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1 CHUVA DE LÁGRIMAS O avião sofreu algumas turbulências na viagem para Knoxville, no Mississipi. Este é o segundo Estado norte-americano onde se desenrolaram as maiores batalhas da Guerra de Secessão, sob o governo de Abraham Lincoln, no final do século XIX, depois do Estado da Virgínia. O tempo estava chuvoso. Fomos para o saguão do Aeroporto, onde havia uma exposição com as fotos dos soldados que combateram na Guerra Civil. A face dos homens que deram a vida pelo seu país, estavam estampadas com os seus nomes para que todos que passassem por lá reconhecessem o seu valor e heroísmo. Pegamos o táxi sob a densa chuva e seguimos em direção ao hotel, onde teria um dos grandes privilégios da minha vida. Nós estávamos prestes a participar de um café da manhã com um dos maiores evangelistas da História. O homem que tem levado mais de 80 milhões de pessoas a Cristo. O café estava maravilhoso, mais foi incomparável com o que se seguiu naquele lugar. Lá estava, bem diante de nós, um grande general da fé, cuja face e nome estará estampado na galeria do Céu, pelas grandes batalhas que tem vencido na pregação do Evangelho em todo mundo, e em especial na África. Reinhard Bonnke tem levado mais gente à decisão pela salvação por Jesus Cristo, do que qualquer outro pregador na História da Igreja. O número de decididos chega a 1,8 milhão de pessoas por Cruzada Evangelística. Milhões de africanos têm se rendido ao Senhor. Esta é, sem dúvida alguma, a maior colheita de almas de todos os tempos. Este homem de Deus, profundamente envolvido na salvação dos perdidos, compartilhou conosco, naquela manhã, como ele ousou pedir 1 milhão de almas ao Senhor, e como o Senhor o tem usado para que isso se torne realidade no campo missionário. Conforme ele falava, nossos corações eram incendiados pelo fogo de Deus. Chuvas de lágrimas inundaram o lugar. Creio que as lágrimas dos filhos de Deus, que brotam em compaixão pelas almas, são as gotas do grande avivamento que está chegando. Bonnke parou um instante, e logo após, olhou atentamente para cada um que estava naquele recinto; e falou da grande visão de David Livingstone, o grande pioneiro da obra missionária no imenso continente africano. Lembrou como este homem deu a sua vida nas trincheiras do campo missionário. E mais: que quando os sonhos de um homem se tornam os sonhos de Deus, milhões são alcançados e salvos. Livingstone arou a terra, e Bonnke tem lançado a santa semente e feito a colheita. O Coração de Livingstone David Livingstone era escocês (1813-1873). Ele era um homem de um grande coração. Livingstone sempre contava a sua história de forma bastante modesta e despretensiosa. Este homem, que marcou para sempre a História da África e das Missões Modernas, vem de uma família de montanheses pobres. Quando estava para morrer, seu pai chamou os filhos e lhes disse: “Na minha vida procurei cuidadosamente por todas as tradições que consegui encontrar de nossa família, e nunca descobri um homem desonesto entre nossos antepassados; então, se vocês, ou qualquer um de seus filhos seguirem caminhos desonestos, não será por causa do que corre em suas veias, pois isso não pertence a vocês; deixo-lhes esse preceito: sejam honestos”. Samuel Smiles conta em seu livro Ajude-se, que aos 10 anos de idade, Livingstone foi trabalhar em uma fábrica de algodão perto de Glasgow como “remendão”. Já nesta época ele demonstrou amor pelos estudos. “Com parte do seu salário da primeira semana, comprou um livro de gramática latina e começou a aprender o idioma, estudando durante anos em uma escola noturna. Ele ficava acordado decorando suas lições até meia-noite ou mais, quando sua mãe pedia para que dormisse, pois tinha de acordar para trabalhar na fábrica todo os dias às 6h da manhã. Dessa maneira, estudou Virgílio e Horácio, bem como leu todos os livros, exceto romances, que conseguia pegar, mais especificamente trabalhos científicos e livros de viagem. Ele ocupava suas horas vagas, que eram poucas, com a botânica, explorando a vizinhança para coletar plantas. Além disso, lia até em meio ao barulho das máquinas da fábrica, colocando o livro em cima da máquina de fiar hidráulica, na qual trabalhava de modo a conseguir ler sentença após sentença ao trabalhar. Dessa maneira, o jovem perseverante adquiriu muito conhecimento útil”. Qualificado para a obra À medida que crescia, o desejo de se tornar um missionário tomava conta do seu coração. Com esse objetivo, passou a estudar Medicina para estar mais bem qualificado para o trabalho. Assim, economizou seus ganhos e guardou todo dinheiro que conseguia para se manter enquanto tinha aulas de Medicina e de Grego, bem como “leituras divinas”, em Glasgow, durante muitos invernos, trabalhando como fiador de algodão durante o restante do ano. Desse modo, conseguiu se sustentar, durante toda a sua carreira universitária, por meio de seus ganhos como trabalhador de fábrica, nunca tendo recebido uma moeda de ajuda de qualquer outra fonte. “Olhando para trás, agora”, disse honestamente, “para toda aquela vida de trabalho, sinto-me agradecido que ela tenha sido uma parte tão material do meu ensino fundamental e, se fosse possível, eu começaria a vida novamente daquela mesma maneira humilde, passando pelo mesmo treinamento ousado”. Por fim, concluiu sua formação médica, escreveu sua tese em latim, passou nos exames e foi admitido como licenciado na Faculdade de Médicos e Cirurgiões. Primeiro, pensou em ir para a China, mas, com a guerra, mudou de ideia e, tendo oferecido seus serviços à Sociedade Missionária de Londres, foi enviado à África, onde chegou em 1840. Ele tinha a intenção de ir para a China por meio de seus próprios esforços e disse que a única angústia que tinha em ir para a África, custeado pela Sociedade Missionária de Londres, era que: “Não era tão agradável para quem estava acostumado a trabalhar se tornar, de certa forma, dependente dos outros”. As pessoas de sucesso são, normalmente, aquelas que fazem um pouquinho mais, além, do que a média faz. H. Mabie afirmou: “A questão que todos precisam responder não é o que fariam caso tivessem os meios, o tempo, a influência e o treinamento necessários, mas o que farão com o que já possuem”. O poeta William Arthur sugeriu que a chave do sucesso é: “Acreditar enquanto outros duvidam; planejar enquanto outros se divertem; estudar enquanto outros dormem; decidir enquanto outros protelam; começar enquanto outros adiam; trabalhar enquanto os outros desejam; poupar enquanto outros gastam; sorrir enquanto outros olham feio; elogiar enquanto outros criticam e persistir enquanto outros desistem”. O lendário pesquisador Jacques-Yves Cousteau disse, certa vez: “Se, por qualquer razão, uma pessoa tem a oportunidade de levar uma vida extraordinária, ela não tem o direito de guardá-la para si”. Joe Frazier disse: “Pode-se elaborar um plano de ação ou um plano de vida, mas quando o embate começa, você fica por conta de seus reflexos. É aí que sua estrada aparece. Se você trapaceou na penumbra da manhã, vai ser descoberto agora, na luz do dia”. A Superação de obstáculos David Livingstone tinha o seu coração enfocado em missões. Ele disse, certa vez: “Deus teve apenas um Filho e fez Dele um missionário e médico. ” Por sonhar os sonhos de Deus, ele superou todos os obstáculos até conquistá-los, a qualquer preço. Assim que David Livingstone chegou à África, começou a trabalhar com muito entusiasmo. Não conseguia suportar a ideia de depender do trabalho dos outros; então, seguiu um grande ramo de trabalho independente, preparando-se para ele por meio da realização de trabalhos manuais na construção e no artesanato, além de dar aulas, que: “geralmente o deixavam tão exausto e inepto para o estudo noturno como na época em que era fiador de algodão”. Enquanto trabalhava entre os tswanas, cavou canais, construiu casas, cultivou campos, cuidou de bois e ensinou os nativos a trabalharem ea cultuarem. Há alguns anos, uma equipe de cineastas decidiu produzir um filme sobre a vida do grande missionário David Livingstone. No entanto, ao preparar o roteiro, enfrentaram um dilema. A vida daquele homem de Deus simplesmente não fazia nenhum sentido para eles. Eles não conseguiam compreender como um médico culto e famoso pudera deixar todo o prestígio e conforto, de que desfrutava na Inglaterra, para consagrar-se a um serviço duro, perigoso e aparentemente infrutífero no coração da África. Os motivos que geralmente impelem os homens à aventura -- fama, dinheiro, glória -- não se aplicavam ao seu caso. Confusos, procuraram saber das motivações que o levaram a viver e morrer na selva. A resposta que receberam foi que o seu amor a uma causa eterna o inspirou e o manteve fiel à sua missão. O Segredo do sucesso na obra missionária e do Avivamento O sucesso de David Livingstone na obra missionária não está ligado ao seu trabalho, e nem à sua dedicação ao campo missionário. Mas a sua paixão à Presença. Primeiro, ele amava a sua Bíblia. Conta-se que quando o famoso missionário Dr. David Livingstone começou a sua caminhada por toda a África, tinha 73 livros em 3 pacotes, pesando 180 libras. Depois de percorrer 300 milhas, Livingstone foi obrigado a livrar-se de alguns dos livros, por causa da fadiga causada pelo peso da bagagem. Conforme prosseguia em sua jornada, sua biblioteca diminuía cada vez mais, até que lhe restou apenas um livro: a Bíblia. Em segundo lugar, ele amava a oração. Quando David Livingstone morreu ele estava de joelhos. Foram as suas orações que mudaram a História dos povos que ele alcançou através da obra missionária. Suas lágrimas derramadas na Presença, em solo africano, regaram a terra daquele continente e fez brotar a preciosa semente da Palavra de Deus. Wesley Duewel diz em seu livro Em Chamas Para Deus, que: “O Dr. R. W. Dale, de Birmingham, Inglaterra, colaborador de Moody enquanto fazia campanha nas Ilhas Britânicas, disse que Moody jamais falou da possibilidade de alguém estar perdido sem lágrimas na voz: “Ele passava da denúncia violenta do pecado a um constrangimento silencioso, triste, lacrimoso, quebrantado”. Oswald J. Smith escreveu em seu Diário : “Preciso experimentar o poder de Deus qualquer que seja o custo. Oh, que Ele me quebrantasse e me fizesse chorar pela salvação das almas!”. Taylor Coleridge descreveu os sermões do conhecido pregador Jeremy Taylor como um: “Fantasma de mármore”. “Havia algo de etéreo,” comenta Lloyd-Jones: “não muito real, e frio acerca deles. Este é o resultado de se dar ênfase ao estilo, ao caráter ornamental do sermão, e à linguagem e dicção, e não à verdade.” Foi escrito sobre John Welch, genro de John Knox, que ele: “Com frequência, nas noites frias de inverno, era encontrado chorando no chão, lutando com o Senhor a favor do seu povo”. Jonathan Edwards conheceu a profunda angústia de alma que acrescentava lágrimas aos seus períodos de oração. Finney, em suas memórias, menciona repetidamente ter orado com lágrimas. As lágrimas derramadas na Presença são as gotas da chuva do avivamento. Um Homem com um coração de servo David Livingstone declara: “Prefiro estar no coração da África, fazendo a vontade de Deus, a ascender ao trono da Inglaterra, sendo a ele desobediente.” Ele recebeu uma carta de certa Sociedade Missionária, perguntando se havia boas estradas para o interior da África. “É que queremos mandar outros missionários para ajudá-lo”, escreviam. A resposta veio prontamente: “Se há pessoas prontas para vir somente se houver estradas boas, não quero que venham. Eu quero homens que venham, mesmo que não haja nenhuma estrada...”. O Poder de uma oferta Quando jovem, Livingstone pediu: “Senhor, envia-me a qualquer parte, mas vai comigo. Coloca qualquer peso sobre mim, mas dá-me apoio. Corte quaisquer amarras, menos as amarras que me prendem ao Teu serviço e ao Teu coração”. Após chegar à África, uma senhora escocesa, que havia economizado trinta libras, deu-as ao missionário com estas palavras: “Quero que o senhor se poupe de fadigas e exposições desnecessárias, contratando com este dinheiro um servo que lhe proteja o corpo, que o acompanhe para onde o senhor for e partilhe de seus sacrifícios e perigos”. Com esse dinheiro, Livingstone contratou Sebantino, servo muito fiel. No coração da África, um leão atacou o missionário e esmagou-lhe os ossos do braço esquerdo. Contudo, Sebantino salvou Livingstone, colocando em risco a própria vida. O que teria acontecido se a oferta não tivesse sido feita? Vivendo na Presença Livingstone passava tempo a sós em oração na Presença, por isso ele refletia a glória de Deus em sua vida. Ele vivia na Presença. Em 1871, um jornal de Nova York enviou Henry Stanley para a África em busca do missionário David Livingstone, que já estava há muito tempo na mata. Depois de muita dificuldade, o jornalista encontrou o missionário no centro da África, onde passou quatro meses com ele. Quando Stanley foi para lá, ele era um ateu convicto. Com a influência, gentileza, autenticidade, bondade e zelo de Livingstone, ele foi ganho para Cristo. Ao tornar-se cristão, Stanley disse: “Eu fui convertido por ele, embora ele não tenha, sequer, tentado me converter”. Um coração missionário Quando Livingstone morreu, 56 nativos, que tinham lhe acompanhado em viagens através do Continente tomaram-lhe o corpo e tiraram-lhe o coração, enterrando-o sob uma árvore, pois diziam: “Seu coração pertence à África, porque ele a amava”. Depois carregaram o corpo com tudo quanto lhe pertencia por mais de 1600 quilômetros, através dos desertos, enfrentando toda a sorte de perigos, combatendo tribos hostis, e o depositaram, com cada objeto que lhe pertencia, num porto. Seu coração foi sepultado ali, à sombra daquela árvore, no coração da África, porque ele falava a língua da humanidade, o idioma do Amor. No último dia de sua vida, ele escreveu em seu Diário: “Meu Jesus, meu rei, minha vida, meu tudo, novamente dedico a Ti toda a minha vida”. Quando Henry Stanley encontrou David Livingstone, ele já tinha passado 30 anos na parte mais escura da África e tinha sido perdido para o mundo há mais de 2 anos. Ele insistiu para que Livingstone voltasse à sua casa, na Inglaterra, em sua companhia, mas ele se recusou. Dois dias depois, ele escreveu em seu Diário: “19 de março de meu aniversário. Meu Jesus, meu Rei, minha vida, meu tudo, volto a dedicar tudo o que tenho que é ser seu. Aceite-me e concede-me que, antes de o ano terminar, possa terminar o meu trabalho. Isso eu peço em nome de Jesus. Amém”. “Um ano mais tarde, seu servo encontrou-o morto, de joelhos” (Em: A Maturidade, no 3, 1978). 2 A INVASÃO DA PRESENÇA A Presença invadiu a China através de Hudson Taylor, um homem apaixonado pelo Senhor. Ele aprendeu amar a Presença com o seu pai, Tiago Taylor. O seu pai não somente orava fervorosamente por seus cinco filhos, assim como os ensinou a pedirem detalhadamente a Deus todas as coisas. Ajoelhados, diariamente, ao lado da cama, o pai colocava o braço ao redor de cada um enquanto orava insistentemente por eles. Desejava que cada membro da família passasse, também, ao menos meia hora, todos os dias, perante Deus, renovando a alma por meio de oração e o estudo das Escrituras. A porta fechada do quarto da sua mãe, diariamente ao meio-dia, apesar das suas constantes e inumeráveis obrigações, tinha também grande influência sobre todos, pois sabiam que ela, assim, se prostrava perante Deus para renovar suas forças e para que o próximo se sentisse atraído ao Amigo invisível que habitava nela. Não é de admirar, portanto, que, ao crescer, Hudson se consagrasse inteiramente a Deus. O grande segredo do seu incrível êxito é que em tudo recorria a Deus e recebia dos tesouros submersos na Presença. Diário da Presença Segue algumas anotaçõesdos seus diários e cartas: - “Assim, enquanto a minha querida mãe, no seu quarto, de joelhos, estava louvando a Deus, eu também louvava a Deus na biblioteca de meu pai, onde entrara para ler o livrinho.” -“Lembro-me bem da ocasião, quando, com gozo no coração, derramei a alma perante Deus, repentinamente, confessando-me grato e cheio de amor porque Ele tinha feito tudo - salvando-me quando eu não tinha mais esperança, nem queria a salvação. Supliquei-Lhe que me concedesse uma obra para fazer, como expressão do meu amor e gratidão, algo que envolvesse abnegação, fosse o que fosse; algo para agradar a quem fizera tanto para mim. Lembro-me de como, sem reserva, consagrei tudo, colocando a minha própria pessoa, a minha vida, os amigos, tudo sobre o altar. Com a certeza de que a oferta fora aceita, a Presença de Deus se tornou verdadeiramente real e preciosa. Prostrei-me em terra perante Ele, humilhado e cheio de indizível gozo. Para qual serviço seria aceito, eu não sabia. Mas fui possuído de uma certeza tão profunda de não pertencer mais a mim mesmo, que esse entendimento, depois, dominou toda a minha vida”. -“Nunca me esquecerei do que senti então; não há palavras para descrever. Senti-me na Presença de Deus, entrando numa aliança com o Todo-Poderoso. Pareceu-me que ouvi enunciadas as palavras: ‘Tua oração é ouvida; todas condições são aceitas.’ Desde então nunca duvidei da convicção de que Deus me chamava a trabalhar na China.” - “Imaginem, centenas de milhões de almas sem Deus, sem esperança, na China! Parece incrível; milhões de pessoas morrem dentro de um ano sem qualquer conforto do Evangelho! ... Quase ninguém dá importância à China, onde habita cerca da quarta parte da raça humana... Ora por mim, querida Amélia, pedindo ao Senhor que me dê mais da mente de Cristo... Eu oro no armazém, na estrebaria, em qualquer canto onde posso estar sozinho com Deus. E Ele me concede tempos gloriosos... Não é justo esperar que você... (a noiva de Hudson) vá comigo para morrer no estrangeiro. Sinto profundamente deixá-la, mas meu Pai sabe qual é a melhor coisa e não me negará coisa alguma que seja boa...” A Invasão da China pela Presença Durante os primeiros três meses na China, distribuiu 1.800 Novos Testamentos e Evangelhos e mais de 2 mil livros. Durante o ano de 1855, fez oito viagens - uma de 300 quilômetros, subindo o rio Yangtzé. Em outra viagem visitou cinquenta e uma cidades onde nunca antes se ouvira a mensagem do Evangelho. Nessas viagens foi sempre prevenido do perigo que corria a sua vida entre um povo que nunca tinha visto estrangeiros. Hudson passou a viver como os chineses para alcançá- los para Cristo. Ele adotou o hábito de vestir-se como os chineses. Rapou a cabeça na frente, deixando o resto dos cabelos a formar uma trança comprida. A calça, que tinha mais de meio metro de folga, ele a segurava conforme o costume, com um cinto. As meias eram de chita branca, o calçado de cetim. O manto pendendo dos ombros, sobressaía-lhe a ponta dos dedos das mãos mais que setenta centímetros. Taylor fazia inúmeras incursões de jejum e oração com os missionários. Juntos, eles iniciaram o ano de 1867 com um dia de jejum e oração, pedindo, como Jabez, que Deus os abençoasse muitíssimo e estendesse os seus termos. O Senhor os ouviu dando-lhes entrada, durante o ano, em outras tantas cidades! Encerraram o ano com outro dia de jejum e oração. Um culto durou das 11h da manhã às 15h da tarde, sem ninguém se sentir enfadado. Outro culto se realizou às 8h30 da noite, quando sentiram ainda mais a unção do Espírito Santo. Continuaram juntos em oração até a meia-noite, quando celebraram a Ceia do Senhor. Uma Vida na Presença Acerca de Hudson Taylor, nesse tempo, certa pessoa amiga, escreveu: “O senhor Taylor anunciou um hino, sentou-se ao harmônio e tocou. Não fui atraído por sua personalidade. Era de um físico franzino e falou com voz mansa. Como os demais jovens, eu julgava que uma grande voz sempre acompanhava um verdadeiro prestígio. Mas, quando ele disse: ‘Oremos’ e nos dirigiu em oração, mudei de parecer; eu nunca ouvira alguém orar como ele. Havia na sua oração uma ousadia, um poder que fez todas as pessoas presentes se humilharem e sentirem-se na Presença de Deus. Falava face a face com Deus, tal como um homem fala com um amigo. Sem dúvida, tal oração era o fruto de longa permanência com o Senhor; era como o orvalho descendo dos Céus. Tenho ouvido muitos homens orarem, mas não ouvi ninguém como o sr. Taylor e o sr. Spurgeon. Ninguém, depois de ouvir como esses homens oravam, pode esquecer-se de tais orações. Foi a maior experiência da minha vida ouvir o sr. Spurgeon, quando tomou, como se fosse a mão do auditório de 6 mil pessoas e as levou ao Santo dos Santos. E ouvir o sr. Taylor rogar pela China era reconhecer algo do que significa a súplica fervorosa do justo.” Certo missionário assim escreveu acerca de uma visita que lhe fez na China: “Nunca me esquecerei do gozo e da amável maneira com que me saudou. Conduziu-me logo para o ‘escritório’ da Missão do Interior da China. Devo dizer que foi para mim uma surpresa, ou choque, ou ambas as coisas. Os ‘móveis’ eram caixotes. Uma mesa estava coberta de inúmeros papéis e cartas. Ao lado do lume havia uma cama, bem arrumada, tendo um pedaço de tapete a servir de cobertor. Nessa cama o senhor Taylor descansava de dia e de noite. “O senhor Taylor, sem qualquer palavra de desculpa, deitou-se na cama e travamos a palestra mais preciosa da minha vida. Toda a ideia que eu tinha das qualificações para ser um ‘grande homem’ foi completamente mudada; não havia nele coisa alguma do espírito de superioridade. Vi nele o ideal de Cristo, da verdadeira grandeza, tão evidente que permanece ainda no meu coração, através dos anos, até o presente momento. Hudson Taylor reconhecia profundamente que, para evangelizar os milhões da China, era imperioso que os crentes na Inglaterra mostrassem muito mais de abnegação e sacrifício”. “Mas como podia ele insistir em sacrifício sem primeiramente praticá-lo na sua própria vida? Assim ele, deliberadamente, cortou da sua vida toda a aparência de conforto e luxo”. “Nas viagens pelo interior da China, ele, invariavelmente, se levantava para passar uma hora com Deus antes de clarear o dia, às vezes, para depois dormir novamente. Quando eu despertava para alimentar os animais, sempre o achava lendo a Bíblia à luz de vela. Fosse qual fosse o ambiente ou o barulho nas hospedarias imundas, não descuidava do hábito de ler a Bíblia. Geralmente em tais viagens, orava de bruços, porque lhe faltavam as forças para permanecer tanto tempo de joelhos. Um homem da Presença O ex ateu, C. S. Lewis, escritor das Crônicas de Nárnia, passou por uma revolução interior de joelhos em seu quarto, ao ter uma profunda experiência com a Presença de Deus. Ele explica que você não pode dizer que conhece o Oceano Atlântico só porque tem um mapa nas mãos. Se deseja conhecer pessoalmente o Atlântico, você “não chegará a lugar algum se ficar examinando os mapas sem fazer-se ao mar”. É preciso ir além da informação que você tem em mãos. Um mapa é um guia. Em nosso relacionamento com Deus ocorre a mesma coisa. Bíblia é o mapa das águas da Presença. Ela é o guia. Mas, se você não mergulhar neste oceano, você nunca saberá como ele é realmente, de fato. Por outro lado, Lewis segue dizendo que, “se você fizer o mar sem um mapa, não estará seguro”. Em seu livro Peso de Glória, Lewis declara que “somos criaturas divididas, correndo atrás de ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo seus bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia. Contentamo-nos com muito pouco”. Lewis declara que “o caminho mais longo é o mais curto para chegar em casa”, isto é, para a Presença. C. H. Spurgeon declarou: “Devemos ter por normajamais ver a face dos homens antes de vermos a face de Deus... Quem sai correndo da cama para as ocupações, sem primeiro passar tempo com Deus, é tão insensato quanto seria se não se lavasse, nem se vestisse; é tão imprudente quanto o soldado que se lança na batalha sem armas nem armadura.” “Durante mais de quarenta anos, o sol nunca se levantou na China sem me encontrar de joelhos, em oração”, disse Hudson Taylor. Hudson Taylor disse: “A imitação da vida de Cristo leva à reconstrução de toda a nossa maneira de ser e fazer.” Antes da tomada daquele país pelos comunistas, Taylor deixou plantado, em solo chinês, mais de 250 pontos missionários e mais de 800 missionários ingleses. Níveis ainda mais profundos Quando fazemos algo que nunca fizemos, alcançaremos resultados que nunca tivemos. Quanto mais profundo formos na Presença, mais o Senhor agirá a nosso favor. Edith Schaeffer, filha de missionários, conta a história do Dr. Hoste, o sucessor de Hudson Taylor como diretor da Missão para o Interior da China. Ele orava todos os dias durante quatro horas. Ele considerava essa tarefa a sua principal responsabilidade na qualidade de líder da missão e mencionava o nome de cada missionário e de cada um de seus filhos. Passados poucos anos, porém, o Presidente Mao-Tsé-Tung expulsaria 7 mil missionários da China, incluindo aqueles por quem Hoste orava. Eles se mudaram para outros lugares, como as Ilhas Filipinas, Hong Kong e Singapura, consternados com o que poderia acontecer com a frágil igreja daquele país, agora destituída de ajuda externa. Quando tudo parecia que estava perdido, porém, na ausência deles, irrompeu o maior reavivamento da História sob um regime ditatorial que proibia a pregação do Evangelho de Cristo. O que aconteceu na China, e o que está acontecendo agora, ultrapassa todos os sonhos dos missionários da década de 1950. Hoje, a maior Igreja do mundo se encontra na China. “Se você quer ver Deus sorrir, conte-Lhe os seus planos”, diz um velho ditado. Ele cuidará dos detalhes e agirá nos bastidores (Jo 8.5-7). 3 UMA VIDA RENDIDA INCONDICIONALMENTE Hernandes Dias Lopes fala em seu livro Derramamento do Espírito sobre o impulso que o avivamento dá à obra de Deus: “Que torrentes abundantes Deus derramou nas selvas americanas, sobre os índios peles-vermelhas, em resposta às orações fervorosas e angustiadas de David Brainerd! Ah! Como explicar o despertamento dos pietistas, com Spener, e o tremendo derramamento do Espírito entre os morávios, que iniciou com Ludwig Von Zinzendorf e desaguou num poderoso movimento de oração e missões que abalou o mundo todo? ” Hernandes Dias segue, falando eloquentemente: “Ah! Que coisas maravilhosas o Senhor realizou no século XIX: o ministério ungido de George Müller, em Bristol, na Inglaterra, abrindo orfanatos; as peregrinações missionárias de Hudson Taylor, no interior da China, levando cura para o corpo e para a alma de milhares de chineses; o extraordinário trabalho de conquista de almas realizado por John Hyde, na Índia; por Alexandre Duff, na Índia, e tantos outros gigantes de Deus! ” Ele conclui sua lista dos feitos do Senhor através dos homens de Deus, dizendo: “Oh! Que maravilhas Deus operou na vida e no ministério de Charles Grandison Finney e Dwight Moody, nos Estados Unidos! Que gloriosa obra na vida de Robert McCheyne, na Escócia! Neste século, houve também grandes derramamentos do Espírito. No ano de 1904, o Senhor derramou copioso avivamento no País de Gales, usando a vida de Evan Roberts. Na mesma época, Deus fendeu os Céus e derramou chuvas abundantes do seu Espírito em Xangai, na China, usando Jonathan Gofforth. Em 1946, houve um extraordinário avivamento nas ilhas Novas Hébridas, quando o Espírito Santo caiu poderosamente sobre a vida de Duncan Campbell”. No meio desta galeria de conquistadores do céu, Hernandes Dias faz referência a Charles Studd, e o alcance da sua obra na China, Índia e África. E, no seu livro Pentecostes, o Fogo que Nunca se Apaga, ele diz: “Quando perguntaram a Charles Studd, que deixou a Inglaterra e abriu mão da sua fama e riqueza para ser missionário na China, Índia e África, o porquê de tanto sacrifício, ele respondeu: ‘Se Jesus Cristo é Deus e deu a Sua vida por mim, então não há sacrifício tão grande que eu não possa fazer por amor a Ele’.” Studd afirmou certa ocasião que: “O chamado de Cristo é para alimentar os famintos - não os que estão fartos; salvar os perdidos - não os obstinados; chamar os pecadores - não os escarnecedores ao arrependimento” Uma Vida consagrada a Deus William James declarou: “A maior utilidade da vida é usá-la em prol de algo que sobreviva a ela”. Studd era inglês (1860-1931). Ele foi considerado um dos maiores desportistas do final do século dezenove. Milionário, ele herdara da família a importância de 29 mil libras esterlinas, uma fortuna naquela época. Determinado a investir na obra de Deus, enviou cinco mil libras esterlinas para o missionário Hudson Taylor, que se tornou uma lenda ao ser o primeiro a levar a Palavra ao interior da China; outras cinco mil libras foram destinadas para William Booth, fundador do Exército da Salvação; cinco mil para D. L. Moody, para que ele iniciasse o estabelecimento do Instituto Bíblico Moody. C. T. Studd chegou a afirmar: “Deus pode fazer pouco com os que amam suas vidas ou reputações”. Studd doou ainda outras importâncias, sobrando-lhe apenas 3.400 libras, que, ele deu à esposa, no dia do seu casamento. “Há sempre o perigo de o casamento tirar o gume afiado da paixão por Jesus e pelas almas”, disse Studd. Ele tinha a certeza de que o Senhor era o dono de todas as coisas. Essa demonstração de entrega total foi apenas o começo. Todavia, foi o suficiente para que o Senhor desse a Charles um novo rumo. Ele viajou para a China, onde trabalhou como missionário. Posteriormente, foi para a Índia e para o continente africano. Como resultado de seus esforços, foi fundada, um pouco antes de sua morte, a Cruzada de Evangelização Mundial, que hoje conta com mais de 1 mil missionários em todo o mundo. A mensagem deixada por Studd foi simples: “Enquanto a maioria investe em bens materiais, outros investem no Reino de Deus”. “O maior prêmio que a vida oferece é a chance de trabalhar intensamente em algo que valha a pena”, declarou Theodore Roosevelt. Investindo na eternidade Jim Elliot disse: “Não é tolo quem dá o que não pode manter para ganhar o que não pode perder”. Zig Ziglar fala de um exemplo similar ao de Studd. Ele relata que: “Em 1996, Bill Bright recebeu o maior prêmio em dólares concedido em todo o mundo anualmente, o Templeton Prize. Ele doou aquele dinheiro para treinar cristãos sobre os benefícios do jejum e da oração, e para cumprir a Grande Comissão”. David Jeremiah salienta que Bright: “Investiu 50 mil dólares, aproximadamente toda a sua modesta conta reservada para a aposentadoria, para iniciar um centro de treinamento em Moscou. Todos os royalties que recebia pela venda dos seus inúmeros livros eram doados para a Cruzada; ele não aceitava pagamento pelas palestras que proferia e não tinha nenhuma poupança”. Os Bright viviam uma vida simples. Foi Bill Bright quem escreveu um pequeno livro intitulado As Quatro Leis Espirituais. Ziglar relata que: “Até hoje, este livreto já foi publicado em todos os principais idiomas do mundo e distribuído a mais de 2,5 bilhões de pessoas em 228 países, traduzido em mais de 900 idiomas diferentes. Um sucesso de tal magnitude só é possível com a ajuda de Deus”. A equipe chegou a 26 mil funcionários e 225 mil voluntários treinados, servindo a pessoas em 191 países. Studd dizia: “A suspeita subtrai, a fé adiciona, mas o amor multiplica. Ele abençoa duplamente: aquele que o dá e aqueleque o recebe”. Um Coração quebrantado No livro O Melhor de Deus para a sua Vida, Hernandes Dias Lopes coloca que: “Os grandes homens de Deus, aqueles que influenciaram o mundo com o que realizaram, eram, sem exceção, homens de oração. Seguiram essa prática os pais da igreja, como Policarpo, Irineu e Agostinho; os pré-reformadores, como Savonarola, João Wycliffe e John Huss; os reformadores Lutero, Calvino, John Knox. Os puritanos, que atingiram a culminância da piedade e da intelectualidade teológica, como John Owen e Richard Baxter, que também foram intrépidos na oração. Todos os avivalistas, como John Wesley, George Whitefield, Jonathan Edwards, Charles Finney, Dwight L. Moody, R. A. Torrey e Evan Roberts, foram exemplos de vidas abundantes de oração. Nessa mesma linha ainda temos os grandes missionários William Carey, Hudson Taylor, David Brainerd, David Livingstone, Charles Studd, John Hyde, Adoniram Judson e tantos outros”. C. T. Studd também está entre estes homens. Ele era um homem da Presença. Ele encontrou o verdadeiro tesouro que se encontra escondido nas águas profundas. Isaías 45:3 declara: “Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome”. Existem riquezas extraordinárias encobertas nas profundezas dos rios de Deus! São coisas cujos valores são imensuráveis. E jamais conseguiríamos listar todas estas preciosidades, pois são incontáveis. Porém, certamente encontraremos nesta lista níveis inimagináveis de paz, alegria, força, coragem, cura física e emocional, prosperidade, sabedoria, estratégias, segurança, realização, transformação, revelação dos segredos do coração Dele, a dimensão do Seu amor por nós e muito mais. Isso significa entrar verdadeiramente na dimensão da vida abundante que Jesus prometeu. Mas, acima de todas essas pérolas de grande valor, encontraremos o próprio Deus, e isso é tudo. Isso nos basta! Jeremias 29:13 declara: “E buscar-me- eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”. Adoniram Judson buscava retirar-se dos afazeres e das pessoas sete vezes por dia a fim de engajar-se no sagrado mistério da oração. Ele começava às 24h e de novo ao alvorecer; depois às 9h, às 12h, às 15h, às 18h e às 21h ele dava seu tempo à oração secreta. Vivendo pela fé Studd declarou: “Para termos aroma suave diante de Deus, precisamos ser quebrados e derramados, não somente ser recipientes de perfume suave”. Ele cria no poder da oração, a ponto de dizer que: “Cristo não deseja pessoas que se contentam com o possível, mas que agarram o impossível”. “A fé em Jesus ri das impossibilidades.” Na compreensão bíblica podemos andar sobre as águas (Mt 14.29), fazer um passeio turístico no meio do fogo (Dn 3.25), seguir em seco mar adentro (Ex 14.29); beber água da rocha (Ex 17.6), comer pão que cai do céu (Ex 16.4) ou churrasco de codornizes em pleno deserto (Ex 16.11); ver uma vara de amendoeira sem raízes, florescer e frutificar numa única noite (Nm 17.8); ver fogo cair do céu (1 Rs 18.38); ser servido por corvos (1 Rs 17.6); fazer refeições preparadas por anjos (1 Rs 19.5-6); dormir com leões famintos, e acordar como se tivesse passado a noite com cordeiros (Dn 6.22); alimentar cinco mil homens com cinco pães e dois peixinhos (Mt 14.19-20). Se todas estas coisas, incomuns à realidade secular, ocorrem na Bíblia, não deveriam ser também natural em nossas vidas? Pois bem, são estas coisas que se tornam reais em tempos de avivamento. Durante os avivamentos, chega o tempo da primavera do Altíssimo, pois até o deserto floresce, e a semente brota, porque a terra do coração dos homens se torna fértil. A maior riqueza Studd se converteu numa das cruzadas de D. L. Moody (Mt 28. 28-20). Studd declarou, certa vez: “Eu compreendi que a minha vida deveria ser simples – semelhante à fé de uma criança – e que a parte que me cabia era crer, e não fazer. Eu deveria confiar e Ele trabalharia em mim para que eu fizesse seu bom prazer. A partir desse entendimento, a minha vida passou a ser diferente”. Ele sempre dizia: “Há duas coisas para as quais não há esperança: salvação sem Cristo e salvação sem santidade”. A riqueza de Studd era o Senhor. O seu investimento era a oração. E, a adoração o protocolo da honra com o qual ele mergulhava nas águas profundas da Presença. Uma Vida extraordinária Em 16 de outubro de 1913 ele chegou ao território de Niágara, junto ao rio Welle, no próprio “coração” da África. E dizia: “O inferno é de fato terrível, a menos que a pregação a respeito dele seja unida a uma vida sacrificada da parte do pregador. Como pode alguém crer no inferno, se não arriscar sua vida para resgatar os outros do seu tormento?”. Deus abençoou grandemente os seus esforços para ganhar almas. Como resultado, no dia do seu funeral lá estavam, perto de sua sepultura, cerca de 50 missionários e 2 mil nativos, incluindo vários chefes tribais. Ele morreu na estação da missão e sua última palavra foi: “Aleluia!”. “Não deixe de celebrar meu funeral de maneira bíblica: espalhe aleluias por toda a parte. É o dia mais feliz do que o do casamento de alguém”, declarou C. T. Studd.” 4 A CHUVA DE AVIVAMENTO, A MULTIPLICAÇÃO E A PROVISÃO FINANCEIRA Cerca de 150 peixes “choveram” do céu durante uma tempestade tropical nas cercanias de Killarney Starion, no norte da Austrália, em fevereiro de 1974. Segundo a explicação, furacões geraram um efeito de tromba d’água, sugando água e peixe, carregando-os para grandes distâncias e depois deixando-os cair em algum outro lugar com a chuva. Imediatamente antes de um pôr-do-sol, em agosto de 1897, um imenso número de nuvens pequenas, encheu o céu em Macerata, Itália. Cerca de uma hora depois, as nuvens irromperam e pequenas sementes caíram do céu, cobrindo o solo até uma profundidade de pouco mais de um centímetro. Muitas sementes já tinham começado a germinar, e todas eram de uma linda árvore, que é encontrada no Oriente Médio e na Ásia. Moedas de prata no valor de vários milhares de rublos choveram na região de Gorky, na União Soviética, em 17 de junho de 1940. Segundo a explicação oficial, um deslizamento de terra descobrira um tesouro escondido, que foi colhido por um tornado, que por sua vez, deixou-o cair em Gorky durante a chuva. Você não gostaria de uma chuva dessas? Estes fenômenos naturais relatados por David Wallechinsky em O Livro Das Listas (2006), são verdadeiros. Peixes, sementes e moedas realmente caíram do céu. Não seria irracional negar a existência de tais fenômenos ou rejeitá-los simplesmente porque eles não fazem parte de uma chuva comum? Sinceramente, eu gostaria de ver uma chuva de moedas de prata bem no quintal da minha casa; não seria maravilhoso presenciar uma chuva de sementes? O céu faz o plantio! Pense em como seria ver peixes caindo do céu. O peixe já vem pescado! A chuva de avivamento, também apresenta fenômenos que são incomuns. Seria razoável negar ou ou rejeitar a sua origem celeste apenas porque não são frequentes? Não estaríamos correndo o risco de perder o que o Senhor está nos enviando da parte Dele, só porque rejeitamos algo, por não o termos experimentado antes, mesmo tendo fundamento bíblico? Em tempos de avivamento, o tornado de Deus redescobre o bom tesouro que se encontra no coração de homens que amam a Deus em profundidade. A história prova que avivamentos trazem consigo uma grande pesca e uma colheita de almas sem precedência, além de prover recursos celestes para o avanço da Igreja.