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@medvetinlove Resenha e identificação É o primeiro passo antes de realizar a consulta, fazer a identificação do animal (do proprietário também). A resenha de um cavalo é como se fosse à carteira de identidade do animal, nela irá ter um desenho do animal onde em deverá ser preenchido com os detalhes que aquele animal apresenta. São preenchidas as características permanentes do animal, como por exemplo, cicatrizes, redemoinhos, marcas de pelo branco (onde se tem pelos brancos a pele desta região é exclusivamente rosa, para verificar essa questão é só molhar o pelo do animal que se consegue ver). A resenha deve ser preenchida sempre de caneta vermelha. Aula 1 Redemoinho Redemoinho (leque) Redemoinho (espiga) Zebruras (linhas de burro) @medvetinlove @medvetinlove Os cavalos são os animais mais expressivos que existem sempre se deve ficar de olho nas orelhas dele, quanto mais próximas da nuca estiver às orelhas menos ele está gostando do que está acontecendo. Os olhos também são um ponto importante, a triangulação da pálpebra superior, quando o animal levanta o centro da pálpebra é um indicativo de que este animal está com dor. Outro fator a ser levado em conta é a depressão do lábio inferior, o animal puxa o lábio inferior para trás. Jamais deve se aproximar de um cavalo pela parte de trás dele. Além dele não enxergar, ele irá se assustar e vai reagir de maneira mais brusca possível. Sempre que for se aproximar do cavalo, observe como está a posição do cavalo, como está à postura dele, deve ser de forma calma e tranquila, ele precisa te ver e sentir que a aproximação não é uma ameaça. Chega conversando com ele, deixa ele te cheirar, se possível levar um agrado para ele, estender a mão para ele com a palma para baixo. @medvetinlove Contenção de equinos A contenção serve para facilitar o manejo dos animais em diversas situações, seja com animais adultos ou com potros. Basicamente são duas as categorias de contenção: Pode ser associado um físico e um químico, pode ser dois físicos, dois químicos. Pode ser feita diversas associações, desde que elas evitem o sofrimento do animal, que elas maximizem a segurança do animal e dos operadores. Para o cavalo adulto, pode ser usado o cachimbo e as cordas, porém o cavalo por ser uma presa e ser muito forte ele sempre irá tentar fugir e pode acontecer dele quebrar tudo que tem perto ou morrer, por isso é importante que se evite trabalhar com cavalos amarrados, caso seja realmente necessário amarar ele, deve se tomar cuidado com o local onde for amarrar. Físicos: Cordas Cachimbos Mãos Químicos: Sedativos Anestésico s locais A forma correta: Uma mão na cauda, outra mão embaixo do pescoço e se segura contra o corpo do operador. Para deitar o potro: Deve se tentar juntar a cauda e a cabeça, como se ele fosse “beijar” a costela, e com isso ele irá caindo para o lado do operador e assim se posiciona ele no chão e se deita por cima dele, com uma perna por cima e outra por baixo para ele não bater a cabeça. Para o cavalo levantar: Primeiro ele deve ficar em posição esternal, depois ele estica as pernas e joga a cabeça para frente e com isso levante o posterior e se levanta. @medvetinlove Anestésicos mais comuns de serem utilizados: Xilazina 10%: 0,2 – 1,1 mg/kg Butorfanol: 0,01 – 0,1 mg/kg (faz muita ataxia) Acepromazina: 0,02 – 0,05 mg/kg (faz com que o animal relaxe e exponha o pênis) Detomidina: 5 – 40 µg/kg Semiologia do Sistema Tegumentar Pele Pelos Casco Anamnese, ela é a metade do caminho, permite que se eliminem coisas que não são relevantes para o caso, quem vai passar ela será o proprietário ou o tratador, depende de quem tem mais contado direto com o animal. Queixa principal: o Apresenta coceira? o Tem erupções? o Tem seborreia? o Pele oleosa? o Apresenta vermelhidão? o Tem perda de pelos? Depois se examina o animal de uma forma geral para saber qual a condição que ele se encontra, para verificar se há alguma coisa que o responsável não passou, pois não viu. Localizando os problemas se faz então exames específicos para a lesão localizada e então tem se o diagnostico, pode se utiliza de raio –X, ultrassom como meios de diagnóstico complementar e assim fechar o diagnostico. Sistema respiratório Cada padrão respiratório nos diz alguma coisa diferente sobre o animal: Padrão de animais que estão entrando em choque. Padrão de animais que apresentam alguma alteração de expansão torácica. frequência respiratória. frequência respiratória. @medvetinlove Narinas: Deve ser iniciada a avaliação pelas narinas, se tem presença de secreções (qual é o volume, a coloração, a consistência, o odor, é unilateral (vias aéreas superiores- narinas, cavidade nasal, faringe, laringe e traqueia) ou bilateral (geralmente associado às vias aéreas inferiores), está associada ao exercício ou não), houve aumento do volume das narinas, qual o aspecto das narinas se tem presença de descamação (úlceras, feridas), a parte externa está apresentando simetria, como está a qualidade do ar que ele está expirando. Bolsa Gutural e Laringe Deve se verificar: aumento de volume, consistência, sensibilidade, percussão e sondagem. Abaixar a cabeça do animal e massagear a região do triangulo de Viborg simultaneamente – verificar o fluxo da secreção. Laringe: inspeção direta e indireta, palpação para verificar sensibilidade, consistência e aumento de volume. Acredita-se que a bolsa gutural tem a função de estabilizar a temperatura desta região, fazendo com que o ar esfrie ou esquente para que ele tenha sempre a mesma temperatura ao entrar no animal. Traqueia Na palpação verificar a integridade, presença de alterações anatômicas ou enfisema subcutâneo. Na auscultação verificar o ruído laringotraqueal (da laringe até a entrada no tórax). @medvetinlove Focos de auscultação Forçar a respiração Técnicas: Exercício Uso de saco plástico Tampando as narinas Deve ser observado: tempo suportado pelo animal e tempo de retorno a atividade respiratória anterior. Exames complementares Raios-X Endoscopia respiratória alta (broncoscopia) – é o ideal! Cultura e citologia do lavado traqueobrônquico Swab nasal Sistema Circulatório Detalhamento da inspeção: Geral: comportamento, postura, condição física, condição nutricional e alterações anatômicas. Verificar: Vasos periféricos: jugular, presença de edema ventral, presença de edema nos membros. Índices paramétricos: Temperatura retal (°C) Movimentos respiratórios (mpm) Frequência cardíaca (bpm) Pulso (ppm) TPC (segundos) FC normal: 28 – 40 bpm Pulso normal: 28 – 40 ppm @medvetinlove Pontos de ausculta nos equinos: Valvas: tricúspide, pulmonar, aórtica e mitral. Elas se encontram entre o 3°, 4° e 5° espaço intercostal. Lado esquerdo: pulmonar, aórtica e mitral. Lado direito: tricúspide Para lembrar Pulso Ramo mandibular da artéria facial é o local mais fácil de sentir o pulso, outro local que se pode sentir o pulso é nas artérias coccídeas embaixo da cauda. E P.A.M.E Pulmonar Aórtica Mitral Esquerdo @medvetinlove Sistema digestório Auscultação Avaliar os ruídos intestinais (borborigmos) em relação a frequência, intensidade, duração, amplitude, se os movimentos estão completos, presença de gás, presença de líquido, presença de espasmos. LADO DIREITO: ceco(avaliar os movimentos e a descarga da válvula ileocecal), cólon ventral e cólon dorsal, intestino delgado (cranioventral). LADO ESQUERDO: fossa paralombar – cólon menor: avaliar cólon ventral e dorsal. Intestino delgado (acima e cranial ao cólon menor). VENTRALMENTE: cólon ventral e flexura pélvica, estômago. Avaliar as áreas e classificar pela maioria das áreas. Necessariamente todos os locais de auscultação não necessitam estar com o numero de movimentos normais e sim a maioria destes. Normal: 4 a 8 borborigmos por minuto Diminuição – hipomotilidade: 0 a 4 movimentos por minuto Atonia – ausência de movimentos Aumento – hipermotilidade: acima de 8 movimentos por minuto Composição do trato digestório do equino: Boca, laringe, esôfago, estômago, intestino delgado, duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon ventral direito, flexura esternal, cólon ventral esquerdo, flexura pélvica, cólon dorsal esquerdo, flexura diafragmática, cólon dorsal direito, cólon transverso, cólon menor, reto e anus. Lado Direito: 1 - Duodeno 2 – Base do ceco 3 – Ceco (base do ceco) 4 – Cólon dorsal direito 5 - Cólon ventral direito 6 – Ápice do ceco Lado Esquerdo: 1 – Cólon menor 2 - Jejuno 3 – Cólon dorsal esquerdo 4 – Cólon ventral esquerdo 5 - Flexura diafragmatica @medvetinlove Vista ventral 1 – Flexura diafragmática 2 – Cólon ventral direito 3 – 4 – Passagem de sonda nasogástrica Avaliação da presença de refluxo (coloração, volume, odor, aspecto, presença e caracterização do alimento, pH) Palpação retal - Avaliar o posicionamento, tamanho e consistência das estruturas internas. - Utilizar luvas adequadas e devidamente lubrificadas. Avaliar o tônus do ânus. - Inicia-se pelo exame das fezes (características de coloração, odor, quantidade, consistência, presença de corpos estranhos, tamanho das fibras, grau de umidade). Sistema nervoso Lesões medulares: Avaliação da propriocepção Como classificar: 0 – padrão normal 1 – anormalidades dificilmente observadas em linha reta, mas confirmada após a realização de manobras especiais 2 – anormalidades facilmente observadas após andar em linha reta e exacerbadas após a realização de manobras especiais 3 – animal pode cair quando as manobras especiais são realizadas e geralmente apresenta alteraçõo postural em estação 4 – quedas espontaneas durante a locomoção 5 – decubito permanente @medvetinlove Localização da lesão A medula deverá ser dividida em cinco regioes Cervical – C1 aC5 Cervicotorácica – C6 a T2 Toracolombar – T3 a L3 Lombosacral – L4 a S2 Sacrococcígea Após a localização da lesão, observar se há simetria lateral ou não. Comportamento dos reflexos frente a diferentes locais de lesão medular:
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