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Qual a importância do pai no pré-natal?
“A principal tarefa do marido é não se deixar ser excluído pelo obstetra, que muitas vezes conhece a moça desde menina e o olha como um intruso. O marido precisa ter consciência de seu papel, de que é mais importante que o médico, de que é o verdadeiro companheiro da mulher. Antes de ser pai, ele é homem. E ela, antes de ser mãe, é sua mulher. Assim ele será melhor pai, ela será melhor mãe e juntos continuarão a ser um bom casal”, defende o psicanalista Francisco Daudt.
“O pai deve dar assistência em tudo que a grávida necessite – tanto nos cuidados com o bebê como com ela mesma. Ele deve estar atento às consultas médicas, aos exames necessários, à alimentação e ao controle do peso dela. Tudo isso é importante para que a gestação não se torne mais pesada para a mãe do que para o pai”, acrescenta a psicóloga Cristiane Gai. “É interessante que o marido participe dos exames no pré-natal, uma forma também de curtir a gravidez e, assim, auxiliar na elaboração de sua nova condição, que é ser pai. Essa relação ajuda na formação de um vínculo entre pai e filho, mesmo com o bebê ainda dentro do útero”, finaliza a psicóloga Isis Pupo.
É importante o pai estar na sala de parto?
O fundamental é o apoio, e isso varia de acordo com cada casal. “No parto, o papel paterno é de compreensão pelo momento único que a mulher está passando, pelas dores que ele jamais vai sentir, por exemplo. Acima de tudo, a presença do pai deve ajudar a gestante a se sentir segura”, explica a psicóloga Cristiane Gai. Na opinião do psicanalista Francisco Daudt, o marido deve apoiar a mulher, estar a seu lado, darlhe a mão. “Friso que, antes de pai e mãe, eles são marido e mulher”, ele diz. Se o seu marido entra em pânico só de pensar na sala de parto, fique calma. A psicóloga Isis Pupo defende que estar na sala de parto é opcional: “Deve-se respeitar os próprios limites. O ideal é assistir ao parto se for para passar tranquilidade e apoio à mãe e ao bebê. Caso contrário, é melhor esperar que o recém-nascido chegue ao berçário”.
Preciso pagar alguma taxa para que o pai do meu filho participe do parto?
Não. A lei garante: tanto no sistema público como no privado, a gestante tem direito a um acompanhante de livre escolha durante o trabalho de parto, o parto e o pós-parto, sem pagar nenhuma taxa extra.
Algumas mães afastam o pai da criança nos primeiros meses por achar que só elas dominam o jeito certo de fazer as coisas. Como resolver essa situação para a mãe se sentir segura e o pai não se sentir excluído?
“Desde o momento que o bebê nasce, o ideal é que o pai participe dos cuidados com a criança: ele deve assistir ao banho demonstrativo, que é realizado em diversos hospitais, conversar com os pediatras e enfermeiras, não ter vergonha de perguntar e arriscar, afinal nenhum filho vem com manual de instruções. A aprendizagem só vem com a prática, e as mães também passam por isso. Se, mesmo com todo esse esforço, ainda houver desconfiança, vale ter uma boa conversa e expor os sentimentos para a parceira”, incentiva a psicóloga Isis Pupo. Para o psicanalista Francisco Daudt, a divisão de tarefas e responsabilidades é importante porque “retira da mulher a monumentalidade massacrante que transforma uma jovem moleca brincalhona num ser enorme chamado mãe”. Já a psicóloga Cristiane Gai sugere: “O pós-parto é um período muito complicado para o homem. A solução é tentar participar ao máximo, seja cantando uma cantiga de ninar, seja ajudando na troca de fraldas e no banho. E, além disso, ter em mente que essa fase vai passar”.
O que o pai pode fazer para ajudar no pós-parto?
“O que ele aprendeu antes (ou o que deveria ter aprendido): dar banho no bebê, alternar quem atende a criança nas acordadas noturnas, trocar fraldas, ajudar a mãe a preparar o peito para a amamentação e, sobretudo, continuar a ser marido e companheiro de sua mulher”, enfatiza o psicanalista Fernando Daudt.
Se o casal estiver separado, como o pai pode participar do dia a dia do bebê?
“No pós-parto e por toda a vida, o pai deve participar o máximo possível da rotina de seu filho. Isso vale também para os pais separados. É interessante conversar com aquele que fica mais tempo com o bebê e perguntar sobre seus gostos e suas preferências. Fazer parte da vida de um filho é fazer parte de seu mundo, é conhecêlo. Desde o útero, a criança já escuta e discrimina a voz dos pais devido à diferença de tonalidade. Portanto, o vínculo do bebê com a figura paterna se inicia ainda no útero”, finaliza a psicóloga Isis Pupo.
O pai transmite uma sensação de segurança para a gestante, que vive uma fase sensível e de muitas mudanças. Na gestação, a mulher passa por diversas alterações físicas e emocionais. Este período cheio de dúvidas e medos deve ser vivido a dois, mas isto nem sempre é possível. As alterações hormonais provocam crises de choro e de riso, sem motivo aparente. A presença do pai é muito importante, pois a mulher precisa de alguém a seu lado, para dividir todas estas inseguranças.
Mas isto nem sempre é possível! E quando o pai não está presente durante a gestação? A criança está na barriga da mãe e não sabe se o pai está por perto ou não, mas a mãe sente esta ausência e, sem querer, passa isso ao bebê. Uma grávida não se deve sentir sozinha, e a família e amigos são muito importantes nesta fase.
Um pai ausente não precisa ser um problema nem afetar a vida da mãe e do bebê, mas nem sempre é fácil lidar com esta ausência, numa fase de mudança, em que o carinho do companheiro é muito importante. A mulher precisa sentir que não está sozinha durante os nove meses de gestação; por isso, a presença da família e amigos é muito importante. A gestante precisa de alguém para dividir preocupações, pedir conselhos e se sentir protegida.
Além do medo em não ser uma boa mãe, não conseguir cuidar do bebê sozinha, entre outras angústias, existe ainda toda a preocupação com as coisas do cotidiano, como enxoval ou como ficará a rotina da casa depois que o bebê nascer. Nos primeiros tempos de vida da criança, os pais são fundamentais para que ela se sinta amada e protegida. Se no útero da mãe o bebê ouvir a voz dos pais e, de repente, uma delas deixar de fazer parte do seu mundo, ele vai sentir, pois a relação com os progenitores tem início no útero, onde a criança já consegue distinguir a voz dos pais, devido à diferença de timbre. Para todos os pais: ser ex-marido não significa ser “ex-pai”.
O casamento pode não ter dado certo, por diversos fatores; mas a relação pai e filho é eterna, e as obrigações como pai não desaparecem conforme sua vontade! A futura mamãe precisa de todo o apoio nessa hora! Esteja lá!
A descoberta da gravidez, os enjoos, o crescimento da barriga, os movimentos do bebê, e tantas outras sensações são vivenciadas com muita alegria pelas mamães. Mas a presença dos homens também é fundamental durante a gestação, pois ajuda a formar um vínculo com o filho mesmo com o bebê ainda dentro do útero, além de dar apoio psicológico às mulheres, que costumam ficar mais sensíveis nessa fase.
"É importante lembrar que a gravidez é do casal, e não apenas da mulher", diz a ginecologista Paula Bortolai, especialista em reprodução humana da Criogênesis. Segundo ela, a participação do pai na gravidez envolve, principalmente, os cuidados com a gestante.
"Durante o pré-natal é importante a atenção e compreensão quanto às modificações estruturais e psicológicas da mulher, acompanhamento em consultas e exames, e compartilhamento de responsabilidades, para que ambos não fiquem sobrecarregados e possam aproveitar juntos estes momentos únicos".
Relação pai e filho
Depois do nascimento do bebê, a presença paterna colabora para o desenvolvimento físico e psicológico da criança. O homem pode, inclusive, auxiliar diretamente nos cuidados básicos, como trocar fraldas, dar banho e levar para passear. "O homem não deve ter vergonha de conversar com especialistas, com amigos ou fazer pesquisas em revistas, livros. A aprendizagem vem com a prática, e as mamães também passampor isso", ressalta. Para os futuros papais, fica o conselho: "Comprometimento, apoio e muito amor são imprescindíveis para mãe e filho".
Embora a licença de trabalho mais famosa relacionada ao nascimento de uma criança seja a das mães, homens também têm direito a se ausentar do trabalho quando se tornam pais. A chamada “licença-paternidade” dá aos pais o direito de acompanhar de perto os primeiros momentos do bebê – a diferença é a duração menor. E ao contrário do que muitos podem pensar, a regra mais atual não é a que está prevista na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
 O artigo 173 da CLT elenca os casos em que o empregado pode deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário, como quando doa sangue, vai se casar ou um parente acaba de morrer. Sobre o nascimento de um filho, o documento diz que o trabalhador pode se ausentar “por um dia (...) no decorrer da primeira semana [de vida da criança]”. O que isso significa? Pela CLT, a licença-paternidade se limita a uma folga.
 Mas calma, não precisa se desesperar — você poderá passar mais tempo do que isso com o recém-nascido. Desde 1988, a Constituição Federal prevê no artigo sétimo a existência de uma licença maior: cinco dias. Como a Constituição sobrepõe outras leis (incluindo a CLT), vale o que está ali. A mesma regra vale para pais adotivos.
 Embora a CLT não deixe claro, a jurisprudência indica que esses cinco dias são necessariamente dias corridos, a partir do dia em que o trabalhador deveria comparecer ao emprego. Isso significa que se seu filho nascer em um sábado e seu expediente vai de segunda a sexta, o domingo não fará parte da conta. Mas se nascer na quinta-feira em um horário que você trabalharia, folgará naquele dia, na sexta, no sábado, no domingo e na segunda. Se, por outro lado, o expediente do empregado inclui domingo (e sua folga semanal se dá em outro dia), esse dia começa a contar. “Não é unânime, mas é [o entendimento] preponderante”, diz Fernando José Hirsch, sócio do escritório LBS Advogados. “A lei é omissa nesse aspecto, então é interpretativo.”
 Da mesma forma que acontece com as mulheres, não há problema em emendar os dias de licença com as férias. Assim como não há problema caso pai e mãe trabalhem na mesma empresa — os dois têm direito à licença.
 A lei, no entanto, deixou espaço em aberto para que regras específicas, no futuro, mudem o número de dias da licença. Isso porque a Constituição deixa claro que esse prazo é válido só até que entendimentos mais recentes da Justiça decidam de outra maneira — tanto para mais, quanto para menos dias. “Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias”, diz o conjunto de normas.
 Há empresas, porém, que adotam uma licença maior do que os cinco dias. Em março de 2016, a então presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 13.257/2016, estabelecendo a ampliação da licença-paternidade, de cinco para 20 dias. A regra, contudo, vale apenas para os trabalhadores de empresas inscritas no Programa Empresa Cidadã. Esse programa, que entrou em vigor em 2008, é o mesmo em que companhias oferecem seis meses de licença-maternidade em vez de quatro. Aqui, assim como na licença-maternidade, a empresa arca com o tempo a mais que a pessoa ficará em casa (no caso, os 15 dias a mais). Em troca, a companhia tem isenção em impostos. Para descobrir se a empresa está inscrita no programa, o funcionário pode perguntar ao departamento de recursos humanos. E, sendo o caso, fazer uso do benefício quando tiver um filho.
 A licença de 20 dias para os pais tem algumas condições. O pai que pede o afastamento não pode exercer nenhuma atividade remunerada durante o período de licença. Além disso, ele deve pedir a ampliação da licença em, no máximo, dois dias úteis depois do parto — embora se puder fazê-lo com mais antecedência, melhor. Por fim, o pai deve participar de algum programa ou atividade de paternidade responsável. Estes cursos costumam durar um dia e são oferecidos por hospitais, associações e sindicatos. A mesma regra vale para pais adotivos.
A LICENÇA PATERNIDADE É DE 20 DIAS PARA TODOS OS EMPREGADOS? 
 Uma importante modificação na legislação trabalhista ocorreu no ano passado. Agora a licença-paternidade é de 20 dias, aumentando consideravelmente o período anterior que era de 5 dias. A lei foi sancionada em março de 2016 e começou a vigorar a partir de janeiro.
 Acreditamos que esta modificação trouxe muitos benefícios para a família do trabalhador brasileiro. Apesar da conquista, ela NÃO É PARA TODOS!
 Para que o empregado tenha direito à licença-paternidade é necessário que a empresa para a qual ele trabalha esteja vinculada ao Programa Empresa Cidadã. O Programa Empresa Cidadã, criado por meio da Lei 11.770 destina-se originalmente à prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal.
 A empresa deve se inscrever no site da Receita Federal para poder entrar no Programa Empresa Cidadã. Clique aqui e veja o que é necessário.
 Os empregados das empresas que não fazem parte do Programa Empresa Cidadã continuam tendo direito a apenas 5 dias de licença-paternidade, não sendo beneficiados pela mudança na legislação trabalhista.
 Importante destacar que a licença-paternidade também é direito do pai que adotar uma criança, assim como já existe este direito para as mulheres que adotam.
LICENÇA PATERNIDADE: O QUE MUDOU COM A REFORMA TRABALHISTA? 
 A reforma trabalhista, sancionada recentemente pelo Presidente da República e que entrará em vigor em novembro deste ano, provocará inúmeras mudanças nas relações de trabalho. Com ela, algumas condições foram extintas e muitos outros direitos serão passíveis de negociação entre empregador e empregado. 
 A Constituição Federal de 1.988 previu, entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, no intuito de melhoria da condição social, a “licença paternidade, nos termos fixados em lei”.
 Todavia, enquanto não fosse sancionada referida lei e para que os trabalhadores tivessem esse direito imediatamente, o Ato de Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) determinou que o prazo da licença paternidade seria de cinco dias.
Nesse contexto, a licença paternidade de cinco dias é um direito constitucionalmente garantido, razão pela qual a legislação comum não pode extinguilo. Logo, a todo empregado que se torna pai é assegurada a licença de cinco dias.
 
Licença paternidade estendida 
 Em 2016, foi alterada a lei que institui o Programa Empresa Cidadã, com o objetivo de garantir a licença paternidade estendida, direito até então previsto apenas nos casos de licença maternidade.
 Nesse sentido, de acordo com a lei em questão, os empregados das empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã terão a licença prorrogada por 15 dias, além dos cinco já garantidos pela Constituição. Logo, os empregados dessas empresas passam a fazer jus a 20 dias de licença.
 Para tanto, além da adesão da empresa, o profissional deve comprovar a participação em atividade de orientação sobre paternidade responsável e deve fazer o requerimento de prorrogação da licença até dois dias úteis após o nascimento do filho.
 Todavia, para os empregados das empresas que não aderem ao Programa, assim como para os demais trabalhadores, como autônomos e profissionais liberais, prevalece o direito a cinco dias de licença.
 
Licença paternidade e a reforma trabalhista 
 A reforma trabalhista sancionada em julho deste ano, no entanto, não teve o condão de alterar a licença paternidade. Isso porque, entre outros motivos, trata-se de um direito constitucional, e não de um direito garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
 A reforma trabalhista, por outro lado, proibiu que convenção ou acordo coletivo de trabalho suprima ou reduza a licença paternidade.
 Isso significa que nenhum acordo celebrado entre empregador e empregado pode diminuir ou por fim à licença de no mínimo cinco ou de 20 dias, no caso previsto em lei. Qualquer acordo nesse sentido é ilícitoe não deve ser cumprido.
 Ademais, o acordo coletivo pode estender a quantidade de dias. Caso a negociação coletiva determine esse aumento do número de dias referentes à licença paternidade, o empregador correspondente deve respeitar a nova previsão.
 Dessa forma, a reforma trabalhista impede qualquer negociação que reduza ou suprima a licença paternidade. Fica permitida, portanto, a negociação que expanda esse direito.
Socialmente falando, temos várias concepções de pai: o presente, o ausente, o carinhoso, o dedicado, o agressivo e por aí vai. Já a mãe, tem o papel definido, gesta, dá à luz e amamenta, ou seja, não tem opções de variações definidas na relação com a criança, talvez mais tarde, mas não é regra, mãe é mãe.
 Esses fatores contribuem fundamentalmente para que os laços sejam naturalmente mais fortes, no entanto, para a criança, é necessário primeiramente reconhecer-se nos pais e ser reconhecida por eles, para a construção de sua identidade. 
 A função do pai é histórica, sociológica e antropológica de “O provedor”. Só isso? Trazer alimentação, impor limite e segurança? Pensando neste viés, é preciso salientar que o papel do pai é mais importante do que o espaço já determinado na sociedade e é mais do que comprovado, que o reflexo no futuro de uma criança que teve um pai presente em momentos especiais, simples ou casuais é determinante para a formação de sua identidade e este contato pai/filho ou pai/filha é preciso ser fortalecido desde a concepção.
 Diferentemente do que socialmente acredita, a rejeição paterna traz mágoas e marcas profundas, traz dores físicas e emocionais para uma criança; a dor emocional pode ser revivida por anos, levando à insegurança, hostilidade e tendência a agressividade na vida adulta.
 Sabemos da importância da figura masculina na formação da personalidade e identidade da criança desde a infância até sua vida adulta. Crianças que não conheceram limites advindos do pai, irão procura-los em tudo, e quando adultos, frequentemente os encontrarão em situações conflituosas e perigosas (álcool, drogas e prostituição).
 O ser/indivíduo/pai transcende essas pressuposições medievais e pensando neste viés, é importante sua presença. A relação pai e filho ou filha, deve ser criado e fortalecido deste da concepção do bebê, é através do pai que a criança descobre o limite, constrói sua personalidade e identidade, constrói característica até sua vida adulta. Claro, a presença do pai vai muito além.
 Acredita-se que a criança precisa da figura masculina no decorrer do seu desenvolvimento e dados estatísticos nos dizem que crianças que não crescem com a presença do pai, tendem a desenvolver característica mais agressiva ou optar pelo isolamento.
 
O PAI SOLTEIRO E PAI SEPARADO
 No caso do pai solteiro, que não está preparado para receber um filho, devido um relacionamento esporádico ou uma concepção indesejada, após o nascimento, acaba por relegá-lo aos cuidados dos avós, que podem de alguma forma suprir a devida necessidade de atenção e carinho, exatamente por este pai ainda se encontrar no papel de filho, não estando maduro o suficiente para uma relação própria de pai e filho tão exigente.  Assim, o pai não fazendo muita questão desta relação o vínculo se perde ou no mínimo se desgasta o suficiente para o afastamento.
 O pai separado ou divorciado teve um filho planejado, proveniente de um relacionamento fixo e estável por algum período de tempo e tem a consciência do vínculo permanente com o filho, porém, ao separar, não consegue conduzir a relação saudável com a mãe e a família. Acaba se afastando e com isso quem sempre perde é a criança, que fica de uma hora para outra, sem uma representação masculina. Outro fator que precisa chamar atenção é que este pai depois da separação tende a relacionar-se com outra pessoa e assim, devido este novo relacionamento com novas perspectivas, tende a perder o contato com o filho.
Pai, participe do desenvolvimento do seu filho ou da sua filha.
 
PAI - SEU PAPEL É MUITO IMPORTANTE!  
 O pai é aquele que chega para estabelecer com o filho a primeira relação além da mãe. E ele precisa estar presente em todos os momentos da vida da criança.
  “Meu pai era um homem simples, mas teve grandeza. E o mais importante, ele torcia por mim. Para mim, esse é o significado maior de um pai. Alguém capaz de torcer, sempre, sem nenhuma condição, nenhuma imposição. Porque a única condição entre pai e filho deve ser sempre o amor”. Esse trecho emocionante foi retirado do depoimento do jornalista e escritor Walcyr Carrasco sobre seu pai, para o livro Grandes Amigos: Pais e Filhos.
 Não se nasce pai, torna-se pai. Criar e cuidar de uma criança são tarefas árduas que exigem esforço, tempo, dedicação, paciência… Por isso, não deve ser responsabilidade única da mãe. Quando o trabalho é dividido entre mãe e pai, além de ficar mais rico, ele fica mais fácil. Pai e mãe devem participar de todo o processo de desenvolvimento e a função paterna vai muito além de “ajudar” a mãe a cuidar dos filhos.
 É normal que nos primeiros meses de vida do bebê, enquanto ele ainda está sendo amamentado e durante o período de licença-maternidade, a mãe se dedique mais tempo ao filho. Mas depois deste período, o pai também deve estar presente em tudo. Na consulta com o pediatra, nas reuniões escolares ou em emergências que exigem que os pais saiam do trabalho, a presença de ambos é essencial.
 A rotina da família, a carga de trabalho e a divisão de tarefas dentro do lar devem ser decididas em conjunto, de preferência com equilíbrio entre as partes. “Pesquisas demonstram que a figura paterna possibilita à criança a entrada no contato social de forma mais segura. Proporciona o equilíbrio que a criança precisa”, explica a psicóloga Márcia Orsi. Segundo ela, estabelecer limites e ajudar o filho a ter noção de certo e errado são algumas das atitudes decisivas para a formação do caráter e também fazem parte da função paterna.
Vínculo para a vida
 A participação ativa do pai na criação fortalece o filho para a vida individual e social, além de promover segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional. “Separar um tempo para brincar, ler, estudar e conversar com os filhos é fundamental. Mostrar o mundo masculino é importante para o equilíbrio da criança”, afirma a psicóloga. Você, pai, é exemplo a ser seguido e é referência quanto à integridade, ética e valores.
 Betty Monteiro, pedagoga e psicóloga explica que o pai é o primeiro ‘outro’ na vida da criança, a primeira pessoa que introduz uma relação além da materna. “Imagine uma planta que se alimenta da seiva da árvore. Este é o símbolo simbiótico, o primeiro tipo de vínculo que a criança estabelece com a mãe. O pai vem para quebrar este vínculo”, justifica a psicóloga. “A criança espera coisas diferentes de pai e mãe. Geralmente o pai representa proteção e a mãe representa cuidado. Uma criança que tem um pai presente e participativo cresce se sentindo mais segura”, completa.
Presença marcante
 “Na nossa cultura, nós não estimulamos que os meninos se preparem para ser pai. Quando um menino brinca de boneca, sua masculinidade é questionada, por isso temos modelos de pais que são apenas pais mecânicos, que apenas executam ordens, mas não estão conectados aos filhos. É aquele pai que está dando banho só porque a mãe pediu”, diz Betty. Ela também afirma que, geralmente, a criança que cresce sem a presença da figura paterna busca esse modelo masculino em outra pessoa, como um avô, tio ou amigo da família, e que isso é importante para a construção da identidade.
 É necessário que o pai não esteja apenas fisicamente presente, mas que contribua para a educação e a formação dos filhos, e não seja indiferente ao desenvolvimento deles. Quando uma criança se sente rejeitada pelo pai, ou não se sente que é desejada como um filho, pode ficar frustrada, insegura e ansiosa. Já quando o filho se sente querido, a sensação de bem-estar é muito maior e isso é essencial para o desenvolvimento emocional.  
A IMPORTÂNCIA DO PAI NO DESENVOLVIMENTODOS FILHOS
 Para um desenvolvimento emocional positivo e seguro dos filhos, que os auxilie a lidar bem com as diversas situações da vida, é importante crescer em um lar no qual pai e mãe estejam presentes e ofereçam apoio incondicional, conforto e proteção.
 Nesse contexto, o papel da mãe já costuma ser percebido e valorizado pela sociedade, mesmo porque a mulher naturalmente se vincula com os filhos desde a gestação.
 Para o homem este é um processo que precisa ser construído através de um desejo consciente de aproximação aos filhos desde pequenos. Por esse motivo, dedicaremos este artigo à importância desta relação.
 Diversos autores da psicologia afirmam que a ausência da figura masculina pode produzir conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança e acarretar distúrbios de comportamento.
 Isto porque é a partir da interação com o pai, que a criança começa a descobrir a relação com o mundo e a desenvolver mais segurança para explorá-lo. A autoridade do pai deve ser utilizada para dar orientações seguras e gerar confiança e independência.
 Cabe aos homens assumirem seu lugar na educação dos filhos. O modelo masculino é fundamental para o desenvolvimento saudável da identidade dos meninos e também das meninas.
 É importante ressaltar aqui que a presença do pai jamais poderá ser delegada ou compensada por bens materiais (brinquedos, roupas, quartos espaçosos, viagens e outros).
 Mais tarde, os filhos adolescentes buscam na figura masculina um modelo para se identificar e, no caso das meninas, para sua autoestima e segurança.
(Recomendamos o livro: Pais fortes, filhas felizes).
 Se o pai não ocupar este lugar o quanto antes, os filhos podem colocar outras pessoas em seu lugar, sendo grande o perigo de não selecionarem um bom modelo para esta identificação.
 A complementariedade do pai e da mãe, a capacidade de definirem em conjunto a educação dos filhos, possibilitará um modelo de crescimento saudável, com uma base estrutural para que cada filho seja um adulto maduro e cada vez mais feliz. Se por algum motivo o pai biológico não puder estar presente, é importante que outra figura masculina ocupe este lugar (avô, tio ou outro adulto).
 
Algumas dicas para os pais: 
Desde o nascimento do bebê, seja proativo e compartilhe as tarefas com a mãe: dê banho, troque fraldas, coloque para dormir. Pode ser que no começo seja mais difícil, pois o bebê está acostumado com a mãe (ela é a fonte de vida dele), mas insista com sua presença ativa. Converse com os pediatras, professores e profissionais que atendem sua criança. Participe da rotina da criança (se você estiver distante e quer se aproximar, comece perguntando para as pessoas que estão mais próximas, quais são os seus gostos e preferências) das atividades e brincadeiras. Aprenda junto e proporcione muitos estímulos de qualidade. Mantenha um fluxo livre de comunicação: faça perguntas, fale sobre seus sentimentos e sempre preste atenção no que conta. 
 Vale ressaltar que desenvolver essa convivência não é fácil, exige doação de tempo e doação de si. Mas vale a pena!  
A IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA PATERNA NA VIDA DOS FILHOS
A vida humana nasce do amor de um homem e de uma mulher, que se unem por meio do ato conjugal e participam da criação divina. No ato da fecundação do feto, o homem se torna pai, porque gerou, em conjunto com a mãe, uma nova vida. O pai é quem gera uma vida, faz crescer essa criança, sustenta-a e a mantém; embora, muitas vezes, isso nem se perceba ou as situações do cotidiano e suas fraquezas humanas obscureçam essa condição.
 A pessoa do pai, por si só, tem uma dignidade própria e indiscutível para seu filho. Por isso, o quarto mandamento da Lei de Deus afirma a necessidade de honrar pai e mãe. Honra-se somente aquilo que se reveste de uma importância inestimável.
Ser pai
 A presença de um pai na vida do filho traz para este o equilíbrio necessário para viver bem sua vida. Nós observamos quanto sofrimento existe para aqueles que perderam os pais quando ainda eram crianças, toda a carência afetiva e emocional gerada, até de forma inconsciente, na vida deles. O pai representa para o filho segurança e proteção, e isso acaba perdurando durante toda a vida.
 Nesse contexto, podemos nos questionar: “Será que temos dado a devida importância para a presença do nosso pai em nossa vida?”.
 Vemos jovens que se acham autossuficientes e, por isso, deixaram de ter tempo para uma conversa com os pais, de procurar ouvir os seus conselhos, de querer fazer alguma coisa juntos. Mas eu tenho visto que esse fato acontece quase sempre, porque muitos filhos perderam um olhar mais profundo para seus pais. Às vezes, vemos uma pessoa a partir do seu exterior, que pode estar recheado de erros, de imperfeições, pecados e vícios. Mas um pai é muito mais que tudo isso, e precisa ser visto como pai. Ele até pode errar, mas não deixa de ser pai.
 Por outro lado, quando o pai falta, a vida parece que perde o sentido. Eu notei isso em mim, quando meu pai faleceu. E deixo meu testemunho: meu pai foi meu melhor amigo, e embora sua ausência me faça sofrer muito, percebi que pude honrálo e respeitá-lo.
            Uma dica a você: dê importância para a presença de seu pai na sua vida. Não perca tempo! É hora de você olhar para seu pai, para a essência dele e valorizar sua presença.
Antes de falarmos sobre a ação de investigação de paternidade, é preciso definir o termo “filiação”. Em um conceito geral, podemos resumir a filiação como sendo a relação entre pais e filhos, cujo vínculo pode ser de origem genética/biológica, afetiva ou registral. O direito a este vínculo de filiação é indisponível, ou seja, ninguém pode “abrir mão” dele.
 Importante frisar que falaremos neste post sobre a investigação de paternidade considerando a hipótese de uma pessoa não ter sido registrada com o nome paterno, contendo apenas em sua certidão de nascimento o nome da mãe, a fim de traçar brevemente o caminho que será perseguido para se investigar a paternidade nessas situações.
 Inúmeras são as causas que podem dar origem ao registro de um filho somente pela mãe, dentre elas: o pai ser desconhecido, existir dúvida sobre quem pode ser o pai, o suposto pai falecer antes do nascimento da criança ou não ser casado com a mãe, dentre várias outras hipóteses que podem existir.
 A filiação se prova, em regra, pela certidão do termo de nascimento no Registro Civil. Conforme mencionamos acima, existem casos em que o filho nasce e não é reconhecido pelo pai biológico, ou até mesmo a própria mãe da criança deixa de informar quem é o pai. Quando isso ocorre é possível ingressar na Justiça com a ação de investigação de paternidade.
Mas como é o procedimento? 
 Pois bem, inicialmente, devemos esclarecer que, quando uma criança é registrada somente pela mãe, o cartório do registro de nascimento deverá informar essa situação ao Ministério Público, que tentará entrar em contato com a genitora e com o suposto pai, a fim de que se tente o reconhecimento da paternidade de forma mais rápida e amigável. Caso o genitor não seja encontrado ou se negue a reconhecer a paternidade sem a necessidade de um processo, o caminho será, então, pelo ingresso de uma ação judicial. Este procedimento poderá ser iniciado a qualquer momento, inclusive, independentemente da atuação do Ministério Público.
 O procedimento de averiguação se dará da seguinte maneira: a pessoa interessada deverá informar ao Judiciário quem é o suposto pai. Sendo o autor da ação menor de idade, ele deverá estar representado por sua genitora, ou, por outro responsável legal, que indicará logo no início da ação todos os dados do possível pai, para que esse tome conhecimento da ação (por meio da citação por oficial de justiça) e apresente sua defesa.
 A maneira mais eficaz de descobrir se há vínculo de paternidade entre o suposto pai e o filho é realizando o exame de DNA. Em data a ser designada pelo Juiz, geralmente depois da apresentação da defesa, será agendada a coleta do material genético tanto da criança, quanto do suposto pai (e, às vezes,da mãe também), para realização do exame.
E se o suposto pai não quiser fazer o exame de DNA? 
 Quando a parte investigante pede a realização do exame de DNA, é comum ouvirmos que alguns homens se recusam a realizá-lo, por não serem obrigados a “produzirem provas contra si mesmos”.
 Apesar disso, é importante deixar claro que o não comparecimento do suposto pai na realização do exame de DNA, sem qualquer motivo justificado, faz surgir a presunção de paternidade, ou seja, se ele não comparecer na data da coleta do material genético, ficará subentendido que é efetivamente o pai do investigante (será uma prova contra ele, portanto), mesmo sem a comprovação real pelo exame de DNA.
Essa presunção é o que se pode chamar no meio jurídico de “relativa”. Isso porque o juiz precisará analisar a recusa do pai em fazer o exame de DNA em conjunto com as outras provas juntadas ao processo.
E se o suposto pai não for encontrado? 
 Se o suposto pai não for encontrado para responder a ação (pode ser que ele more em local desconhecido ou então que a genitora não tenha todas as informações necessárias sobre ele), ou caso não se realize o exame de DNA, a parte investigante terá que comprovar, com o depoimento de testemunhas, a existência de relacionamento afetivo entre a ela e o suposto pai.
 O ideal é que as testemunhas sejam pessoas que tiveram contato com as partes, como amigos do pai e da mãe ou parentes do possível pai. Além disso, o investigante pode promover a juntada aos autos de fotos, a fim de demonstrar a semelhança física, ou de outras provas que entender necessárias.
E se o suposto pai já tiver falecido? 
 Sendo o suposto pai falecido, os seus herdeiros serão chamados ao processo. Observe-se, porém, que, por se tratar de ato personalíssimo, os herdeiros não podem reconhecer voluntariamente o filho (autor da demanda), vez que esse reconhecimento somente poderia ser realizado pelo próprio genitor, quando vivo. Será necessária, nessa hipótese, a produção de provas para a efetiva declaração da paternidade, dentre elas, podemos citar como exemplos a realização de exame de DNA com os herdeiros do suposto pai falecido, ou até mesmo com os restos mortais do investigado – quando isso for possível.
 Realizado todo o procedimento e, sendo constatado o vínculo de paternidade, ele será declarado por sentença judicial. Feito isso, será expedido um documento chamado de “mandado de averbação”, com as novas informações que deverão ser incluídas no registro de nascimento, tais como o nome do pai e dos avós paternos. Esse documento deve ser encaminhado (pelas próprias partes ou pela Vara de Família) ao cartório em que foi realizado o registro, para que sejam feitas as alterações devidas.
ENTENDA OS DETALHES NAS DIVERSAS SITUAÇÕES 
 O direito do filho buscar sua paternidade biológica é imprescritível, ou seja, não existe prazo limite para entrar com a ação buscando o reconhecimento do direito. Contudo, os efeitos patrimoniais disso estão subordinados a um prazo previsto em lei. Para reivindicar a herança, é dez anos após o falecimento do pai. O processo pode demorar, mas o interessado precisa entrar com a ação de paternidade e conjuntamente com o pedido de herança antes desse prazo.
 Atualmente, existem inúmeros laboratórios que fazem exames de DNA. Advogados e Juízes possuem parcerias com diversos e podem indicar os mais sérios. O método científico é perfeitamente seguro. Os problemas que ocorrem é na coleta do material, quando não há cuidado com a correta identificação de quem efetivamente está cedendo o material genético.
 Para se pesquisar a paternidade, basta que haja vínculo genético. Porém, quando se quer anular um registro, deve-se provar primeiramente que a paternidade não existe na esfera afetiva-emocional. Significa que mesmo que não seja pai biológico, depois que se cria a relação socioafetiva, não há mais como o pai tentar apagar o registro civil. Quando em benefício do filho, para ele pesquisar sua origem genético, é permitido que ele vá atrás do pai mesmo que já tenha outro em seu registro.
 A pensão alimentícia pode ser pedida pelo filho junto com o processo de investigação de paternidade, mas apenas tem sido concedido o pagamento até os 24 anos de idade, quando estudante universitário (com flexibilidade em situações especiais).
 Os efeitos patrimoniais da paternidade, para o filho reivindicar bens, apenas é possível depois que o pai está morto. Enquanto vivo, existem ações para anular negócios que ele fez em benefício de outros filhos ou para obter a devida compensação em momento posterior.
 Mesmo que o pai more cidade diferente, ele tem obrigação de colaborar com a investigação judicial da paternidade, sob pena de se presumirem os fatos contra ele. Em alguns casos, a coleta do material genético pode ser feita na cidade dele. Quando não se sabe o paradeiro dele, o juiz possui diversas ferramentas de pesquisa em órgãos públicos que não são abertas para as demais pessoas (tribunal eleitoral, polícias, empresas de luz e telefonia, listas de proteção ao crédito).
 Não se exige indícios da relação íntima entre a mãe e o suposto pai para que então seja autorizado o Exame de DNA. Em muitos casos, a mãe é falecida e já decorreu muito tempo.  A palavra de quem está pedindo é valorizada. Porém, está sujeito a punição caso haja de má-fé, como por exemplo apenas querer publicidade e não ter elementos concretos para desconfiar.
 São muito comum acordos fora dos tribunais para reconhecer paternidade e já resolver pensão ou herança. Paternidade pode ser reconhecida pelo pai até no seu testamento, caso não tenha aberto o assunto quando em vida pela dificuldade em lidar com esposa e assumir que teve filho com outra pessoa.
 Enquanto dura o processo de paternidade, caso esteja em andamento o inventário da herança do pai, é possível congelar (indisponibilizar)  a fatia que pode vir a ser do pretendente.  Isso força muitas vezes os herdeiros a fazer um acordo ou realizar o DNA mais rapidamente.
 Caso os herdeiros do falecido pai se recusem a fazer o teste de DNA, também estão sujeitos que a sua conduta negativa seja interpretada negativamente e o juiz faça presumir a paternidade (entendimento previsto na Súmula 301 do STJ). Contudo, nessas situações é recomendável trazer ao processo o máximo possível de outras provas, pois a presunção pelo não comparecimento ao exame genético é uma prova possível de ser combatida com outras (testemunhos, fotografias).
 A perícia pelo método do DNA pode ser paga pelo poder público, mas quase sempre existe uma fila de espera longa. É recomendável considerar o valor cobrado pelos laboratórios particulares. Quem entra com o processo deve pagar, mas quem perde deve ressarcir. Quando há pedido de pensão, o tempo que se ganha com uma perícia ágil é compensado com o recebimento mais cedo da pensão alimentícia.
Certamente você já deve ter visto algum documento de alguém onde não consta o nome do pai no campo específico da filiação. Ou ainda quando o pai abandona a mãe ainda na gravidez.
 Pela lei, o pai ou a mãe devem registrar o filho recém-nascido no cartório de registro civil das pessoas naturais para obter a Certidão de Nascimento.
 Porém, existem casos onde somente a mãe faz o registro. Quando somente ela faz o registro e não declara quem é o pai, no registro de nascimento não constará o nome dele.
 Nesse sentido é que o reconhecimento de paternidade entra em cena.  Se você é um pai que não participou do registro de seu filho e quer fazê-lo agora. Ou, se você, mãe, sabe quem é o pai e deseja incluir o nome dele nos documentos do seu filho, você está no lugar certo.
 
Campanha Pai Presente – verdadeiro incentivo ao reconhecimento de paternidade
 Em 2010 o Conselho Nacional de Justiça lançou a campanha Pai Presente. Trata-se de um incentivo ao reconhecimento de paternidade, o qual é facilitado por meio de medidas que afastam a demora e burocracia.
 Pelas normas ditadas pelo Provimento n° 16 da Corregedoria Nacional de Justiça é possível o reconhecimento de paternidade pela via administrativa.
 Issosignifica que pode ser feito diretamente no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, mediante preenchimento de termo específico fornecido no próprio cartório ou por escrito particular.
 Com essa campanha, todos os cartórios do Brasil poderão fazer o ato de reconhecimento de paternidade. Certamente isso beneficiará locais onde não existe representação do Ministério Público ou Defensoria Pública para realizarem a ação judicial de investigação de paternidade.
 Por outro lado também irá desafogar, pelo menos uma boa parte, as varas judiciais competentes para julgar tais causas.
 
Como fazer o reconhecimento espontâneo? 
 O reconhecimento espontâneo ou voluntário ocorre quando o pai declara e assume, de forma livre e espontânea, que determinado indivíduo é seu descendente biológico.
 Segundo o Código Civil, o reconhecimento de filho é irrevogável (art. 1609), salvo em casos de inequívoca comprovação que o reconhecedor foi induzido a erro (comprovação feita através de exame de DNA, testemunhas, documentos, etc.).
 De acordo com o Provimento n° 16 da Corregedoria Nacional de Justiça, basta o pai interessado se dirigir ao Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais onde ocorreu o registro de nascimento do filho a ser reconhecido e preencher um termo específico fornecido pelo próprio oficial.
 O pedido também poderá ser feito em Cartório de Registro Civil diverso de onde o filho a ser reconhecido foi registrado.
 Contudo, nesta condição o pai deverá apresentar a certidão de nascimento do filho ou indicar com exatidão o Cartório onde o mesmo foi registrado, bem como a identificação filho a ser reconhecido.
 O Provimento menciona, ainda, que o pai também poderá apresentar o reconhecimento por termo particular (documento particular que expressa o reconhecimento do filho (a), nesse caso, o pai poderá optar por utilizar o termo fornecido pelo Cartório.
 Vale lembrar que o reconhecimento espontâneo poderá ser feito a qualquer tempo, sendo o filho menor ou maior de idade.
 
Anuência
 Para a concretização do ato do reconhecimento de paternidade espontâneo, será necessária a anuência da mãe, caso o filho a ser reconhecido seja menor, ou ainda da anuência do próprio filho a ser reconhecido, caso este seja maior de idade.
Eacute; tarefa do oficial da serventia colher tais anuências.
 Na falta da mãe do filho menor, ou na impossibilidade de manifestação da vontade da mãe do menor ou do filho maior, o caso será remetido ao Juiz competente.
 
Como fazer o reconhecimento de paternidade oficioso? 
 Acima vimos o processo para o pai reconhecer o filho de forma espontânea, agora, veremos o procedimento oficioso, isto é, quando a iniciativa não parte do pai, mas sim da mãe (quando o filho ainda for menor) ou do próprio filho maior de idade.
 O reconhecimento de paternidade oficioso é regido pela Lei 8560/92, a qual regula todo procedimento para investigação de paternidade.
 Com o advento do Provimento n° 16 da Corregedoria Nacional de Justiça, é possível fazer o reconhecimento pela via oficiosa em qualquer Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do Brasil.
 O procedimento administrativo poderá ser iniciado pela mãe do filho menor, a qual apontará o pai através do preenchimento de termo específico fornecido no Cartório.
 O mesmo procedimento vale para o filho adulto, neste caso, ele apontará o pai também através de preenchimento de formulário específico fornecido pelo Oficial da Serventia.
 Vale ressaltar que é obrigatória a apresentação da certidão de nascimento do filho a ser reconhecido, caso o pedido de reconhecimento seja feito em Cartório de Registro Civil diverso daquele onde foi feito o registro de nascimento do filho.
Todo processo será encaminhado ao Juiz competente, o qual irá ouvir a mãe do filho menor (se necessário) ou o filho maior (se necessário), notificando o pai apontado para se manifestar no prazo legal.
 Caso o pai concorde e reconheça o filho, será reduzido a termo e remetido ao Oficial da Serventia de origem do registro de nascimento para a averbação. Caso o pai não se manifestar no prazo, o magistrado remeterá todo expediente para o Ministério Público ou Defensoria Pública para as providências cabíveis (ação de investigação de paternidade).
 Importante ressaltar que esse procedimento administrativo não poderá ser utilizado se já existe ação de investigação de paternidade em trâmite judicial (Art. 5º do Provimento n° 16).
PAIS PODEM AGORA RECONHECER O FILHO DIRETAMENTE NO CARTÓRIO 
 A partir de agora, o pedido para que o nome do pai seja incluído na documentação do filho poderá ser feito diretamente no cartório de registro civil da cidade onde mãe e filho moram.
 O processo de reconhecimento de paternidade está mais simples e ágil com uma norma editada, na semana passada, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A partir de agora, o pedido para que o nome do pai seja incluído na documentação do filho poderá ser feito diretamente no cartório de registro civil da cidade onde mãe e filho moram. A ideia é que o processo não passe mais pelo Ministério Público (MP) quando a solução for simples.
 Com o novo método, a mãe ou o filho maior de idade pode procurar o cartório de registro mais próximo para pleitear a localização do pai. A única condição é que nenhum pedido de reconhecimento de paternidade tenha sido feito à Justiça. “A ideia é simplificar o processo ao máximo para que a pessoa não precise sair do seu bairro para começar o procedimento”, explica o juiz auxiliar da Corregedoria do CNJ, Ricardo Chimenti.
 
Documentação necessários
 No cartório, é preciso apresentar a certidão de nascimento da criança e preencher um formulário com os dados da mãe e do filho, assim como os do suposto pai, como nome e endereço, que são obrigatórios. Outros dados relativos ao pai, como profissão, endereço do local de trabalho, telefones e números de documentos são opcionais, mas o próprio formulário alerta que, quanto mais completas as informações, mais fácil a localização.
 O cartório encaminhará o documento ao juiz responsável, que notificará o suposto pai sobre o pedido. Caso a ligação familiar seja confirmada, o juiz determina a inclusão do nome do pai na certidão de nascimento. Por outro lado, caso o pai não assuma a paternidade ou não haja resposta em 30 dias, o processo é encaminhado ao Ministério Público ou à Defensoria Pública, para que uma ação de investigação de paternidade possa tramitar.
Do pai para o filho
 As novas regras também facilitam a vida dos pais que querem reconhecer paternidade espontaneamente. Eles devem procurar o cartório de registro civil mais próximo, preencher formulário com dados para localização do filho e da mãe, que serão ouvidos pelo juiz competente. Confirmado o vínculo, o juiz determina que o nome do pai seja incluído na certidão de nascimento.
 O pedido de reconhecimento de paternidade dirigido ao cartório onde a criança foi registrada pode ser averbado sem a participação do MP ou do juiz desde que a mãe ou o filho maior de idade permita por escrito. A lista de cartórios de registro civil do país pode ser acessada no site do CNJ.

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