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TEMA: HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS CORRENTES RE-
LIGIOSAS VII – CRISTIANISMO I
1-Em que contexto se dá o surgimento do Cristia-
nismo?
2-Quais são os principais ramos do Cristianismo? 
3-Quem liderava o Cristianismo primitivo e por que
regiões se espalhou? Pega teu livro de História e lo-
caliza nos mapas as regiões citadas no texto.
4-O que se entende por Cristianismo Primitivo e
quem eram os primeiros cristãos?
5-Qual a importância do apóstolo do Paulo (Saulo
de Tarso) para a Igreja Cristã?
6-Quais as principais características do Período
Apostólico e do Pré-Niceno?
8-O que foi e quais as realizações do Concílio de Ni-
céia?
9- Sintetize as principais crenças do Cristianismo.
10-Quais são as fontes de Fé para as principais
correntes do cristianismo?
TEMA: HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS CORRENTES RE-
LIGIOSAS VII – CRISTIANISMO II
1-Em aulas anteriores, estudamos o Judaísmo. Em
termos de Escritos sagrados, o que judeus e cris-
tãos têm em comum?
2-Todas as Igrejas cristãs tem exatamente os mes-
mos livros da Bíblia? Explique.
3- De acordo com o texto, quais as principais ra-
zões de haver divisões entre os cristãos?
4- Leia atentamente sobre Culto e (item 7.1) e os
dois últimos parágrafos de item 7.2 e, a seguir
Fraternidade e Eucaristia, de Flávio Justino (item
10.5). No texto do Mártir Flávio Justino, o que está
sendo descrito e que confirma os itens 7.1 e 7.2?
5-Leia com atenção o segundo parágrafo do item
7.2 e depois procure nos textos do item 10 tre-
chos dos antigos escritores cristãos que confirmam
ou concordam com os §2 do item 7.2 e transcreva-
os.
6-Qual a diferença em relação ao conceito de sa-
cramento que há entre católicos/ortodoxos e a dos
luteranos-anglicanos?
7- No item 10.1, o papa Clemente I escreve aos
cristãos da cidade de Corinto fazendo-lhes uma
dura crítica por andarem deixando de lado a ética e
a moral cristã (item 9). Comparando o que São
Clemente diz com o texto do item 9, que virtudes
lhes faltavam e que vícios tinham adotado?
8- No item 10.2 Santo Ignácio de Antioquia escre-
ve aos cristãos daquela cidade já anunciando o que
ele teria de sofrer e exorta-os que não façam nada
para impedir tal destino. O texto deixa claro: [a] a
época, [b]como o império romano tratava os cris-
tãos e com que [c] ânimo um cristão abraçava sua
condenação à morte. Comente sobre esses três
pontos a partir dos textos e do que mais saibas so-
bre o assunto por leituras, filmes, etc.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sugestão de vídeos: 
Igreja Católica Romana | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=Vm5KXElRwys [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
Igreja Ortodoxa | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=Gv35D8_1KWg [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
Igreja Luterana | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=WURXh0xNgYI [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
Igreja Anglicana | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=IPPX79AI32I [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
Igreja Presbiteriana | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=wkgr0Jzm_wk [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
Igreja Metodista | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=lezigDCy9nQ [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
Assembleia de Deus | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=_vw4BS3NFmU [Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
TEXTOS AUXILIARES
CRISTIANISMO
1-Origem e desenvolvimento
O surgimento do cristianismo se deu no contexto da religi-
ão judaica e da cultura helenista no século I, na região conhe-
cida como Palestina. Criada por Jesus de Nazaré, a doutrina se
espalhou ainda no período de expansão do Império Romano.
Entre as religiões monoteístas, o cristianismo é, sem dúvida, a
que conta com maior número de fiéis e a que está mais difun-
dida em todo o mundo. Nascida dos ensinamentos de Cristo
como prolongamento e superação do judaísmo, no curso de
sua evolução histórica viu dela se formarem três grandes ra-
mos: o Catolicismo Romano, Catolicismo Ortodoxo e o Protes-
tantismo. A História, atos e ensinamentos de Jesus de Nazaré,
o Cristo, encontram-se nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lu-
cas e João. 
Os primeiros líderes das comunidades cristãs foram os
apóstolos e seus sucessores, os padres (pais) apostólicos. Este
cristianismo primitivo se espalhou, apesar de ser uma religião
minoritária e perseguida, pela Judéia, Síria, Europa, Anatólia,
Mesopotâmia, Transcaucásia, Egito e Etiópia. O Cristianismo
foi legalizado no Império Romano pelo Édito de Milão em 313.
O Imperador Constantino converteu-se ao Cristianismo e con-
vocou o Concílio de Nicéia (325), no qual o credo de Nicéia foi
formulado. O Cristianismo se tornou a religião oficial do Impé-
rio Romano em 380, sob o Imperador Teodósio I, o Grande.
Desde então, o Cristianismo tem sido, em seus diferentes ra-
mos, a religião dominante no continente europeu e em todo o
Ocidente. A Igreja (de Ekklesia, ecclesia, significa Assembléia)
dos primeiros Sete Concílios Ecumênicos é freqüentemente
referida como a "Grande Igreja" porque a Igreja Católica Ro-
mana, a Igreja Ortodoxa e as Igrejas Ortodoxas Orientais esta-
vam em plena comunhão e, de certa forma, compunham a
Igreja de Cristo, a Igreja kath'holou (de acordo com - kata -o
todo -holon). 
2-Cristianismo primitivo
Cristianismo primitivo é uma etapa da história do cristianis-
mo de aproximadamente três séculos (I, II, III e parte do IV),
que se inicia após a Ressurreição de Jesus (c. 33 d.C.) e termi-
na em 325 com a celebração do Primeiro Concílio de Niceia.
Os primeiros cristãos, conforme descritos no Novo Testa-
mento (especialmente nos Atos dos Apóstolos), eram judeus,
por nascimento ou por conversão, para os quais o termo bíbli-
co "prosélito" foi usado, e nomeados pelo historiadores como
judeus-cristãos. 
Paulo de Tarso (cujo nome era Saulo, judeu da seita dos fa-
riseus, soldado a serviço do Sinédrio para perseguir os cris-
tãos), após sua conversão ao Cristianismo, reivindicou para si
o título de "Apóstolo dos gentios" [gentios era termo usado
para definir os não-judeus], e viajou pela Europa e Ásia disse-
minando o cristianismo.
A influência de Paulo no pensamento cristão é reconhecida
como mais significativa do que qualquer outro escritor do
Novo Testamento. Pode-se dizer que foi Paulo quem separou,
de modo definitivo, o Cristianismo do Judaísmo. 
Perto do final do primeiro século, o Cristianismo começou a
ser reconhecido interna e externamente como uma religião di-
ferente do Judaísmo Rabínico, o que foi refinado e desenvolvi-
do após a destruição do segundo templo em Jerusalém (70 d.
C.). Nessa época iniciam-se as grandes perseguições por parte
do império Romano e que se estenderão até 313 d.C. Foi uma
era sangrenta para os cristãos, onde muitos milhares foram
mortos de formas muito cruéis.
O cristianismo primitivo tem sua primeira fase chamada de
Período Apostólico, compreendendo aquele em que viveram
os Apóstolos e na qual se dá a redação do Novo Testamento,
concluindo-se com a morte de João Evangelista († 101 d.C. se-
gundo Eusébio de Cesaréia), o autor do Apocalipse. De João
resta a cópia mais antiga que existe, do ano 125, do seu Evan-
gelho, o Papiro 52.
Essa fase será seguida pelo Período Pré-Niceno em que a
definição da moral e fé cristã, bem como de organização da
hierarquia e da liturgia se consolida. No Oriente, estabelece-se
o episcopado monárquico: a comunidade é chefiada por um
bispo, rodeado pelo seu presbitério e assistido por diáconos,
ainda se salientam os Pais Apostólicos, ou seja, os discípulos
dos Apóstolos e primeiros a explicar as Escrituras (Ex.: S. Poli-
carpo de Esmirna, São Clemente de Roma, S. Inácio de Antio-
quia). 
Com o edito de tolerância do Imperador Constantino I, o
Grande, em 313, o Cristianismo se tornou uma religião legali-
zada e progressivamente a religião favorecida pelo Estado. No
https://www.youtube.com/watch?v=Vm5KXElRwys
https://www.youtube.com/watch?v=_vw4BS3NFmUhttps://www.youtube.com/watch?v=lezigDCy9nQ
https://www.youtube.com/watch?v=wkgr0Jzm_wk
https://www.youtube.com/watch?v=IPPX79AI32I
https://www.youtube.com/watch?v=WURXh0xNgYI
https://www.youtube.com/watch?v=Gv35D8_1KWg
entanto, não foi até o Édito de Tessalônica (em 380), promul-
gado pelo Imperador Teodósio, que o Cristianismo se tornou a
religião oficial do Império Romano.
A Era Pré-Nicena se encerra com o Concílio de Nicéia em
325 d.C.
3-O Concílio de Nicéia, um divisor de águas
É considerado o primeiro Concílio Ecumênico, ou seja, a
primeira grande assembléia de todos os bispos da cristanda-
de. Presume-se que foi presidido pelo Bispo Osio de Córdoba,
que se acredita ser um dos legados (representantes) do Papa
que, ao contrário de hoje, tinha primazia de honra entre os
bispos e patriarcas, mas não era chefe deles, porém tinha
uma autoridade moral e, pode deferência, atribuía-se ao Papa
(Patriarca de Roma) a convocação e promulgação dos Concí-
lios.
*Patriarca: até hoje, no cristianismo, Patriarca significa um
bispo de um Igreja principal, por exemplo: Patriarca de Jerusa-
lém, Patriarca de Antioquia, Patriarca de Moscou, Patriarca de
Constantinopla...
Suas principais realizações foram a resolução da questão
cristológica da natureza do Filho de Deus (Jesus) e sua relação
com Deus Pai, a construção da primeira parte do Símbolo Ni-
ceno (primeira doutrina cristã uniforme), o estabelecimento do
cumprimento uniforme da data da Páscoa, e a promulgação
da primeira lei canônica, proibição da castração, normas para
penitência, proibição de pôr-se de joelhos nas orações dos do-
mingos e do dia de Pentecostes etc.
4-Crenças Fundamentais do Cristianismo
Há um núcleo mais ou menos compartilhado de crenças e
doutrinas entre os diferentes grupos cristãos, embora algumas
dessas doutrinas não sejam aceitas por todos. Nesse núcleo
encontra-se: 1. Unicidade de Deus na Trindade de Pessoas Di-
vinas (crença maioritária entre cristãos); 2. Jesus Cristo é o Ló-
gos (Verbo) divino, segunda pessoa da Ss. Trindade [o Logos é
Deus ativo na criação, revelação e redenção. Jesus Cristo não
apenas traz a palavra de Deus aos homens, ele "é" a palavra,
o "Verbo". E este entendimento é o que foi proclamado no
Credo niceno-constantinopolitano, resultado do Primeiro Con-
cílio de Constantinopla em 381.]; 3. Jesus Cristo revelou a ver-
dadeira natureza de Deus, chamando Deus de "seu Pai e nos-
so Pai" (João 20,17 ) e anunciando a vinda do Espírito Santo
(Atos 1, 8 ), o Espírito de Deus, o Espírito da Verdade (João
16,13), o mesmo que inspirou as Escrituras; 4. Jesus Cristo é o
messias [Ungido, Christos] prometido nas profecias (Livro de
Isaias cap. 50-53) para a salvação do mundo; Jesus Cristo é
verdadeiro Deus e verdadeiro homem; 5. Jesus como o Filho
de Deus que veio à Terra libertar e salvar os seres humanos
do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurrei-
ção, embora variem entre si quanto ao significado desta salva-
ção e como ela se dará; 6. o cristianismo acredita que a fé em
Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a salvação e a
vida eterna; 7. Após a morte, o destino da alma pode ser a
bem-aventurança ou a condenação aos infernos e, para os ca-
tólicos romanos, admite-se ainda um estágio intermediário e
provisório para as almas que, não sendo condenadas ao infer-
no, ainda tem pecados a purgar: o purgatório; 8. As Escrituras
como fonte de Fé e nessa matéria isentas de erro; 9. Nova vin-
da de Cristo no final dos tempos e o Juízo Final.
5-Fontes de Fé
Se em relação aos pontos essenciais de Fé a maioria dos
cristãos concorda, fato é que há outros pontos que geram dis-
cordâncias. Dentre eles estão quais seriam as Fontes da Fé.
Para os de tradição Católica (Romanos e Ortodoxos), con-
corda-se que sejam fontes de fé as Escrituras, os Concílios
Ecumênicos e o consenso de Pais da Igreja (são os escritores
cristãos dos primeiros séculos), ou seja, aquilo em que os Pais
concordam entre si. Todavia, para os Ortodoxos, apenas va-
lem os Sete Concílios Ecumênicos (325 – 787), para os Católi-
cos Romanos são 21 Concílios; para os Ortodoxos, fora um
Concílio Ecumênico para esclarecer o dogma, nenhum homem
pode definir uma doutrina; para os católicos romanos, o Papa
pode, usando de um atributo de “infalibilidade pontifícia”, defi-
nir um novo Dogma de Fé.
Anglicanos, luteranos, calvinistas e algumas denominações
protestantes reconhecem os quatro primeiros concílios ecu-
mênicos católicos e, em alguns casos, os primeiros sete (como
os ortodoxos). As demais têm visões variadas conforme a sua
doutrina, mas as Igrejas Reformadas tem em comum que a
Bíblia é a única fonte de Fé.
6-As Escrituras e sua interpretação
Existe dentro do Cristianismo um grupo de livros conhecido
como Bíblia (plural de biblos, livro), que contém textos sagra-
dos para sua consideração e obediência. As diferentes deno-
minações cristãs variam em como essas escrituras são valida-
das, traduzidas e interpretadas, além de haver uma pequena
variação no número de livros aceitos. Os livros do antigo testa-
mento foram escritos em hebraico antigo e aramaico, os do
novo testamento, em grego antigo.
Praticamente todas as igrejas cristãs aceitam a autoridade
da Bíblia, que inclui o Antigo Testamento e o Novo Testamen-
to, embora o cânon bíblico, ou os livros que compõem a Bíblia,
difiram entre as diferentes denominações, como é o caso do
Antigo Testamento. As diferentes Igrejas Cristãs Ortodoxas,
bem como várias Igrejas Orientais de dogma Nestoriano e Eu-
tiquiano, e a Igreja Católica Romana, incluem em suas Bíblias
outros livros, chamados de Deuterocanônicos, que as primei-
ras comunidades Cristãs receberam na Bíblia Septuaginta (tra-
dução grega do antigo testamento feita por 70 sábios judeus e
usada pelos judeus fora de Israel e pelos primeiros cristãos).
Durante a Reforma Protestante do século XVI, Lutero deci-
diu que os deuterocanônicos não eram inspirados e adotou o
Tanach (Bíblia judaica) como seu fundamento para o cânon do
Antigo Testamento. Em meio ao debate, a Igreja Ocidental ra-
tificou a decisão de recebê-los como parte do cânon durante
os trabalhos do Concílio de Trento (1546).
Outros, como as Testemunhas de Jeová, produziram suas
próprias traduções da Bíblia, garantindo que é uma versão
confiável e verdadeira dos idiomas originais. Alguns grupos
cristãos também geraram escrituras adicionais e são conside-
rados escrituras “inspiradas”. Exemplos bem conhecidos inclu-
em os escritos de Ellen G. White, teóloga e doutora da Igreja
Adventista do Sétimo Dia; o Livro de Mórmon, atribuído a Je-
sus Cristo como outro Testamento, Doutrina e Convênios e A
Pérola de Grande Valor, usado por A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias (popularmente conhecida como Igreja
Mórmon); ou os escritos de Mary Baker Eddy, teórica e funda-
dora da Ciência Cristã.
Entre as diferentes denominações cristãs, não há consenso
na interpretação da Bíblia, que tem sido a principal causa das
divisões históricas e atuais na doutrina e prática cristãs. A po-
sição mais extrema em relação à literalidade e conservacionis-
mo do conteúdo da Bíblia cristã têm sido chamadas de “fun-
damentalismo cristão” e está principalmente associada ao
protestantismo nos Estados Unidos. Isso está relacionado a
um dos princípios da Reforma, que é sola scriptura, segundo
o qual, a Bíblia é vista como a única e última fonte de fé e dou-
trinas e pressupõe que qualquer crente cristão seja capaz de
interpretá-la.
Católicos, ortodoxos e alguns anglicanos consideram a Bí-
blia como uma fase formativa da tradição da Igreja, que foi
continuada por meio de decisões de concílios ecumênicos, dos
escritos dos Padres da Igreja e, no caso do catolicismo, por de-
clarações papais.
Uma das causas das diferenças de interpretação reside na
precisão com que os textos dos originais foram traduzidos e o
seu significado transmitido, com as correspondentes conside-
rações etimológicas e lingüísticas. Por isso, existem inúmeras
traduções da Bíblia no mundo, cujo significado muitas vezes
careceda confiabilidade exigida e seu significado varia, a pon-
to de gerar polêmicas doutrinárias ou de aplicabilidade entre
aqueles que as interpretam.
7-Culto e práticas cristãs
Em decorrência das diversas tradições e denominações, há
grande variação no que diz respeito ao culto e a práticas cris-
tãs. Em resumo:
7.1-Culto.
Para a linhagem Católica (Romana e Ortodoxas), o culto
oficial é a Missa (Divina Liturgia, Eucaristia) e o Ofício Divino
(Orações, Salmos e Leituras que todo clérigo ou religioso reci-
ta durante o dia); particularmente, orações privadas pessoais
e tradicionais, devoções e usos piedosos usando o rosário/cor-
dão de orações.
Para as Reformadas Históricas (Anglicanos, Luteranos) há
a Santa Ceia (semelhante à Missa), Liturgia das Horas (Ofício
Divino), além das orações privadas. Outras Igrejas Reforma-
das celebram seu culto público com cantos, orações, leituras
das Escrituras e sermão do Pastor/Reverendo.
7.2-Costumes e Práticas espirituais.
§1 Um cristão, de modo geral, inicia seu dia com orações,
reza antes e depois das refeições, reza antes e depois de estu-
dar, trabalhar, viajar etc., visando santificar cada momento de
sua vida. Essas práticas podem ser mais ou menos elabora-
das, dependendo da corrente de cristianismo que é seguida.
Os católicos e ortodoxos (esses principalmente) incluem pros-
trações, metanias (inclinações profundas), gestos sagrados (si-
nal da cruz) que acompanham suas orações, leituras e recita-
ções de salmos. Algumas dessas práticas são comuns a certas
denominações reformadas. Em quase todas as Igrejas, refor-
madas ou não, também se pratica o jejum em certos dias e
abstinências, sobretudo no período de quaresma, os quaren-
ta dias antes da Páscoa.
§2 Os cristãos são instados pelo próprio Cristo (Mt. 26, 41)
a orar e vigiar, isto é, manter-se em estado de oração fre-
qüente e estarem atentos sobre si, sobre seus pensamentos,
desejos, tendências, para que não caiam em tentações. Para
um Cristão que leva a sério a religião, o cristianismo é um
completo estilo de vida em que a cada momento o indivíduo
busca aprimorar-se espiritual e moralmente, dominando-se e
impondo freio, pela disciplina, aos maus pensamentos, senti-
mentos, vícios e desejos. Os cristãos são estimulados pelas es-
crituras a orarem por si e por todos, quer amigos, quer inimi-
gos; a auxiliarem os pobres e necessitados, a perdoarem os
que lhes fazem mal, a ter vida simples, piedosa e honesta, a
não viverem no luxo, a não se apegarem aos bens e prazeres
mundanos e a não temerem a morte do corpo, mas viverem
de modo que ao morrer sejam merecedores da bem-aventu-
rança.
§3 Além disso, parte das Igrejas tem um certo número de
Sacramentos ou Mistérios. Para os Católicos e Ortodoxos os
sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cris-
to e confiados à Igreja, mediante os quais é concedida a vida
divina ao crente. São em número de sete: batismo, crisma,
Eucaristia, matrimônio, penitência (arrependimento e confis-
são dos pecados ao sacerdote), extrema-unção (para os enfer-
mos) e ordem (que confere o sacerdócio). Os sacramentos,
nessas tradições, não apenas supõem a fé, como também,
através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortifi-
cam e exprimem, sendo necessários à vida espiritual. 
§4 Para os Protestantes (Anglicanos e Luteranos) - Igrejas
protestantes históricas –, são apenas dois os sacramentos: o
Batismo e a Ceia do Senhor. Martinho Lutero definiu sacra-
mento como a situação em que um elemento (coisa material),
através da palavra de Deus, transforma-se em outro.
§5 Já para os Evangélicos existem duas ordenanças que
são o batismo do crente (por imersão na água) e comunhão
da Ceia do Senhor, esta apenas como memorial, como ágape,
não como no caso dos Católicos e Ortodoxos para os quais o
Espírito Santo age sobre o pão e o vinho quando consagrados
e os transforma no Corpo e no Sangue de Cristo.
8-Principais festas religiosas
A fé cristã comemora algumas datas consideradas especi-
ais e que estão ligadas a vida de Jesus Cristo. As principais fes-
tas são: Natal: a data simboliza o nascimento de Jesus Cristo e
é celebrada no dia 25 de dezembro; Quaresma: período de
quarenta dias que antecede a Páscoa é celebrado principal-
mente pela Igreja Católica e pela Ortodoxa; Páscoa: é a data
em que se comemora a ressurreição de Jesus Cristo que acon-
teceu ao terceiro dia após a sua morte. Sempre acontece em
uma sexta-feira e o período é denominado de semana santa;
Pentecostes: é a festa que celebra a chegada do Espirito San-
to. Acontece 50 dias após a Páscoa.
Nas Igrejas mais antigas, como a Católica Romana e a Or-
todoxa, além dessas festas, há outras celebrando mistérios da
Fé, Apóstolos, Mártires e pessoas consideradas santas em ra-
zão de sua vida conformada a Cristo. Outras denominações há
que nem mesmo celebram o Natal.
9-Pontos sobre ética e Moral Cristã
No decorrer dos séculos, muitos pensadores cristãos, a
partir das escrituras sagradas, elencaram o que seriam os ví-
cios a combater, as virtudes a adquirir, o bem a praticar, o mal
a evitar etc., a isto chamou-se Teologia Moral, a ciência que se
dedica a estudar os princípios éticos da doutrina cristã. Com
isto, o valor moral de um ato dependeria da escolha, da inten-
ção, das circunstâncias e das conseqüências. A ética cristã es-
taria, então, determinada pela Lei Divina que prescreve-nos
caminhos e normas de conduta que levam à bem-aventuran-
ça prometida, proibindo-nos os caminhos que nos desviam de
Deus. Sua base seria o Decálogo, ou Dez mandamentos,
acrescidos dos ensinamentos de Cristo vindos pelos textos
apostólicos (Novo Testamento).
Ao acima colocado, juntam-se as Virtudes Cardinais e as
Teologais, essas o próprio fundamento de todas as demais
porque vêm de Deus. Quatro são as Virtudes Cardeais: a
Prudência, que dispõe a razão para discernir em todas as cir-
cunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios
para o atingir; a Justiça, que é uma constante e firme vonta-
de de dar aos outros o que lhes é devido; a Fortaleza que as-
segura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura
do bem; a Temperança que modera a atração dos prazeres,
assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcio-
na o equilíbrio no uso dos bens criados. Três são as Virtudes
Teologais: a Fé: por causa dela, o homem acredita e en-
trega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhe-
cer e fazer a vontade de Deus. Esperança: por meio dela, os
crentes esperam a vida eterna e o Reino de Deus, colocando a
sua confiança perseverante nas promessas de Cristo. Carida-
de (ou Amor): através dela, amamos a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus.
Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da Lei, sendo
por isso o vínculo da perfeição» (Col 3,14). Santo Agostinho,
um antigo Pai da Igreja, ensinava que repetição de pecados
gera vícios, que são hábitos perversos que obscurecem a
consciência e inclinam ao mal. Os vícios podem estar ligados
aos chamados sete pecados capitais, opostos às virtudes, que
são: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça/ ne-
gligência. A vida centrada na ética cristã é focada no combate
aos vícios e no exercício e aumento das virtudes. Todavia,
para o cristianismo, nem se combate o mal e nem se cultiva o
bem sem o auxílio da Graça Divina.
10-Excertos textos cristãos não bíblicos
Os textos abaixo foram escritos pelos mais antigos escrito-
res cristãos, eram Pais Apostólicos no tempo da Igreja Primiti-
va. Dentre eles, consta o Presbítero Hermas de Hierápolis, um
dos 70 discípulos de Jesus, tal como aparece em Lucas 10, 1
“E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e
mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as ci-
dades e lugares aonde ele havia de ir.”
10.1 - São Clemente de Roma ( † 97), Século I, Papa
e Mártir |Conseqüências funestas da discórdia [I Clem.
Cor 3, 1-4]
Toda honra e abundância vos tinham sido concedidas, e
cumpriu-se aquilo que está escrito: “O amado comeu ebebeu,
se alargou, engordou e recalcitrou. Daí surgiram ciúme e inve-
ja, rixa e revolta, perseguição e desordem, guerra e cativeiro.
Dessa forma, os sem honra se rebelaram contra os honrados,
os obscuros contra os ilustres, os insensatos contra os sensa-
tos, os jovens contra os anciãos. Por isso, a justiça e a paz se
afastaram para longe, porque cada um abandonou o temor de
Deus e deixou que se obscurecesse sua fé nele. Porque não se
anda mais segundo as diretrizes dos seus preceitos, nem se
comporta mais de maneira digna de Cristo. Ao contrário, cada
um anda segundo as paixões do seu mau coração, tomado
pela inveja injusta e ímpia, através da qual, também agora, “a
morte entrou no mundo.”
10.2 - Santo Ignácio de Antioquia ( † 110), Século I,
Bispo e Mártir |Sou trigo de Deus. [Ignácio aos Roma-
nos 5, 2-3]
Possa eu alegrar-me com as feras que me estão sendo
preparadas. Desejo que elas sejam rápidas comigo. Acariciá-
las-ei, para que elas me devorem logo, e não tenham medo,
como tiveram de alguns e não ousaram tocá-los. Se, por má
vontade, elas se recusarem, eu as forçarei. Perdoai-me; sei o
que me convém. Agora estou começando a me tornar discípu-
lo. Que nada de visível e invisível, por inveja, me impeça de al-
cançar Jesus Cristo. Fogo e cruz, manadas de feras, lacera-
ções, desmembramentos, deslocamento de ossos, mutilações
de membros, trituração de todo o corpo, que os piores flagelos
do diabo caiam sobre mim, com a única condição de que eu
alcance Jesus Cristo.
10.3 - São Policarpo de Esmirna († 155) Século I,
Bispo e Mártir| Orai por todos. [II Pol. Ad Phil. 12, 2-3]
O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, e este mesmo
pontífice eterno, Jesus Cristo Filho de Deus, nos edifique na pa-
ciência e longanimidade, na tolerância e castidade. Que ele
vos conceda herança e parte entre seus santos, e convosco
também a nós e a todos aqueles que estão sob o céu e que
acreditarão em nosso Senhor Jesus Cristo e no próprio Pai, que
o ressuscitou dos mortos. Rezai por todos os santos. Rezai
também pelos reis, autoridades e príncipes, pelos que vos per-
seguem e vos odeiam, pelos inimigos da cruz. Desse modo, o
vosso fruto será manifesto em todos, e vós sereis perfeitos
nele.
10.4 - Hermas de Filipópolis († Séc. I), um dos 70
discípulos, Mártir |Sobre os desejos. [Hermas, O Pastor
44, 1-2]
Arranca de ti todo mau desejo, e reveste-te do desejo bom e
santo. Revestido desse desejo, odiarás o desejo mau e o do-
marás como quiseres. O desejo mau é selvagem e difícil de
amansar. É terrível, e com sua selvageria consome os ho-
mens. Principalmente se o servo de Deus cair nesse desejo e
não tiver discernimento, será consumido de modo terrível. Ele
consome também os que não têm a veste do desejo bom e se
deixam enredar por este mundo. O desejo entrega-os à mor-
te”
10.5 - S. Flávio Justino († 165), Presbítero e Mártir|
Carta ao Imperador Hélio Adriano | Fraternidade e Eu-
caristia [Apol I 65, 2-4; 66, 1-2]
(...)Terminadas as orações, nos damos mutuamente o ós-
culo da paz. 3Depois àquele que preside aos irmãos é ofereci-
do pão e um cálice com água e vinho; pegando-os, ele louva e
glorifica ao Pai do universo através do nome de seu Filho e do
Espírito Santo, e pronuncia uma longa oração de eucaristia,
por ter-nos concedido esses dons que dele provêm. Quando o
presidente termina as orações e a eucaristia, todo o povo pre-
sente aclama, dizendo: “Amém”. 4Amém, em hebraico, signifi-
ca “assim seja”. 5Depois que o presidente deu ação de graças
e todo o povo aclamou, os que entre nós se chamam minis-
tros ou diáconos dão a cada um dos presentes parte do pão,
do vinho e da água sobre os quais se pronunciou a ação de
graças (...) Este alimento se chama entre nós Eucaristia, da
qual ninguém pode participar, a não ser que creia serem ver-
dadeiros nossos ensinamentos e se lavou no banho que traz a
remissão dos pecados e a regeneração e vive conforme o que
Cristo nos ensinou. 2De fato, não tomamos essas coisas como
pão comum ou bebida ordinária, mas da maneira como Jesus
Cristo, nosso Salvador, feito carne por força do Verbo de Deus,
teve carne e sangue por nossa salvação, assim nos ensinou
que, por virtude da oração ao Verbo que procede de Deus, o
alimento sobre o qual foi dita a ação de graças — alimento
com o qual, por transformação, se nutrem nosso sangue e
nossa carne — é a carne e o sangue daquele mesmo Jesus en-
carnado.
Fontes de pesquisa:
[Acesso em 29 de Setembro de 2020.]
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/religiao/cristianismo-
no-brasil--chegada-aos-dias-atuais.htm 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo#Ortodoxia
http://www.myriobiblos.gr/bible/default.asp 
http://www.religioustolerance.org/christ.htm 
https://idagospel.com/esbocos/resumo-da-vida-de-jesus-cristo/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Logos_(cristianismo) 
https://www.ebiografia.com/jesus_cristo/ 
https://www.maisbolsas.com.br/enem/religiao/fundamentos-do-
cristianismo 
https://www.respostas.com.br/os-principais-ensinamentos-de-
jesus-para-os-dias-de-hoje/
https://archive.org/details/concisehistoryof00boke
http://vidaortodoxa.blogspot.com 
http://www.patriarchia.ru/en/ 
https://www.sacred-texts.com/chr/ecf/001/index.htm 
https://www.sacred-texts.com/chr/ecf/002/index.htm 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/religiao/cristianismo-no-brasil--chegada-aos-dias-atuais.htm
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https://www.sacred-texts.com/chr/ecf/002/index.htm
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https://archive.org/details/concisehistoryof00boke
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