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TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO FORÇADA Gabriela M. Kranz 1, Sônia Jardini 1, Josiane M.M. Mello 2 1 Alunas do ACEA/UNOCHAPECÓ 2 Professora ACEA/UNOCHAPECÓ Resumo A transferência de calor por convecção forçada é um mecanismo no qual o movimento do fluido é gerado por uma fonte externa como, por exemplo, ventiladores, bombas, dispositivos de sucção, entre outros. Este mecanismo é comumente identificado na vida cotidiana incluindo o ar condicionado, turbinas a vapor, sistemas de aquecimento e muitos outros. Este tipo de transferência é considerado como um dos principais métodos de transferência de energia térmica onde o calor é transportado de maneira mais eficiente. O objetivo do presente trabalho foi determinar o coeficiente convectivo médio de transferência de calor experimental de um fluido em escoamento forçado sobre uma superfície sólida aquecida de um cilindro e, em seguida, compará-lo com os calculados por correlações na literatura. Para a obtenção do coeficiente convectivo é utilizado equações como a Equação de Resfriamento de Newton e a Equação de Nusselt, logo, é necessário determinar todos os parâmetros que envolvem ambas equações, como por exemplo, número de Reynolds e número de Prandtl. Após a realização do ensaio experimental, foi obtido valores para o coeficiente convectivo médio de transferência de calor teórico e experimental igual à, respectivamente, 33,91 e 16,21 W/m²K e um erro experimental de 51,66% para o cálculo do coeficiente convectivo. Palavras-chave: convecção forçada, transferência de calor, coeficiente convectivo. 1. Introdução A convecção é o processo de transferência de calor executado pelo escoamento de fluido. O fluido atua como transportador de energia que é transferida da parede ou para a parede. A transferência de calor por convecção ocorre com o contato entre um fluido em movimento e uma superfície quando os mesmos estão a diferentes temperaturas. Pode ser classificada de acordo com a natureza do escoamento do fluido e é forçada quando o escoamento é causado por meios externos (INCROPERA et al., 2008). Uma consequência da interação entre o fluido e a superfície é o desenvolvimento de uma região no fluido através da qual a sua velocidade varia entre zero, no contato com a superfície, e um valor finito associado ao escoamento do fluido. Essa região do fluido é conhecida como camada limite de velocidade (INCROPERA et al., 2008). Além disso, se as temperaturas da superfície e do fluido forem diferentes haverá uma região no fluido através da qual a temperatura irá variar de uma temperatura inicial até uma temperatura infinita associada a região de escoamento afastada da superfície. Essa região é conhecida como camada limite térmica (BENNET;MYERS, 1978) Na convecção forçada o fluxo de calor, definido por qc, entre uma parede aquecida à temperatura Tw e um fluido mais frio, definida como temperatura média T∞ (longe da parede), é determinado a partir da lei de Newton do arrefecimento (OLIVEIRA, 2014): [W/m²]qc (T w T ∞) = h − (1) O número de Nusselt é o parâmetro adimensional principal que fornece o coeficiente convectivo permitindo calcular o calor transferido (OLIVEIRA, 2014): uN = k hL (2) Devemos considerar também o movimento do fluido que, em convecção forçada, é gerado por uma fonte de energia externa, este movimento é definido como velocidade longe da parede (U∞). Esta velocidade está relacionada ao número de Reynolds que define a razão entre as forças da inércia que promovem o movimento e, também, as forças de viscosidade que se opõe ao movimento (INCROPERA et al., 2008).: eR = ρUUμU /L = μ ρUL = μ ρU∞L (3) onde: eR = forças inerciaisforças de viscosidade Sabe-se que quando a superfície sólida é aquecida, existe uma camada limite térmica Nessa camada de fluido a temperatura varia muito rapidamente desde a temperatura imposta na parede até à temperatura do fluido não perturbado, longe da parede. A razão entre essas dua espessuras é função do número de Prandtl (INCROPERA et al., 2008).: rP = k μCp = μ/ρk/(ρCp) = α ν (4) Fisicamente representa: rP = difusão do calor (temperatura) difusão da quantidade de movimento (velocidades) 1 Relacionando as equações anteriores, para um escoamento forçado na superfície de um cilindro ou esfera, a literatura apresenta a seguinte equação: .(Re ) .P rNud = b d n 1/3 (5) onde (d) representa o diâmetro externo do sólido e (b) e (n) são constantes que dependem de .eR Galarça (2015) estuda em seu artigo o arranjo triangular de cilindros submetidos a escoamentos transientes, bidimensionais, incompressíveis, laminares e com convecção forçada por meios do método Constructal Design realizando simulações para escoamentos com números de Reynolds e Prandtl de ReD = 100 e Pr = 0.71. Pereira (2016) faz uma avaliação numérica de um arranjo formado por quatro cilindros submetidos a um escoamento transiente, bidimensional, incompressível, laminar e com convecção forçada. A avaliação geométrica é realizada também através do método Design Construtal. O arranjo está submetido a um escoamento laminar, permanente e com convecção forçada e o principal objetivo do trabalho é determinar o arranjo ótimo que maximiza a transferência de calor entre o escoamento que está a uma temperatura inferior à temperatura da superfície do canal, como também diminuir o coeficiente de arrasto. Nos dois artigos citados acima os resultados foram satisfatórios indicaram que não há um comportamento universal para a influência de uma razão geométrica sobre o desempenho fluidodinâmico e térmico utilizando o método da convecção forçada. Simbologia 2 2. Material e métodos 2.1 Materiais Para realização do procedimento experimental utilizou-se um cilindro de alumínio de comprimento de 0,3 m e diâmetro interno 0,035 m com resistência elétrica ôhmica de 220 ᘯ em seu interior e três termopares na sua superfície para indicar a temperatura. Também utilizou-se voltímetro, potenciômetro, tubo de vento, soprador, chave seletora e medidor de vazão Figura 1 - Equipamento para o experimento de Convecção Forçada. Fonte: Foto tirada pelas Autoras no Laboratório de Engenharia Química I da UNOCHAPECÓ 2.2 Metodologia Inicialmente, ligou-se o medidor de temperatura e o potenciômetro que foi regulado até fornecer uma voltagem nominal de aproximadamente 150 Volts para aquecer a resistência elétrica do interior do cilindro, após, acompanhou-se o aumento de temperatura da superfície do cilindro até que esta atingiu 110 °C e então, a voltagem foi regulada para 110 Volts. Em seguida, ligou-se o soprador regulando-o para uma vazão de ar mínima que o sistema permitiu e então, deixou-se estabelecer o equilíbrio térmico na superfície do cilindro e a temperatura foi anotada. Após, aumentou-se regularmente a vazão para obter uma diferença de temperatura média na superfície do cilindro entre uma vazão e outra de, no mínimo, 3 °C. Foram realizadas dez medidas de reprodutividade de dados. 3 3. Resultados e discussões Com os dados obtidos experimentalmente, apartir do cálculo da média das temperaturas medidas, foi possível determinar para ponto coletado o coeficiente convectivo médio de transferência de calor (h) teórico pela Equação de Nusselt (Eq. 5) e experimental. pela Equação de Resfriamento de Newton (Eq. 1). Além dos valores convectivos, na Tabela 1 pode ser visto os valores de Nusselt teórico e experimental, bem como o erro experimental quando comparado os valores experimentais e teóricos para cada faixa de Reynolds. Tabela 1 - Valores para o coeficiente convectivo médio de transferência de calor (h), Número de Nusselt (Nu) e o erro experimental para cada faixa de Reynolds obtido experimentalmente. Fonte: As autoras, 2020. Conforme a Tabela 1, nota-se que menor coeficiente convectivo se tem na leitura 0, pois não há uma vazão de ar no processo, logo a troca de calor presente não se deve à convecção forçada, mas sim à convecção natural com o ar em volta do cilindro em aquecimento. Com o aumento da vazão, percebe-se que o coeficiente convectivo tende a aumentar, isto se deve pois, o coeficiente está relacionado tanto à temperatura, quanto ao número de Reynolds da vazão do fluido, que ao passar pelo sólido quente remove o calor presente, diminuindo a Temperatura do sólido. Entretanto, foi visto que os erros experimentais médio para o cálculo do coeficiente convectivo e o Número de Nusselt foi de 51,66 %. Alguns fatores que puderam ter causados estes desvios foram que as medidas de temperatura do sólido feito pelo termopar não eram constantes em todo o sólido, a vazão era controlada manualmente, e a equação utilizada para os cálculos 4 considerava o manômetro em uma inclinação igual à 30º, mas quando calculado durante o experimento foi visto que o ângulo era igual à 29,75º. O gráfico da Figura 1 auxilia visualizar o erro experimental do Número de Nusselt, quando comparado ao valor teórico. No gráfico é possível notar que nos primeiros pontos já ocorre um distanciamento, mas que ao aumentar a vazão este distanciamento do valor teórico e experimental aumentam gradativamente. Figura 2 - Gráfico de Nusselt (teórico e experimental) versus Reynolds. Fonte: As autoras, 2020. Os parâmetros b e n experimentais da Equação de Nusselt, foram obtidos a partir da plotagem do gráfico de ln (Re/Pr^(⅓)) vs ln (Re), como mostrado na Figura 2. A partir deste gráfico também foi possível avaliar os valores teóricos e experimentais dos parâmetros b e n. 5 Figura 3 - ln (Re/Pr^(⅓)) vs ln (Re) para a obtenção dos valores de b e n experimentais. Fonte: As autoras, 2020. A partir da Figura 2 nota-se que para Reynolds de 40 - 4000 as curvas apresentaram comportamento parecido, mas para Reynolds de 4000 - 40000 a curva experimental não teve comportamento próximo ao comportamento da curva linear da literatura. Portanto estes desvios podem ser vistos na Tabela 2 que mostram os desvios padrões experimentais em relação aos parâmetros b e n teóricos. Tabela 2 - Valores dos parâmetros b e n e o erro experimental (%) dos valores obtidos experimentalmente. Fonte: As autoras, 2020. Com base nos valores dos parâmetros obtidos, é visto que ocorreu um desvio, como os outros quesitos avaliados e que podem ser ocasionados pelos fatores já levantados anteriormente ou por desgaste do equipamento. Visto que para a obtenção dos resultados mais próximos da literatura é necessário que o equipamento em uso esteja em boas condições de uso. 6 4. Conclusão Por fim, é visto que o coeficiente convectivo aumentou gradativamente conforme o aumento da vazão do ar, isto é, conforme o aumento da vazão a retirada de calor presente no sólido por convecção forçada é maior. E que a média do coeficiente convectivo teórico e experimental foi, respectivamente, 33,91 e 16,21 W/m²K, resultando um erro padrão de 51,66%. Desvios obtidos devido às condições do equipamento, que conclui-se que para obtenção de valores mais próximos dos literários é necessário realizar a calibragem do equipamento. 5. Referências BENNETT, C.O; MYERS, J.E. Fenômenos de transporte: quantidade de movimento, calor e massa. São Paulo: Makron Books, 1978. 812p. DOS SANTOS PEREIRA, Martim et al. OTIMIZAÇÃO GEOMÉTRICA DE ESCOAMENTOS COM CONVECÇÃO FORÇADA SOBRE UM ARRANJO DE QUATRO CILINDROS. Revista Interdisciplinar de Pesquisa em Engenharia. 2017. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/ index.php/ripe/article/view/14425/12736> Acesso em: 23/08/2020. GALARÇA, Marcelo Moraes et al. Otimização geométrica de um arranjo triangular de cilindros submetido a escoamento laminar com convecção forçada. Scientia Plena, v. 11, n. 2, 2015. Disponível em: <http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4980/Otimiza%c3%a7%c3%a3o%20 geom%c3%a9trica%20de%20um%20arranjo%20triangular%20de%20cilindros.pdf?sequence=1> Acesso em: 23/08/2020. INCROPERA, F.P.; DEWITT, D.P; BERGMANN, T.L; LAVINE, A.S. Fundamento de Transferência de Calor e Massa. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. OLIVEIRA, P.J. Transmissão de calor: Convecção forçada. Disponível em <http://webx.ubi.pt/~pjpo/TransCal1.pdf>. Acesso em: Agosto de 2020. 7 https://periodicos.unb.br/index.php/ripe/article/view/14425/12736 https://periodicos.unb.br/index.php/ripe/article/view/14425/12736 http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4980/Otimiza%c3%a7%c3%a3o%20geom%c3%a9trica%20de%20um%20arranjo%20triangular%20de%20cilindros.pdf?sequence=1 http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4980/Otimiza%c3%a7%c3%a3o%20geom%c3%a9trica%20de%20um%20arranjo%20triangular%20de%20cilindros.pdf?sequence=1 http://webx.ubi.pt/~pjpo/TransCal1.pdf APÊNDICE 6. Memória de cálculo Os cálculos foram realizados para o ponto de leitura 1, tanto teóricos quanto experimentais, os demais resultados estão presentes na planilha do trabalho. 6.1 Cálculo da Variação de altura (ΔH) Para o cálculo correto da variação da altura do manômetro, necessitou-se calcular o ângulo de inclinação da seguinte forma: ant = CA CO an , 714t = 7 4 = 0 5 (0, 714) 9, 5°tan−1 5 = 2 7 = θ Para obtenção da variação da altura 1 calculou-se: H en θΔ = 2 * h1 * s H , 98 cmΔ = 0 2 6.2 Cálculo da Vazão Com a variação de altura calculado, foi possível determinar a vazão do sistema. 63, 5 ΔH 34Q = 7 * + 63, 5 0, 98 34Q = 7 * 2 + 52, 98 L/s 0, 530 m³/sQ = 9 = 0 8 6.3 Cálculo da Área de troca térmica Para o cálculo de velocidade do fluído é necessário realizar o cálculo da área de troca térmica, sendo esta: π L DA = * * π , , 35A = * 0 3 * 0 0 0, 33m²A = 0 6.4 Cálculo da velocidade do fluído Com os dados de vazão (Q) e a área de troca térmica obtidos, é possível calcular a velocidade do fluido no experimento. b u = A Q b u = 0,033 0,0530 b 1, 066 m/su = 6 6.5 Cálculo da taxa calor fornecido pela corrente elétrica Para a obtenção da taxa de calor do sistema, será utilizado os dados da corrente elétrica fornecida no roteiro do experimento. i = R V i = 70220 0, 182 Ai = 3 w iQ = * V w 0, 182 0Q = 3 * 7 w 22, 727 WQ = 2 6.6 Cálculo de Temperatura média e temperatura de filme Após a leitura dos três pontos (T1, T2 e T3) durante o experimento,foi realizado a média aritmética dos mesmos, para obter a Temperatura média (Tm) do sólido em experimento. mT = 3 T 1+T 2+T 3 9 m T = 3 81 + 105 + 73 m 86, 3 ºCT = 3 Com a obtenção da temperatura média, foi possível realizar o cálculo da temperatura de filme (Tf), sendo esta a média entre a temperatura média do sólido e a temperatura do ar. Com a temperatura de filme é possível determinar as propriedades físicas. f T = 2 T m + T ∞ f T = 2 86,33 + 21,7 f 4, 2 °C T = 5 0 6.7 Cálculo das propriedades físicas Para obter as propriedades físicas de viscosidade (μ), densidade (ρ), condutibilidade térmica (k), capacidade calorífica (Cp) e Prandtl (Pr) do fluído foi necessário realizar a interpolação dos valores obtidos na Tabela A.4 do do apêndice A (INCROPERA,2008). A interpolação foi realizada a partir da Temperatura de filme para cada propriedade física, a Tabela ---- mostra os valores das propriedades para a leitura 1. Tabela --- Valores da interpolação para a obtenção das propriedades físicas Fonte: As autoras, 2020. 6.8 Cálculo de Reynolds O número de Reynolds é calculado a partir das propriedades físicas ρ e μ, do diâmetro do tubo e a velocidade do fluido, como mostra abaixo: e R = μ ub D ρ* * e R = 2,6521E−05 1,6066 0,035 1,07099* * e 2270, 3179R = 8 10 6.9 Cálculos teóricos 6.9.1 Número de Nusselt Para o número de Nusselt, é necessário as constantes b e n, obtidas conforme Figura ----, o número de Reynolds e o número de Prandtl. Figura --- Constantes C (b) e m (n) em relação ao Número de Reynolds Fonte: Tabela 7.2: INCROPERA,2008 bNuteo = * (Re) n * (P r) 1/3 0, 83Nuteo = 6 * (2270, 3179)8 0,466 * (0, 038)7 1/3 22, 6144Nuteo = 2 6.9.2 Coeficiente convectivo médio de transferência de calor Com a obtenção do Número de Nusselt é possível realizar o cálculo do coeficiente convectivo teórico. hteo = D Nu kteo* hteo = 0,035 22,26144 2,83E−02* 8, 0 W /m²Khteo = 1 0 6.10 Cálculos Experimentais 6.10.1 Coeficiente convectivo médio de transferência de calor A partir da taxa de calor e a Equação de Newton é possível realizar o cálculo do coeficiente convectivo experimental. 11 hexp = Qw A (T − T ∞)* m hexp = Qw 0,033 (86,33 − 21,7)* 10, 47 W /m²Khexp = 4 6.10.2 Número de Nusselt Com o coeficiente convectivo experimental, é calculado o Número de Nusselt experimental. Nuexp = k hexp D* Nuexp = 2,83−02 10,447 0,035* 2, 1519Nuexp = 1 9 6.10.3 Plotagem do gráfico para obtenção dos parâmetros b e n Primeiramente, é realizado a linearização da Equação de Nusselt para encontrar os eixos do gráfico (ln (Nu/Pr^(⅓)) x ln(Re)) e os parâmetros b e n experimentais a partir do gráfico. bNu = * (Re) n * (P r) 1/3 Nu P r1/3 = b * (Re) n n n(b) n(Re) l ( NuP r1/3 ) = l + n * l Analogicamente: y = c + a * x Logo: ln(b)c = eb = c n = a 6.11 Erro experimental O erro experimental foi calculado para o coeficiente convectivo (h), número de Nusselt (Nu) e os parâmetros b e n, verificando o percentual (%) de erro experimental em relação ao valor experimental. Para o exemplo, será realizado o cálculo do erro experimental do coeficiente convectivo da leitura 1. rro 00 E = || hteo h − hteo exp | | * 1 12 rro 00 E = || 18,00 18,00 − 12,92 | | * 1 rro 41, 84 %E = 9 13
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