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Reanimação cardiopulmonar guia para oferecer suporte a vítimas de parada cardíaca Introdução Saber a maneira certa de aplicar a reanimação cardiopulmonar (RCP) pode ser a diferença entre salvar ou não uma vida. O conhecimento sobre esse procedimento não deve se limitar aos profissionais da área de saúde, pois, infelizmente, qualquer pessoa está suscetível a ter uma parada cardiorrespiratória (PCR) e precisar de socorro imediato, inclusive você, seus familiares e amigos. Para se ter uma ideia, segundo a SOBRAC — Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas — das 300 mil mortes anuais por parada cardíaca, aproximadamente 200 mil ocorre longe do ambiente hospitalar. Ou seja, a maior parte das vítimas. E, dessas, 86% das paradas cardíacas ocorrem em casa e 14% em lugares públicos ou locais de trabalho. Se considerarmos que para cada minuto que a vítima fica sem socorro, suas chances de sobrevivência diminuem de 7 a 10% e a possibilidade de reverter o quadro são mínimas após 10 minutos da PCR, saber como fazer a ressuscitação cardiopulmonar é imprescindível para todos nós. Por todos esses motivos, a CMOS DRAKE criou este guia que orienta você a como fazer uma reanimação cardiopulmonar de maneira correta e eficiente, além da importância de ter um Desfibrilador Externo Automático (DEA) e o Feedback de RCP por perto como um grande diferencial na hora de salvar vidas. http://www.sobrac.org/campanha/arritmias-cardiacas-mortes-subita/ http://cmosdrake.com.br/dea/desfibrilador-externo-automatico/ http://cmosdrake.com.br/dea/feedback-de-rcp/ 1. O que é e como identificar uma parada cardiorrespiratória (PCR) Antes de iniciar a reanimação cardiopulmonar, é preciso saber identificar se a vítima está ou não tendo uma parada cardíaca. A PCR consiste na interrupção dos movimentos cardíacos considerados normais. Quando isso ocorre, o coração deixa de bombear sangue e, por consequência, de levar oxigênio para o cérebro, pulmão e demais órgãos do corpo. Com as funções do coração e da respiração comprometidas, a pessoa que está em PCR tem pouco tempo de vida, caso nenhuma ação eficiente seja tomada— o cérebro, por exemplo, é um dos órgãos mais sensíveis que, com apenas 4 minutos sem oxigenação, já sofre danos irreversíveis, podendo levar a vítima à morte cerebral. Por isso, o socorro imediato é crucial para aumentar as chances de sobrevivência. 1.1 Sinais e sintomas A PCR apresenta alguns sintomas prévios antes da parada efetiva do coração, tais como: • dor no peito; • dor nos braços; • sensação de palpitação; • falta de ar; • suor frio; • tontura; • visão embaçada ou turva. Já os sintomas que indicam claramente uma parada cardiorrespiratória são: • desmaio; • pele fria e amarelada; • pupilas dilatadas; • inconsciência; • ausência de batimentos cardíacos; • ausência de respiração. 1.2 Como proceder Sabendo disso, se alguém desmaiar próximo a você, as primeiras ações que deve tomar são: • chamar a pessoa para verificar se ela está consciente ou não; • verificar a presença ou não de respiração; • no caso de ausência, iniciar a reanimação cardiopulmonar. Aqui, é importante ressaltar dois pontos: Caso esteja somente você e a vítima, é preciso primeiro entrar em contato com a emergência, informar o ocorrido e a sua localização, para só depois iniciar a RCP, que deve ser ininterrupta até que a pessoa reaja ou que o socorro chegue. Caso tenha outras pessoas próximas, nomeie uma delas para acionar a emergência e inicie as compressões imediatamente ao ocorrido. O mesmo vale para a utilização do DEA, procure identificar onde está o DEA mais próximo. Primeiro busque-o ou solicite que alguém faça isso por você e, só depois, inicie a reanimação. 1 2 https://cmosdrake.com.br/dea/descubra-como-usar-o-dea-corretamente-e-salvar-vidas/ 2. O que é a reanimação cardiopulmonar (RCP) A reanimação cardiopulmonar — ou ressuscitação cardiopulmonar (RCP) — consiste em um conjunto de manobras utilizadas para reverter casos de PCR, garantindo que a oxigenação sanguínea seja mantida até que o quadro seja normalizado. A American Heart Association (AHA) é quem dá as diretrizes de como o procedimento deve ser realizado e, segundo sua última atualização, indica: >> Para Leigos: • 100 a 120 compressões por minuto • 2 polegadas (5 cm) de profundidade, pelo menos. • Se necessário revezar as pessoas nas compressões para não interromper por mais de 10 segundos. >> Para socorristas treinados: • 30 compressões por 2 respirações; • 100 a 120 compressões por minuto; • 2 polegadas (5 cm) de profundidade, pelo menos. É importante ressaltar que as respirações não devem ser feitas por pessoas leigas, especialmente quando não se conhece a pessoa que está sendo socorrida. Em casos assim, saiba que somente as compressões feitas de maneira correta, respeitando a profundidade e a quantidade indicadas já são suficientes para ajudar a salvar uma vida. http://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf 2.1 Como fazer a reanimação cardiopulmonar A forma de realizar a reanimação cardiopulmonar é a mesma em todas as pessoas, ou seja, desde bebês até adultos. O que difere é que, em bebês, as compressões devem ser feitas utilizando apenas 2 dedos e em crianças, somente uma das mãos. Esse cuidado é essencial para evitar lesões. Para ambos a profundidade indicada é de 5 cm. Para realizar a reanimação cardiopulmonar, tanto em adultos quanto em bebês, crianças e adolescente, você deve: 1. verificar se o local escolhido para o atendimento é seguro tanto para você quanto para a vítima; 2. deitar a pessoa que está em PCR de barriga para cima em uma superfície rígida e firme; 3. constatar a ausência de batimentos cardíacos e de respiração antes de iniciar a RCP, por meio de sons e movimentos do tórax; 4. ajoelhar ao lado da vítima e localizar o centro do tórax, mais especificamente na linha entre os mamilos; http://cmosdrake.com.br/dea/como-salvar-vida-de-uma-crianca-que-sofre-para-cardiorrespiratoria/ 5. estender os braços, sobrepor suas mãos e entrelaçar os dedos da mão de cima, envolvendo a mão de baixo; 6. posicionar-se sobre o ponto localizado anteriormente e, usando os joelhos como apoio e o peso do seu corpo, iniciar as compressões fazendo força para baixo sobre o peito da vítima; 7. manter os braços sempre retos e comprimir constantemente o peito da vítima, atentando-se para o ritmo e profundidade corretos. Mas como saber o ritmo e profundidade corretos A situação ideal e mais precisa é quando você tem o Feedback de RCP do DEA no local. Ele emite beeps sonoros que te orientam no ritmo, além de avaliar o ritmo e profundidade dando instruções em áudio para ajustar o que não estiver correto - você vai entender melhor como funciona nas próximas páginas. ? Até a chegada do DEA - ou, caso você não tenha esse recurso no local -, lembre-se que a profundidade deve ser de aproximadamente 5 cm. E, para a frequência, você pode se guiar pelo ritmo da música “Stayin’ Alive, dos Bee Gees. A comunidade médica reconhece que ela fornece a batida ideal para realizar as compressões no peito para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Tente cantar a música, ou repassá-la mentalmente, para adequar cada pressão ao ritmo das batidas da música. A cada compressão é importante que o tórax da vítima volte totalmente à posição natural. Além disso, se houver outra pessoa por perto para ajudar, é indicada a troca de socorrista a cada dois minutos, ou sempre que se cansar. Isso evita cansaço e garante que a RCP seja feita corretamente. Não interrompa as compressões até que a pessoa reaja, ou o socorro especializado chegue ao local. http://www.youtube.com/watch?v=fNFzfwLM72c 3. O uso do DEA e do Feedback de RCP durante a reanimação cardiopulmonar No entanto, sabemosque por mais que a RCP seja iniciada rapidamente, as chances de sobrevivência são muito maiores quando há um desfibrilador externo automático por perto. Isso porque, para certos casos de arritmias cardíacas malignas, somente ele é capaz de reverter a situação. Além disso, a reanimação cardiopulmonar só alcança sua eficiência se realizada na frequência e profundidades corretas, parâmetros que somente podem ser medidos com auxílio da tecnologia do DEA com Feedback de RCP. Nem mesmo profissionais da área de saúde conseguem medir sem a ferramenta; e é ainda mais importante para auxiliar quem é leigo no atendimento. Portanto, o único equipamento que garante que as compressões sejam realizadas na velocidade e na profundidade certas é o Feedback de RCP. https://cmosdrake.com.br/dea/importancia-do-feedback-de-rcp-para-salvar-vidas-e-prevenir-danos-ao-paciente/ 3.1 O que é o DEA O DEA — Desfibrilador Externo Automático — é um equipamento que tem como principal função disparar uma corrente elétrica controlada no coração do paciente. O objetivo, é fazer com que os batimentos cardíaco voltem ao seu ritmo normal e, com isso, as funções do órgão sejam restabelecidas. Seu uso é tão importante em casos de paradas cardiorrespiratórias, que ele se tornou um equipamento obrigatório em locais com circulação diária igual ou superior a 4.000 pessoas, como rodoviárias, estações de trem e de metrô, aeroportos, shoppings, estádios de futebol, entre outros. E também é indicado e recomendado que ele esteja disponível também em locais com circulação menor de pessoas, tais como empresas, academias, escolas e condomínios. Fácil de manusear, o DEA conta com orientação por voz e visual, garantindo que cada etapa do atendimento seja feita com total segurança, inclusive os choques, que só são disparados quando o aparelho realmente identifica a necessidade desse processo. http://cmosdrake.com.br/produto/dea-desfibrilador-externo-automatico-futura/ 3.1.1 Como o DEA funciona Após identificar que uma pessoa está em PCR, conforme orientado anteriormente, o DEA deve ser utilizado da seguinte maneira: 1. inicie o atendimento com as compressões torácicas até a chegada do DEA; 2. assim que o DEA chegar à cena, ligue e posicione o equipamento próximo à vítima e siga as orientações fornecidas; 3. libere o tórax da vítima e posicione os eletrodos corretamente, sendo: eletrodo direito logo abaixo da clavícula direita, eletrodo esquerdo abaixo do mamilo esquerdo; 4. conecte os eletrodos ao DEA, encaixando seus cabos no equipamento; 5. aguarde que o aparelho faça a leitura do ritmo cardíaco, esse processo indicará a necessidade ou não de choque; 6. quando o choque for indicado, afaste-se um pouco da vítima e garanta que ninguém esteja encostado nela antes de apertar o botão do DEA e pressione o botão para aplicação do tratamento; 7. após o choque, continue com a reanimação cardiopulmonar, seguindo o beep emitido pelo aparelho, após 2 minutos o aparelho fará uma nova leitura e passará novas informações; 8. se não houver a indicação de choque, continue somente com a RCP até a chegada do socorro ou até que a vítima recobre a consciência. 4 3 2 6 3.2 O que é e como funciona o Feedback de RCP O Feedback de RCP é um dispositivo que analisa em tempo real a qualidade da reanimação cardiopulmonar, garantido que essa seja realizada da maneira correta. De fácil utilização, o dispositivo de Feedback de RCP já vem acoplado junto com os eletrodos do DEA. Por isso, basta posicionar o sensor no peito do paciente e fazer a ressuscitação sobre ele. Dessa forma, o dispositivo é capaz de medir e avaliar como a compressão torácica está sendo efetuada e passa ao socorrista instruções precisas via comando de voz e de texto, tais como: • boas compressões; • continue com a RCP; • comprima mais forte; • comprima mais fraco; • siga o ritmo do beep. 3.1.2 Quem pode manusear o DEA O DEA é autoexplicativo e seguro, foi projetado para ser utilizado por leigos e não precisa ser manuseado apenas por profissionais da área de saúde. Entretanto, mesmo sendo autoexplicativo, o uso do equipamento por leigos treinados em primeiros socorros ou com Suporte Básico de Vida (BLS), torna o atendimento ainda mais eficiente. A velocidade e profundidade da reanimação cardiopulmonar são fatores determinantes na hora de salvar uma pessoa que está em PCR. Quando feita de maneira errada, além de não garantir o fluxo sanguíneo e a oxigenação do cérebro e dos demais órgãos, ela ainda pode causar danos à vítima, como: • fraturas nas costelas que podem perfurar órgãos como pulmão, fígado, baço e rins e causar hemorragias; • fratura no esterno, levando a sangramentos e outras complicações como acúmulo de sangue na cavidade torácica (hemotórax) ou traumatismo pulmonar ou pleural (pneumotórax), podendo levar a vítima a óbito. Por todos esses motivos, o uso desse dispositivo, atrelado ao DEA, se tornou imprescindível durante a realização da reanimação cardiopulmonar. Ou seja, saber como realizar esse procedimento é essencial para salvar a vida de quem está sofrendo uma PCR, mas contar com o apoio do DEA e do Feedback de RCP aumenta em até 3 vezes a chance de sobrevivência. !3.2.1 Riscos de não utilizar o Feedback de RCP Sobre a CMOS DRAKE A CMOS DRAKE é uma empresa fundada em 1989, que trabalha criando e desenvolvendo soluções inteligentes para preservar e salvar vidas. Utilizando para isso a mais alta tecnologia na fabricação de seus produtos, a CMOS DRAKE é certificada pela Anvisa, de acordo com as portarias do Inmetro, além de possuir certificação NBR ISO 13485 em Sistema de Gestão de Qualidade. Além disso, ela é pioneira no mercado latino-americano de desfibriladores, atendendo todo Brasil e expandindo constantemente a oferta dos seus equipamentos para toda a América, Ásia, Europa e diversos países árabes. https://cmosdrake.com.br/
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