Impacto da experiência negativa Sabendo que as experiências negativas são ainda mais marcantes do que as positivas, garantir que não ocorram é de suma importância, principalmente porque na maioria das vezes são essas experiências as mais compartilhadas e comentadas. Nesse contexto, é importante eliminar tudo que possa prejudicar a experiência e tudo que distraia a pessoa de uma boa experiência. Vejamos um exemplo para os casos de distração: Exemplo Os hotéis estão sempre repletos de mensagens triviais, como os diversos lembretes de serviço dentro dos quartos. E não adianta guardá- los, pois no dia seguinte a equipe de limpeza irá colocá-los no mesmo lugar novamente. Quanto ao exemplo de experiência negativa, pense nas suas viagens. É provável que em algumas delas o hotel tenha apresentado algum problema de limpeza ou de atendimento, por exemplo. Fatos assim são experiências negativas e marcantes. Experiencias que marcam Neste vídeo, a partir do relato de uma experiência pessoal, o especialista conta uma história sobre uma série de experiências negativas que o transformaram em um detrator em uma viagem. Marketing 4.0 x Economia da Experiência Por fim, vamos conectar os dois conceitos. Vimos que: 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 13/64 Marketing 4.0 Traz foco na humanização do cliente e trouxe uma série de impactos para o mercado e consumo com as evoluções tecnológicas. Economia da Experiência Versa sobre a ênfase das empresas em fornecer momentos memoráveis aos consumidores, não só por conta de preferirem experiências à produtos mas, também, por ser mais vantajoso, pois é criada uma conexão com aquela marca por meio da lembrança positiva. A seguir, veremos alguns fatores que auxiliam na conexão desses dois conceitos: Internet e redes sociais E a Internet foi o grande impulsionador dessa união, pois muitos dos bens que antes tinham muito valor e eram concentrados, agora estão acessíveis e massificados para grande parte da população. Em estudo da Evenbritte (2021), três em cada quatro millenials, entre gastar dinheiro em uma experiência e comprar algum bem desejável, preferem a experiência. Além disso, ao mostrar com as redes sociais, inundadas de fotos que retratam a experiência real das pessoas em viagens, passeios e no próprio consumo, que os bens materiais não são tão valorizados quanto o todo da experiência, é possível entender que não é tanto sobre ter mas, sim, o que fazemos e como fazemos com as coisas que temos. Foto de uma mulher aproveitando um passeio de barco, que se assemelha as fotos postadas em redes sociais. E não é só a Internet que tem influência, mas todo o conjunto de novas tecnologias tem efeito exponencial no fornecimento de experiências, 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 14/64 como a realidade aumentada. Realidade aumentada Você já deve ter visto grupos pelas ruas e parques utilizando o celular, juntos, conversando e apontando o aparelho para um espaço – provavelmente você encontrou um grupo de caçadores jogando Pokemon Go. Neste, a busca pelos monstrinhos saiu do mundo virtual e, com o celular, invadiu as ruas, levando diversas pessoas, e de várias idades, à caça. Realidade virtual A realidade virtual também está incrementando as experiências no consumo. A Volvo, por exemplo, permite fazer um test drive no SUV de luxo XC90 sem que o consumidor saia de casa, basta baixar o app no smartphone. Outro exemplo é o Ebay, da Austrália, que permite que sejam conferidos milhares de itens através dos óculos VR, como se o cliente estivesse na loja manuseando o produto, colocando no carrinho e seguindo para o caixa, tudo virtualmente. Big Datas Os Big Datas, por sua vez, capazes de armazenar e processar imensas quantidades de dados, também são responsáveis pelos 6 Vs dos dados: volume, variedade, velocidade, valor, veracidade e variabilidade, pois, a partir destes, as empresas conseguem entender de maneira mais completa o consumidor, obtendo todas as suas: 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 15/64 Esse mundo de informação permite maior personalização e automação das ofertas e experiências do que antes, quando só havia o cadastro com alguns campos básicos sobre o cliente. Todas essas tecnologias e anseio por experiências fazem com que o mercado passe a dar mais atenção ao processo de aquisição de um produto ou serviço, ou seja, uma ênfase na jornada completa do consumo, e não somente na ação de venda. Vejamos, a seguir, um famoso caso do uso de tecnologia e experiência: Funcionários da WestJet entregando presente para passageiro. O caso da WestJet é surpreendente, a empresa canadense criou uma ação de Natal para seus clientes, a WestJet Christmas Miracle. Utilizando tecnologia e uma afinada operação, conseguiu descobrir os desejos de Natal dos passageiros, que receberam seus presentes sonhados de maneira surpreendente quando foram retirar suas bagagens na esteira. WestJet Christmas Miracle Ciclo de Exigência e Entrega Diante dessa nova realidade, temos: Clientes De um lado clientes cada vez mais ansiosos e exigentes por boas experiências, superconectados uns com os outros e compartilhando na Internet, o tempo todo, as suas experiências de vida, sejam elas boas ou ruins. Empresas De outro lado temos as empresas que precisam garantir, mais do que nunca, que os seus clientes obtenham boas experiências, de modo a utilizar toda essa conectividade a seu favor, seja diretamente ou por meio dos influenciadores digitais. Preferências Costumes 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 16/64 E, importante: quanto mais memorável a experiência com um produto ou serviço, maior a chance de recompra e de compartilhamento. Suportando esses dois extremos (clientes e empresas), temos o alto desenvolvimento das tecnologias, como Big Datas, velocidades de conexão, processamento e armazenamento superiores, mobilidade, realidade virtual e aumentada, entre outras que não comentamos aqui como Internet das Coisas, computação em nuvem, robótica, impressão 3D etc., que ajudam as empresas a entregar experiências melhores, mas aumentam, também, a exigência dos clientes. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 1 - Vem que eu te explico! Marketing 4.0 x Economia da Experiência Módulo 1 - Vem que eu te explico! Defesa e promoção da marca Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 No Marketing 4.0, três novos conceitos surgem como pilares: A Exclusivo, Vertical e Individual B Exclusivo, Horizontal e Social C Inclusivo, Vertical e Social D Inclusivo, Horizontal e Individual E Inclusivo, Horizontal e Social 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 17/64 Parabéns! A alternativa E está correta. Três novos conceitos surgem no Marketing 4.0: inclusivo, horizontal e social, antagonistasde conceitos do marketing tradicional, que são exclusivo, vertical e individual. Questão 2 Em relação à quarta fase do Marketing, chamada de Marketing 4.0, qual seria a melhor definição? A Pessoas passam a ser vistas como consumidores. B Convergência do marketing tradicional com o digital. C Foco no produto e produção em massa. D Consumidor passa a ser humanizado. E Agregação de valor ao produto. Parabéns! A alternativa B está correta. A quarta fase do marketing é uma evolução natural da anterior em que o consumidor passa a ser humanizado frente às empresas e marcas. A grande diferença é a entrada massiva de novas tecnologias, suportando e impactando o modo de fazer e pensar em marketing. Para Kotler et al. (2017), um dos principais autores do tema, é a convergência do marketing tradicional com o digital. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 18/64 2 - Introdução ao marketing de varejo, os canais de marketing eletrônico e vendas diretas Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever o marketing de varejo e os canais tradicionais e eletrônicos. Marketing e canais O marketing, pelo lado empresarial, é a estratégia de adequação da produção e oferta de produtos ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores. Pelo lado social, pode ser entendido como a obtenção do que as pessoas desejam e necessitam por meio da oferta e troca de produtos. Para que essas trocas ocorram, é necessário que uma série de atores estejam alinhados: Fornecedores de matérias-primas e componente; Fabricantes; Financeira; Transportadoras; Depósitos; Lojas; Entre outros. Quando estamos falando da venda especificamente, a ponte entre a fábrica e o consumidor é chamada de canal de marketing ou canais de distribuição. Para Kotler e Armstrong (2015), os canais de marketing são mais do que um conjunto de empresas ligadas em fluxos, mas complexos sistemas de interação com muitas entradas e saídas de informações e produtos entre os participantes. Atenção! Não confundir com os canais de atendimento, que são os meios de contato com o consumidor! Canais de marketing – funções e componentes De início, pode não parecer inteligente escolher um canal, pois com isso você perde parte da receita, porém a verdade é que esses canais geram maior eficiência na disponibilização de produtos, pois têm experiência, contatos e toda uma operação organizada para a venda que a fábrica não teria se fizesse sozinha. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 19/64 O canal conta com funções essenciais, como contatar o cliente, fazer as promoções, coletar informações de mercado, adaptar ofertas, distribuir e financiar produtos etc. Imagine se não existissem mercados, por exemplo. Você teria que ir a uma loja específica para cada item que deseja: uma loja para o leite, outra para os refrigerantes, outras para os produtos de limpeza, de higiene etc. Esses canais, portanto, facilitam a vida do fabricante e também a do cliente. Vejamos agora os intermediários do canal de marketing indireto: Varejistas e atacadistas São os dois intermediários mais conhecidos no chamado canal de marketing indireto. São eles que, de fato, adquirem o produto e o revendem. Representantes e corretoras Esses são os que não adquirem o produto, mas negociam em nome do fabricante. Facilitadores Eles são as transportadoras, depósitos, bancos e agências, que não têm e nem negociam o produto, apenas apoiam o processo. Em se tratando de intermediários, existem também empresas que não utilizam atacadistas, varejistas ou representantes. A essas damos o nome de canal de marketing direto. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 20/64 Varejo Como vimos, o varejo é um componente do canal de marketing, um intermediário. De acordo com Kotler e Keller (2006) a diferença entre o varejo e o atacado é: Varejo Refere-se às atividades relativas à venda direta ao consumidor final, para uso pessoal, e não comercial. Esses estabelecimentos, chamados de varejistas, são dos mais importantes e notórios intermediários. Uma característica marcante é a venda em pequenos lotes, não importando o que ou onde são vendidos. Atacado Trabalha com grandes quantidades, que serão usualmente adquiridas por um varejista para revenda ao cliente final. Ou seja, o atacado adquire os produtos diretamente com os produtores e os revende para os varejistas. Como nesse caso são adquiridos lotes, e não unidades, o valor unitário do produto tende a ser mais barato para que o comerciante possa obter lucro com a venda. Tipos de varejistas 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 21/64 Basicamente, existem três tipos de varejistas: Lojas de varejo As lojas de varejo podem ser representadas por supermercados, farmácias, conveniências e lojas de departamentos. Varejo sem loja Venda direta, serviços de compra, marketing direto e máquinas de venda automática são categorias de varejo sem loja. Organizações de varejo As franquias são exemplos de organizações de varejo. Existe também o tipo em função do posicionamento estratégico a partir da combinação de dois conceitos: nível de serviço e sortimento de produtos. Vamos ver, a seguir, a explicação de cada um deles: É o quanto você agrega de valor ao seu cliente por meio dos serviços. Uma loja em que o cliente faz todo o trabalho de procura, comparação e seleção do produto, chamado de autosserviço, pode ter menos valor do que uma em que é oferecido serviço completo, além de atenção maior com a estética, produtos mais caros e até linha de crédito. O valor percebido varia de acordo com o produto e o perfil de cliente. Em compensação, o primeiro é menos custoso, pois depende de poucos funcionários, já o segundo terá mais qualidade percebida. Ex.: Bloomingdale’s (Loja de Departamento de Luxo). Refere-se à quantidade de produtos que estarão disponibilizados para venda. Quanto mais específico, mais baixo o sortimento. Nível de serviço Sortimento de produtos 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 22/64 Ex.: Chili Beans. Ao colocar esses dois conceitos em uma matriz, temos um mapa de posicionamento estratégico que ajuda no entendimento dos tipos: Loja de especialidade – linha restrita de produtos. Ex.: Cacau Show; Loja de departamentos – tem várias linhas de produtos. Ex.: C&A; Supermercados – tem muito autosserviço, baixo custo. Ex.: Guanabara; Lojas de conveniência – pequenas, com linhas de produtos limitadas. Ex.: lojas de postos de gasolina. A seguir, veremos a matriz: Matriz de posicionamento do varejo. Com isso em mente, ao analisarmos a matriz, vemos que: A Bloomingdale’s tem grande variedade de produtos e bastante valor agregado. Posiciona-se como uma loja de luxo, provável que tenha grandes margens de lucro por produto. Já o Walmart, que atende à classe média, apesar de ter uma imensa linha de produtos, tem menor margem pelo baixo valor agregado. Em contrapartida, compensa com altos volumes de venda. Em relação aos que apresentam menor linha de produtos, a Tiffany (joalheria de luxo) cultiva uma imagem de produtos exclusivos e caros, operando também com alta margem. Já a Sunglass Hut (loja pequena de óculos escuros) tem menor margem e para compensar isso trabalha com maior padronização das lojas. Diante de tais abordagens, pense nas últimas cinco lojas que você frequentou. Como as posicionaria na matriz? Principais decisões de marketing no varejo 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 23/64 O posicionamento estratégico vistoantes é só o início da tomada de decisão do marketing de varejo. A partir dele, é criada uma base para diversas outras decisões mais aprofundadas. As principais são: Mercado-alvo Considerada a mais importante, o norte das demais decisões, pois não há o que se decidir sem ter o perfil do seu público. Por exemplo, a Ri Happy tem claro que o perfil que atende é de crianças, por isso todas as decisões, como design e arrumação da loja, logo, produtos oferecidos, treinamento dos funcionários, é em função desse público. Perguntas relevantes para ajudar na decisão: Qual a faixa etária? Qual o gênero? Qual o comportamento? Qual a renda? Sortimento de produtos O varejista precisa ter claro qual a amplitude (diferentes tipos de produto) e profundidade do sortimento (especialização de um mesmo tipo) que irá oferecer. Um restaurante grande é amplo e profundo, oferecendo todos os tipos e subtipos de cafés, pratos e bebidas. Já um restaurante que serve apenas pratos feitos para almoço tem pouca profundidade e amplitude. Diferenciação de produtos Dentre as possibilidades nessa decisão, podem se destacar as seguintes questões: Apresentar marcas exclusivas ou marcas que são também vendidas em outras lojas? Apresentar marcas próprias ou misturar com a de terceiros? O mostruário terá que frequência de giro? Trimestral, com fim de estoque, por estação? Como serão divididas as categorias? Exemplo: para o público atendido bebidas englobam apenas refrigerante e cerveja ou é necessário ter uma categoria de bebidas alcoólicas e não alcoólicas? A não alcoólica contará com suco? Existirá personalização de produtos? 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 24/64 Os produtos serão altamente direcionados? Exemplo, venda de roupas para mulheres grávidas exclusivamente? Suprimento de produtos Refere-se às decisões relacionadas com as fontes de suprimentos e práticas utilizadas. Os fornecedores estarão próximos ou distantes? Qual vai ser a margem de controle do estoque? Operar no limite ou ter bastante reserva de produtos? Qual a liberdade dos gerentes de produtos para aceitar ou rejeitar as ofertas dos fornecedores? Qual o espaço disponível para exposição e estocagem? Quais os custos envolvidos de manuseio do produto? Do recebimento à compra pelo cliente. Haverá alguma automatização envolvida? Serviços e ambientes É a chave para diferenciação, é tudo que será oferecido além dos próprios produtos. Como será a decoração da loja, layout e vitrines? Qual será o horário de funcionamento? Quais as políticas de trocas? Quais embalagens serão utilizadas? Estacionamento estará incluso? Haverá banheiro e espaços de conveniência? Como será realizado o atendimento e o pagamento? Como será a parte audiovisual e sensorial? (uso de música, imagens e aromas) Preço É o fator-chave do posicionamento e precisa estar relacionado ao mercado-alvo, ao mix de serviços e à concorrência. A maneira mais simplista de dividir a decisão é alta margem e baixo volume em oposição à baixa margem e alto volume. Quais produtos estarão envolvidos nas liquidações? Quais terão as maiores margens? Quais descontos serão aplicados? 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 25/64 Descontos são interessantes para acelerar as vendas e são muito utilizados no cumprimento de metas imediatas de vendas e em marcas cujos consumidores não percebem diferenciais. Comunicação, atendimento e vendas Envolve todas as ferramentas para se gerar tráfego nas lojas, sejam on-line ou não, e aumentar as vendas, como propagandas em revistas, sites, TVS , rádios, cupons, amostras, feiras, cartão fidelidade etc., além do modo de atendimento da loja. Sobre vendas, uma forma interessante e bem comum de organizar as forças de venda do varejo é por produto. Assim, cada vendedor (ou grupo de vendedores) é responsável pelo atendimento de certo produto (ou linhas de produtos). Localização Fator crítico de sucesso, requer especial atenção e cuidado. É preciso avaliar a capacidade local de abastecimento, a potencialidade de consumo da população local, movimentação, transporte, os impactos na comunidade, preço de locação e compra etc. Canal de marketing direto Também chamado de canal de nível zero, consiste em um fabricante que vende diretamente ao consumidor. Apesar das várias vantagens do uso de canais que vimos, o marketing direto, quando bem trabalhado, também tem benefícios como: Redução da dependência dos intermediários, como atacadistas e varejistas. Melhor desenvolvimento da marca. Maior facilidade para exposição dos produtos. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 26/64 Veremos, a seguir, uma imagem que demonstra os canais e os níveis conforme a quantidade de intermediários: Marketing multinível Existem várias formas de fazer o marketing direto, como: Esse último foi dominante nessa modalidade no século passado, marcado pela utilização de milhares de vendedoras, chamadas de consultoras independentes, não tendo vínculo direto e obrigatório com a marca. As vendedoras adquirem os produtos do fabricante com um preço muito baixo e os revendem diretamente para o consumidor. Relacionamento direto com o cliente. Contato próximo com o mercado consumidor. Maior rentabilidade. Porta a porta Reuniões de vendas 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 27/64 A obtenção de lucro pelos consultores é oriunda da diferença de preço na revenda, bem como na formação de times de vendas com lucros compartilhados hierarquicamente entre os seus componentes. A pioneira ao utilizar essa forma de venda foi a americana Amway, mas atualmente diversas grandes empresas, como Natura, Jequiti, Hinode e Mary Kay fazem sucesso atuando da mesma forma. Além do marketing multinível, a forma mais famosa de venda direta é a Internet. Graças à melhoria da rede, em termos de velocidade, capacidade e acessibilidade, os consumidores conseguem comprar diretamente do fabricante pelos seus sites e aplicativos sem precisar de qualquer intermediário, seja atacadista, varejista ou representante. Por trás do marketing multinível Neste vídeo, faremos uma entrevista com uma consultora para entender um pouco sobre como é o trabalho no marketing multinível. Canais de marketing eletrônico e Internet A Internet, e todas as suas possibilidades, como e-mail, sistemas, apps, redes sociais etc., compõe o que chamamos de canal de marketing eletrônico, que é a plataforma digital que suporta a oferta e o acesso a produtos, e a consequente compra pelos consumidores. Tem sido a grande responsável pela: 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 28/64 Reintermediação Que é a adição ou troca de intermediários, muitas vezes radicalmente novos, para justamente ter ganho nas competências. Por exemplo, o Spotify e a Amazon, que esvaziaram o mercado tradicional das livrarias e lojas de música ao fornecer diretamente ao consumidor. Desintermediação Que é a eliminação dos intermediários do canal entrando em contato direto com os compradores finais. Mesmo essas empresas que comentamos antes, tradicionais do marketing multinível, atualmente vendem on-line todos os seus produtos sem a necessidade das consultoras. Outras vantagens importantes a serem citadas são: Maior alcance, até mesmo global; Preço menor; 24h de disponibilidade; Economia de tempo e esforço de negociação; Processamento rápido e fácil de transações; Maior quantidade de produtos exibidos; Menores custos com venda e distribuição; Gestão baseada em dados. Mas nem tudo são flores, algumas desvantagens do uso de canal eletrônicoem relação ao tradicional são: Falta do toque no produto real, provando ou testando. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 29/64 O tempo de entrega, ainda que rápido, não é imediato. Insegurança com a questão dos pagamentos e informações. Perda de uma experiência mais completa do consumo. Excesso de produtos e informações competindo pela atenção. Agora, vamor refletir? Em um cenário em que todos estão conectados, tanto empresas, quanto clientes, qual é a necessidade de intermediários? Sistemas multicanal de distribuição 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 30/64 Apesar de estarmos caminhando um pouco para a eliminação de intermediários, aquelas justificativas dadas no início para a existência deles ainda são válidas. Vamos voltar ao exemplo do mercado: você entraria no site de cada fabricante para adquirir cada item que precisa para sua casa? Dificilmente! O que fazemos é comprar on-line nos sites dos mercados, ou seja, não houve eliminação do intermediário, no caso o varejista, mas digitalização dele. E o mesmo acontece em uma centena de outros casos, tanto que vemos o sucesso de plataformas de grandes varejistas como Magalu, Americanas.com, etc. Antigamente, era natural que as definições de uso dos canais fossem mais simplistas, uma fábrica utilizando um canal para vender a um segmento de mercado. Atualmente, com a proliferação de segmentos e possibilidades de canais, bem como a informatização, permitindo melhor controle do fluxo de informação, o natural é um sistema multicanal de distribuição, ou seja, o uso de dois ou mais canais para alcançar mais de um segmento de cliente. Um fabricante utiliza varejistas, atacadistas, revendedores, parceiros comissionados, força de venda própria e mais do que nunca a Internet em todas as suas formas para a venda direta ao consumidor. Mas essa mudança não é passiva. Além do conflito interno entre os parceiros envolvidos quanto às margens e repasses obtidos no lucro, há também a busca por inovação dos próprios canais para se manterem rentáveis e atraentes. Para o fabricante, é importante ter uma estratégia, objetivos e segmentos bem definidos de como cada canal será utilizado, por exemplo: Exemplo Utilizar a Internet para atender a mercados mais distantes, contar com os varejistas para o atendimento a mercados menores e com atacadistas para os maiores, franquias em locais próximos, mas de difícil acesso etc. Um fato é certo: independentemente da quantidade de intermediários, é importante que as empresas os vejam como parceiros e tenham uma boa gestão do relacionamento com e entre eles, priorizando o longo prazo e a união. Isso faz com que eles se sintam parte do negócio e estimulados para que entreguem valor mutuamente, principalmente ao cliente, como ganho de prazo e satisfação. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 31/64 A L’Oreál, maior fabricante de cosméticos do mundo, trata sua ampla rede de fornecedores e intermediários como parceiros, selecionando e avaliando com cuidado o desempenho de cada um, mas, também, contribuindo para o crescimento com inovação e competitividade. Em suma, os canais de marketing eletrônico trouxeram impactos e tendências irreversíveis, como a digitalização, eliminação e adição de intermediários no canal. Geraram novas perspectivas para os negócios, sendo necessário um olhar diferenciado para a arquitetura e gestão dos canais tradicionais, que se tornaram ainda mais complexos. Garantir que todos os participantes estejam alinhados e trabalhando juntos nesse novo modelo será o grande desafio nos próximos anos para as empresas. O sucesso provavelmente virá para as empresas que conseguirem combinar e gerir bem toda essa complexidade do mundo virtual e físico. E, em particular, os varejistas e também todos os intermediários precisarão se adaptar e se reinventar para se manterem atraentes e relevantes para o mercado nesse novo mundo. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 2 - Vem que eu te explico! O varejo Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Vimos que o varejo é uma parte importante no marketing e no nosso dia a dia. Com isso em mente, qual opção melhor define o que é varejo? A É um intermediário, realizando a venda direta ao consumidor de produtos de uso comercial e, por isso, normalmente trabalha com grandes lotes. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 32/64 B É um intermediário, realizando a venda direta ao consumidor de produtos de uso comercial e, por isso, normalmente trabalha com pequenos lotes. C É um intermediário, realizando a venda direta ao consumidor de produtos de uso pessoal e, por isso, normalmente trabalha com pequenos lotes. D É um fabricante, realizando a venda direta ao consumidor de produtos de uso comercial e, por isso, normalmente trabalha com grandes lotes. E É um fabricante, realizando a venda indireta ao consumidor de produtos de uso pessoal e, por isso, normalmente trabalha com grandes lotes. Parabéns! A alternativa C está correta. Quando falamos de varejo, quatro itens são importantes para sua definição: entendimento de que é um intermediário, que trabalha com venda direta de produtos para uso pessoal e, consequentemente, em pequenos lotes. Quaisquer combinações diferentes dessas não representarão o varejo. Por exemplo, se utilizarmos grandes lotes e mantivermos todos os itens, temos a definição de um atacadista. Questão 2 Foram vários os impactos que o uso dos canais de marketing eletrônico trouxe para empresas e para nós, clientes. Pelo ponto de vista do fabricante, uma mudança em particular, quando bem executada, traz algumas vantagens, como aumento de alcance e menor custo. Qual seria essa mudança? A Troca de varejistas por representantes no canal. B Eliminação de intermediários no canal. C Adição de representantes ao canal. D Adição de atacadista ao canal. E Troca de varejistas por atacadistas no canal. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 33/64 3 - Varejo 4.0 e a digitalização interna (in store) e externa (presença digital) Ao �nal deste módulo, você será capaz de de�nir os conceitos por trás do Varejo 4.0 e as tecnologias aplicadas aos conceitos de in store e presença digital. Indústria 4.0 e tecnologias emergentes Neste módulo, entenderemos um pouco da revolução tecnológica e dos impactos no varejo, como a digitalização interna e externa. Primeiras revoluções A Indústria 4.0 diz respeito à Quarta Revolução Industrial. Veremos a seguir as quatro revoluções industriais: Parabéns! A alternativa B está correta. Como a questão trata do uso de canais de marketing eletrônico sob a ótica do fabricante, a maior mudança gerada é a eliminação de intermediários pela venda direta utilizando tecnologia para fazer a ponte entre a fábrica e os clientes, normalmente um site ou aplicativo. Todas as demais citam troca ou adição de intermediários já conhecidos do canal de marketing tradicional: representantes, atacadistas e varejistas. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 34/64 Primeira Revolução Industrial A Primeira Revolução Industrial tem início por volta de 1760 com o desenvolvimento de máquinas a vapor, até o seu ápice na construção das locomotivas. Segunda Revolução Industrial A Segunda Revolução começa em 1850 com o avanço das indústrias químicas, elétricas, de petróleo e aço, além da criação de grandes navios,prédios e aviões. O período foi marcado pela produção em massa de carros por Henry Ford, reduzindo custos e popularizando os produtos. Terceira Revolução Industrial A Terceira Revolução é chamada de era da automação, com o uso da informática, robótica, sensores e dispositivos programáveis para atuar de forma autônoma nas fábricas. Trata-se de uma revolução que aumentou ainda mais a produção, a qualidade e a segurança. Quarta Revolução Industrial A quarta e atual teve início com o uso massivo da Internet. A seguir, veremos mais sobre essa revolução. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 35/64 Quarta Revolução Como já vimos anteriormente, a Quarta Revolução se utiliza massivamente da UInternet, já consolidada como um grande canal de comunicação convergente de todas as tecnologias. Além da Internet como grande viabilizador, é caracterizada pelo uso massivo de tecnologias modernas e emergentes, como o Big Data, impressão 3D, computação em nuvem, Internet das Coisas, robôs, sensores, realidade aumentada e virtual etc., como pode ser observado na imagem a seguir: Principais tecnologias da Indústria 4.0 As primeiras discussões já utilizando esse termo ocorreram na Alemanha anos atrás com o intuito de investir nas plantas industriais, mas com o foco em tecnologia, criando fábricas inteligentes e ultramodernas. Hoje em dia esse conceito já está disseminado para as mais diversas áreas, como estoque, transporte, gestão e consumo. Impactos da Indústria 4.0 Todas as áreas estão tendo grandes mudanças como, por exemplo: Alta capacidade de inovação. Aumento da concorrência pela explosão de ofertas. Personalização em massa. Imediatismo nas trocas e relacionamentos. Flexibilização no desenvolvimento de produtos. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 36/64 Aproximação do consumidor etc. E isso tem gerado internamente nas empresas algumas transformações necessárias para se adaptarem a essa nova realidade, como achatamento da hierarquia, descentralização da decisão, diminuição de custos, integração e gestão digital dos ativos e inovação. E qual o motivo disso tudo? Manter-se competitivo. Nos dias atuais, mais do que nunca, dada a velocidade do mundo em que vivemos, existe a necessidade de se adaptar a essas mudanças. Prateleiras para locação de DVDs na extinta Blockbuster. A empresa que ficar parada vai ser obrigada a encerrar suas atividades, como foi o caso da Blockbuster, famosa locadora de vídeo que não se adaptou ao streaming, e da Kodak, que não acompanhou a chegada do mundo digital ao mercado fotográfico. Varejo 4.0 Como vimos, a Quarta Revolução Industrial impactou as mais diferentes áreas, e o varejo não ficou de fora, sendo chamado, então, de Varejo 4.0. O ambiente do Varejo 4.0 pode ser reconhecido como o uso dessas tecnologias que citamos pelas organizações para atrair e reter clientes, oferecendo meios e processos para entregar de maneira mais eficiente produtos e serviços e melhorando a totalidade do processo de consumo e, com isso, a experiência de compra. Um dos principais componentes do Varejo 4.0 é o tratamento e análise de dados de consumo e mercado. Os Big Datas estão permitindo o acesso rápido a importantes informações sobre os clientes. Como exemplo, a entrega de relatórios de consumo e tomada de decisão, que era feita usualmente com uma foto isolada e estática da Resposta 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 37/64 sua base de clientes. Agora, grandes empresas conseguem visualizar isso em tempo real, e de inúmeras fontes, facilitando os ajustes necessários, por exemplo, em uma campanha de marketing. Atenção! Big Datas são grandes conjuntos de dados armazenados em grande volume, oriundos de fontes diversas e variadas, processados por ferramentas especiais em altíssima velocidade. O uso dos sensores permite que sejam rastreados todos os movimentos logísticos dos produtos de varejo em tempo real: Com isso, facilita a gestão de toda a vida do produto, com o entendimento dos prazos de entrega em cada ponto, e permite, por exemplo, a reposição automática dos produtos nas lojas, diminuindo custos de estoque, perdas, inventário etc. Sensores são dispositivos capazes de detectar/captar ações ou estímulos externos e de oferecer respostas ao que foi detectado. São inúmeros os exemplos do uso dessas novas tecnologias no varejo. Para facilitar, vamos dividir em dois grupos: Digitalização interna É sobre as implementações de TI passíveis que ocorrem dentro da loja. Digitalização externa É sobre a presença da loja nos meios digitais. Digitalização interna (in store) Do momento que sai da fábrica. Parando nos depósitos. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 38/64 Digital Signage Em português, Sinalização Digital é uma forma atraente de transmitir mensagens e vídeos por meio de telas digitais, melhorando a comunicação visual do ponto de venda, substituindo cartazes estáticos por banners digitalizados em telas de alta definição. Banner digital com preço e produtos expostos em um hortifruti. Veja quantas vantagens: o conteúdo é atualizado remotamente, sem a necessidade de a equipe de marketing ir até o local para isolar a área, impedindo clientes e funcionários de circularem, e também sem a necessidade de realizar a mudança fora do expediente, sendo necessário pagar hora extra para acompanhamento. Em virtude do conteúdo ser remoto, vários anúncios podem ser veiculados em um mesmo dia, já que o painel digital permite a transmissão de um maior volume e velocidade de informações. É possível conferir o uso dessas telas atualmente em várias lojas do Burger King. Caso integrem tecnologia de reconhecimento facial e ótico, podem até mesmo descobrir o mapa de calor dos seus anúncios dentro da loja, elevando o tempo deles no ar ou diminuindo e eliminando outros que não estão tendo atenção. Telas e Totens Touchs Uma evolução dessas telas utilizadas para anúncios é o uso do touch. Ou seja, o cliente pode também navegar pelas telas disponibilizadas, podendo rever anúncios e outros conteúdos e produtos de interesse da loja, como a Timberland faz disponibilizando informações detalhadas de suas roupas nos totens espalhados pela loja. Com a computação em nuvem junto, vários restaurantes, como o McDonald’s, já permitem que o cardápio seja consultado e o pedido seja feito dentro da própria loja. Cliente selecionando os produtos em um totem no McDonald’s. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 39/64 Além de eliminar filas, reduz custo com menos necessidade de pessoal no caixa, permite que o cliente fique à vontade para navegar, visualizando os diversos produtos, e até mesmo eleva o valor consumido, já que o cliente está a um clique de distância de escolher outros produtos que poderiam ser esquecidos em frente ao caixa. Autosserviço Essas novas tecnologias estão permitindo que o cliente faça todo o processo de compra dentro da loja, sem intermediação e filas. Vamos conhecer um exemplo do uso do autosserviço? À primeira vista uma loja normal, só que para entrar o usuário precisa ter o aplicativo instalado e ler o QR Code disponibilizado. A partir desse momento, todos os itens colocados na sua sacola são debitados automaticamente do cartão registrado no aplicativo ao sair da loja. Amazon Go e o autosserviço. Espelhos inteligentes Lojas de moda estão investindo em tecnologias de reconhecimento facial e corporal e, com isso, conseguem sobrepor seus produtos virtualmente em um espelho para que o usuário possa experimentar e sem qualquer esforço, avaliarcomo estaria “vestindo” aquele produto. Espelho inteligente em uma vitrine. Pensando na dificuldade que temos de nos ver de costas e lateralmente ao testar uma roupa, alguns provadores filmam em diversos ângulos a pessoa, mostrando em seguida como ela ficou com a roupa em uma visão de 360 graus. Exemplo – Amazon Go 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 40/64 Outros espelhos permitem até tirar fotos e compartilhar nas redes sociais as imagens feitas com os produtos da loja, fazendo uma divulgação sem custo. Gôndolas e prateleiras inteligentes Há lojas que contam com gôndolas que apresentam certos mecanismos: Outro recurso são as prateleiras conectadas a painéis e sensores que conseguem mudar anúncios de acordo com a proximidade do cliente, piscando e colocando imagens para atraí-lo se estiver longe. Mobile Point of Sale Essa inovação se refere ao uso de celular ou tablets dentro da loja em função de realização de venda. A ideia é trazer a experiência de compra do celular para dentro da loja, com o intuito de facilitar o processo. Permite, por exemplo, a realização de pagamentos pelo celular diretamente a partir de QR Code, que também pode ser utilizado para fornecer mais informações sobre os produtos. Alguns restaurantes disponibilizam tablet ou aplicativo para escolha do cardápio diretamente da mesa, sem intervenção de garçom. Já a EMS, loja de materiais esportivos americana, utiliza tablets dentro da loja para ajudar montanhistas a se equiparem com itens disponíveis nas lojas físicas e virtuais. O cliente retira a roupa da gôndola. Com isso, um sensor é acionado. E então, exibe automaticamente em uma tela várias informações detalhadas sobre as peças. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 41/64 Um importante uso disso tem como �nalidade reter uma venda perdida. Muitas vezes o cliente vai embora da loja por não encontrar no estoque a peça no tamanho ou cor que deseja, mas com a disponibilização dessa ferramenta e treinamento da equipe, a compra on-line dessa peça pode ser estimulada dentro da própria loja para não haver perda da venda. Analytics de varejo físico Com o uso do bluetooth, wi-fi e câmeras inteligentes dentro da loja, uma série de informações podem ser captadas e trabalhadas com o Big Data e analytics, que permitem oferecer promoções e descontos personalizados direto na tela do celular. Gera também uma fidelização pela aproximação com o cliente, como é feito na Macy’s, famosa loja de departamento americana. Isso está sendo chamado de analytics do varejo físico, simulando o analytics digital e as diversas métricas possíveis de serem captadas, como: Isso tudo dinamicamente e em tempo real, permitindo executar mudanças de imediato, sem esperar longos ciclos de coleta, pesquisa e análise. Atenção! Todas essas mudanças devem ser em prol não somente de uma melhor comunicação como, também, da experiência do usuário. E para isso, é crucial que qualquer uma das inovações, caso sejam colocadas em prática, estejam alinhadas com o perfil do consumidor, a marca e a estratégia de marketing da empresa, atingindo o objetivo de aumentar a satisfação e, consequentemente, o lucro. Digitalização externa (presença digital) Em pesquisa da Forbes divulgada em 2020, os consumidores irão gastar R$ 3,4 trilhões em compras pela Internet (ARBEX, 2021). Para a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM, 2021), em 2020 houve R$106 bilhões de gastos. Com todos esses números, não há como qualquer negócio ficar de fora da Internet e, com o varejo, não seria diferente. Assim, entramos no que chamamos de presença digital. Tempo de permanência na loja Número de visitas 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 42/64 Presença digital é como o negócio aparece on-line, é a impressão que a marca da empresa causa por meio de conteúdos, sites, mídias e outras plataformas. Para que isso ocorra, na busca por um produto ou serviço, os usuários precisam se deparar com o site, blog, anúncio ou perfil da empresa em alguma mídia social. São diversos os componentes que fazem a presença social. A combinação e boa gestão de todos eles é que definem o sucesso digital de uma empresa. Alguns dos principais componentes são: Site É o principal para a presença digital, pois conecta todos os outros componentes. As buscas de um consumidor tendem sempre a iniciar ou terminar nele, ainda que venham de outras fontes. Precisa estar otimizado e agradável para navegação, tendo sempre tudo o que o cliente precisa saber de maneira fluida, seguindo as boas práticas de UX (UX é uma abreviação para User Experience: área cujo objetivo é garantir que o usuário tenha a melhor experiência de uso com um produto ou serviço). Site funcionando no computador e adaptado para celular. Não esqueça o mobile! O site precisa estar adaptado à tela do mobile – apesar de menor ainda em volume de acesso, é válida a adaptação. Caso tenha um aplicativo, que ele também siga as boas práticas de UX. Mídia social Para empresas modernas, é essencial que estejam presentes nas mídias sociais, já que é uma forma interessante de humanização da marca, pois viabiliza contato mais próximo com o consumidor. É possível também passar a imagem que se deseja da marca, pois esses canais não exigem muita formalidade. Principais redes sociais e seus ícones apps no celular. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 43/64 Alguns exemplos de redes são LinkedIn, Instagram, YouTube, Twitter e Facebook. Anúncios Nada é de graça! Apesar de existir o tráfego orgânico, as mídias sociais e os buscadores (Google, Bing, Yahoo) potencializam o alcance das buscas e conteúdo a partir do pagamento do serviço de anúncios pagos. Isso os torna mais visíveis na tela, fazendo-os aparecer nas primeiras páginas da busca. E quanto maior a visibilidade, maior a quantidade de clientes. Diferentes tipos de anúncio para mobile. Você sabe o que é tráfego orgânico? É o conjunto de visitas no site conquistadas de maneira espontânea, sem usar anúncios. Conteúdos Uma presença digital forte precisa de bons conteúdos que, além de gerarem tráfego orgânico, têm a capacidade de tornar a marca referência no assunto a partir da criação, com qualidade, de vídeos, blogs, newsletters, e-mails, e e-books. Olhando o gráfico a seguir, veja o mundo de conteúdos que é disponibilizado na Internet por minuto. Conteúdos gerados na internet por minuto. A chance de um conteúdo ruim se destacar é muito pequena, por isso a importância de ter conteúdo relevante. Chatbots Atendimento automático, já amplamente utilizado, configurado com respostas padrão, conseguindo, assim, atender ao cliente sem interferência humana, 24h por dia. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 44/64 Chatbot em funcionamento em um celular. Alguns, graças à Inteligência Artificial e Machine Learning, conseguem, inclusive, aprender novos padrões e melhorar as respostas. Imersão virtual no real A Ikea utiliza realidade aumentada para digitalizar a casa do consumidor e inserir virtualmente os móveis que deseja para testar o ambiente, vendo como ficariam os itens no espaço desejado. Algumas marcas de beleza permitem algo parecido: pelo site é possível experimentar cores de cabelo e maquiagem a partir do envio da foto do cliente, sendo possível escolher o produto que quiser para visualização em tempo real. Lojas de tintas e pisos, como Eucafloor e Suvinil, conseguem simular em seus aplicativos como ficaria o piso ou tinta na parede escolhida. Basta ter uma foto do cômodo que uma série de algoritmos analisapara fazer as simulações de pisos e cores. Fazendo uso de realidade virtual e óculos VR, algumas empresas já conseguem disponibilizar uma experiência imersiva de test drive de carros, como fez a Abarth, empresa italiana de carros, com o modelo 595 Scorpione Oro. Realidade virtual em uso. Atendimento físico e virtual A Zappos, loja de sapatos e roupas, para ajudar os consumidores na compra de sapatos on-line, coloca à disposição consultores pessoais como uma fórmula vencedora. Comprar sapatos na Internet pode ser uma tarefa intimidante para muitos consumidores, mas esse toque de consultoria dos agentes da central de atendimento reduz a barreira psicológica. O Bank of America, por exemplo, permite fazer uma chamada de vídeo para um atendente caso esteja com dificuldade em algum serviço on- line. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 45/64 Varejo do futuro, o Varejo 5.0 Neste vídeo, será comentado um pouco sobre o varejo do futuro e o que se espera dele. Futuro A Amazon vai mais além: na sua própria casa, basta apertar um botão colado no produto que escolher e ele é comprado automaticamente no site da empresa. Como visto, são vários os formatos e meios possíveis de contato com o cliente, mas eles continuam expandindo, como o crescente Tik Tok. Desse modo, a estratégia de marketing deve ser muito clara para o gerenciamento de todos em sincronia, como a frequência, o tipo de conteúdo, a linguagem etc. A presença digital é justamente medida pelo conjunto de interações que o consumidor tem com a marca em todos os canais. Por esse motivo, ela precisa ser unificada e consistente, ou seja, todos os canais precisam ter não só o visual padronizado, mas também precisam passar as mesmas mensagens. Ominichannel Essa presença massiva e em vários canais é chamada de omnichannel, que é o uso pleno de todos, estabelecendo uma interação única e personalizada com os clientes, não importando qual canal e nem como ele iniciou a interação. Tem a proposta de melhorar a experiência do cliente, principalmente no que se refere ao atendimento. E, no caso do varejo, não podemos esquecer da integração física. Os mundos digital e físico de uma mesma loja não podem concorrer entre 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 46/64 si, mas se complementar. Do mesmo modo que os canais digitais devem ser consistentes e unificados, o mesmo vale para essa relação entre o digital e o físico. A integração pode, por exemplo, evitar a temida prática do show rooming, quando o consumidor entra na loja para ver o produto pessoalmente, mas compra on-line em um concorrente. Tentar guerra de preços do físico com o virtual do concorrente é difícil, pois há vários custos na loja que não existem no virtual, como mão de obra, estoque e locação. Por isso, é mais válido que a loja crie novas experiências de consumo in store como foi visto. Vantagens Você pode pensar: Mas para que isso tudo? Muitos canais, muito mais trabalho? Para responder a esses questionamentos, vejamos algumas vantagens: Atender a um território muito maior que o atendido localmente por uma loja Atender em uma faixa de horário muito maior (24h por dia) que o horário comercial de uma loja O custo de todas as ações citadas normalmente é baixo em relação ao marketing tradicional, como o televisivo ou em revistas E, por último, é bom para o cliente! 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 47/64 Sobrevivência do varejo Todas essas iniciativas digitais, sejam na loja física ou virtual, mostram que o varejo ainda tem enorme potencial de crescimento e inovação. Percebemos que muitos consumidores ainda têm necessidade de ver e tocar o produto, bem como também do atendimento humano. Desse modo, o interessante é criar uma nova experiência de consumo, uma experiência completa, no físico ou virtual. Independentemente do canal de comunicação que estiver utilizando, onde quer que o cliente esteja, ele deve se sentir parte de algo único. Isso vale até mesmo para o varejo que teve sua origem no mundo virtual, como mostra o exemplo a seguir: Exemplo A Birchbox é uma loja varejista de produtos de beleza, que surgiu no ambiente on-line e abriu uma loja física para complementar seu negócio. E ainda que várias lojas estejam fechando por conta do avanço do comércio eletrônico, as que permanecerão estão mudando o seu escopo e forma de atuar para complementar a experiência on-line. Para sobreviver, o varejo vai precisar aprender a coexistir nesses dois mundos, já que ambos os formatos são importantes e precisam estar integrados. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 3 - Vem que eu te explico! Quarta Revolução Módulo 3 - Vem que eu te explico! O Varejo 4.0 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 São inúmeros os exemplos de aplicação das novas tecnologias no varejo, sejam nas lojas físicas ou nas virtuais. Nesse sentido, entre presença digital (A) e digitalização interna (B), diga a quais desses dois 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 48/64 grupos pertencem as seguintes implementações tecnológicas: sinalização digital, chatbots, espelhos digitais, imersão virtual em site e totens touchs. A A, B, B, A, B B B, A, B, B, A C A, B, A, B, A D B, A, B, A, B E A, A, B, B, B Parabéns! A alternativa D está correta. A sinalização digital, os espelhos digitais e os totens touchs são tecnologias majoritariamente aplicadas no varejo para melhorar a experiência de consumo nas lojas físicas, fazendo parte da digitalização interna. Já os chatbots e a imersão virtual em site fazem parte de melhorias das tecnologias relacionadas à presença digital, pois são utilizadas nos websites, redes sociais e aplicativos. Questão 2 Descobrimos que o Varejo 4.0 é reconhecido pelo uso das tecnologias modernas oriundas do que chamamos Quarta Revolução Industrial. Nesse sentido, qual alternativa apresenta integralmente as novas tecnologias que se relacionam ao Varejo 4.0? A Big Data, Interfones, Sensores e Computação em Nuvem B Big Data, Realidade Virtual, Sensores e Computação em Nuvem C Sensores, Computação em Nuvem, Carta e Big Data D Realidade Virtual, Sensores, Espelhos e Carta E Sensores, Computação em Nuvem, Empilhadeira e Outdoor 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 49/64 4 - Impactos no processo de decisão de compra Ao �nal deste módulo, você será capaz de relacionar paralelos entre o processo de decisão de compra teórico e as mudanças trazidas pelo Varejo 4.0. Teoria do processo de decisão O processo de decisão de compra faz parte de um conceito maior que chamamos comportamento do consumidor, que envolve também: Os estímulos de marketing Os estímulos do ambiente que o consumidor está inserido As características psicossociais do indivíduo Todos esses terão impactos no processo de decisão de compra. Por exemplo, a lembrança que um consumidor tenha de uma marca, que Parabéns! A alternativa B está correta. As principais novas tecnologias da Quarta Revolução Industrial que compõem o Varejo 4.0 são cyber segurança, computação em nuvem, impressão 3D, robótica avançada, Big Data e analytics, Internet das coisas, inteligência artificial e realidade aumentada/virtual. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 50/64 possa ter sido estimulada pelo marketing, ou pelo grupo que ele frequenta, pode ter deixado boas memórias e percepções de que o produtodela é diferenciado. Quando no futuro esse consumidor estiver em uma situação de compra, provavelmente essa marca terá vantagens no processo. Veja, a seguir, o modelo do comportamento do consumidor: Modelo de comportamento do consumidor e o processo de decisão de compra. O processo de decisão, também chamado de jornada de consumo, de acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2001), tem cinco etapas e se inicia com a fase de pré-compra, que tem o despertar da necessidade, ou reconhecimento do problema. Essa necessidade surge a partir da percepção de desequilíbrio entre: Uma situação real do consumidor Uma situação desejada, que ele gostaria de alcançar E isso varia de pessoa para pessoa. Necessidade e reconhecimento do problema Essa necessidade pode ser provocada por estímulo interno ou externo. O interno é a fome, por exemplo, e o externo é o estímulo trabalhado pelo marketing das empresas, como, por exemplo: Exemplo Quando as lojas de perfume pulverizam uma marca na entrada para chamar atenção e atrair clientes. Busca por informações Em seguida, há a busca por informações das alternativas existentes. Em um primeiro momento, diversas alternativas virão à mente, oriundas da memória, propagandas, notícias e recomendações que teve durante a vida. Em adição às alternativas em mente, tem a busca em fontes de recomendação e estas se dividem em quatro grupos: Pessoais Familiares, amigos, conhecidos. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 51/64 Comerciais Propagandas, vendedores, mostruários. Públicas TVs , jornais, revistas. Experimentais Testes, manuseio, amostras. As fontes pessoais têm grande relevância na tomada de decisão, pois dão legitimidade, enquanto as demais têm papel mais informativo. Avaliação Diante das alternativas encontradas, existe a necessidade de comparar, avaliar e julgar as diferenças entre os produtos, marcas e serviços ofertados. Para alguns autores, é o coração de todo processo decisório. É quando o conjunto total de marcas vai sendo filtrado a partir da análise de diversos fatores, como a recomendação, as memórias, os estímulos, os atributos dos produtos, as características do indivíduo, os riscos etc. Decisão de compra e pós-compra Após toda essa análise, enfim decide-se pela compra, etapa seguida pela fase de consumo/avaliação, chamada de pós-compra. Nessa fase, existem as questões relacionadas à satisfação, em função do alcance das expectativas criadas sobre o produto, que podem ser negativas ou positivas. Satisfação Pode gerar uma recompra daquele produto ou da marca e/ou a recomendação. Insatisfação Dependendo do nível, pode levar à devolução do produto, processo judicial contra a empresa e, o mais comum: falar mal da marca. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 52/64 Flexibilidade do processo de compra No entanto, nem todo consumidor passa por todas essas etapas na hora de tomar uma decisão de compra e, na verdade, algumas das etapas podem ser puladas dependendo do tipo de compra e produto. Esse processo pode se tornar mais simples ou mais complexo, dependendo de alguns fatores, como podemos perceber no exemplo a seguir: Exemplo Uma compra deliberada, caracterizada por itens comprados rotineiramente, não terá o mesmo esforço de uma compra que requer alto grau de envolvimento do consumidor, como a compra de um carro ou de uma casa. Envolvimento, no caso, é a relevância do objeto para uma pessoa em relação à sua necessidade, valores e interesses. A intangibilidade é outro fator que também dificulta a tomada de decisão nesse processo, ao contrário da experiência prévia com aquela marca ou produto que, nesses casos, facilitaria. Varejo 4.0 e jornada de consumo O Varejo 4.0 conhecido pelo uso de tecnologias modernas com o objetivo de atrair e reter clientes ofereceu novos meios e processos para entregar de maneira mais eficiente produtos e serviços. Desse modo, impactou fortemente toda a tradicional jornada de consumo e experiência de compra que existia antes. Vamos retornar agora a cada passo da jornada de consumo explicada, trazendo os impactos causados pelas novas tecnologias. Momentos pré-jornada do consumo e necessidade Tudo que ocorre antes do reconhecimento da necessidade, muito marcado pelos estímulos de marketing. E quando tratamos de estímulos, um dos grandes impactos desse novo mundo é o volume e frequência de informação recebida. Estamos em uma era digital, em que passamos boa parte do tempo em frente a alguma tela, seja TV, computador ou celular. 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 53/64 Por meio desses aparelhos somos bombardeados por uma quantidade de informação nunca vista na história, são centenas de diferentes estímulos, principalmente visuais, e muitos destes relacionados a produtos, marcas e consumo. Como disse Kotler et al. (2017), é uma era de excesso de tudo. E é também uma era diferente graças ao Big Data, Computação em Nuvem, Sensores e tudo mais que já vimos. Somos surpreendidos também não só pelo antigo marketing de massa, mas pelo marketing personalizado, focado em atender especificamente às necessidades dos consumidores. Existem milhares de algoritmos de consumo analisando diferentes perfis, como: Compras passadas; Idades; Buscas realizadas na Internet; Conexões; Fotos; Entre outros. Tudo para oferecer produtos e promocionar de maneira muito mais assertiva para atender exatamente o perfil de cada cliente. E ainda que o consumidor não perceba, pois entramos em uma área mais relacionada à psicologia do consumo, esses estímulos permanecerão de algum modo em sua mente e farão toda diferença na jornada de consumo. Vários destes podem inclusive estar estimulando necessidades que o consumidor nem tenha percebido ainda, como a compra de um carro que foi anunciado quando estava navegando em sua rede social. Pare e reflita agora mesmo... Olhe rapidamente seu celular, e-mail e ao redor: há pelo menos uma mensagem, promoção, divulgação ou algo do tipo sobre um produto ou marca? Busca por informações e avaliação A Internet mudou drasticamente o modo como fazemos a busca por informações com todo o conhecimento disponibilizado pelos buscadores como o Google, as redes sociais, e os sites colaborativos, 06/05/2022 18:07 Varejo 4.0 e as tecnologias emergentes https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/03142/index.html# 54/64 ou seja, o consumidor tem muito mais ferramentas para obter os dados que irão auxiliá-lo. Os consumidores atuais, antes de comprar qualquer coisa de grande relevância, fazem buscas on-line, descobrindo por meio de blogs, sites, fóruns e redes sociais uma infinidade de informações sobre o produto de interesse. Essa busca traz como resultado uma infinidade de dados sobre os atributos do produto, ou seja, o que ele é de fato, como dimensão, peso, velocidade, material etc. Mas traz, sobretudo, informações do consumo real daquele produto e experiências pessoais dos milhares de consumidores que se dispuseram a falar sobre ele na Internet. Mas não somente recomendações e experiências estarão na busca. Com a massificação da presença digital das empresas, e os diversos canais disponibilizados, é possível até mesmo conversar com elas nas redes sociais sobre o produto, tirando dúvidas técnicas, solicitando informações extras etc. Todas essas informações são contabilizadas mentalmente pelo consumidor para que enfim ele chegue a uma conclusão. Desse modo, percebe-se que agora o processo de decisão, ainda que mais assertivo pela qualidade da informação oriunda das experiências dos clientes, tornou-se bem mais complexo em virtude do volume imenso de informações disponíveis. Compra e pós-compra A compra no mundo digital é baseada em transações
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