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Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Acadêmica de Ciências Tecnológicas Curso de Graduação em Engenharia Química Disciplina de Laboratório de Fenômenos e Operações de Transferência de Calor Professora: Camila da Silva Gonçalves TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO FORÇADA Bianca Martins Monzillo1, Jéssica Schaefer Chaves2. 1Curso de Engenharia Química. Universidade do Sul de Santa Catarina. 2Curso de Engenharia Química. Universidade do Sul de Santa Catarina. Palavras Chave: convecção forçada, calor, coeficiente convectivo, Nusselt Introdução Segundo Incropera (2008), a convecção pode ser descrita como a transferência de energia ocorrendo no interior de um fluido devido aos efeitos combinados da condução e do escoamento global ou macroscópico do fluido. O termo convecção serve para descrever a transferência de energia entre uma superfície e um fluido em movimento sobre essa superfície. A convecção de calor é determinada pela assim chamada lei de resfriamento de Newton, que estabelece que a troca de calor entre uma superfície e um fluido que a circula é ditada por (ÇENGEL, 2012): ( )−= TTAhq sL (1) Onde: q = quantidade de calor trocada entre a superfície e o fluido no elemento de área do sólido (W); Ts = temperatura do sólido na área considerada (K); T∞ = temperatura do fluido medida em um ponto onde não há influência da superfície sólida (K); hL = coeficiente local de transferência de calor por convecção (W/m².K) A quantidade de calor também pode ser calculada a partir da seguinte relação, que relaciona ao efeito Joule (aquecimento por energia elétrica): iUq = (2) Onde: U = Voltagem (V); i = corrente (amperagem) (A). Como é impossível o reaproveitamento de toda a energia na forma de calor adota-se uma constante λ= 0.75 tornando possível a relação entre diferença de potencial e corrente elétrica ao calor, pela equação: iUq = (3) Existem duas principais classificações para transferência de calor por convecção. A convecção natural ou livre onde o movimento de fluido é o resultado de variações de densidade em transferência de calor. E a chamada fluxo de convecção forçada, que é causada pelas diferenças pressão produzido por uma bomba, um ventilador, e assim por diante. (GEANKOPLIS, 1993) O exemplo mais comum de aplicação prática do fenômeno de convecção forçada encontra-se nos trocadores de calor, que são dispositivos que facilitam a transferência de calor entre dois fluidos evitando a mistura de um com o outro. Eles são muito versáteis e utilizados em uma grande variedade de processos, que vão desde sistemas de aquecimento e ar condicionados domésticos a processos químicos em larga escala e produção de potência. (ÇENGEL, 2012) O grande desafio da convecção está na determinação de h, já que esta quantidade depende das propriedades do fluido e do escoamento, portanto, varia com a geometria do corpo e com as condições do escoamento, especialmente com o nível de turbulência do mesmo. Aplicando-se a análise adimensional, verifica-se que os parâmetros importantes da convecção podem ser agrupados em três números adimensionais. (ÇENGEL, 2012) (4) (5) (6) Onde: Nu- número de Nusselt, sendo (h) o coeficiente convectivo médio para toda superfície do sólido; (d) é o diâmetro externo do sólido e (k) a condutividade térmica do fluido; Pr – número de Prandt, sendo (ν) a viscosidade cinemática, (α) a difusividade térmica, (µ) a viscosidade dinâmica, (Cp) a capacidade calorífica e (k) a condutividade térmica do fluido; Red- número de Reynolds de percolação, sendo (v) a velocidade da corrente fluida não perturbada pelo sólido; (ρ) a massa específica do fluido e (µ) a sua viscosidade. Para um escoamento externo forçado normal à superfície de um cilindro ou esfera utiliza- se a equação (7) (INCROPERA, 2008): 3 1 PrRe = n dd bNu (7) Sendo: b e n constantes dependentes do Re. Este experimento tem como objetivo principal determinar o coeficiente convectivo de transferência de calor experimental (h) em escoamentos forçados, de um fluido, sobre uma superfície sólida aquecida cilíndrica e compará-lo com os calculados por correlações da literatura (h teórico). E também plotar o valores para o Nusselt teórico e Nusselt experimental vs Reynolds para obter as constantes b e n, e assim calcular os erros experimentais frente aos dados teóricos. Metodologia O experimento foi realizado no Laboratório de Termodinâmica da Universidade do sul de Santa Catarina (UNISUL). Para realização do experimento utilizou-se um equipamento, como mostra a Figura 1, composto de: I. Túnel de vento com Soprador axial de potência / vazão controlada. No interior do Túnel de vento existe um Corpo Cilíndrico de Alumínio de comprimento igual a 200 mm e diâmetro externo de 30 mm, dotado de uma resistência elétrica ôhmica em seu interior; II. Sensor óptico de temperatura deslizante sobre a superfície deste cilindro; III. Sensor de temperatura (termo resistência tipo PT-100) inserido no Túnel de vento para medida da temperatura do ar; IV. Painel de controle com potenciômetro (voltímetro/variador e amperímetro) para aquecimento do cilindro e Indicadores e temperatura. V. Medidor de vazão/velocidade do ar (Anemômetro). Figura 1 - Equipamento para ensaio de Transferência de Calor por Convecção Forçada ao redor de Corpos Sólidos. Fonte: GONÇALVES, 2020. Primeiro ligou-se o Soprador regulando a velocidade do ar no interior do túnel para 4,0 m/s com o auxílio do Anemômetro. Em seguida ligar a resistência elétrica, do interior do cilindro de alumínio, regulando a voltagem emitida para 60 volts. Esperou-se estabelecer o a condição de equilíbrio térmico na superfície do cilindro. Fez-se a leitura de 5 em 5 minutos em quatro pontos com dois pontos distanciados a 2 cm das extremidades e dois pontos distribuídos igualmente entre estes. Anotaram-se as temperaturas finais, no equilíbrio, fazendo uma média entre os quatro pontos. Para velocidade de 4,0 m/s. Em seguida, diminuiu-se a velocidade do ar para 3,5 m/s e esperou-se, novamente, estabelecer a nova condição de equilíbrio térmico na superfície do cilindro e anotaram-se as temperaturas. Repetiu- se este procedimento para as velocidades de: 3,0; 2,5; 2,0; 1,5; 1,0 e 0,5 m/s. Com isso com cálculos necessários foram realizados para obtenção do h teórico e experimental. E também dos gráficos Nusselt versus Reynolds. Resultados e Discussões .1. Determinação do coeficiente convectivo médio Segundo Antonietti, 2011 o principal empecilho nos problemas de convecção está na determinação do coeficiente de troca de calor, h. Tal coeficiente está diretamente relacionado com a forma como a camada limite se desenvolve. Esta, por sua vez, depende fundamentalmente das propriedades termo físicas do fluido, da natureza do escoamento e da geometria da superfície. Por esse motivo, faz-se necessário determinar o coeficiente de troca de calor, que por sua vez, pode ser caracterizada a partir de determinados parâmetros adimensionais. Como por exemplo: número de Prandtl e número de Nusselt. A temperatura do filme foi considerada a fim de obter propriedades do fluido na temperatura mais condizente com a real na superfície próxima ao cilindro. Essa foi calculada segundo a Equação 8: (8) As velocidades médias nominais para a corrente de ar foram definidas como: 4,5; 3,5;3,0; 2,5; 2,0; 1,5; 1,0 e 0,5 m/s. Para determinação do coeficiente convectivo médio, os dados do regime permanente foram considerados para cada velocidade nominal medida no anemômetro. No regime em questão, pode-se afirmar que todo o calor gerado pelas resistências internas distribuídas adequadamente do corpo cilíndrico, se converte em calor perdido por convecção, ao entrar em contato com a corrente de ar mais fria. Portanto é possível encontrar a taxa de transferência de calor por convecção (Qconv) igualando-se a potência (P) produzida por essas resistências pela Equação 9. (9) Os valores das resistências produzidas pelo cilindo são de U = 60V e i = 1,28A. A potência fornecida pelas resistências foi calculada por: iUq = (10) Assim, conhecendo a área superficial do cilindro (As) através da Equação 11: (11) Onde D é o diâmetro do cilindro e L o comprimento. Visto que o diâmetro do cilindro é de 30 mm e o comprimento do cilindro é de 200 mm, a área superficial é de 0,01884 m2. Conhecendo a área, foi possível calcular os coeficientes convectivos experimentais médios para cada velocidade nominal, pela Lei de Resfriamento de Newton, dada pela Equação 1 apresentado na Tabela 1. Tabela 1: Dados para o cálculo do coeficiente médio convectivo, para cada velocidade média. Velocidade Média (m/s) <Ts> (°C) (°C) Q (W) As (m 2 ) <h> (W/m 2 .K) <v1> = 4 93,86 26,4 45,32 <v2> = 3,5 100,08 26,6 41,61 <v3> = 3 106,14 26,9 38,58 <v4> = 2,5 111,4 26,6 57,6 0,0377 36,05 <v5> = 2 119,34 26,8 33,04 <v6> = 1,5 130,24 26,8 29,56 <v7> = 1 145,26 27,1 25,87 <v8> = 0,5 162,96 27 22,49 Fonte: Autor, 2020. Os cálculos do coeficiente convectivo foram feitos utilizando a temperatura média (Ts) do cilindro nas diferentes posições no regime permanente para cada velocidade média. Para a velocidade média de 4 m/s, temos: (1) Da Tabela 1, nota-se que o coeficiente convectivo aumenta com o aumento da velocidade da corrente de ar que escoa externamente ao corpo cilíndrico. Isso ocorre pois em maiores velocidades, a remoção de ar aquecido ao redor do corpo cilíndrico quente é maior. Assim, ocorre um maior gradiente de temperatura na camada limite em que a convecção ocorre, renovando o ar mais frio com maior frequência e com taxa de remoção de calor mais rápida, aumentando o coeficiente convectivo. .2. Determinação do perfil Nu versus Re .2.1. Cálculos adimensionais Os cálculos dos valores para os adimensionais requerem conhecimento das propriedades físicas na temperatura do filme ao redor do cilindro, que foram obtidas por interpolação. Considera-se a temperatura do filme média em Kelvin, disposta na Tabela 2. Tabela 2: Dados de Temperatura do filme, a densidade (ρ), condutividade térmica (k), difusividade térmica (u), viscosidade cinemática (v), a difusividade térmica (α), a capacidade calorífica (Cp) e número de Prandt (Pr) para cada velocidade média. Propriedade do ar a 1 atm. <v> (m/s) Tfilme (°K) ρ (kg/m 3 ) ɥ .10 -5 (N .s/m 3 ) v .10 -5 (m 2 /s) k .10 -2 (W/(m.K) ɑ .10 -5 (m 2 /s) Pr Cp (J/kg.K) 4 333,28 1,05 1,99 1,83 2,864 2,662 0,7023 1008,33 3,5 336,85 1,039 2,01 1,86 2,888 2,704 0,7018 1008,46 3 339,68 1,03 2,02 1,89 2,912 2,746 0,7014 1008,58 2,5 342,15 1,02 2,04 1,92 2,936 2,788 0,701 1008,68 2 346,12 1,008 2,06 1,96 2,968 2,844 0,7005 1008,84 1,5 351,67 0,99 2,08 2,012 3,006 2,918 0,6996 1009,16 1 359,33 0,972 2,11 2,108 3,054 3,062 0,6981 1009,93 0,5 368,13 0,95 2,15 2,216 3,108 3,224 0,6963 1010,81 Fonte: Incropera, 2008. .2.2. Cálculo do h teórico • Reynolds O número de Reynolds tem dependência direta na velocidade, portanto tem dependência com o coeficiente convectivo. Este adimensional é calculado pela equação abaixo, utilizando as propriedades físicas do fluido na temperatura media de filme dispostas na Tabela 2. Exemplificando para a velocidade média de 4 m/s: (6) Como o valor obtido é maior que 4000, utiliza-se como “b”=0,193 e “n”=0,618. • Prandt O número de Prandt para a velocidade média de 4 m/s foi obtido da seguinte maneira: (5) Utilizando a Equação abaixo, obteve-se o h teórico para a velocidade média de 4 m/s. (7) E assim foi calculando-se valores para o Nu teórico, que foram obtidos de acordo com a Tabela 3. Tabela 3: Valores obtidos para o Nu teórico. Velocidade Média (m/s) Nu <v1> = 4 3,819 <v2> = 3,5 3,491 <v3> = 3 3,129 <v4> = 2,5 2,8 <v5> = 2 2,5 <v6> = 1,5 2,16 <v7> = 1 1,75 <v8> = 0,5 1,25 Fonte: Autor, 2020. • Nusselt O numero de Nusselt (Nu) pode ser calculado conhecendo o comprimento característico do cilindro, a condutividade térmica do fluido no filme e o coeficiente médio de convecção, como na Equação 1 para a velocidade de 4 m/s. (4) O h teórico foi calculado para cada velocidade, como mostrado na Tabela 4. Os valores utilizados nas velocidades 2,5 m/s, 2 m/s, 1,5 m/s, 1 m/s e 0,5 m/s para “b” e “n” foram de 0,683 e 0,466, respectivamente. Tabela 4: Valores obtidos para o h teórico. Velocidade Média (m/s) <h> (W/m2.K) <v1> = 4 3,66 <v2> = 3,5 3,334 <v3> = 3 3,05 <v4> = 2,5 2,76 <v5> = 2 2,48 <v6> = 1,5 2,07 <v7> = 1 1,79 <v8> = 0,5 1,30 Fonte: Autor, 2020. Analisando a Tabela 4 em comparação com a Tabela 1, nota-se que os valores de h teórico e h experimental não são próximos. Esses elevados valores de desvio podem ser explicados pelo fato de os modelos matemáticos em questão não levarem em consideração a interferência da rugosidade do tubo nos cálculos, bem como outras interferências da parede do tubo. .1.1. Cálculo do Nu experimental O valor de Nu experimental é obtido através do h experimental, para cada velocidade, como foi feito para a velocidade média de 4 m/s: (4) Este adimensional apresenta razão entre taxa de transferência de calor por convecção e taxa de transferência de calor por condução (INCROPERA et al, 2008). A análise conjunta dos adimensionais Re e Nu pode demonstrar a dependência entre os dois parâmetros. Assim a Tabela 4 apresenta os valores calculados para Nu e Re para cada velocidade nominal. Tabela 4: Valores de Re e Nu. Velocidade Média (m/s) Nu Re <v1> = 4 47,47 12663,3 <v2> = 3,5 43,22 10855,2 <v3> = 3 39,74 9178,21 <v4> = 2,5 36,84 7500 <v5> = 2 32,97 5871,84 <v6> = 1,5 29,5 4283,65 <v7> = 1 25,41 2763,98 <v8> = 0,5 21,7 1325,58 Fonte: Autor, 2020. .1.2. Gráfico do Nu experimental versus Re Tendo os dados da Tabela 4, foi possível plotar um gráfico do número de Nusselt em função do número de Reynolds, apresentado na Figura 1. Figura 1: Nu em função de Re. Fonte: Autor, 2020. Da Figura 1, é notório que existe uma relação diretamente proporcional entre os valores de Nu e Re, ambos aumentam quando a velocidade aumenta. Essa relação pode ser explicada pela influência das forças viscosas ao redor do corpo cilíndrico. Ao aumentar a velocidade, as forças viscosas possuem menos influencia no escoamento, impactando no aumento do número de Reynolds. A transferência por condução diminui como consequência da diminuição da viscosidade (fluxo molecular). Assim, o número de Nusselt aumenta. Obtém-se da curva a equação na forma de potência, possibilitando a obtenção dos valores de “b” e “n” experimentais. Pela Equação 11, que é obtida pela equação da reta: (11) Onde b=1,675 e n=0,3479. Os valores obtidos destoam dos fornecidos que são: para Red entre 40 e 4000 “b” é igual a 0,683 e “n” 0,466 e para Red entre 4000 e 40000 “b” é igual 0,193 e “n” 0,618. Essas discrepâncias são ocasionadas por fontes de erro como: arredondamento, erros do analista, defeitos no equipamento de medição e calibração incorreta de instrumentos. Convém ainda ressaltar que para a maioria dos cálculos de engenharia não se deve esperar precisão melhor do que 20%, levandoem consideração que as correlações teóricas não são verdades absolutas, e que são razoáveis dentro de determinadas faixas de condições (INCROPERA, 2015). .1.3. Gráfico do Nu teórico versus Re O Nu teórico é obtido pela Equação 1, utilizando o h teórico para a realização dos cálculos, obtendo-se valores para cara velocidade média de acordo com a Tabela 5. Tabela 5: Nu teórico. Velocidade Média (m/s) Nu Re <v1> = 4 3,819 12663,31 <v2> = 3,5 3,491 10855,22 <v3> = 3 3,129 9178,21 <v4> = 2,5 2,8 7500,00 <v5> = 2 2,5 5871,84 <v6> = 1,5 2,16 4283,65 <v7> = 1 1,75 2763,98 <v8> = 0,5 1,25 1325,58 Fonte: Autor, 2020. A partir da Tabela 5, é possível plotar o gráfico Nu teórico em função do número de Reynolds, como mostra a Figura 2. Figura 2: Gráfica de Nu teórico versus Re. Fonte: Autor, 2020. Quanto maior o número de Nussel, maior a intensidade dos efeitos convectivos. Nota-se que Nusselt depende de Reynolds, que é diretamente dependente da velocidade. Logo, quanto maior o Nusselt, maior o coeficiente convectivo. Assim sendo, quanto maior a turbulência do escoamento, maior será a troca térmica do sistema. Para fins de comparação, observa-se que os valores de Nu teórico e experimental destoam, apesar de um bom ajuste de R2. Isso provavelmente se deve à erros nos cálculos ou na realização do experimento. Conclusão Os objetivos propostos neste estudo foram realizados com êxito. Os coeficientes calculados para o regime permanente através da Lei de Resfriamento de Newton para as velocidades nominais de 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0 (m/s) foram encontrados em relativa conformidade física com os valores dos coeficientes convectivos teóricos obtidos. Observou-se que os coeficientes aumentavam a medida que a velocidade nominal também aumentou, isso pode ser explicado pelo fato de que em maiores velocidades, a remoção de ar aquecido ao redor do corpo cilíndrico quente é maior. Os adimensionais por sua vez também demonstraram uma elevação com o aumento da velocidade, mais uma vez mostrando-se fisicamente coerente com o esperado, visto que, ao aumentar a velocidade, as forças viscosas possuem menos influencia no escoamento, impactando no aumento do número de Reynolds. O ajuste linear obtido graficamente, que possibilitou a obtenção dos valores de b e n, mostrou o destoamento de valores, que podem ser por arredondamento de valores ou erro nos equipamentos de medição. Referências Bibliográficas ANTONIETTI, A.J., STEMPKOWSKI, A.J., S EGATTI, F., SPASSIN, T. E.P., SILVA, C. V. Determinação do Coeficiente de Transferência de Calor numa Placa Plana Aquecida no Interior de um Túnel de Vento com Escoamento de Ar em Paralelo, Ed. Perspectiva, v.35, n.130, p. 7-17, 2011. ÇENGEL, Y. A; GHAJAR, A. J. Heat Transfer: a practical approach. São Paulo: McGraw-Hill, 2012. GEANKOPLIS, C. J. Transport Process and Unit Operations. 3th ed. Prentice-Hall.1993. INCROPERA, F. P.; DEWITT, D. P. Fundamentos de transferência de calor e de massa.6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 643 p. ANEXO: MEMORIAL DE CÁLCULOS Para a obtenção da Temperatura do filme, utilizou-se a fórmula . Onde: Tmédio= A temperatura média entre os cinco pontos a cada velocidade média; Tar= Temperatura ambiente Tfilme= Temperatura do filme no cilindro. Em seguida, utilizou-se a fórmula da potência em que: iUq = Onde: U é a potência da resistência utilizada para aquecer o cilindro (a resistência se encontra no interior do cilindro de metal); i é a amperagem correspondente à voltagem utilizada. Diante da impossibilidade do reaproveitamento de todo a energia na forma de calor adota-se uma constante = 0.75 de modo a possibilitar a relação entre diferença de potencial e corrente elétrica ao calor. Para a utilização da fórmula ( )−= TTAhq sL para descobrir o h em cada velocidade, foi necessário achar a área do tubo. Usou-se a seguinte equação: sendo D o diâmetro do tubo (0,03 m) e L o comprimento do tubo (0,2 m). Para achar os valores de densidade (ρ), condutividade térmica (k), difusividade térmica (u), viscosidade cinemática (v), a difusividade térmica (α), a capacidade calorífica (Cp) e número de Prandt (Pr) nas temperaturas de filme obtidas em Kelvin (°C + 273,15 = °K), foi necessário fazer a interpolação em cada uma das velocidades para cada parâmetro, utilizando a tabela fornecida: propriedades físicas do ar a diferentes temperaturas. Um exemplo de interpolação para encontrar a densidade a 333,28°K 350 – 0,995 333,28 - ρ 300 - 1,1614 Interpolando para encontrar ρ: Para encontrar-se o Nu teórico para cada velocidade, primeiro foi necessário achar o número de Reynolds pela fórmula e o número de Prandt, utilizando-se: . Para que em seguida esses valores fossem aplicados na fómula de Nusselt 3 1 PrRe = n dd bNu como em para a velocidade média de 4 m/s. Uma vez encontrado o Nu teórico, utiliza-se da fórmula para encontrar o h teórico, utilizando-se do valor encontrado no Nu teórico. Como em: . O valor de Nu experimental é obtido através do h experimental, para cada velocidade, utilizando a mesma equação , apenas modificando o h teórico para h experimental, como em:
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