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MED – aula de revisão – Otorrinolaringologia – Liz Yumi OTORRINOLARINGOLOGIA EXAME GERAL NARIZ Deformidades LÁBIOS Fenda palatina; outras alterações ORELHA EXTERNA Normais; implantação baixa; presença de tofos gotosos CAVIDADE ORAL Dentes Estado de conservação Língua Despapilada; geográfica; candidíase Mucosas Alterações Orofaringe Alterações Glândulas salivares Alterações ALTERAÇÕES DO NARIZ NARIZ EM SELA Idiopático, traumático, sífilis congênita, granulomatose de Wegener NARIZ LEONINO Hanseníase ALTERAÇÕES NOS LÁBIOS FENDA PALATINA + FISSURA LABIAL QUEILITE ANGULAR Anemias carenciais (ferropriva) Candidíase ANGIOEDEMA Alergias QUEILITE ACTÍNICA Excesso de luz solar ALTERAÇÕES DENTÁRIAS CÁRIES Brancas → escurecimento (e até mesmo ulceração dentária) DENTES DE HUTCHINSON Sífilis congênita LINHA PLÚMBICA (DE BURTON) Intoxicação por chumbo ALTERAÇÕES DA LÍNGUA LÍNGUA LISA (GLOSSITE ATRÓFICA) Causa carencial LÍNGUA GEOGRÁFICA Idiopática LÍNGUA EM FRAMBOESA Escarlatina LÍNGUA FISSURADA Desidratação ALTERAÇÕES – AIDS CANDIDÍASE ORAL LEUCOPLASIA PILOSA SARCOMA DE KAPOSI OTOSCOPIA Exame do meato acústico externo e da membrana timpânica, através do espéculo auricular ou otoscópio, empregando-se a iluminação direta ou indireta. MED – aula de revisão – Otorrinolaringologia – Liz Yumi Indicações: Infecções do trato respiratório superior – irritabilidade – levar as mãos aos ouvidos (crianças pequenas) – febre – otalgia – dificuldade de dormir – otorreia – hipoacusia Técnica: • Informação e autorização • Posição do paciente (sentado ou em decúbito dorsal com a cabeça virada) • Segurar o otoscópio de forma adequada – segurar o otoscópio com a mão dominante • Utilizar o polegar e o indicador para retrair o pavilhão auricular posteriormente e superiormente Objetivo: observar o meato acústico externo livre, e, principalmente, a MEMBRANA TIMPÂNICA Posicionamento • Neutra • Abaulada • Retraida Translucência • Translúcida • Opaca Cor • Âmbar • Branca • Amarela Mobilidade *otoscópio conectado a uma pêra* • Movimento brusco: normal • Redução de mobilidade: presença de efusão na orelha média OMA EFUSÃO RINOSCOPIA Exame de suma importância para o médico otorrino, pode ser feita de duas formas: rinoscopia anterior (exame especular das narinas) ou rinoscopia posterior (rinofibroscopia) RINOSCOPIA ANTERIOR: no exame normal, devem ser visualizados os cornetos (ou conchas nasais) inferiores, os cornetos médios, o septo nasal, o vestíbulo nasal e os meatos (inferior e médio) RINOSCOPIA POSTERIOR: mais importante e elaborado que o anterior, pode ser feito com o tubo rígido de 4mm (quando colocado a 30º.) ou com tubo flexível de 3,4mm (a 0o.) Normal Adenoidite Pólipo nasal Hipertrofia da adenoide LARINGOSCOPIA Exame essencial na avaliação da via respiratória alta – faringe, e, principalmente laringe. Divide-se em direta e indireta. INDIRETA: método raro nos dias de hoje. É feito com um espelho convexo (de Garcia), que visualiza indiretamente a laringe e as cordas vocais. DIRETA: 1) Com laringoscópio rígido ou flexível: utiliza-se anestesia tópica e até mesmo sedação leve 2) Com laringoscópio de suspensão e microscopia: neste caso a anestesia é geral e a epiglote é abordada pela frente, devendo ser rebatida para a visualização das cordas vocais. Feita somente em ambiente hospitalar. MED – aula de revisão – Otorrinolaringologia – Liz Yumi LARINGOSCOPIA - IMAGENS NORMAL: Nódulos vocais causados pelo mal uso da voz Hiperemia, edema e nódulos (mal uso crônico da voz) Laringite crônica Fenda aberta – disfonia crônica benigna Lesão neoplásica AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA SURDEZ → é de condução ou de percepção? TESTE DE WEBER TESTE DE RINNE Diapasão → ao iniciar a vibração → colocar no meio da cabeça do paciente → deve ouvir igualmente dos dois lados. Se o paciente referir que a D ouve muito melhor = ou o paciente tem uma surdez de condução a D ou tem uma surdez de percepção do outro lado Diapasão → ao iniciar a vibração, encostar o cabo no osso atrás do pavilhão auricular → se o paciente não estiver ouvindo = surdez de percepção (a transmissão óssea está inoperante). Após, colocar o diapasão próximo à orelha do paciente, o ideal é que ele continue a ouvir a vibração; caso ele não ouça = surdez de condução (a transmissão aérea ao longo do meato está inoperante) EPISTAXE Trata-se de um sangramento de origem na mucosa nasal, que acomete 60% da população ao longo da vida, sendo que de 6-10% necessitam de atendimento médico. TIPOS ANTERIOR • Provém da área de Little (plexo de Kiesselbach) – anastomoses entre os sistemas carotídeos interno e externo • 90% dos casos • Causas principais: trauma e irritação • Geralmente se exterioriza POSTERIOR • Origina-se nos ramos posterolaterais da artéria esfenopalatina • 10% dos casos • Causas principais: anticoagulantes, discrasias • Pode levar à broncoaspiração CONDUTA: 1) Assegurar a via aérea 2) Interromper sangramento e estabilidade hemodinâmica 3) Descobrir a causa SECUNDÁRIO: • Assoar o nariz • Borrifar oximetazolina (Afrin) – vasoconstritor • Compressão com o paciente sentado e fletido (30º.) – evitar broncoaspiração (pode-se utilizar gelo para ajudar na vasoconstrição e interrupção do sangramento) EPISTAXE → GARANTIR VIA AÉREA → INTERROMPER SANGRAMENTO E ESTABILIDADE → SE NÃO CONSEGUIU INTERROMPER: AVALIAR SE O SANGRAMENTO É ANTERIOR OU POSTERIOR ANTERIOR: cauterização química ou elétrica -> se não conseguir: tampão POSTERIOR: cateter com balão ou Foley -> se não conseguir: ligadura da artéria esfenopalatina ou etmoide anterior ... APÓS INTERROMPER O SANGRAMENTO: DESCOBRIR A CAUSA REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO DA ORELHA Queixa comum em Pronto Socorro e ambulatórios de ORL, a incidência é mais comum na população pediátrica e psiquiátrica. Na grande maioria das vezes é voluntária; mas também pode ser involuntária (ex.: insetos). Sintomas Assintomático – dor – prurido – agitação – hipoacusia – otorreia fétida Tratamento Remoção imediata do corpo estranho, após manobras e posicionamento típicas da otoscopia Formas: extração mecânica, irrigação e sucção Extração mecânica Sob visualização direta, com ajuda de pinça de baioneta ou jacaré Irrigação Com o auxílio de um cateter e uma seringa de 60mL, deve-se irrigar de forma cuidadosa o canal auditivo Otoscopia posterior após irrigação Evita-se quando suspeita da presença de matéria orgânica Sucção Através de uma sonda de aspiração Nova otoscopia após a sucção MED – aula de revisão – Otorrinolaringologia – Liz Yumi E se for um inseto vivo? Complicações mais comuns de remoção de corpo estranho: otite, perfuração de MT, lesão do conduto auditivo Primeiro: matar o inseto (ex.: lidocaína) para depois retirá-lo REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO NASAL Responsável por cerca de 10-15% dos atendimentos de urgências de otorrino; a prevalência é muito maior na faixa etária pediátrica. Sintomas Espirros – coriza – obstrução – dor – rinorreia unilateral fétida – cacosmia Diagnóstico Anamnese + clínica sugestiva + rinoscopia direta Tratamento Retirada! Do que depende a sucesso da retirada do corpo estranho? • Habilidade do médico • Visualização do corpo estranho • Formato do corpo estranho • Equipamentos • Ausência de manipulação prévia • Cooperação do paciente Técnicas • Explicar o procedimento e obter o consentimento • Elevar a pressão no lado em que está presente o corpo estranho (pedir para o paciente ocluir o lado são e realizar uma expiraçãoforçada; utilizar uma sonda) • Utilizar pinças de preensão com o auxílio de um rinoscópio Complicações • Aspiração do corpo estranho • Perfuração do septo nasal • Epistaxe REMOÇÃO DE CORPO ESTRANHO NA LARINGE Ocorrem devido a alterações na fisiologia normal da deglutição, típicos em idosos, crianças e pacientes psiquiátricos. Na fisiologia normal da deglutição, a base da língua empurra o alimento após ele ser mastigado – a epiglote fecha a glote e o alimento passa para o esôfago. As crianças possuem uma fase voluntária da deglutição ainda imatura e assim tendem a não ter um bom controle → maiores chances de que corpos estranhos entrem na laringe. Em idosos, há maior predisposição por lentificação do reflexo da tosse. Além disso, há também relação com algumas lesões neurológicas: Músculos da cavidade oral Nervos: V (trigêmeo) e VII (facial) Músculos da língua Nervo XII (hipoglosso) Músculos da faringe Nervos: IX (glossofaríngeo) e X (vago) CLÍNICA: tosse – dispneia – estridor – dor torácica – taquicardia – taquipneia – tremor – ansiedade – agitação – afasia – cianose – hemoptise COMPLICAÇÕES: • Lesões das cordas vocais • Fístula laríngeo-esofágica • Laringite • Disfagia ABORDAGEM: 1) Fora do ambiente hospitalar: • Tranquilizar o paciente • Buscar ajuda • Análise da cavidade oral • Evitar TAPOTAGEM (manobra de dar tapas nas costas do paciente) • Realizar, se tiver conhecimento, manobra de Heimlich (posicionar-se atrás do paciente → com a mão fechada posicionada no apêndice xifoide e a outra mão espalmada → movimentos de baixo para cima) 2) Ambiente hospitalar: • Diagnóstico: laringoscopia, raio-x, TC, EDA • Extração LAVAGEM AURICULAR Retirada do cerume, que trata-se de uma secreção de cera proveniente das glândulas sebáceas do canal auditivo externo, agindo como um bactericida e prevenindo otites agudas. CLÍNICA: sensação de tamponamento – estalidos – redução da acuidade auditiva (hipoacusia) DIAGNÓSTICO: otoscopia INDICAÇÕES DE TRATAMENTO: otalgia – hipoacusia – dificuldade em realizar otoscopia – desconforto auditivo – zumbido – tontura e vertigem – tosse crônica DICAS: • Realizar a otoscopia antes e depois do procedimento • Nunca insistir no procedimento na vigência da dor • Não utilizar muita pressão na lavagem e utilizar um soro aquecido (cuidado para não superaquecer e também não deixa-lo gelado) CONTRAINDICAÇÕES: • Otite aguda • História de perfuração timpânica • História de cirurgia otológica • Paciente não cooperativo
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