Vigilância, Prevenção, Atenção e Controle da leishmaniose visceral

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Questão 1
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A incidência de leishmaniose visceral se manteve estável nos últimos dez anos no Brasil, porém ainda é necessário alcançar uma redução nos números da doença, principalmente nos municípios endêmicos. Entre os vários fatores de risco da LV, as pessoas mais vulneráveis são as que:
Residências com galinheiro e moram em casa que tenha água limpa e parada.
Possuem residência em locais próximos de lagos e situado em região endêmica.
Possuem animal doméstico com LV em uma área com transmissão da doença.
Moram em qualquer cidade que tenha a presença do Lutzomyia longipalpis.
Já tenham tido leishmaniose tegumentar e moram em região com transmissão.
Sua resposta está correta.
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Apesar do animal não poder transmitir ao ser humano a doença, um animal doente em casa em uma área com transmissão da doença é fator predisponente para a infecção por se tratar de um reservatório do parasita, um caso confirmado da doença significa que existe parasita, vetor e reservatório.
Questão 2
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A leishmaniose visceral é uma parasitose capaz de provocar doença em humanos e cães e tem o animal como seu principal reservatório. Sobre a leishmaniose visceral canina (LVC) e suas especificidades, podemos afirmar que:
Um cão reagente apenas no teste rápido é considerado portador da Leishmania infantum, estando sujeito às medidas sanitárias.
Possuir em casa um cão doente com LVC coloca em risco os moradores da própria residência, não oferecendo perigo à vizinhança.
Coleiras impregnadas com inseticida não podem ser consideradas como uma ferramenta de proteção individual para o cão.
Cães sororreagentes no teste rápido e no teste imunoenzimático de Elisa devem ser recolhidos pelas autoridades sanitárias para eutanásia.
Apenas os cães infectados pela Leishmania infantum que apresentam sintomatologia clínica transmitem o parasito.
Sua resposta está correta.
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A orientação do Ministério da Saúde é a realização do teste rápido e confirmação com o teste imunoenzimático de Elisa, uma vez que esses testes resultem em positividade, devem-se recolher os cães sororreagentes para sua posterior eutanásia pelas autoridades sanitárias locais.
Questão 3
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A Lutzomyia longipalpis, ou como é mais conhecido, mosquito palha, é um dos vetores da leishmaniose visceral. Para a sua reprodução, as fêmeas realizam a ovipostura (deposição dos ovos) e após cerca de nove dias a embriogênese se completa para liberação das larvas que darão origem a novos mosquitos palha. Para que todo esse processo de reprodução aconteça é necessário um ambiente com condições adequadas como locais que tenham:
Vegetação tropical e lagoas.
Matéria orgânica e umidade.
Clima seco e muita iluminação.
Casas de alvenaria e solo orgânico.
Água limpa e clima quente.
Sua resposta está correta.
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Os lugares mais descritos como prováveis criadouros das Lutzomyia longipalpis e L. cruzi são materiais vegetais sólidos em decomposição, como galhos e folhas em processo de apodrecimento, com pouca iluminação e umidade moderada.
Questão 4
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Você é secretário de Saúde de um pequeno município na zona urbana. Um cão de rua na sua cidade apresentava emagrecimento, unhas com o crescimento exagerado e ferimentos pelo corpo. Diante da forte suspeita de leishmaniose visceral, foram coletadas amostras de sangue do cão que confirmaram a suspeita. Você enquanto secretário levantaria quais estratégias para prevenção de novos casos de leishmaniose canina e humana em seu município?
Realizaria treinamento com as equipes das unidades básicas de Saúde para identificação dos sinais de LV e erradicação de todos os cães da cidade.
Realizaria campanhas de educação com os profissionais de saúde e sociedade sobre os sinais clínicos da doença (cães e humanos) e biologia dos vetores transmissores.
Realizaria a eutanásia de cães que apresentassem queda de pelo e crescimento excessivo das unhas e aplicação de inseticidas nas residências.
Promoveria uma campanha de combate à água parada e utilizaria coleiras impregnadas com inseticida nos cães da cidade.
Faria campanhas de vacinação das crianças e realizaria inquéritos caninos sorológicos para identificar animais infectados na região.
Sua resposta está correta.
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As campanhas de educação em saúde sobre sinais e sintomas da leishmaniose visceral para a população e profissionais da saúde são de extrema importância para que as pessoas reconheçam os sintomas e procurem atendimento médico o mais precoce possível, garantindo um maior sucesso no tratamento, assim como aprendam a identificar animais infectados. A captura de vetores tanto por armadilhas luminosas do tipo CDC quanto o controle do vetor por borrifação de inseticida são medidas preventivas importantes que podem ser utilizadas.
Questão 5
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A leishmaniose visceral humana, ou também conhecida como calazar, é uma doença que pode provocar vários sintomas e atingir a funcionalidade de alguns órgãos se não tratada. Qual órgão podemos citar como os maiores alvos da leishmaniose visceral humana?
Vesícula biliar, ossos e rins.
Medula óssea, fígado e baço.
Linfonodos, olhos e estômago.
Intestino, pele e pâncreas.
Coração, pulmão e intestino.
Sua resposta está correta.
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Durante a infecção, as formas promastigotas da Leishmania infantum infectam células do sistema mononuclear fagocitário o que acaba atingindo órgãos como o fígado, o baço, a medula óssea e os linfonodos.
Questão 6
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Você é um profissional de saúde de uma unidade básica de saúde pertencente a um município endêmico de leishmaniose visceral (LV) e recebe um paciente apático e cansado, que chega ao consultório queixando-se de febre a mais de sete dias e apresentando um hemograma com alterações de plaquetas e hemoglobinas. Ao exame de palpação você detecta o aumento do baço. Suspeitando de diagnóstico de LV, decide fazer o teste rápido que resulta em negativo. Diante dessa situação, você deve prioritariamente:
Solicitar a realização de exames mais complexos, como a tomografia computadorizada para confirmação do diagnóstico, uma vez que o teste rápido resultou em negativo.
Orientar o paciente que retorne depois de 15 dias para repetir o teste diagnóstico, pois mesmo que o teste rápido tenha resultado negativo é necessário sua confirmação.
Notificar o caso à vigilância epidemiológica e aguardar os resultados das investigações epidemiológicas para decidir quanto à indicação do tratamento para a leishmaniose visceral.
Investigar os diagnósticos diferenciais mais comuns na região, e, se descartados, decidir pelo início do tratamento para LV ou encaminhar o paciente para outros exames em um centro de referência.
Descartar o caso e não notificar à vigilância epidemiológica do município, uma vez que o teste rápido resultou em negativo.
Sua resposta está correta.
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Diante de uma forte suspeita de leishmaniose visceral, pode-se iniciar o tratamento mesmo se os resultados dos testes rápidos forem negativos, desde que descartados os diagnósticos diferenciais mais comuns na região. Caso haja uma melhora do estado clínico após o início da medicação, o diagnóstico deve ser considerado como confirmado. A outra opção é encaminhar o paciente a um centro de referência municipal ou estadual para a realização de outros exames como parasitológico de aspirado de punção de medula óssea, bem como para passar por uma avaliação de um médico infectologista e/ou com expertise em leishmaniose visceral.
Questão 7
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O Ministério da Saúde garante o tratamento da leishmaniose visceral para toda a população. O medicamento de primeira escolha é o antimoniato de meglumina, porém existem alguns casos específicos em que ele deve ser substituído pela anfotericina B lipossomal. Temos essescasos, quando se trata de:
Pessoas com escore de gravidade clínico-laboratorial ≤ 8.
Hipersensibilidade ao antimoniato de N-metil glucamina.
Gestantes com menos de três meses e todas as crianças.
Crianças com idade menor de 1 ano e adultos maiores de 40 anos de idade.
Apenas pessoas transplantadas cardíacas e de córnea.
Sua resposta está correta.
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A hipersensibilidade ao antimoniato de N-metil glucamina pode acontecer como uma reação alérgica do corpo à medicação, nesses casos o tratamento com antimoniato de meglumina deve ser suspenso e iniciado tratamento com anfotericina B lipossomal.
Questão 8
Correto
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A leishmaniose visceral é uma doença grave e potencialmente fatal, especialmente se não tratada, tratada inadequadamente, com diagnóstico inoportuno ou em alguns casos especiais em que o:
Paciente tenha histórico de febre há mais de 60 dias.
Paciente tenha de 20 a 40 anos de idade.
Paciente nunca tenha tido leishmaniose visceral.
Paciente apresente problemas de sobrepeso.
Paciente apresente crescimento do fígado e baço.
Sua resposta está correta.
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Pacientes com mais de 60 dias de febre indica um estágio mais avançado da doença ou pode indicar outras infecções ou insucesso no tratamento que está sendo oferecido, sendo um fator de risco para o óbito por leishmaniose.
Questão 9
Correto
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O vírus da imunodeficiência humana (HIV) atinge cerca de 40,6 mil pessoas por ano e é responsável por graves comprometimentos no sistema imunológico, servindo como porta de entrada para uma série de outras infecções, entre elas a leishmaniose visceral. Sendo assim, sobre os portadores de HIV e a leishmaniose visceral, podemos afirmar que eles apresentam:
Menor quantidade de parasitos observados na medula óssea.
Menor probabilidade do teste rápido resultar em falso-negativo.
Maior probabilidade de terem episódios de recaídas da doença.
Episódios mais frequentes e mais graves de esplenomegalia.
Baixa resposta ao tratamento com anfotericina B lipossomal.
Sua resposta está correta.
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Pacientes com leishmaniose visceral infectados pelo HIV possuem maior probabilidade de terem recaída, mesmo após o término do tratamento para leishmaniose visceral, por causa do comprometimento imunológico provocado pelo HIV.
Questão 10
Correto
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Analise as assertivas sobre os pacientes com leishmaniose visceral infectados pelo HIV: I. Essa associação não é considerada como um problema de saúde pública pelas limitações geográficas da leishmaniose visceral. II. As manifestações clínicas mais frequentes nos pacientes com leishmaniose visceral infectados pelo HIV são a febre, a esplenomegalia e a hepatomegalia. III. Os pacientes com leishmaniose visceral infectados pelo HIV possuem menor parasitismo se comparados a pacientes sem HIV. IV. Apresentam necessidade de tratamento profilático (preventivo) mesmo após a finalização do tratamento para diminuir as recaídas. Estão corretas:
Assertivas III e IV.
Assertivas II e IV.
Assertivas II e III.
Assertivas I e IV.
Assertivas I e II.
Sua resposta está correta.
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As manifestações clínicas nos pacientes com leishmaniose visceral infectados pelo HIV são semelhantes aos pacientes portadores de leishmaniose sem o HIV, febre, esplenomegalia e hepatomegalia, apesar de ser observado com menos frequência a esplenomegalia nesse tipo de paciente. Por possuírem uma maior deficiência do sistema imunológico, suas chances de recidiva são maiores que pacientes sem o HIV, fazendo com que o coinfectado necessite de um tratamento profilático após a finalização do tratamento.