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Apostila de Microbiologia - parte 1

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Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 1 
MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA 
Curso de Nutrição 
 
1. Classificação dos Microorganismos 
Obedece ao sistema proposto pelo botânico sueco Karl von Linnée 
(século XVIII), que leva em conta característica anatômicas, fisiológicas e 
embriológicas dos organismos. 
Categorias taxonômicas em ordem decrescente de abrangência: reino, 
filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. 
Pertencem à mesma espécie indivíduos morfológica e fisiologiamente 
semelhantes e capazes de originar descendentes férteis em condições 
naturais. 
Sistema de nomenclatura de Lineu: cada ser vivo é designado por dois 
nomes, gênero e espécie, latinizados; o gênero tem a inicial maiúscula e a 
espécie, inicial minúscula. Ex: Homo sapiens. 
Sistema de cinco reinos, proposto por Whittaker, em 1969: 
A. Monera: organismos procariontes, unicelulares isolados ou 
coloniais; compreendem as bactérias, as cianofíceas e os micoplasmas. 
B. Protista: grupo heterogêneo de eucariontes, unicelulares, autótrofos 
e heterótrofos; compreendem os protozoários, as algas exclusivamente 
unicelulares e os mixomicetos. 
C. Fungi: seres unicelulares e pluricelulares aclorofilados; alimentam-
se por absorção de matéria orgânica proveniente de outros organismos; 
compreendem as leveduras, os bolores, os cogumelos e as orelhas-de-pau. 
D. Plantae: organismos predominantemente pluricelulares; apresentam 
clorofila no interior de clorofila no interior de cloroplastos e realizam 
fotossíntese; compreendem as algas verdes, pardas e vermelhas, os 
musgos, as samambaias e as plantas superiores. 
E. Animalia: organismos pluricelulares, incapazes de produzir o 
próprio alimento; compreendem inúmeros organismos, desde as esponjas 
até o homem. 
 
A. Reino Monera - BACTÉRIAS 
 
Procariontes que vivem em diversos ambientes terrestres e aquáticos ou 
associados a outros seres vivos, isoladamente ou em colônias; unicelulares 
esféricos (cocos); em forma de bastonetes (bacilos); longos e espiralados 
(espirilos); ou como vírgulas (vibriões); cocos coloniais em duplas 
(diplococos); em cadeias (estreptococos) e em cachos (estafilococos); 
movem-se por cílios e flagelos simples ou sem locomoção própria. 
A organização das bactérias é simples. No citoplasma encontram-se 
ribossomos e material genético. Além da membrana plasmática há uma 
parede celular. 
A maioria das bactérias é heterótrofa; muitas são saprófitas, outras 
simbiontes e outras, ainda, parasitas. 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 2 
Dentre as autótrofas há as quimiossintetizantes, que utilizam compostos 
que contêm nitrogênio, ferro ou enxofre, e as fotossintetizantes, com um 
pigmento semelhante à clorofila. 
Quanto à respiração as bactérias podem ser aeróbias, como o bacilo de 
Koch, ou anaeróbias, como o bacilo do tétano. Dentre as anaeróbias são 
comuns as que realizam a fermentação láctica e a fermentação acética. 
Bactérias patogênicas: agem no hospedeiro por meio de toxinas. Ex: 
Diplococcus pneumoniae (agente da pneumonia); Mycobacterium 
tuberculosis (agente da sífilis); Salmonella typhi (agente do tifo); 
Clostridium tetani (agente do tétano). 
 
I. Morfologia Bacteriana 
As células bacterianas são caracterizadas morfologicamente pelo seu 
tamanho, forma e arranjo. 
 
Tamanho 
- variam de 0,3 por 0,8 µm até 10 por 25 µm. 
- as espécies de maior interesse médico medem entre 0,5 a 1,0 µm por 2 
a 5 
µm. 
 
Citologia Bacteriana 
O tamanho, a forma e o arranjo das bactérias constituem sua morfologia 
grosseira, sua aparência externa; a observação interna das estruturas 
celulares dá-nos uma idéia de como a bactéria funciona no ambiente. 
 
Flagelos 
Flagelos são organelas especiais de locomoção, constituídas por uma 
estrutura protéica denominada flagelina, formando longos filamentos 
delgados e ondulados de 3-12µm que partem do corpo da bactéria e se 
estendem externamente à parede celular. Um flagelo tem três partes: o 
corpo basal (estrutura composta por vários anéis que ancora o flagelo à 
membrana citoplasmática), uma estrutura curta em forma de gancho e um 
longo filamento helicoidal. 
O flagelo proporciona a bactéria através do líquido podendo chegar a 
100 
µm por segundo (o equivalente a 3000 vezes o seu comprimento por 
minuto). 
O método exato do movimento é desconhecido (contração das cadeias 
protéicas - movimento ondulatório; movimento rotatório a partir da 
extremidade fixa – gancho) e aparentemente a energia vem da degradação 
de ligações energéticas de fosfato. Em geral a motilidade ocorre ao acaso 
embora às vezes esteja relacionado com quimiotaxia. 
As bactérias recebem denominações especiais de acordo com a 
distribuição dos flagelos: 
- atríquias (sem flagelo); 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 3 
- monotríquias (um flagelo em uma das extremidades); 
- anfitríquias (um flagelo em cada extremidade); 
- lofotríquias (tufo de flagelos em uma ou ambas as extremidades); 
- peritríquias (cercadas de flagelos). 
 
Fímbrias 
As fímbrias ou "Pili" são organelas filamentosas mais curtas e delicadas 
que os flagelos, constituídas por uma proteína chamada pilina e presentes 
em muitas bactérias (especialmente Gram negativas). Elas originam-se de 
corpúsculos basais na membrana citoplasmática e sua função parece estar 
relacionada com a troca de material genético durante a conjugação 
bacteriana (fímbria sexual), e também com a aderência às superfícies 
mucosas. As fímbrias podem ser removidas sem comprometimento da 
viabilidade celular e regeneram rapidamente. 
 
Cápsula 
Muitas bactérias apresentam, externamente à parede celular, uma 
camada viscosa denominada cápsula que constitui uma forma de proteção 
da bactéria contra as condições externas desfavoráveis. Tal formação pode 
ser evidenciada com a ajuda de métodos especiais de coloração (nanquim). 
Geralmente as cápsulas são de natureza polissacarídea 
(homopolissacarídeas, composta por um único tipo de açúcar ou 
heteropolissacarídeas, composta por diferentes açúcares), embora também 
possam ser constituídas por polipeptídeos. A cápsula está relacionada com 
a virulência da bactéria pois confere resistência à fagocitose, de modo que, 
em uma mesma espécie, as amostras capsuladas são mais virulentas que 
as não capsuladas. 
Nas bactérias desprovidas de cápsula ocorre a formação de um 
envoltório viscoso delgado chamado de camada limosa (slime layer) ou por 
um material limoso mal delimitado (loose slime). 
 
Parede celular 
A parede celular bacteriana é uma estrutura rígida que recobre a 
membrana citoplasmática e confere forma às bactérias. Ela é constituída 
por ácido diaminopimérico (DPA), ácido murâmico e ácido teicóico além de 
aminoácidos, carboidratos e lipídeos. Todos esses compostos estão 
reunidos para formar substâncias poliméricas complexas que por sua vez 
estruturam a parede celular. 
Uma macromolécula complexa denominada peptideoglicana (também 
chamada de 
mucopeptídeo ou mureína) forma a estrutura rígida da parede. Além 
disso, a parede celular protege a célula, mantém a pressão osmótica 
intrabacteriana, impedindo o rompimento da célula devido à entrada de 
água, e funciona como suporte de antígenos somáticos bacterianos. 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 4 
A divisão das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, de acordo com 
sua resposta à coloração de Gram é decorrente das diferenças na 
composição e estrutura da parede celular. 
 
Coloração: 
A coloração de gram consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço 
bacteriano, fixado pelo calor, com os seguintes reagentes: 
- cristal violeta 
- lugol 
- álcool 
- fucsina 
As bactérias gram-positivasnão se descoram pelo álcool e permanecem 
roxas como o cristal violeta, enquanto que as gram-negativas se descoram 
tornando-se avermelhadas (rosadas). 
 
Gram Positivas: possuem uma quantidade maior de peptideoglicano em 
sua parede celular, o que torna a parede dessas bactérias mais espessa e 
rígida do que a das bactérias Gram negativas. Composta de proteídas, 
lipídeos, peptideoglicano e ácidos teicóicos (cadeias de polifosfato com 
resíduos de ribitol e glicerol), essas bactérias são sensíveis a lisozima e sua 
parede constitui o local de ação de alguns antibióticos além de apresentar 
elementos básicos para identificação sorológica. 
 
Gram Negativas: a parede celular dessas bactérias é menos espessa e 
elas são mais complexas do que as Gram positivas por apresentarem uma 
membrana externa cobrindo a fina camada de peptídeoglicano. A 
membrana externa é o que distingue as bactérias Gram negativas, 
servindo como uma barreira seletiva para a entrada e saída de algumas 
substâncias da célula e podendo ainda causar efeitos tóxicos sérios em 
animais infectados. A estrutura da membrana externa é composta por 
fosfolipídios, lipoproteínas e lipopolissacarídeos (LPSs). Os 
lipopolissacarídeos estão localizados exclusivamente na camada externa da 
membrana, enquanto que os fosfolipídeos estão presentes quase 
completamente na camada interna. Os LPSs são compostos por três 
segmentos ligados covalentemente: 
- lipídeo A, firmemente embebido na membrana; 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 5 
- 2 cerne do polisssacarídeo, localizado na superfície da membrana; 
- 3 antígenos O, que são polissacarídeos que se estendem como pêlos a 
partir da superfície da membrana em direção ao meio circundante. A 
porção lipídica do LPSs é também conhecida como endotoxina e pode 
atuar como um veneno, causando febre, diarréia, destruição das células 
vermelhas do sangue e um choque potencialmente fatal. 
 
 
 
 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 6 
Membrana Citoplasmática 
A membrana citoplasmática tem espessura de aproximadamente 10 nm 
e separa a parede celular do citoplasma. É constituída principalmente de 
lipídeos e proteínas, desempenhando importante papel na permeabilidade 
seletiva da célula 
(funciona como uma barreira osmótica). Ela difere da membrana 
citoplasmática das células eucarióticas por: 
- não apresentar esteróides em sua composição; 
- ser sede de numerosas enzimas do metabolismo respiratório (mesmas 
funções das cristas mitocondriais); 
- controlar a divisão bacteriana através dos mesossomos. 
 
Mesossomos 
Os mesossomos são invaginações da membrana citoplasmática que 
podem ser simples dobras ou estruturas tubulares ou vesiculares. Eles 
podem colocar-se próximos à membrana citoplasmática ou afundar-se no 
citoplasma. 
Os mesossomos profundos e centrais parecem estar ligados ao material 
nuclear da célula estando envolvidos na replicação de DNA e na divisão 
celular. 
Os mesossomos periféricos penetram muito pouco no citoplasma, não 
são restritos à localização central da bactéria e não estão associados com o 
material nuclear. 
Parecem estar envolvidos na secreção de certas enzimas a partir da 
célula, tais como as penicilinases que destroem a penicilina. Alguns 
autores associam ainda aos mesossomos o valor funcional das 
mitocôndrias, atribuindo à eles papel na respiração bacteriana. 
 
 
 
Estruturas Celulares Internas - Área Citoplasmática: 
- Citoplasma: em qualquer célula, o citoplasma tem em torno de 80% de 
água, ácidos nucléicos, proteínas, carboidratos, lipídeos, íons inorgânicos, 
compostos de baixo peso molecular e partículas com várias funções. Esse 
fluido denso é o sítio de muitas reações químicas. 
 
- Ribossomos: estão presentes em grande número nas células 
bacterianas conferindo ao citoplasma aparência granular quando 
observado ao microscópio eletrônico. O conjunto de diversos ribossomos, 
que durante a síntese protéica está ligado a uma molécula de RNAm 
recebe o nome de polissomo. 
 
- Grânulos de reserva: embora as células procarioticas não apresentem 
vacúolos, podem acumular substâncias sob a forma de grânulos de 
reserva, constituídos de polímeros insolúveis. São comuns polímeros de 
glicose, fosfato inorgânico e lipídeos. 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 7 
 
Área nuclear: 
- Nucleóide: as bactérias apresentam um cromossomo circular 
constituído por uma única molécula de DNA não delimitado por membrana 
nuclear. O cromossomo bacteriano contém todas as informações 
necessárias à sobrevivência da célula e é capaz de auto-duplicação. 
- Plasmídeo: algumas bactérias possuem moléculas menores de DNA, 
também circulares, cujos genes não codificam características essenciais, 
porém muitas vezes conferem vantagens seletivas à bactéria que as 
possuem. Essas moléculas chamadas plasmídeos são capazes de auto-
duplicação independente da replicação do cromossomo, e podem existir em 
número variável no citoplasma bacteriano. 
 
Esporos 
Os esporos que se formam dentro da célula, chamados endosporos, são 
exclusivos das bactérias (principalmente as pertencentes ao gênero 
bacillus e clostridium). Eles possuem parede celular espessa, são altamente 
refrateis (brilham muito com a luz do microscópio) e altamente resistentes 
a agentes físicos (dessecação e aquecimento) e químicos (antisépticos) 
adversos devido a sua parede ou capa impermeável composta de ácido 
dipicolínico. 
Os esporos surgem quando a célula bacteriana não se encontra em um 
meio ideal para o seu desenvolvimento. A bactéria produtora pode crescer 
e multiplicar-se por muitas gerações como células vegetativas. Em alguma 
etapa do desenvolvimento, em ambiente com exaustão de fontes de 
carbono e nitrogênio ou completa falta de nutrição, ocorre no interior do 
citoplasma vegetativo a síntese do esporo (sua formação leva por volta de 6 
horas). Ela é iniciada pela condensação de uma nucleoproteína no 
citoplasma que migra para a extremidade da célula enquanto esta e o 
citoplasma são envolvidos por uma membrana dupla derivada da 
membrana citoplasmática. O tegumento é formado na membrana dupla e o 
citoplasma sofre condensação para completar a formação do cerne. Os 
esporos têm pouca atividade metabólica, podendo permanecer latente por 
longos períodos, representando uma forma de sobrevivência e não de 
reprodução. 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 8 
 
 
II. Crescimento e Nutrição das bactérias: 
Sua estrutura é formada por diferentes macromoléculas. Todos os tipos 
de células são constituídos de cerca de 70% de água. Devido à presença da 
parede celular rígida que envolve toda a membrana celular, as bactérias se 
nutrem apenas de material em solução. 
Para a construção de novos componentes celulares ou para a obtenção 
de energia são utilizadas substâncias chamadas nutrientes, que são 
divididos em: 
- Macronutrientes são necessários em grandes quantidades por serem 
os principais constituintes dos compostos orgânicos celulares e também 
são utilizados como combustível. São formados por C, O, H, N e S e 
totalizam cerca de 90% da composição celular. 
- Micronutrientes como o K, Ca, Fe, Mn completa os 10% para formar 
100%. 
As bactérias podem ser autótrofas, capazes de produzir seu próprio 
alimento, ou heterótrofas, quando se alimentam de uma fonte externa. 
As bactérias autótrofas podem ser fotossintetizantes (realizam 
fotossíntese utilizando a energia luminosa) ou quimiossintetizantes 
(aquelas que utilizam à energia liberada em reações de oxi-redução, para 
produzir seu alimento). 
As bactérias heterótrofas podem se alimentar de matéria orgânica morta 
(saprófitos) ou de animais e plantas (patogênicas).Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 9 
Meios de Cultura podem ser classificados em: 
 Líquidos: solução aquosa de nutrientes 
 Sólidos: quando a solução nutriente é gelificada por um 
polissacarídeo extraído de algas – ágar 
 Diferenciais - quando contém substâncias que permitem 
estabelecer diferenças entre microrganismos muito parecidos, tais como 
meio de Teague ou Eosina Azul de Metileno (diferencial para coliformes), 
Ágar MacConkey para a diferenciação de enterobactérias, Ágar sangue, 
ágar Baird-Parker para isolamento e diferenciação de cocos Gram positivos 
(sólidos). 
 Seletivos - os que contém substâncias que inibem o 
desenvolvimento de determinados grupos de microrganismos, permitindo o 
crescimento de outros. Exemplo: meios com telurito de potássio (para 
isolamento de Corynebacterium diphtheriae), ágar Salmonella-Shigella (SS) 
e ágar MacConkey, meios com sais biliares e verde brilhante para 
isolamento seletivo de Salmonella, meios com 7,5% de cloreto de sódio, 
meio Baird-Parker, para isolamento de Staphylococcus aureus, meios com 
antibióticos para isolamento de diversos microrganismos (TSC, SFP, meio 
de Blaser, meio de Skirrow, etc.). A maioria deles é também diferencial, 
permitindo diferenciar as colônias (sólidos) dos microrganismos. 
 Identificação - prestam-se para a realização de provas bioquímicas 
e verificação de funções fisiológicas de organismos submetidos a 
identificação (meios Oxidação/Fermentação, Ágar Citrato, Caldo nitrato, 
meio semi-sólido, caldo triptofano, meio de Sulfito Indol Motilidade. 
Interferências ambientais no crescimento bacteriano em meios de 
cultura: 
Temperatura: cada tipo de bactéria apresenta uma temperatura ótima 
de crescimento; as bactérias de interesse médico crescem entre 28 e 37 
graus (ideal 35 graus); 
 - PSICRÓFILAS: 12 - 17 graus C 
 - MESÓFILAS : 28-37 graus C (apresentam interesse médico) 
 - TERMÓFILAS: 57 - 87 graus C 
 
pH: deve estar em torno da neutralidade para que ocorra a absorção de 
alimentos para a grande maioria das bactérias; 
 
Profa. Anna Carolina Marchesano - UNIP/2014 10 
Oxigênio: pode ser indispensável, letal ou inócuo para as bactérias. 
 
 Aeróbias: 
- AERÓBIAS ESTRITAS: exigem a presença de O2. Ex: 
Acinetobacter 
- MICROAERÓFILAS: necessitam de baixos teores de O2 Ex: 
Campylobacter jejuni 
- FACULTATIVAS: apresentam mecanismos que as capacitam 
utilizar O2 quando disponível, mas podem desenvolver-se 
também na sua ausência. Ex: Escherichia coli e outras 
enterobactérias 
- AEROTOLERANTES: suportam a presença de O2, apesar de 
não o utilizarem. Ex: Streptococcus faecalis e Lactobacillus 
 Anaeróbias: 
- ANAERÓBIAS ESTRITAS: não toleram o2. São bactérias 
produtoras de potentes toxinas, que só se desenvolvem, 
respectivamente, em tecidos necrosados e alimentos proteicos 
enlatados, ambos carentes de O2. Ex: Clostridium tetani e 
Clostridium botulinum.

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