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Epidemiologia Descritiva

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Epidemiologia | Camyla Duarte 
 
1 
 
Tipos de epidemiologia 
Descritiva 
Estudo da distribuição da frequência das doenças e 
dos agravos à saúde coletiva, em função de variáveis 
ligadas ao tempo, ao espaço e ao indivíduo, 
possibilitando o detalhamento do perfil 
epidemiológico, com vistas à promoção da saúde. 
Rouquayrol, 2000 (adaptado) 
Procura responder as perguntas: 
o Quem adoece? 
o Quando? 
o Onde esta doença ocorre? (frequência e 
distribuição) 
Analítica 
Busca os determinantes do processo em questão, ou 
seja, por que a doença está acontecendo desta forma 
particular, neste tempo e local? (estuda fatores para 
explicar distribuição) 
Tríade básica da epidemiologia descritiva 
O objetivo de estudar as variáveis é conhecer de 
forma mais detalhada as características desses itens e 
conhecer melhor o comportamento de uma doença. 
Descrever situações de saúde; comparar populações; 
padrões de distribuição; criar hipóteses; parâmetros 
de políticas de saúde. 
Pessoa 
Quem adoece? 
Para caracterizar os acometidos são utilizadas 
variáveis relacionadas à pessoa, independente do 
tempo e espaço. 
o Características inerentes à pessoa: Sexo, 
idade, cor/raça. 
o Características adquiridas pela pessoa: 
situação conjugal, imunidade 
o Características derivadas das atividades: lazer, 
profissão, formação 
o Outras características: Uso de drogas, 
alimentação 
De que forma os agravos variam nas pessoas 
Quem são as pessoas acometidas? 
O agravo é diferente em homens e mulheres? 
Muda de acordo com a idade? 
Muda com condição individual? 
Vacinar primeiro os grupos vulneráveis - profissionais 
de saúde e índios, idoso, gestantes.... 
Atividade 1. As idades assinaladas na figura mostram 
alguns grupos etários de mulheres vítimas de 
homicídios. 
Quais são as idades mais afetadas? R: 17 e 31 anos 
Quais as hipóteses que você faria para explicar essa 
incidência? R: Maior taxa reprodutiva, gravidez. Maior 
propensão a sofrer feminicidio 
 
Atividade 2. A Tabela mostra a distribuição por grupo 
etário do sarampo no Rio de Janeiro, na década de 
1970, quando se iniciou a vacinação intensiva no 
Brasil. Analise os dados da tabela comparando início e 
final dos anos 70. 
 
R: Diminuiu de 1 a 4 anos, mas aumentou de 5-15+ 
 
Tempo 
Quando adoece? 
A frequência de um agravo em números absolutos, ou 
coeficientes, ou índices, deve ser analisada ao longo 
do tempo em um diagrama onde a frequência está na 
vertical e o tempo na horizontal. 
o Tempo cronológico: refere-se a horas, dias, 
semanas, meses, anos, décadas, séculos... 
Epidemiologia | Camyla Duarte 
 
2 
 
Série histórica (tendência secular): 
o Variação sazonal e variação cíclica. 
o Historicamente como se comporta a 
mortalidade/evolução ou diminuição de uma 
doença 
o Geralmente em torno de uma década 
 
Atividade 3. Analise o comportamento da AIDS e da 
tuberculose em Porto Alegre. 
 
Pessoas que possuem AIDS são mais afetadas e 
acabam adquirindo tuberculose por serem 
imunodeprimidos 
A curva da AIDS acompanha a curva de coinfecção de 
AIDS/tuberculose, que em 1996 era muito baixa e ao 
longo de uma década mostrou comportamento 
ascendente. Ações especificas com essa população 
podem e devem ser propostas. 
Neste gráfico, vemos as taxas de mortalidade por 
100mil habitantes da AIDS, TB e TB+ AIDS. Mostra que 
não houve alterações significativas nas taxas de AIDS, 
mas um aumento significativo de TB+AIDS. Parece que 
a TB seria um fator de vulnerabilidade para a 
mortalidade por AIDS 
 
 
Atividade 4. Variação sazonal – o que pode ser 
observado comparando os dois gráficos? 
 
Aumento do número de casos em determinados 
períodos do ano indicando relação direta com eventos 
externos (condições climáticas, por exemplo) – 
algumas doenças têm relação com aglomerações e 
festividades- AIDS, por exemplo 
Essas oscilações não são consideradas epidêmicas, são 
endêmicas (esperadas). No entanto, há surtos 
epidêmicos de acordo com o número de pessoas 
suscetíveis a determinadas cepas de vírus. 
Dependendo da cepa circulante, pode-se prever a 
ocorrência desses surtos. 
Conhecer a sazonalidade de uma doença possibilita 
organizar a estrutura de serviços de saúde tanto para 
a promoção quanto para a atenção de casos. Neste 
gráfico, é possível identificar a associação das taxas de 
incidência de dengue entre os meses, as estações e a 
variação pluviométrica media nos períodos analisados 
Atividade 5. Quantos casos de sarampo ocorriam em 
média nas Américas nos anos 1980? Pode-se dizer que 
havia variação cíclica na distribuição dos casos na fase 
endêmica da doença? 
 
Nas américas ocorriam aproximadamente de 150 a 
250mil casos de sarampo por ano na de 1980. 
Epidemiologia | Camyla Duarte 
 
3 
 
O sarampo é uma doença que apresentava uma 
variação cíclica, ou seja, um aumento do número de 
casos a cada 2 ou 3 anos, devido ao aumento de 
suscetíveis, que vão se acumulando quando as 
coberturas vacinais não são satisfatórias 
Variações cíclicas podem relacionar-se também com 
migrações ou movimento de populações humanas 
Qual o comportamento dos agravos no tempo? 
Surto- espaço geográfico circunscrito. Ex: creche 
Epidemia- número de casos excessivo em relação ao 
esperado. 
Endemia- a ocorrência de um agravo dentro de um 
numero esperado de casos para aquela região, 
naquele período de tempo. Mantem a incidência 
constante 
Espaço 
Onde acontece? 
O agravo se distribui de modo homogêneo? 
A distribuição espacial das pessoas influencia no grau 
de risco? 
Coeficientes de incidência por distrito administrativo 
de residência 
 
 
Coeficientes de mortalidade por distrito 
administrativo de residência 
 
Atividade 6. Analise o mapa de tuberculose no RS 
segundo coordenadorias regionais de saúde. Há um 
padrão geográfico para a distribuição da doença? 
Qual é? 
 
Maior prevalência de tuberculose na região 
metropolitana de porto alegre e nas regiões de 
latifúndio no oeste do estado 
Possivelmente existe relação com elevadas taxas de 
tuberculose em regiões de grandes propriedades em 
função das desigualdades de renda existentes nesses 
locais 
Por este gráfico de distribuição espacial, não é 
possível estabelecer esta hipótese, pois, em outras 
regiões do estado como no Nordeste (alto Uruguai) e 
norte, as notificações são baixas e são igualmente 
agrícolas. 
Neste caso, a maior taxa de notificações sugere maior 
estrutura do sistema de saúde e o contrário onde as 
notificações são baixas. Os dados só fazem sentido 
conhecendo a realidade do local (espaço) 
 
Epidemiologia | Camyla Duarte 
 
4 
 
Processo Epidêmico 
Uma determinada doença, em relação a uma 
população, que afete ou que possa vir a afetar, pode 
ser caracterizada como: 
o Presente em nível endêmico 
o Presente em nível epidêmico 
o Presente em casos esporádicos 
o Inexistente 
Epidemia 
Alteração espacial e cronologicamente delimitada do 
estado saúde-doença de uma população, 
caracterizada por uma elevação progressivamente 
crescente, inesperada e descontrolada do coeficiente 
de incidência de uma determinada doença, 
ultrapassando e reiterando valores acima do limiar 
epidêmico pré-estabelecido. 
Uma epidemia irá acontecer quando existir a 
ocorrência de surtos em várias regiões. 
A epidemia a nível municipal é aquela que ocorre 
quando diversos bairros apresentam certa doença, a 
nível estadual ocorre quando diversas cidades 
registram casos e a nível nacional, quando a doença 
ocorre em diferentes regiões do país. 
Desde 1968 – nenhum caso de peste bubônica no 
estado de SP 
Se aparecer 1 caso em SP – epidemia 
Na BA – 10 casos esperados por ano 
 
Tipos de epidemia 
Podem se misturar em mais de uma doença 
Explosiva – propaga-se rapidamente, atinge incidência 
máxima em curto espaço de tempo (gripe, catapora, 
intoxicação alimentar) 
Propagada – transmissãodireta, pessoa a pessoa, 
hospedeiro a hospedeiro (sarampo, rubéola, 
catapora) 
Fonte comum – contato comum, entra em contato 
uma única vez e o estrago é grande (1 criança doente 
no meio de outras sadias, ar condicionado – 
legionella) 
Fonte persistente – fossa contaminada, enquanto não 
acha a fonte, não se acaba 
Abrangência das epidemias 
Surto epidêmico – ocorrência epidêmica restrita a um 
espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, 
edifício, creche, entre outros. 
Acontece quando há um aumento inesperado do 
número de casos de determinada doença em uma 
região específica. Em algumas cidades, a dengue, por 
exemplo, é tratada como um surto e não como uma 
epidemia, pois acontece em regiões específicas (como 
um bairro). 
 
Pandemia – ocorrência epidêmica de larga 
distribuição espacial atingindo várias nações. Ocorre 
em vários países num mesmo tempo. 
A pandemia, em uma escala de gravidade, é o pior dos 
cenários. 
Ela acontece quando uma epidemia se estende a 
níveis mundiais, ou seja, se espalha por diversas 
regiões do planeta. 
Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de uma 
epidemia para uma pandemia quando a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) começou a registrar casos 
Epidemiologia | Camyla Duarte 
 
5 
 
nos seis continentes do mundo. E em 11 de março de 
2020 o COVID19 também passou de epidemia para 
uma pandemia. 
 
Endemia 
Ocorrência coletiva de uma determinada doença que, 
no decorrer de um longo período histórico, acomete 
sistematicamente grupos humanos distribuídos em 
espaços delimitados e caracterizados, mantêm sua 
incidência constante. 
A endemia não está relacionada a uma questão 
quantitativa. É uma doença que se manifesta com 
frequência e somente em determinada região, de 
causa local. 
o Ex.: doença habitualmente presente: 
esquistossomose na Bahia, febre amarela na 
região norte do país 
 
Atividade 7. As epidemias possuem características 
próprias, que dependem de sua origem. O gráfico a 
seguir representa o número de casos relatados numa 
determinada região, em função do tempo, de dois 
tipos de epidemia, A e B. 
 
Uma das curvas corresponde a uma epidemia de 
cólera, num local em que há uma fonte comum de 
água contaminada. A outra curva representa a 
transmissão de gripe, uma doença que é transmitida 
de um hospedeiro ao outro. O gráfico mostra também 
que, nos dois casos, as epidemias foram controladas. 
Indique qual curva corresponde à epidemia de cólera 
e qual curva corresponde à da gripe. Justifique sua 
resposta. 
A- Cólera. Como a cólera é transmitida pela agua 
os casos acontecem mais ou menos no 
mesmo tempo. O período de incubação da 
bactéria causadora da cólera, tempo que leva 
para provocar os primeiros sintomas no 
organismo, varia de algumas horas a 5 dias 
após a infecção. Na maioria dos casos, esse 
período é de 2 a 3 dias. Transmissão por fonte 
comum – contaminação em momento 
semelhante. 
 
B- Gripe. Causada por um vírus, os sintomas 
iniciam em media 5 dias após contaminação. 
Transmissão de um hospedeiro ao outro- 
intervalos maiores

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