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Equilíbrio Ácido-Básico Mecanismos fisiológicos que mantém a concentração de hidrogênio dos líquidos corpóreos numa faixa compatível com a vida. Ácido: substância capaz de doar prótons H+. o Voláteis: metabolismo aeróbico, ácido carbônico. o Não voláteis ou fixos: metabolismo anaeróbico, ácido lático, ácido pirúvico. Base: substância capaz de receber prótons H+. pH: unidade usada para avaliar hidrogênio livre nas soluções ácidas ou básicas. Varia de 0 – 14. Estando o pH do sangue entre 7,35 e 7,45. Sistemas Tampão Substâncias que controlam o pH capturando ou liberando H+. São capazes de reagir tanto com um ácido quanto com uma base. Estão presentes no sangue, tecidos e interior das células. Os sistemas de regulação são químicos e fisiológicos. O principal sistema tampão é o bicarbonato – ácido carbônico que envolve os sistemas renal (HCO3) e respiratório (H2CO3). Bicarbonato É constituído pelo ácido carbônico (H2CO3) e sua base conjugada o bicarbonato (HCO3) é considerado um sistema aberto, pois o CO2 é removido pela ventilação. Os distúrbios podem ocorrer por via: Metabólica: alteração de H+ no fluído extracelular – HCO3. Respiratória: alteração na ventilação alveolar – PCO2. Gasometria Arterial A avaliação dos gases arteriais é importante na abordagem do doente crítico já que permite avaliar: oxigenação (PaO2), ventilação (PaCO2), equilíbrio ácido-base (pH e HCO30), pH, pressão de oxigênio (PO2), pressão de dióxido de carbono (PCO2), saturação de oxigênio (SaO2), concentração de bicarbonato (HCO3), excesso ou déficit de bases (BE). Indicações: IRA, SDRA, DPOC agudizada, asma grave, paciente em VM, embolia pulmonar, edema agudo de pulmão, cetoacidose, sepse e intoxicação exógena. Índice de Oxigenação Valores normais PaO2/FiO2: Normal: PaO2/FiO2 > 400mmHg. Déficit de oxigenação: PaO2/FiO2 > 300 – 400mmHg. Insuficiência respiratória: PaO2/FiO2 < 300mmHg. Insuficiência respiratória grave: PaO2/FiO2 < 200mmHg. Curva de Dissociação de O2: Acidose Respiratória Patogênese: hipoventilação e diminuição da eliminação de CO2 que leva a IRA ou IRC. Compensação: neutralização dos ácidos pelas bases sanguíneas. o Renal: eliminação de ácidos fixos – processo lento / retenção de bicarbonato. Manifestações Clínicas: cefaleia, taquicardia, perturbações visuais, coma (narcose pelo CO2). Tratamento: afastar a causa e promover ventilação adequada. Acidose Metabólica Gasometria Arterial Patogênese: aumento da produção de ácidos não voláteis, redução da excreção renal de ácidos e redução da recuperação renal ou perda excessiva de bicarbonato. Compensação: neutralização dos ácidos pelas bases sanguíneas. o Respiratória: aumento da eliminação de CO2. o Renal: aumento da retenção de HCO3. Manifestações clínicas: arritmias, confusão mental, depressão respiratória (quando intensa) que leva ao coma. Tratamento: administração de bicarbonato. Alcalose Respiratória Patogênese: hiperventilação com eliminação excessiva de CO2. Compensação: neutralização das bases pelos ácidos sanguíneos. o Renal: eliminação de HCO3 / retenção de H+. Manifestações Clínicas: hiper-excitabilidade, tremores e tetania (PaCO2 < 25mmHg). Tratamento: promover ventilação adequada (baixo f). Alcalose Metabólica Patogênese: aumento da retenção de HCO3, perda de ácidos pelo organismo (H+). Compensação: o Respiratória: hipoventilação, retenção de CO2 (depressão do centro respiratório). o Renal: redução na absorção de bicarbonato. Manifestações Clínicas: náuseas, respiração superficial, confusão mental, coma. Tratamento: administração de ácidos (cloro e cloreto de potássio).
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