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INTRODUÇÃO ÀS SAGRADAS ESCRITURAS AULA 1 Prof. Raimundo Nonato Vieira 2 CONVERSA INICIAL Fernanda, cristã confessa, crê na veracidade das Sagradas Escrituras, mas não tem conhecimento da historicidade desse livro. Então, em uma aula de História na universidade, o professor faz as seguintes indagações: a Bíblia possui um passado objetivo? Teve relação com o mundo social de seu tempo? Como a sua leitura e o seu uso têm sobrevivido? Ao final desta aula, tem-se a expectativa de que se terá dado subsídios históricos e textuais para apoiar Fernanda nas respostas às indagações acima. Saiba mais Para saber um pouco mais sobre a história da Bíblia, leia o capítulo 2 da dissertação de Silva (2007), disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc- rio.br/10438/10438_3.PDF>. TEMA 1 – NA ANTIGUIDADE A história da Bíblia se confunde com a história do livro. A origem do livro está associada, primeiramente, a objetivos muito práticos, como organizar a contabilidade do governo, receitas médicas e controlar imigrantes, ou registrar as famílias locais, as crônicas e os feitos dos reis, suas leis e seus combates. Nesse primeiro momento do que será mais tarde chamado de livro, a escrita e a organização se deram em plaquetas de cerâmicas, conforme deixou perceptível uma narrativa sobre a Biblioteca de Assurbanípal, rei mesopotâmico da Assíria (Mella, 2000, p. 21). Identificamos como primeiro registro de uma porção bíblica escrita as tábuas dos Dez Mandamentos. O pesquisador alheio à perspectiva do zelo religioso coloca Moisés como o primeiro hebreu a destruir livros (Baéz, 2006, p. 87), porém, a sua reescrita e o zelo pela preservação das novas tabuletas revelam a importância dada ao material acolhido. 1.1 O zelo dos escribas É atribuído a Davi o mérito de contribuir para que os textos ricos das Escrituras que temos hoje fossem produzidos. Além de narrativas, salmos e documentos oficiais, ele teria contratado pessoas especializadas para narrar as vitórias e o desenvolvimento do reino emergente (Miller; Huber, 2006, p. 22). Daí https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10438/10438_3.PDF https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10438/10438_3.PDF 3 pode ter nascido uma cultura da escrita sagrada que muito contribuiu para o que se tem hoje em termos de Escrituras Sagradas. Podemos dar como certo o surgimento de um grupo de copistas, escritores, os chamados escribas. Muitos deles eram até mesmo profetas; outros eram apoiadores de algum profeta, ou do serviço do templo. O certo é que sua ocupação estava ligada a escrever os atos e as palavras de Deus, que eram preservados em pergaminhos, papiros e em plaquetas de cerâmicas. Pelo fato de muitos deles estarem associados ao serviço do Templo, esse trabalho era realizado com profundos zelo e atenção. Um escriba bem conhecido das páginas do Antigo Testamento foi Esdras. Outra figura considerada também de muita importância foi Baruque. Foi ele quem acompanhou o profeta Jeremias durante toda a sua vida, inclusive durante as perseguições sofridas por este, e até mesmo durante o seu refúgio em terras egípcias. Foi nessa época que, provavelmente, Baruque deu forma ao livro do profeta Jeremias (Miller; Huber, 2006, p. 32). A qualidade da escrita de livros como Jeremias é resultado de uma boa formação. Em sua maioria, os escribas tinham suas origens associadas às famílias do templo, o que lhes conferia privilégios para o estudo. 1.2 Flávio Josefo Flávio Josefo, em sua obra, deu impulso ao intento de fazer enxergar as marcas de pisadas históricas que valorizaram as Escrituras Sagradas e contribuíram para a credibilidade de sua estrutura e mensagem. Não faremos uma descrição da biografia desse historiador; apenas diremos que ele pertencia a uma família judia de sacerdotes e que nasceu em Jerusalém, no ano de 37 d.C, e viveu até o ano de 103 d.C (Josefo, 1990, p. 41). Uma grande contribuição de Flávio Josefo para o trilho histórico das Escrituras Sagradas foi a primeira descrição histórica da trajetória dos hebreus, tendo o registro bíblico do Antigo Testamento como base, mas relacionando-a com outras fontes disponíveis. A segunda grande contribuição de Josefo foi a sua confirmação de eventos narrados pelos Evangelhos, como as circunstâncias da morte de João Batista. Além disso, ele colocou Jesus no cenário da história de então por meio de uma narrativa, mencionando seu nascimento, sua vida e sua morte e o alvoroço em torno de uma possível ressurreição (Miller; Huber, 2006, p. 61). 4 TEMA 2 – DO PRIMEIRO SÉCULO CRISTÃO À IDADE MÉDIA Nossa intenção não é fazer uma grande descrição da trajetória histórica da Bíblia nesse período, mas apenas verificar de que modo ela deixou um legado baseado em impulsionar conhecimentos como grandes obras literárias e pulverizar saberes. Para alcançar esse objetivo, faremos uma breve visita à grande obra literária, teológica, filosófica e devocional dos pais da Igreja, especialmente os primeiros, e verificaremos a grande contribuição da era das escolas, chamada escolástica, a partir de empreendimentos que visavam estudar a Bíblia e, a partir dela, outras ciências. 2.1 Os pais da Igreja A expressão pais da Igreja foi cunhada posteriormente ao labor desses homens. Decorre do termo usado para identificar os bispos das igrejas, que compunham o magistério da Igreja e que foram responsáveis pela grande maioria dos escritos cristãos até o fim dos anos quatrocentos. Um historiador especializado em Igreja expressa assim a importância dos escritos dos pais da Igreja dos primeiros séculos da cristandade: Os Escritos dos Pais preencheram amplamente o vazio de informações históricas entre o período do Novo Testamento e a última parte do quarto século. Os líderes da Igreja, pela pena e pela voz, construíram uma literatura apologética e polêmica para fazer frente à perseguição externa e à heresia interna. [...] Os escritores citam e usam a linguagem das Escrituras. (Cairns, 1995, p. 57) O que é de suma importância mencionar é o fato de que houve impacto do investimento em métodos de interpretação para compreender melhor a mensagem dos escritos bíblicos sobre a fertilidade para a produção da rica literatura desse período. A leitura da Bíblia e dos clássicos da filosofia foram o sedimento para a produção de grandes obras como a grande literatura deixada por homens como Agostinho e muitos outros. 2.2 A escolástica Depois dos Pais da Igreja, a produção de literatura como consequência do grande impacto das Escrituras sobre as sociedades passou por um período de desenvolvimento e de grande ampliação dos trabalhos dos copistas, especialmente com o surgimento dos mosteiros, que inicialmente visavam à vida 5 ascética e de clausura; eles se mostraram como um espaço fértil para o surgimento de grandes copistas das Escrituras. Em seguida, o surgimento das escolas, ou da universidade, especialmente sob a influência do Império Carolíngio de Carlos Magno, deu uma grande contribuição para a produção de muitos saberes a partir de um apoio nas Escrituras. Há muitas discussões sobre até que ponto o conhecimento ancorado nas Escrituras teria limitado o avanço mais rápido das ciências. Porém deveria ser considerado que os discursos científicos a partir das Escrituras criaram um ambiente fértil para o surgimento de muitos doutores das ciências naturais, da literatura, da arte etc. Homens como Tomás de Aquino, Guilherme de Okham, Abelardo, Anselmo de Cantuária, entre muitos outros, nomes da nova universidade, alargaram o espaço das universidades para muitos saberes além da Teologia e da Filosofia (Baschet, 2009, p. 214). A ciência em torno da Bíblia estava lá, fazendo surgir grandes tradutores das línguas clássicas como grego, latim e hebraico, e o advento do renascimento demonstrou como essa trajetóriacientifica em torno da Bíblia serviu de apoio para o surgimento do movimento renascentista, que inclusive será crítico da própria Escritura Sagrada. TEMA 3 – A BÍBLIA E A REFORMA PROTESTANTE DO SÉCULO XVI Já se tem procurado mostrar que a Bíblia possui uma rica história e que durante sua trajetória histórica ajudou na evolução da literatura e do pensamento dos primeiros séculos. Sua proeminência como estudo filosófico e prático contribuiu para o surgimento e para a evolução da universidade, e sua contribuição para a unificação de línguas, como a alemã, fortaleceu um método de interpretação de textos antigos. A Reforma Protestante do século XVI foi uma expressão viva desse contributo. Além de ter representado, evidentemente, uma transformação da política, da sociedade, do pensamento humano, a Reforma significou uma renovação das Escrituras Sagradas. 3.1 Unificação da língua alemã Nos dias atuais, é consenso que o estudo da Bíblia contribuiu para o conhecimento no campo da literatura, do desenvolvimento das línguas, da 6 arqueologia, da antropologia e de tantos outros legados para a humanidade. Na Reforma, mais uma vez, o trabalho com a Bíblia deixou uma herança inestimável para os povos germânicos: uma língua unificada. Um historiador, descrevendo os dias de solidão de Martinho Lutero no Castelo de Wartburgo, diz: Em nove meses, ele escreveu aproximadamente dúzias de livros e traduziu o Novo Testamento inteiro do grego para o alemão. Em anos posteriores, ele também traduziu o Antigo Testamento para a sua língua materna e até a sua morte ele continuou a revisar o que fizera com o intuito de chegar à perfeição. [...] Sua versão se tornou a posse amada da nação e contribuiu muito para padronizar a linguagem literária. (Latourette, 2006, p. 972) Essa grande obra de Lutero teve um significado simbólico, que foi a abertura da leitura bíblica para todos os fiéis, em sua própria língua. Além do significado religioso, a abertura da leitura da Bíblia em língua popular trouxe uma contribuição social, pois nascia dela uma grande ferramenta para a alfabetização. 3.2 O método de interpretação da Reforma Os métodos de interpretar um texto são antigos, pois os próprios autores das Escrituras escreviam em seus dias de olho no que seus antecessores haviam escrito, compreendendo, por meio da ação divina, e utilizando métodos de interpretar o que fora dito. Os reformadores fortaleceram a crença no método Escritura com Escritura, conhecido como gramático-histórico. Antes do surgimento do método histórico crítico, esse foi, de longe, o método mais usado pela Igreja Cristã para ter a luz das Escrituras. Esse método foi enfatizado pelo uso da tradição e da alegorese, e foi o método mais utilizado pela Igreja da Idade Média. Os reformadores enfatizavam a ideia de que o texto tinha apenas um significado e que ele devia ser compreendido literalmente. Isso não significa que eles negavam a existência de textos alegóricos nas Escrituras. Sobre este assunto, falaremos posteriormente. TEMA 4 – NA MODERNIDADE Para grande parte dos historiadores, a Modernidade teve seu início com a Reforma Protestante, ou, pelo menos, suas ideias inauguraram esse período 7 da História. Com essas considerações, nos aperceberemos da história da Bíblia no intercurso da Idade Moderna. Após a Reforma Protestante, a Reforma Católica e outros movimentos culturais na Europa do século XVI, o Iluminismo surgiu como uma das maiores forças culturais com reverberação em séculos posteriores. Essa força de transformação sociocultural teve uma capacidade multifacetada em frentes diversas das realizações e dos pensamentos humanos. Para a finalidade do momento, descreveremos apenas dois desses movimentos com influência na história das Escrituras Sagradas. 4.1 Criticismo O criticismo é uma forma de abordar o conhecimento atribuído a Kant, filosofo Prussiano do século XVIII. Como ele influenciou a história das Escrituras Sagradas? O criticismo kantiano aborda a impossibilidade de a razão humana ter um conhecimento objetivo, essencial das coisas (Geisler; Feinberg, 1983, p. 71). O criticismo kantiano revolucionou o pensamento humano; Kant é considerado o maior pensador da modernidade. Seu pensamento, e mesmo o ambiente do Iluminismo, influenciou muitos pensadores da ciência bíblica, um termo não conhecido naquele período. Nascia um método de interpretação chamado histórico-crítico, que exigia uma análise crítica das fontes, dos textos e de tudo que envolvia o texto sagrado. Isso resultou em uma grande corrida de lançamentos de pesquisas sobre a confiabilidade do texto bíblico e de muitos outros métodos agregados. Mas isso não foi um acontecimento universal, pois um grande grupo de pesquisadores bíblicos continuaram dando o tratamento ortodoxo às Sagradas Escrituras. 4.2 Historicismo O historicismo é resultado da pesquisa criticista/racionalista das Escrituras. Uma abordagem que nasceu nesse período foi a chamada hipótese das fontes documentais. Essa ideia trabalhava com a tese de que a Bíblia narrava a história da religião de um povo e que essa história era narrada por diferentes tradições religiosas de Israel. Ao biblista Julius Wellhausen é atribuído o desenvolvimento dessa teoria. Segundo ele, o Pentateuco é resultado de 8 produções de quatro fontes religiosas: eloísta, javista, sacerdotal e deuteronomista. Uma consequência dessas pesquisas, chamadas mais tarde de orientação liberal no estudo das Escrituras, foi a proliferação de pesquisas e cursos sobre o Antigo Testamento e Teologia Bíblica em geral. Mais uma vez, o estudo da etnologia bíblica contribuiu para o alargamento das pesquisas em geral nessa área do conhecimento. TEMA 5 – NA PÓS-MODERNIDADE Os sociólogos e historiadores que concordam que estamos vivendo na Pós-modernidade são também, em grande parte, partícipes da ideia de que uma das caracterizações desse tempo é a crise de sentido, a subjetividade para avaliar qualquer realidade. Mas alguns sociólogos concordam que é preciso alguma base objetiva para se encontrar um sentido existencial da complexa vida. 5.1 A crise de sentido O movimento racionalista/criticista/historicista contribuiu para se repensar a ciência histórica como narrativa dos feitos e pensamentos das sociedades, passando a se caracterizar por um espectro hermenêutico. A História passou a ser descontruída e pensadores como Michel Foucault desenvolveram a ideia de descontinuidade da História para beneficiar a visão da micro-história. Passou-se a trabalhar a história do pensamento, das ideias... Isso provocou uma necessidade hermenêutica de compreender a História. Não há mais espaço para a metanarrativa, como o é a narrativa bíblica. Essa mudança no paradigma histórico não é de responsabilidade única de Foucault, pois, antes mesmo dele, a teoria da História já vinha apontando para a micro-história. Essa nova plataforma do pensamento está de acordo com a crise de sentido que a dependência do olhar para a realidade por um prisma puramente hermenêutico veio a desenvolver, estabelecendo assim um olhar hermenêutico intersubjetivo, um arranjo epistêmico providenciado para "salvar" a todos e a todas. Esse olhar para a História e para as metanarrativas confronta diretamente a abordagem que se faz das Escrituras, dando conta de uma revelação na História. A Bíblia sendo a grande História da Salvação. 9 O sociólogo da religião Peter Berger conceitua o sentido, dizendo que “o sentido nada mais é do que uma forma complexa de consciência: não existe em si, mas sempre possui um objeto de referência. Sentido é a consciência de que existe uma relação entre as experiências” (Berger; Luckmann, 2012, p. 15). As Escrituras concordam com essa ideia, pois para a leitura do cânon tudo ganha sentido em Jesus, e todas as demais coisas são referênciaa essa consciência elaborada por escritores sagrados. 5.2 A Bíblia dando sentido à existência Será dito adiante que a Bíblia é um livro religioso, ou seja, que ela trata dos sentidos primeiro e último da vida. Ela conta a história de Deus, que salva a sua criação caída, e apresenta um estilo de vida para essa criação redimida, deixando a esperança de um fim futuro feliz. A ortodoxia cristã tem considerado que a Bíblia permanece porque é a Palavra de Deus e, portanto, está preservada por seu autor divino. Mas também porque ela é a fonte de vida para as maiores inquietações existenciais do ser humano, em qualquer época e contexto social. Ela continua mostrando um rumo objetivo, consolando e servindo para reestruturar as almas mais confusas e perdidas em seus mundos interiores em ruínas. Para a pesquisa bíblica, as Sagradas Escrituras continuam a se sustentar e a permitir ser questionadas; sendo lida de várias maneiras, em vários contextos, a Bíblia é o principal conteúdo em que a Igreja trabalha sua maneira de olhar e interpretar o mundo, assim como definir suas práticas eclesiológicas. NA PRÁTICA Não pode haver profundo aproveitamento do ensinamento das Escrituras se for relegado à insignificância o estudo da história desse livro. Voltemos à Fernanda, nossa universitária, que conhecemos no começo desta aula. Diante do que foi exposto, Fernanda pode se sentir encorajada a abertamente falar que possui uma cosmovisão a partir de um livro religioso que tem uma história bonita, e que ele não apenas serviu como base para as três principais religiões do mundo, mas, a partir de sua influência, muitas sociedades ao redor do globo se desenvolveram; com ele o conhecimento se alargou, grandes instituições mundiais surgiram e governos se estabeleceram com justiça. 10 FINALIZANDO Esta aula percorreu a história da Antiguidade, da Idade Média e das eras Moderna e Pós-Moderna, tendo como objetivo perceber a trajetória histórica das Escrituras Sagradas, além de sua preservação, seu testemunho e sua influência, não apenas religiosa, mas para a formação, especialmente, do pensamento ocidental e o surgimento de grandes instituições como as universidades. As Sagradas Escrituras enfrentam grandes desafios para demonstrar seu valor permanente, não apenas como grande monumento cultural para a humanidade, mas para responder às questões profundas da existência humana. 11 REFERÊNCIAS BAÉZ, F. História universal da destruição dos livros: das tábuas sumérias à guerra do Iraque. Trad. L. Schlafman. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. BASCHET, J. A civilização feudal: do ano mil à colonização da América. Trad. M. Rede. São Paulo: Globo, 2006. BERGER, P.; LUCKMANN, T. Modernidade, pluralismo e crise de sentido: a orientação do homem moderno. Trad. E. Orth. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. CAIRNS, E. E. O cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja Cristã. Trad. I. B. Azevedo. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. GEISLER, N. L.; FEINBERG, P. D. Introdução a filosofia: uma perspectiva cristã. Trad. G. Chown. São Paulo: Vida Nova, 1983. JOSEFO, F. História dos hebreus. Trad. V. Pedroso. Rio de Janeiro: CPAD, 1990. LATOURETTE, K. S. 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