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Eduarda Gonzalez 1 Anemia ferropriva A diminuição de ferro é a deficiência nutricional mais comum e é a causa mais frequente de anemia, ela ocorre quando acaba o estoque de ferro (demora anos pra isso acontecer). Teste de nível de ferritina é o mais usado para identificação específica de anemia ferropriva (menor que 15), além de poder ter a concentração de ferro sérico diminuída, saturação da transferrina diminuída. Teste padrão ouro: coloração de perls. Epidemiologia da anemia ferropriva: 2% homens e 10% mulheres Sintomas: geofagia, hábito de comer gelo, hélice angular, esplenomegalia leve, alterações de unha… Causas de anemia ferropriva: perda crônica ou aguda, hemólise intravascular, diminuição da ingestão de ferro ou aumento da necessidade (gravidez), mas absorção (doença celíaca …) Anemia ferropriva: interpretação da ferritina: Fase 1: -Doenças hepáticas • Processos infecciosos e inflamatórios • <12ug/L são fortes indicadores de depleção das reservas de ferro em crianças menores de 5 anos. • <15ug/L para crianças entre 5 e 12 anos. Fase 2: Diminuição do ferro • Aumento da capacidade total de ligação do ferro à transferrina –TIBC (>250-390ug/dl). • Diminuição da saturação da transferrina (ferro sérico/ TIBC) VR: 16% a 50%. ZPP: redução na disponibilidade do ferro resulta no excesso de protoporfirina livre dentro da célula. O zinco substitui o ferro no anel de protoporfirina IX, formando ZPP. Uma unidade de 300 mL de concentrado de hemácias promove o aumento de aproximadamente 1 g/dL na hemoglobina (Hb). Uma resposta não satisfatória, principalmente em pacientes críticos, requer investigação adicional para perda sanguínea (sangramento ou hemólise) em curso. Tratamento Investigar alimentação inadequada, mulheres multíparas ou com hipermenorreia. Quando possível, a doença de base deve ser tratada. Para reposição das reservas de ferro, o sulfato ferroso (300 mg de sulfato ferroso contém 60 mg de ferro elementar), administrado oralmente. A dose que deve ser utilizada é de 150 a 200 mg de ferro elementar (2 a 4 cps/dia), preferencialmente em horário afastado das refeições. Com essa conduta, os níveis de hemoglobina começam a aumentar por volta do quinto dia. Ácidos elevam a absorção, mas produtos como chá, café, cereais, leite, ovo e medicamentos que diminuem a acidez estomacal reduzem a sua absorção. Os principais efeitos adversos são desconforto abdominal, náusea/vômito, diarreia e constipação. Havendo esses efeitos, reduzir a dose e/ou administrar junto com as refeições. A transfusão com concentrado de hemácias deve ser considerada para pacientes com hemoglobina entre 7 a 8 g/dL, de acordo com a perda sanguínea, doença cardiopulmonar subjacente ou estado clínico. Eduarda Gonzalez 2 Anemia de Doença Crônica Anemia Normocítica (VCM 80-100) Diagnostico diferencial: Anemia por doença crônica, anemia da doença renal crônica, hemólise, perda sanguínea aguda, anemia aplásica, aplasia eritroides, infiltração da medula óssea, endocrinopatias. Diagnostico diferencial entre a anemia crônica e a ferropriva pode ser difícil. É a 2ª mais comum, se inicia dois meses após o início da doença que ativa o sistema imunológico/inflamatório (esta associada a diversas condições como doenças infecciosas, inflamatórias e neoplásicas ou também pode estar associada a outras condições, como trauma, diabetes melito. Sua prevalência aumenta com a idade. Intensidade de leve a moderada, com níveis de hemoglobina (Hgb) entre 7 e 11g/dL. Outros achados característicos incluem ferro (Fe) sérico baixo, depósitos de Fe aumentados e diminuição da capacidade total de ligação de ferro, é tipicamente normocítica, normocrômica e hipoproliferativa. A anemia da doença crônica ocorre quando existe uma incapacidade do organismo em aumentar a produção de eritrócitos em situações em que ocorre uma diminuição da sobrevida dos eritrócitos. Na anemia da doença crítica, essa destruição é mais rápida, o que justifica sua instalação relativamente rápida. Várias alterações concorrem para o aparecimento da anemia em doenças crônicas, como metabolismo anormal do Fe com redução da absorção de Fe pelo trato gastrintestinal e retenção de Fe nos macrófagos. A gravidade da anemia é proporcionalmente relacionada à severidade dos sintomas da doença associada como febre, perda de peso e debilidade geral. Outro fator importante é o aumento da destruição de eritrócitos, nesses pacientes, por ativação de fatores dependentes do hospedeiro. Existe, ainda, uma diminuição relativa na produção de eritropoietina, diferentemente do que ocorre na maioria das anemias. As citocinas liberadas por inflamação apresentam um papel cada vez mais conhecido nesses casos; dentre elas, destacam-se a interleucina 1 (IL-1) e a interleucina 6 (IL-6), além do fator de necrose tumoral a (TNFa). Essas citocinas podem desencadear uma cascata, incluindo a secreção de interferon (INF) por linfócitos T. O papel da hepcidina na patogênese da anemia de doença crônica também é relativamente bem definido. Essa proteína tem um papel fundamental no metabolismo do Fe, inibindo a sua absorção pelos enterócitos e interrompendo a sua liberação pelos macrófagos; a proteína tem sua produção estimulada pelas citocinas pró-inflamatórias, justificando a sua atuação nesse tipo de anemia. A IL-6, em particular, interfere bastante na produção da hepcidina. É necessário o tempo de 1 a 2 meses de infecção sustentada para ocorrer a anemia, depois do qual um novo balanço é estabelecido entre a produção e a destruição de células vermelhas até que os níveis de Hgb se tornem estáveis. Também é característica da anemia da doença crônica uma leve diminuição da vida das hemácias, embora o papel dessa alteração na fisiopatologia pareça ser de menor importância. A vida média das células vermelhas, nessas condições, é reduzida em 20 a 30%, também por ação das citocinas; a resposta da medula óssea é diminuída, em relação tanto à eritropoetina quanto a outros estímulos; parte desse efeito parece ser mediado por supressão medular pela IL-1. Uma forma aguda da anemia da doença crônica pode ocorrer após algum evento agudo como infarto do miocárdio, trauma ou sepse grave, que apresenta, laboratorialmente, muitas das características vistas na anemia de doença crônica; os pacientes apresentam níveis altos de hepcidina, mas, principalmente, uma elevação significativa da IL-6, que se correlaciona com a diminuição rápida dos níveis de Hgb, maiores que a velocidade esperada na forma habitual da anemia. Eduarda Gonzalez 3 Etiologia • São etiologias dessa anemia infecções crônicas (p. ex., tuberculose, endocardite, osteomielite, Aids, etc.), neoplasias, doenças reumáticas inflamatórias (p. ex., artrites reumatoides, lúpus eritematoso sistêmico, sarcoidose, vasculite, doença inflamatória intestinal), doença hepática crônica, insuficiência cardíaca congestiva, trauma grave, diabetes melito. Patogênese • Em caso de anemia de doença crônica, há uma diminuição da produção de hemácias pela medula óssea, ao mesmo tempo em que a meia-vida dessas células está reduzida. Os mecanismos que ocorrem são diversos: deficiência absoluta ou relativa de eritropoietina e bloqueio da absorção e utilização de ferro (acúmulo no sistema reticuloendotelial). As citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-alfa e IF-gama) produzidas pelos macrófagos e os linfócitos ativados são os responsáveis por essas alterações no metabolismo do ferro. Uma proteína de fase aguda recentemente identificada, a hepcidina, produzida no fígado, bloqueia a absorção de ferro no intestino e impede a liberação do ferro pelos macrófagos para o consumo na eritropoiese, induzindo um estado de hipoferremia. Alterações no hemograma em caso de anemia de doença crônica Essa anemia geralmente não é grave (Hb 10-11 g/ dL), com VCM normal (normocítica) ou baixo (microcítica).Ela é considerada hipoproliferativa, pois os reticulócitos estão diminuídos ou normais, e o RDW apresenta-se normal ou um pouco diminuído. Alterações laboratoriais Os níveis de ferro sérico estão baixos, e os da ferritina podem estar normais ou elevados. A saturação de transferrina pode estar normal ou diminuída, e a capacidade ferropéxica é baixa. A dosagem de outras proteínas de fase aguda, como velocidade de sedimentação globular, fibrinogênio plasmático e proteína C-reativa, encontra-se elevada. No exame da medula, os macrófagos apresentam- se com uma quantidade normal ou elevada de ferro. Tratamento O tratamento dessa anemia é direcionado à causa básica. As indicações para a utilização de eritropoietina são anemia nas seguintes condições: doença renal em estágio final, malignidades não mieloides em quimioterapia e Aids. Alguns pacientes podem responder a altas doses de eritropoietina exógena, especialmente os que apresentam níveis séricos de eritropoietina menores do que 500 um/mL, e à reposição de ferro. A administração de ferro para pacientes com Anemia de doença crônica (ADC) é contestada, mas deve ser utilizada quando houver deficiência e uma resposta insatisfatória à eritropoietina exógena devido à deficiência funcional de ferro. A resposta é avaliada pelo aumento de, pelo menos, 1 g/dL nos níveis de hemoglobina nas primeiras duas a quatro semanas de tratamento. Para evitar os efeitos adversos da eritropoietina, como hipertensão arterial sistêmica, devem-se manter os níveis de hemoglobina menores do que 12 g/ dL. O objetivo é manter a saturação de transferrina acima de 20% e a ferritina acima de 100 ng/dL. Eduarda Gonzalez 4 Anemia da doença renal crônica A doença renal crônica se refere a lesão renal com função ainda preservada ou condições em que já foi substituído por tecido fibroso, que é irreversível. A anemia da doença renal crônica (DRC) pode ser observada quando os valores da filtração glomerular se apresentam inferiores a 70 mL/min e 50 mL/min em homens e mulheres, respectivamente, e agrava-se paralelamente à redução desse marcador de função renal. Por isso, essa anemia ocorre mais frequentemente nos estágios avançados da DRC. Epidemiologia A anemia é um fator de risco modificável para doença cardiovascular. Além disso, alguns estudos indicam que a anemia parece ser um fator de risco independente para a progressão da DRC. Os possíveis mecanismos pelos quais a anemia pode piorar a função renal parecem estar relacionados à hipoxia e ao aumento do estresse oxidativo no tecido renal. Alterações no hemograma em caso de anemia da doença renal crônica A anemia geralmente é grave (Hb < 10 g/dL), com valores de VCM normais (normocítica). Ela é considerada hipoproliferativa, pois os reticulócitos estão diminuídos ou normais. O RDW é normal ou um pouco diminuído. A anemia da doença renal crônica é multifatorial e tem como fator mais importante a deficiência na produção de eritropoietina. Tem como característica ser normocítica e normocrômica com redução da massa eritrocitária. Outros fatores que contribuem para anemia são deficiência de ferro, diminuição do tempo de meia-vida das hemácias ocasionado por produtos urêmicos, hemólise e perda crônica ocasionados durante o procedimento dialítico, além de perdas insensíveis no trato gastrintestinal. A dosagem de ferro sérico é baixo, e a de ferritina pode estar normal ou elevada. A saturação de transferrina geralmente está diminuída, e a capacidade ferropéxica é baixa. Patogênese A principal causa de anemia em caso de DRC é a diminuição de produção de eritropoietina pelos fibroblastos peritubulares do córtex renal. Outros fatores também podem contribuir para a ocorrência de anemia nessa população, tais como deficiência de ferro, perdas sanguíneas, deficiência de vitamina B12 e folato, hiperparatireoidismo e inflamação. Eduarda Gonzalez 5 Sinais e sintomas Se não tratada, a anemia da DRC está associada a diversas anormalidades fisiológicas, incluindo aumento no débito cardíaco, hipertrofia ventricular, angina, insuficiência cardíaca congestiva, diminuição da acuidade mental e cognitiva. Tratamento Estando a saturação de transferrina menor do que 20% e/ou os níveis de ferritina sérica menores do que 100 ng/mL, deve-se iniciar suplementação com ferro. Nas fases iniciais da DRC, há resposta satisfatória à reposição oral de ferro; entretanto, se ocorrer intolerância ou não houver resposta, este deve ser administrado por via intravenosa (sacarato de hidróxido de ferro III), sendo essa a via de administração para indivíduos em diálise. Os níveis-alvo para os pacientes em tratamento conservador e em diálise são hematócrito de 33 a 35% e hemoglobina de 11 a 12 g/dL. A saturação da transferrina deve ser mantida superior a 20%, e os níveis de ferritina sérica iguais ou superiores a 100 ng/dL. Anemia macrocitica: VCM 100 ou mais. Diagnostico diferencial para anemia megaloblástica: def de B12 e folato, doença hepática, alcoolismo, síndrome mielodisplásica e drogas. Anemia megaloblástica A anemia megaloblástica envolve as condições em que a síntese de DNA das células da medula óssea está limitada pela interferência no metabolismo da vitamina B12 e do ácido fólico, que são importantes cofatores para a síntese do DNA. Patogênese e etiologia A vitamina B12, obtida por meio de alimentos de origem animal, precisa estar ligada ao fator intrínseco, um peptídeo secretado pelas células gástricas parietais, para que seja absorvida no íleo terminal. São necessários mais de três anos de consumo sem reposição para que a deficiência se desenvolva, porque tem muito armazenado no fígado. O ácido fólico advém principalmente das frutas cítricas e dos vegetais folhosos verdes. Os estoques dessa substância são suficientes para dois a três meses sem seu consumo. Como ambas as substancias podem ser obtidas por meio da dieta, as principais causas dessa anemia são as etiologias com deficiência nutricional/absortiva. Na deficiência de folato teremos alteração de crescimento e da maturação das células que tem rápido crescimento como as células da medula óssea. Etiologia: Dentre as principais causas temos: 1) Deficiência de cobalamina; 2) Deficiência de folato; 3) Drogas; 4) Outras causas como leucemia. Eduarda Gonzalez 6 Alterações hematológicas na anemia megaloblástica A presença de VCM > 130 fL é um forte indicativo da presença de anemia megaloblástica. A avaliação da medula óssea revela formas megaloblásticas (macrovalócitos) e diferenças no grau de maturação entre o núcleo e o citoplasma das células. O citoplasma cresce, mas o núcleo não se divide, dando o aspecto dos eritrócitos megaloblásticos. No sangue periférico, identificam-se neutrófilos hipersegmentados (com 5 ou 6 lóbulos). O hematócrito entre 10 e 15%, podendo ocorrer também sangramentos, quando se instala plaquetopenia associada, tipicamente a anemia tem desenvolvimento lento e o número de reticulócitos tanto relativo como absoluto é diminuído. O estado megaloblástico produz mudanças nas mucosas, levando à glossite, assim como outros distúrbios gastrointestinais inespecíficos, como anorexia e diarreia. O VCM é quase sempre aumentado, pode estar até 140, com frequência o esfregaço revela hipersegmentação de neutrófilos, pode ocorrer neutropenia com valores menores do que 1000 cels/mm3 e trombocitopenia com valores menores que 50.000 céls/mm3. São critérios para considerar o esfregaço como tendo hipersegmentação: 1-pelo menos 1 netrófilo com 6 ou mais loboso 2-5% ou mais com 5 ou mais lobos 3-aumento do número médio de lobos (media 3,4 lobos) 4-Acentuada variação de tamanho entre os neutrófilos Apesar de reticulócitos normais ou baixos, vários outros achados que ocorrem em anemias hemolíticas, como aumento de LDH, bilirrubina indireta,diminuição de haptoglobina. O ferro sérico pode estar aumentado. A medula óssea destes pacientes costuma ser hiperplásica com eritropoiese marcadamente ineficaz, eritrócitos megaloblásticos com núcleos abertos e citoplasma maduro são também evidentes. Podem ocorrer ainda metamielócitos gigantes e bastões. No sangue periférico encontramos macro-ovalocitose, ocasionais corpúsculos de Howell-jolly, neutrófilos hipersegmentados com grau variável de neutropenia e plaquetopenia. Absorção da vitamina B12: As cobalaminas são liberadas do alimento para luz gástrica pela combinação de ácido clorídrico e pepsina, onde são levados pelo carreador R. No duodeno os complexos R-Cobalamina são digeridos por proteases pancreáticas liberando novamente as cobalaminas que desta vez são ligadas as moléculas de fator intrínseco (FI) que são resistentes à protease. O FI originalmente secretado nas células parietais gástricas. Os complexos IF-Cobalamina migram para o intestino delgado aonde chegam ao íleo e são transportadas para células epiteliais por receptores específicos para este complexo, as cobalaminas agora ligadas às transcobalaminas, principalmente a transcobalamina II são levadas a circulação porta e estocadas no fígado. As transcobalaminas são as proteínas de transporte de vitamina B12, e até o momento foram identificados três tipos: I, II e III, cada um com um local de síntese diferente, variações na estrutura de glicoproteínas e, no caso da Transcobalamina III, com capacidade de ser captada apenas no fígado. A transcobalamina I e III é produzida por macrófagos e monócitos, aproximadamente 90% da B12 plasmática circula ligada às transcobalaminas, porém apenas a transcobalamina II tem a capacidade de transportar a vitamina B12 para o interior das células por endocitose, sendo posteriormente degradada reduzida e convertida por suas coenzimas: metilcobalamina e adenosilcobalamina. O fígado contém entre 2.000 e 5.000mg de Vitamina B12 estocada, e desde que a perda diária de B12 seja entre 3 e 5mg, a carência pode levar mais de três anos para se estabelecer após a instalação de um bloqueio de absorção. Eduarda Gonzalez 7 Sinais e sintomas Coloração amarelo-esverdeada da pele, glossite (língua lisa, típica da anemia megaloblástica), alterações neurológicas (somente em caso de deficiência de vitamina B12) e queilite angular. A anemia megaloblástica pode estar associada a outras doenças autoimunes, como vitiligo, hipotireoidismo e síndrome endócrina poliglandular. Havendo suspeita de anemia perniciosa, a realização de endoscopia digestiva alta com biópsia é essencial para evidenciar atrofia gástrica. Diagnóstico As dosagens de ácido fólico e B12 são de grande utilidade. Elas podem estar normais mesmo existindo deficiência de tais vitaminas. No caso da infecção pelo HIV, podem estar baixas, porém sem constituírem-se causa da anemia. Classicamente, havendo deficiência de vitamina B12, os níveis séricos dessa vitamina apresentam-se baixos (< 100 pg/mL), e os de folato sérico, elevados. A medida de folato eritrocitário é preferível (< 150 ng/mL), pois o folato sérico pode apresentar variações de acordo com as refeições. Achados laboratoriais da anemia megaloblástica são bilirrubina indireta aumentada (hemólise intramedular), LDH elevado, evidenciando a hemólise intramedular e ferro sérico elevados. Tratamento Deve-se realizar reposição de vitamina B12 e ácido fólico quando houver deficiência. Nos casos de deficiência na absorção de vitamina B12, esta deve ser administrada via parenteral. A dose de ácido fólico é de 1 a 5 mg, uma vez ao dia. A quantidade de reticulócitos começa a aumentar em torno do quinto ao sétimo dia de reposição, e o quadro hematológico é normalizado em até dois meses. Havendo dúvida quanto ao diagnóstico carencial, deve-se repor vitamina B12, pois doses altas de ácido fólico podem até corrigir a anemia, mas os sintomas neurológicos não desaparecem e podem até piorar.
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