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Disciplina de ECONOMIA INTERAÇÃO E COMPETIÇÃO DOS AGENTES ECONÔMICOS NO SISTEMA DE LIVRE MERCADO E A FORMAÇÃO DO SISTEMA DE PREÇOS Wilson Mendes do Valle Todos os direitos desta edição reservados à Universidade Tuiuti do Paraná. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida e transmitida sem prévia autorização. Divisão Acadêmica: Marlei Gomes da Silva Malinoski Divisão Pedagógica: Analuce Barbosa Coelho Medeiros Margaret Maria Schroeder Divisão Tecnológica: Flávio Taniguchi Haydée Silva Guibor Neilor Pereira Stockler Junior Projeto Gráfico Neilor Pereira Stockler Junior Editoração Eletrônica Haydée Silva Guibor Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca “Sydnei Antonio Rangel Santos” Universidade Tuiuti do Paraná Material de uso didático. Universidade Tuiuti do Paraná Reitoria Luiz Guilherme Rangel Santos Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação Afonso Celso Rangel dos Santos Pró-Reitoria Administrativa Carlos Eduardo Rangel Santos Pró-Reitoria Acadêmica Carmen Luiza da Silva Disciplina de ECONOMIA 1º Bimestre Unidade 1.3 INTERAÇÃO E COMPETIÇÃO DOS AGENTES ECONÔMICOS NO SISTEMA DE LIVRE MERCADO E A FORMAÇÃO DO SISTEMA DE PREÇOS Wilson Mendes do Valle NOTAS SOBRE O AUTOR Wilson Mendes do Valle – possui graduação em Ciências Econômicas, Faculdades Reunidas de Admin. Ciências Contábeis e Econômicas de Palmas (1985), graduação em Administração Rural, Faculdades Reunidas de Admin. Ciências Contábeis e Econômicas de Palmas (1988), aperfeiçoamento em Relações Internacionais pela Baldwin-Wallace College-EUA (1998), especialização em Elaboração, Análise e Avaliação de Projetos Públicos e Privados pelo IPARDES-PR (1989), mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná (1998). Atualmente é professor adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Internacional, atuando principalmente nos seguintes temas: cidades, qualidade de vida, índices, agronegócio, negócios internacinais e economia agrícola. ORIENTAÇÃO PARA LEITURA Citação Referencial Destaque Dica do Professor Explicação do Professor Material On-Line Para Reflexão SUMÁRIO OBJETIVOS DO ESTUDO .......................................................... PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................. CONCEITUAÇÃO DO TEMA ...................................................... INTERAÇÃO E COMPETIÇÃO DOS AGENTES ECONÔMICOS NO SISTEMA DE LIVRE MERCADO E A FORMAÇÃO DO SISTEMA DE PREÇOS .............................................................. 1 Aspectos conceituais de Mercado ............................................ 2 Análise da demanda do Mercado ............................................. 3 Análise da oferta do Mercado .................................................. 4 Equilíbrio do Mercado .............................................................. 5 Estudo das elasticidades ......................................................... 6 Estruturas, poder de mercado e competição ............................ SISTEMATIZANDO .................................................................... REFLEXÕES SOBRE O TEMA ................................................... EXERCÍCIOS .............................................................................. PARA SABER MAIS .................................................................... REFERÊNCIAS ........................................................................... 9 10 11 11 11 12 16 19 23 29 35 38 39 40 41 9 OBJETIVOS DO ESTUDO Perceber o funcionamento das forças de oferta e demanda no mercado, suas implicações, bem como, do sistema de competição e a formação dos preços. 10 PROBLEMATIZAÇÃO Por que os preços variam num sistema de livre mercado? Por que uma pessoa compra maior quantidade de um bem, ao passo que outra compra menos do mesmo bem? O que influencia as pessoas a consumir? Como os bens são disponibilizados no mercado? Como os vendedores competem no mercado? Por que ocorrem cartéis no mercado? 11 CONCEITUAÇÃO DO TEMA INTERAÇÃO E COMPETIÇÃO DOS AGENTES ECONÔMICOS NO SISTEMA DE LIVRE MERCADO E A FORMAÇÃO DO SISTEMA DE PREÇOS 1 Aspectos conceituais de Mercado Considera-se Mercado a instituição social onde os bens e serviços, assim como os fatores produtivos, são objetos de troca. No mercado ocorrem as ações de compra e venda, ou seja, de um lado temos os consumidores que compram os bens ou serviços, e do outro, os produtores ou vendedores que vendem os bens e serviços. O mesmo ocorre no mercado de fatores de produção. Estes dois lados do mercado, compradores e vendedores dão origem a duas grandes forças do mercado: os consumidores formam a força de demanda ou procura e os produtores ou vendedores formam a força de oferta. Assim, no estudo de um livre mercado, o mesmo sempre vai ser regido por estas duas forças. 12 Preços do mercado Para efeito de estudo do mercado considera-se dois tipos de preços: preço absoluto e preço relativo. O preço absoluto (em caráter isolado) refere-se ao número de unidades monetárias necessárias para adquirir certa quantidade de um bem ou serviço. Já o preço relativo, mais relevante na análise dos mercados, diz respeito ao preço de um bem ou serviço comparado com o preço de outros bens ou serviços. Por exemplo: se os preços da Coca-Cola e do Guaraná reduzem 10% provavelmente nada vai acontecer com a quantidade demandada destes dois refrigerantes; entretanto, se o preço da Coca-Cola reduzir e o do Guaraná se mantiver, mantendo-se as demais condições constantes, provavelmente vai aumentar a demanda por Coca- Cola e reduzir a de Guaraná. Condição “coeteris paribus” Para analisar um mercado específico, a microeconomia se vale da hipótese de que tudo o mais permanece constante, representada pela expressão latina coeteris paribus. Adotando- se essa hipótese torna-se possível o estudo de um determinado mercado, selecionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes econômicos, representados pelos compradores e vendedores. 2 Análise da demanda do Mercado A lei da demanda Definimos como demanda ou procura a quantidade de bens ou serviços que os consumidores/compradores se dispõem a adquirir no mercado a um dado preço, num dado tempo. A lei da demanda mostra que a quantidade demandada de um bem ou serviço é inversamente relacionada ao seu preço. 13 Ou seja, uma dada elevação no preço provoca a redução da quantidade demandada, ou uma dada redução no preço provoca uma elevação na quantidade demandada. Dois motivos mostram a lógica das quantidades demandadas reduzirem quando os preços aumentam. Em primeiro, um aumento do preço faz com que os consumidores procurem outros bens substitutos com preços menores, provocando, portanto, a redução da quantidade demandada para aquele bem que teve o preço aumentado. Isto, no mercado, é chamado de “efeito substituição”. Em segundo, o aumento do preço também reduz a capacidade de compra do consumidor, considerada a sua renda disponível para gastar com o bem, reduzindo em consequência as quantidades consumidas. Isto é chamado de “efeito renda”. O preço é, portanto a principal variável que influi nas quantidades demandadas no mercado. Entretanto, outras variáveis ou fatos podem influir na demanda, como: a) a renda dos consumidores; b) o preço dos bens substitutos; c) os preços dos bens complementares; d) tamanho do mercado (entrada ou saída de consumidores); e) os gostos, hábitos e preferências dos consumidores, estações do ano, etc. Um bem substituto é aquele que difere de outro, mas serve às mesmas finalidades, como manteiga e margarina, por exemplo. Já um bem complementar tem a sua demanda vinculada a de outro bem, como camisas sociais e gravatas, por exemplo. A curva de demanda A curva de demanda mostra a relação preço/quantidade demandada de um dado bem. A demandado mercado compreende 14 a soma de todas as demandas individuais de cada consumidor no mercado, como pode ser visto na figura abaixo: Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.18). Disponível na biblioteca virtual Pearson. Ao preço R$ 20,00 Miguel demanda 4 CDs. Já Vitor a esse preço demanda apenas 3 CDs. Considerando hipoteticamente que o mercado de CDs fosse representado por estes dois consumidores teríamos como demanda de mercado a quantidade de 7 CDs, quando o preço de cada unidade fosse R$ 20,00. O gráfico “c” mostra, portanto, a curva de demanda do mercado, cujas quantidades demandadas variam inversamente proporcionais aos preços unitários. Variações nas quantidades demandas e na demanda A variação na quantidade demandada de um bem está diretamente relacionada com a variação no preço deste bem, 15 ou seja, ocorre um deslocamento de pontos ao longo da curva da demanda deste bem. Por outro lado, ocorre a variação na demanda de um bem, quando um ou mais fatos modificadores da demanda a alteram contribuindo para o aumento (deslocamento da curva de demanda para a direita) ou diminuição da mesma (deslocamento da curva de demanda para a esquerda). Isto pode ser visto nos gráficos abaixo: Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.20). Disponível na biblioteca virtual Pearson. Em “a” podemos ver que na curva de demanda “D0” os deslocamentos dos pontos AB ou BA sobre a mesma ocorrem somente em função da variação dos preços P0 e P1. Por outro lado, em “b” vemos que as curvas de demanda D1 e D2 foram deslocadas para a direita e esquerda, respectivamente, em função de um efeito modificador da demanda, como por exemplo, um aumento ou diminuição na renda do consumidor respectivamente. Em “a” podemos ver ainda que a demanda D0 pode se deslocar para D1 com uma quantidade demandada maior no ponto A’ sem necessariamente precisar baixar o preço P0. Considerando o exemplo de um aumento na renda, podemos concluir com isto, que o consumidor pode comprar mais de um bem, mesmo que o preço se mantenha ou até aumente, fazendo que a curva de demanda se desloque para a direita. 16 3 Análise da oferta do Mercado A lei da oferta Define-se como oferta a quantidade de bens e serviços que os produtores/vendedores estão dispostos a disponibilizarem ao mercado a um determinado preço, num determinado tempo. Pela lei da oferta verifica-se que ocorre uma relação direta entre as variáveis quantidade/preço, ou seja, quanto maior é o preço, mais quantidades são ofertadas, e vice e versa. Isto se justifica pelo fato de os produtores/vendedores terem expectativas de maiores lucros quando os preços são elevados. Além do preço, outros fatores influem na oferta do mercado, a saber: a) preço dos bens alternativos de produção ou venda; b) custo de produção; c) inovação tecnológica; d) número de empresas ofertantes. Quando os produtores/vendedores mudam suas alternativas de produção ou venda de um bem para outro, geralmente aumenta a oferta do segundo e reduz do primeiro. Quando ocorre um aumento no custo de produção de um bem a oferta do mesmo se reduz. Com a queda no custo, a oferta tende a aumentar. Quanto a inovação tecnológica, quando a mesma é incorporada na produção ocorre um aumento da oferta do produto. Já com relação a composição do mercado, mais empresas entrantes provoca um aumento da oferta. Com a saída de empresas do mercado ocorre uma retração na oferta. A Curva de oferta A oferta do mercado é a soma de todos os ofertantes individuais que compõe este mercado. Isto pode ser mostrado na tabela e gráficos abaixo: 17 Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.23). Disponível na biblioteca virtual Pearson. Considerando um mercado fictício de CDs composto por dois ofertantes, o Som Jovem e o Som Fun, vemos que ao preço de R$ 20,00 a unidade o primeiro vendedor está disposto a ofertar no mercado 4 unidades, e o segundo, a este mesmo preço está disposto a ofertar somente 3 unidades. Nos gráficos “a” e “b”, temos a curva de oferta individual de cada vendedor. Já em “c”, temos a curva de oferta do mercado que é a soma das ofertas de cada vendedor, ou seja, 7 unidades ao preço de R$ 20,00. Variações nas quantidades ofertadas e na oferta Como na demanda, na oferta também podem ocorrer dois tipos de variações. Em primeiro, variação na quantidade ofertada que é o deslocamento de pontos sobre a curva de oferta e está relacionada à variação nos preços. Em segundo, variação 18 na oferta, ou seja, independente de variar os preços toda a curva de oferta pode se deslocar para a direita (aumento da oferta) ou para a esquerda (diminuição da oferta). A variação na oferta do mercado sempre está relacionada à ocorrência de um ou mais fatores que afetam a oferta. No quadro abaixo podemos ver alguns efeitos que contribuem para as variações na quantidade ofertada e na curva de oferta: Uma mudança... Causa um... No preço do bem Movimento ao longo da curva de oferta No preço dos fatores (custo de produção) Deslocamento da curva de ofertaNa tecnologia No número de empresas no mercado Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.25). Disponível na biblioteca virtual Pearson. No gráfico abaixo, um exemplo de deslocamento da curva de oferta: Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.25). Disponível na biblioteca virtual Pearson. 19 Considerando a curva de oferta inicial “O0”, um efeito modificador, como por exemplo, a entrada de novos ofertantes no mercado, causa o deslocamento dela para a direita, “O0O1”, contribuindo para o aumento da oferta do mercado. Por outro lado, consideremos como exemplo, a saída de ofertantes do mercado. Neste caso ocorre um deslocamento da mesma para a esquerda, “O0O2”, contribuindo para uma redução da oferta do mercado. Notar que para os efeitos de deslocamento da curva de oferta, tanto para a direita como para a esquerda, não precisa que variem os preços para os ofertantes tomarem suas decisões no mercado. Os fatos modificadores vão afetar as forças do mercado, contribuindo depois para uma alteração nos preços, como vermos mais adiante. 4 Equilíbrio do Mercado Alcançando o equilíbrio O mercado alcança o equilíbrio quando as forças de oferta e demanda se igualam num ponto ocasionando um preço de equilíbrio, onde as quantidades demandadas e ofertadas e este preço são iguais. Dizemos que no equilíbrio do mercado há uma coincidência de vontades, ou seja, a um dado preço, o interesse dos consumidores em comprarem uma dada quantidade se iguala com o interesse dos ofertantes em disponibilizarem essa mesma quantidade a esse preço. No ponto de equilíbrio não sobra e não falta produto no mercado. Tudo o que os vendedores disponibilizam ao preço de equilíbrio os compradores compram. No gráfico abaixo podemos ver um exemplo do mercado em equilíbrio e as possíveis consequências se o mesmo operar fora do preço de equilíbrio: 20 Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.26). Disponível na biblioteca virtual Pearson. Um preço praticado acima do equilibrio motiva os vendedores ofertarem mais e os consumidores a demandarem menos unidades do produto, ocasionando, portanto, um excedente de produto no mercado. Do mesmo modo, se os preços praticados estiverem abaixo do preço de equilibrio motiva os vendedores a ofertarem menos quantidades e os consumidores a demandarem mais quantidades, ocosionando, portanto, uma escassez no mercado. No primeiro caso teríamos mais oferta do que demanda, e no segundo cado, mais demanda do que oferta. Num sistema de livre mercado, se houver temporariamente um desequilibrio, o livre jogo das forças de oferta e demanda agem de modo automático tendendo para o equilibrio. Isto pode ser visto na tabela abaixo: 21 Preço em reais (P) Quantidade demandada (D) Quantidade ofertada (O) Escasses ou Excedente Pressão sobre o preço 10 13 1 Escassez Altista 15 10 4 Escassez Altista 20 7 7 Equilibrio Estável 25 4 10Excedente Baixista 30 1 13 Excedente Baixista Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.26). Disponível na biblioteca virtual Pearson. Como mostrado, um mercado em desequilibrio, onde existe mais demanda que oferta (escassez) motiva os consumidores a pagar mais por cada unidade do produto, ocasionando uma pressão altista sobre o preço, e com isto, motivando os vendedores a ofertar mais quantidades, levando ao equilibrio do mercado. De modo contrário tambem ocorre num desequilibrio quanto tem mais oferta que demanda (excedente). Como os produtos estão sobrando no mercado, ocorre uma pressão baixista sobre os preços. Com os preços em baixa, os consumidores demandarão mais unidades, levando o mercado ao equilibrio ao equlibrio. Variações no equilibrio do mercado Estando um mercado em eqilibrio, fatos modificadores que agem sobre a oferta ou a demanda fazem com que as curvas de oferta ou demanda se desloquem para a direita ou esquerda, dependendo de qual fato ocorra no mercado. Esta ocorrencia gera um desequilibrio no mercado, que de modo automatico, num sistema de livre mercado, leva a um novo equilibrio, fazendo baixar ou aumentar os preços, de conformidade com o deslocamento das duas forças. No gráfico abaixo podemos ver dois tipos de 22 deslocamentos: Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.27). Disponível na biblioteca virtual Pearson. Em “a” temos um exemplo de aumento na renda do consumidor. Com isto, dado o maior poder de compra do consumidor, faz com que haja um aumento de demanda provocando o deslocamento da curva da demanda para a direita (D0D1). Em decorrência, o equilibrio do mercado vai também se deslocar de E0E1, forçando o preço subir de R$ 20,00 para R$ 25,00 cada unidade do produto. O gráfico “b” já mostra como exemplo a entrada de mais empresas no mercado, o que leva a um aumento na oferta do mercado. Como o mercado estava equilibrado, com isto vai deslocar a curva de oferta para a direita (O0O1) levando o mercado a um novo equilibrio, de E0E1. Em função do excesso de produto que passa a ocorrer, os preços vão baixar de P0 para P1. Como mostrado, os mercados estão em constante dinamica dado os fatos que provocam os deslocamentos das forças de oferta e demanda. Isto, no contidiano, não ocorre somente no 23 mercado de bens e serviços, mas em todos os mercados onde hajam compradores e vendedores. Como exemplos podemos pensar no mercado de trabalho (variáveis: salários x mão de obra); no mercado de valores (variáveis: preços x ações); no mercado de câmbio (variáveis: taxa de câmbio x moeda estrangeira); no mercado monetário (variaveis: taxa de juro x meios de pagamento), entre outros. Seguindo a lógica, para facilitar o raciocinio economico podemos considerar: 5 Estudo das elasticidades Elasticidade-preço da demanda Definimos como elasticidade-preço da demanda a medida da razão entre a variação percentual da quantidade demandada de um bem e a variação percentual de seu preço, mantendo-se constantes todos os demais fatores que afetem a quantidade demandada (Mochón, 2007, pg. 40). Chamando esse coeficiente encontrado de Ep podemos verificar que o mesmo mede a sensibilidade que o consumidor tem em demandar um bem ou serviço, dada uma variação no seu preço. Pela lei da demanda sabemos que se o preço de um bem ou serviço aumentar, o consumidor reduz a quantidade demandada. Entretanto, pela medida da elasticidade poderemos avaliar em que percentual ele vai reuduzir essa quantidade. Por exemplo, se o preço aumentar em 10%, será que ele vai reduzir a quantidade demanda em mais de 10%? Ou memos de 10%? Ou apenas reduzirá no mesmo percentual? “Tudo o que tem em excesso, perde valor; tudo o que é escasso, ganha valor” 24 Assim, o estudo da elasticidade é de grande importância para conhecer um dado mercado, como também, para a tomada de decisão dos empresários. Para encontrarmos o coeficiente da elasticidade-preço da demanda utilizamos a seguinte fórmula: Definido o coeficiente Ep, podemos classificar quanto a elasticidade-preço da demanda do bem ou serviço avaliado, como abaixo: Se Ep > 1 a demanda é dita Elástica Se Ep = 1 a demanda é dita Unitária Se Ep < 1 a demanda é dita Inelástica Uma demanda elástica significa que uma dada variação percentual no preço resulta numa variação percentual mais que proporcional na quantidade demanda. Ou seja, o consumidor se mostra sensível aos preços alterando de forma significativa o consumo. Um exemplo é o mercado de automóveis, onde uma promoção com redução 10% nos preços pode aumentar as vendas em 20%. Da mesma forma, uma demanda unitária significa que uma dada variação percentual no preço resulta numa variação percentual na quantidade demandada na mesma proporção. Ou seja, mostra que o consumidor não se mostra muito sensível na variação do seu consumo em relação a variaçãos dos preços. Como exemplo, digamos que o preço do leite aumentou 10% com o consumidor reduzindo as quantidades consumidas na mesma proporção. Por outro lado, uma demanda inelástica significa que uma dada variação percentual no preço resulta numa variação percentual na quantidade demandada menos que proporcional. 25 Trata-se, neste caso, de uma situação em que o consumidor é pouco sensível as variações de preços, pouco alterando as quantidades consumidas do bem ou serviço. Como exemplo, podemos considerar que o preço do sal aumentou 20% com uma redução de apenas 5% nas vendas do mercado. Ou o preço do mesmo produto tenha reduzido em 10% com um aumento de apenas 2% nas vendas. Como visto, podemos avaliar que se trata de um produto essencial ao consumo e com quase nenhum bem substituto próximo, não dando muita opção de escolha ao consumidor. Assim, independente de estar caro ou barato, o consumidor vai variar muito pouco as quantidades consumidas. Podemos considerar dois principais fatores que afetam a elasticidade: a) essencialidade do bem; b) existencia de substitutos proximos. Considerando isto, podemos concluir que quanto mais essencial um bem for, mais inelástica será a sua demanda. Em contrapartida, quanto menos essencial for, mais elastica sera a demanda. Por outro lado, quanto mais substitutos um bem tiver, mais elástica será a sua demanda. Em contrapartida, quando menos substitutos tiver, mais inelástica será a sua demanda. Em geral, bens muito essenciais aos consumidores e que não dispõem de substitutos próximos apresentam demanda inelástica (Ep < 1). É o caso dos remédios, do sal de cozinha, do cigarro, entre outros. Por outro lado, bens pouco essenciais, cujo consumo pode ser postergado ou que tem muitos substitutos próximos dando mais opções de escolha ao consumidor, em geral possuem demanda elástica (Ep > 1). Como exemplo podemos citar os automóveis, roupas, eletrodomésticos, calçados, entre outros. 26 Elasticidade e tributação do mercado A teoria da elasticidade também é levada em conta nas políticas de tributação do mercado pelo governo. Tributar produtos que tenha demanda elástica, por exemplo, não é muito eficiente em termos de aumento da receita tributária, vez que as vendas podem reduzir com maior significância afetando a arrecadação. Assim, a tributação mais elevada de produtos com demanda inelástica é mais eficiente para o governo, pois os consumidores não tendo muita opção de escolha não reduzirão sensivelmente o consumo, contribuindo para o aumento da arrecadação tributária. No Brasil temos os cigarros e as bebidas alcoólicas com pesada carga tributária e que são produtos de demanda inelástica. Elasticidade e receita total Conhecer a eslaticidade do produto que se opera no mercado é de suma importância, principalmente quando se precisa tomar decisões sobre preços. Considerando que receita total (RT) é o produto da quantidade vendida multiplicada pelo preço unitário (Q x P), no quadro abaixo podemos analisar as possíveis variações: DEMANDA PREÇO RECEITA TOTAL Elástica Inelástica Elaboração: Prof. Wilson Mendes do Valle 27 Considerando um bem ou serviço que apresenta demanda elástica, se o vendedor aumentar o preço contribuirá para uma redução da receita total, uma vez que as vendas cairão em maior proporção, descompensando o aumento que se esperava com a elevação do preço. O mesmo já não ocorre se o vendedor baixar o preço para um produto de demanda elástica. A redução provoca um aumento em maior proporção nas vendas, compensando o que foi baixado no preço e contribuindo para aumentar a receita total. Na demanda inelástica, o aumento do preço contribui para aumentar a receita total, pois a queda menos que proporcional nas vendas compensa os ganhos do aumento do preço. Por outro lado, na demanda inelástica, uma redução no preço não provocará um aumento mais que proporcional nas vendas, ocasionando assim, uma queda na receita total. O que se perdeu em preço não é compensado, pois as vendas não aumentarão em maior proporção. Elasticidade-Renda da demanda As decisões de demanda dos consumidores pode ser avaliada também a partir da variação na renda dos mesmos. Assim, definimos como elasticidade-renda da demanda a medida da razão entre a variação percentual da quantidade demandada de um bem e a variação percentual na renda do consumidor, mantendo-se constantes todos os demais fatores que afetem a quantidade demandada. A elasticidade-renda é importante para avaliar os tipos de bens que o consumidor tem como hábito consumir, se para ele é um bem normal, superior (ou de luxo) ou inferior. Estes tipos de bens normalmente são definidos pelo padrão de renda do consumidor. Para definir o coeficiente de elasticidade-renda (ER) é utilizada a seguinte fórmula: 28 Definido o coeficiente ER, podemos classificar quanto a elasticidade-renda da demanda o bem ou serviço avaliado, como abaixo: Coeficiente ER Tipo de bem Ocorrência ER > 1 Superior ou de Luxo Um aumento na renda dos consumidores leva a um aumento mais que proporcional no consumo do bem. 0 < ER < 1 Necessário ou Normal Um aumento na renda dos consumidores leva a um aumento menos que proporcional no consumo do bem. ER < 0 Inferior Um aumento na renda dos consumidores leva a uma redução no consumo do bem. Elaboração: Prof. Wilson Mendes do Valle Os chamados bens superiores ou de luxo têm seu consumo bastante atomizado com pequenos incrementos na renda dos consumidores. Normalmente entre estes considera-se os eletrônicos, automóveis e eletrodomésticos. Esta tendência pode ser vista no mercado brasileiro nos últimos anos, onde a mudança do padrão de renda, principalmente de classes que antes tinham pouco poder de consumo, contribuiram para alavancar o mercado destes bens. Já para os bens ditos inferiores, o aumento na renda dos consumidores provoca a redução no consumo destes bens, pois com melhoria no padrão de renda os consumidores ficam mais exigentes trocando bens de menor qualidade por bens de qualidade superior. Neste caso, as estratégias dos produtores 29 e vendedores devem adequar-se a novos padrões de consumo quando há melhoria na renda dos consumidores. Elasticidade-preço da oferta Como no caso da demanda, a oferta também pode ser elástica, de elasticidade unitária ou inelástica. Para levantar o coeficiente de elasticidade da oferta (Eo), segue-se o mesmo princípio da demanda, lembrando que a curva de oferta apresenta uma relação direta entre variação de preço e variação de quantidade. De modo geral, a elasticidade da oferta não é muito utilizada para a tomada de decisão dos empresários, pois no planejamento da produção existem outras variáveis que devem ser levadas em conta além da variação dos preços. Em relação a isto, merece destaque o caso da produção agrícola. Normalmente este setor apresenta oferta bastante inelástica, ou seja, mesmo que haja grande oscilação nos preços agrícolas os produtores não variam muito a sua produção. Segundo os economistas, isto ocorre devido a fixidez dos ativos do setor agrário, pois os agricultores têm poucas opções de uso alternativo para seus ativos de produção (terra, tratores, instalações fixas, etc) no curto e médio prazos, o que os obriga a manter um nível estável de produção independente se os preços estão altos ou baixos. 6 Estruturas, poder de mercado e competição A organização dos mercados O sistema de competição nos mercados, e consequentemente o chamado poder de mercado, ocorre em função da forma em que os mesmos estão estruturados e organizados. Nos mercados especificos de cada bem ou serviço pode-se ter do lado dos vendedores muitos operando, poucos ou apenas um. O mesmo ocorre do lado do comprador. 30 Para certos tipos de produtos se pode ter muitos compradores, poucos ou apenas um. Em geral, podemos afirmar que, quanto maior o número de participantes, mais competitivo é o mercado, e quanto menor, mais concentrado. Em grande parte, o poder de mercado decorre do maior nível de concentração que ele apresenta. Do lado dos vendedores podemos considerar como concentrado o monopólio, cujo mercado é dominado por um só vendedor, e o oligopólio, operado por poucos vendedores. Já do lado dos compradores, temos concentração no monopsônio onde existe um só comprador para todos os vendedores, e o oligopsônio com poucos compradores para para vários vendedores. Em relação a concorrencia existem dois tipos básicos num mercado considerando a sua composição e estratégias adotadas pelos os vendedores. De um lado, temos a concorrência perfeita, onde os vendedores competem só via preços, já que operam com produtos homogêneos; de outro, a concorrência imperfeita que comprende as estruturas de monopólio, oligopólio e concorrência monopolística. Nesta última, a concentração e outras estratégias competitivas dão às empresas poder de mercado, levando-as a praticar uma competição extra-preço. Considerando os vendedores, comumente mais estudado, o quadro abaixo apresenta os principais tipos de estrutura de mercado: Francisco Mochón. Princípios de economia (pg.67). Disponível na biblioteca virtual Pearson. 31 Concorrência perfeita A concorrencia perfeita é um tipo de competição onde existe um grande número de vendedores de um lado e um grande número de compradores do outro. As principais características deste modelo são: a) mercado bastante atomizado com grande número de empresas; b) firmas pequenas sem poder de influenciar o mercado individualmente; c) livre entrada e saída do mercado, sem barreiras; d) livre informações do mercado (preços, produtos, etc.), conhecidas de todos os participantes; e) todos os produtos são homogêneos, não existindo diferenciação. Por tratar-se de um tipo de mercado onde todos os produtos seriam homogêneos, a competição entre os vendedores ocorre efetivamente somente via-preços, pois não existe nenhum diferencial para os mesmos competirem entre si, a não ser o próprio preço. Em decorrência, constata-se sua quase inexistência na prática, considerando que modernamente os bens e serviços sofrem níveis elevados de diferenciação. Monopólio A estrutura de monopólio caracteriza-se como o extremo de um mercado imperfeito, onde um único vendedor detém todo o domínio do mesmo, não havendo portanto competição. Em decorrencia, é um sistema onde o nível de preços aos consumidores é o mais alto possível. Podemos classificar os monopólios em privados e públicos, sendo que este último pode ser uma empresa que tem participação do governo (as estatais) ou uma concessão dada pelo governo para uma empresa privada explorar determinado 32 segmento de mercado (regulados ou regulamentados). Em ambos os casos, estatal ou regulado, a exclusividade de operação é dada via norma legal. Quanto aos monopólios privados, os mesmos utilizam-se de estratégias de mercado para manter a exclusividade de dominio. Entre estas são comuns a “adoção de barreiras” à entrada de novas firmas. Entre as mais usuais temos o domíniode marcas e patentes que lhe dão exclusividade de operação para determinado produto, detenção de fontes, matérias-primas ou prática de preços competitivos que inibem a entrada de concorrentes. Por se tratar em sua maioria de grandes empresas, geralmente tem ganhos de escala, produzindo com custos unitários mínimos, o que facilita manter o domínio do mercado. Quanto aos monopólios públicos, em geral são deficientes e oneram os consumidores, pois sem a necessária competição não são motivados a inovar em preço e qualidade dos bens ou serviços ofertados. Em alguns casos justificam-se os monopólios públicos, como em setores que demandam grandes investimentos e são essenciais para a sociedade. Na área das concessões (monopólios regulados ou regulamentados), como pedágio, transporte de ônibus urbano, emissoras de radiodifusão, entre outros, também justifica a regulação, pois são setores complexos que não podem ser abertos à livre competição. Entretanto, é comum ver neste segmento o comodismo de algumas empresas concessionárias, não inovando ou melhorando produtos ou serviços prestados, dada a exclusividade que têm com o domínio do mercado. Oligopólio Sendo o oligopólio uma estrutura onde poucas grandes firmas dominam o mercado e considerando um sistema de competição pura, tendo cada firma a capacidade de influir individualmente no mercado, a ação de uma empresa sempre é correspondida por uma reação da concorrente. Assim, se uma abaixa o preço, necessariamente as demais devem acompanhar 33 para não perderem clientes. Entretanto, se uma eleva o seu preço, racionalmente as concorrentes não acompanharão, pois seriam beneficiadas com o ganho de clientes. Como no oligopólio as firmas operam com produtos de elevado nível de diferenciação (bebidas, alimentos, automóveis, produtos de higiene, etc), é comum o uso intensivo da propaganda. Também se valem de barreiras à entrada de novas firmas, como a detenção de marcas, patentes e economias de escala (custo unitário mínimo). Também pode ocorrer neste modelo de mercado a cooperação entre firmas através de acordos, conluios e outros (carteis), visando a busca de ganhos conjuntos e a manutenção do mercado. Embora proibidos pela Lei de Defesa da Concorrência, que inibe também outras práticas danosas à livre competição, as firmas acabam optando por uma cooperação do que por uma guerra competitiva, que as levaria a perder mercado, o que propiciaria a entrada de outras concorrentes. Um mercado cartelizado se transforma num monopólio, pois as empresas obedecem a um comando central, desaparecendo a competição. A Lei de Defesa da Concorrência tem por objetivo controlar a conduta dos agentes e a estrutura do mercado evitando a concentração. Nesta parte, tem no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) o seu principal órgão executivo, com poderes para autorizar ou vetar as fusões ou incorporações de empresas, controlando assim a concentração do mercado e promovendo a livre competição. Concorrência ou competição monopolística O modelo de concorrência monopolística é uma estrutura idêntica ao modelo de concorrência perfeita, com exceção dos produtos que são diferenciados, onde os competidores competem não somente por preços, mas pela diferenciação. Essa diferenciação pode ser uma marca, uma embalagem ou um processo de fabricação ou um atendimento diferente, no caso da prestação de um serviço. 34 É o sistema mais presente no mercado, composto por uma infinidade de pequenas firmas nos vários ramos, como padarias, postos de gasolina, restaurantes, bares, oficinas, pequenas lojas, salões de beleza, entre outros. Matém fatias de mercado baseadas na diferenciação e fidelidade dos clientes. É comum um cliente passar por vários postos de combustível e abastecer o seu veículo num mais adiante, onde ele acredita ter um atendimento diferenciado, uma marca que mais leha agrada, ou pelo fato do estabelecimento aceitar cartão de crédito, etc. Isto é a diferenciação que dinamiza a competição neste tipo de mercado, o que não se caracteriza apenas pelo preço. Abaixo um quadro síntese da classificação dos mercados, considerando vendedores e compradores: Judas Tadeu Grassi Mendes. Economia: fundamentos e aplicações (pg. 106). Disponível na biblioteca virtual Pearson. 35 SISTEMATIZANDO • Considera-se o mercando como sendo o local onde ocorrem as trocas. O mesmo é composto por compradores e vendedores e é nele que se formam as forças de demanda e oferta. Como elementos fundamentais na análise do mercado consideram-se os preços relativos e não os absolutos que facilitam a comparação. Leva-se em conta ainda, o conceito “coeteris paribus”, necessário para avaliar fatos específicos, não considerando demais fatores que possam influenciar a analise. • A lei da demanda mostra uma relação inversa entre preços e quantidades demandas. Quanto maior o preço, menor são as quantidades consumidas e vice-versa. Fatores como renda, bens substitutos, gostos e hábitos dos consumidores afetam a demanda do mercado. Existe uma diferença entre variação na quantidade demandada e variação na demanda. 36 • A lei da oferta mostra uma relação direta entre preços e quantidades ofertadas. Quanto maior o preço, maior é a quantidade ofertada e vice-versa. Isto ocorre porque os produtores/vendedores com preço mais alto têm maiores expectativas de ganhos. Além do preço, vimos que fatores como a existência de bens alternativos na produção, custos de produção e a tecnologia podem afetar a oferta do mercado. Verificou-se também que existe diferença entre variação na quantidade ofertada e variação na oferta. • A interação entre a curva de demanda e a de oferta estabelece o equilíbrio de mercado. No equilíbrio há um único preço onde as quantidades demandadas e ofertadas são iguais. Qualquer preço praticado fora do equilíbrio pode ocasionar excesso ou falta de produto no mercado. • O estudo das elasticidades é uma importante ferramenta para a tomada de decisão. A demanda pode ser elástica, unitária ou inelástica, como também a oferta. É uma medida de sensibilidade do consumidor ou do vendedor em relação a variação dos preços do mercado afetando as quantidades demandadas ou ofertadas. • Nas estruturas de mercado vimos que as práticas competitivas estão relacionadas à forma de organização do mercado e às estratégias utilizadas pelos agentes vendedores ou compradores dando aos mesmos maior ou menor poder de mercado. Os mercados classificam-se como de concorrência perfeita ou imperfeita. No sistema perfeito a competição ocorre somente via-preços, uma vez que todos os produtos são homogêneos; no modelo imperfeito pode ocorrer a competição extra-preços dado o maior ou menor poder de mercado e a diferenciação dos produtos. Do lado imperfeito temos o modelo de monopólio, onde um só vendedor domina o mercado; o oligopólio onde poucas e grandes firmas dominam o mercado e o modelo de concorrência monopolística com muitas pequenas firmas vendendo produtos diferenciados. Do lado do comprador podemos observar também o modelo de monopsônio, onde um só comprador tem o domínio do mercado, ou o oligopsônio, onde 37 poucos compradores têm esse domínio. Vimos finalmente a importância da existência das normas que regulam e controlam a estrutura, bem como, a conduta dos agentes nos mercados para o bem da livre concorrência. 38 REFLEXÕES SOBRE O TEMA “Uma das mais importantes invenções do homem foi o mercado. Interagindo com os membros da comunidade, ele descobriu que através das trocas poderia acumular riquezas. Seguindo sua natureza de “homo economicus”, lançou-se de corpo e alma à produção, aperfeiçoamento de processos e criação da moeda, facilitando a circulação das mercadorias. Assim, involuntariamente, como raciocinava Adam Smith, na busca dos interesses individuais contribuiu para o bem da economia, dinamizando e fazendo funcionar o mundo contemporâneo”. (W. Valle, in “raciocinandoeconomia”) 39 EXERCÍCIOS Todos os exercícios estão disponíveis na página da disciplina no Ambiente Virtual de Aprendizagem em http://ead.utp.edu.br, para respondê-los é necessário fazer login. 40 PARA SABER MAIS LEITURA COMPLEMENTAR Para melhor entender a importância das leis que defendem a livre concorrência, ler o exemplo: Os Estados Unidos contra a Microsoft, em: Livro: Microeconomia – Pindyck, páginas 339 a 341. Este material está disponível para você, aluno da UTP, na Biblioteca Virtual Pearson: http://utp.bv3.digitalpages.com.br/users/sign_in 41 REFERÊNCIAS MENDES, J. T. Grassi. Economia: fundamentos e aplicações – São Paulo: Prentice Hall, 2004. MOCHÓN, Francisco. Princípios de economia – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. PINDYCK, Robert S. Microeconomia. – 7. ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010. VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2008. 42 Disciplina de ECONOMIA Coordenadoria de Educação a Distância Coordenação Marlei Gomes da Silva Malinoski Divisão Pedagógica Analuce Barbosa Coelho Medeiros Margaret Maria Schroeder Editoração Haydée Silva Guibor Neilor Pereira Stockler Junior
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