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Analises clínicas exames laboratoriais

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Gildenor Silva Fonseca
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Sabrina Pires Maciel
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade consiste em uma visão geral e específica da área 
de análises clínicas. O tópico "exames laboratoriais" será abordado 
com enfoque específico nas áreas de bioquímica, endocrinologia, mi-
crobiologia, parasitologia, uroanálise, imunologia, micologia e hemato-
logia, cada qual relacionada aos principais conceitos, processamento 
de amostras, patologias associadas e fatores que interferem nos resul-
tados, uma vez que o laboratório é um ambiente completamente hostil, 
necessitando de pleno conhecimento de suas atividades. A abordagem 
justifica-se pela necessidade dos exames laboratoriais para prevenção, 
diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças, os quais au-
xiliam o médico no prosseguimento da situação em que o paciente se 
encontra. Portanto, é de extrema importância o conhecimento teórico e 
prático para a formação do profissional.
Análises clínicas; Exames laboratoriais; Diagnóstico.
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 CAPÍTULO 01
BIOQUÍMICA CLÍNICA E ENDOCRINOLOGIA LABORATORIAL
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Introdução à Bioquímica Clínica ________________________________
Fatores Interferentes nos Resultados ____________________________
 CAPÍTULO 02
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE E EXAMES LABORATORIAIS: 
UMA VISÃO DA IMUNOLOGIA E HEMATOLOGIA CLÍNICA
Imunologia ____________________________________________________
Hematologia __________________________________________________
Grupo Sanguíneo e Fator Rh ___________________________________
O Sistema de Coagulação ______________________________________
Recapitulando _________________________________________________
Principais Exames Bioquímicos e Diagnósticos _________________
Recapitulando _________________________________________________
Coleta e Processamento de Amostras ___________________________
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13
 CAPÍTULO 03
MICRORGANISMOS E DOENÇAS ASSOCIADAS
Interação Patógeno – Hospedeiro _______________________________
Microbiologia __________________________________________________
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Micologia ______________________________________________________
Uroanálise _____________________________________________________
Parasitologia __________________________________________________
Recapitulando _________________________________________________
Fechando a Unidade ___________________________________________
Referências ____________________________________________________
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Os exames laboratoriais são uma parte complementar, porém, 
fundamental para o diagnóstico de uma patologia. Pesquisas indicam 
que, no Brasil, os custos anuais com assistência à saúde representam 
cerca de 2,3%. Ainda assim, são importantes na tomada de decisão 
dos médicos, devido à variedade de informações que um exame pode 
oferecer.
Os exames laboratoriais têm como função diagnosticar, tratar, 
monitorar e, muitas vezes, prevenir doenças graves, bem como auxiliar 
na coleta e registro de dados epidemiológicos. Grande parte das deci-
sões médicas se baseia em resultados laboratoriais, os quais exigem 
técnicas minimamente invasivas e rápidas, capazes de rastrear diferen-
tes sistemas. 
Com o passar dos anos, a sociedade busca opções preventivas 
para manter uma melhor qualidade de vida. Diante disso, a ciência e a 
tecnologia vêm desenvolvendo novos exames laboratoriais, cada vez 
mais específicos e de alta confiabilidade, no intuito de prevenir doenças 
crônicas e, em alguns casos, diagnosticá-lasprecocemente, aumentan-
do as chances de cura e tratamentos especializados. 
O corpo de funcionários de um laboratório engloba biomédi-
cos, farmacêuticos bioquímicos e técnicos, habilitados e capacitados 
com conhecimento suficiente para exercer tal função. Uma vez que o 
sistema de saúde depende de resultados confiáveis, torna-se de grande 
responsabilidade os cuidados desses profissionais, desde a recepção 
até a liberação do laudo. 
Contudo, é importante destacar que as análises estão sujeitas 
a erros. O aparecimento de fatores interferentes acontece com frequên-
cia e acaba comprometendo a interpretação apropriada do resultado. 
Diante disso, é importante conhecer também os fatores capazes de afe-
tar os resultados e como proceder para evitá-los. 
Uma vez que resultados fidedignos são essenciais ao diagnós-
tico, os profissionais de laboratório são tão importantes quanto os pró-
prios médicos. Sendo assim, todo profissional de saúde deve conhecer 
os sistemas que compõem o corpo humano, quais os exames necessá-
rios para cada situação, patologias associadas, montando-se, assim, o 
conjunto final que contribui para o diagnóstico e a prevenção de doen-
ças, buscando oferecer a qualidade de vida que a sociedade busca. 
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INTRODUÇÃO À BIOQUÍMICA CLÍNICA
Também conhecida como química clínica e química patológica, 
a bioquímica clínica é o maior setor dentro de um laboratório e engloba 
a análise dos componentes químicos, fornecendo informações impor-
tantes sobre os diferentes sistemas e auxiliando no diagnóstico, prog-
nóstico, tratamento e monitoramento de doenças.
Inicialmente, é importante o conhecimento do fluxo de trabalho 
em um laboratório de análises clínicas, que é dividido nas seguintes 
fases: a) pré-analítica, b) analítica e c) pós-analítica (MENDES & SU-
MITA, 2010). Estas fases englobam desde a recepção até a liberação 
do resultado.
A recepção se inicia na fase pré-analítica. Nessa fase, o pacien-
te recebe as instruções para o exame, como tempo de jejum, tubo e vo-
BIOQUÍMICA CLÍNICA &
ENDOCRINOLOGIA LABORATORIAL
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lume de urina e fezes a ser(em) coletado(s). O profissional é responsável 
pela identificação e coleta da amostra, respeitando as normas de pro-
cessamento, transporte e armazenamento, garantindo mínimas chances 
de erros, tópico que será discutido adiante, ainda neste capítulo.
A fase analítica consiste no procedimento dos testes, onde a 
amostra é processada e inserida no equipamento, utilizando os reagen-
tes e as metodologias adequados. A determinação do analito se baseia 
na reação do mesmo com um ou mais reagentes, visando à formação 
de um produto final, medido por colorimetria; ou seja, o equipamento 
emite a coloração, que é lida através de comprimento de onda.
Para que os resultados sejam confiáveis, é importante que os 
controles de qualidade interno e externo estejam em dia, garantindo 
confiabilidade e a acreditação do laboratório. Segundo o International 
Vocabulary of Basic and General Terms in Metrology:
 
O conjunto de procedimentos de trabalho, equipamentos, reagentes ou su-
primentos necessários para a realização do exame laboratorial e a geração 
do seu resultado designam o sistema analítico de um laboratório (MENDES 
& SUMITA, 2010, p.15).
Os procedimentos realizados nas fases pré-analítica e analíti-
ca requerem uma revisão final, que inclui a conferência dos resultados 
e assinatura do laudo, caracterizando a fase pós-analítica. A fase pós-a-
nalítica consiste nos cálculos baseados nas metodologias empregadas 
em cada exame, conferência dos resultados e valores de referência, 
liberação dos laudos, armazenamento da amostra para possíveis rea-
nálises, arquivamento dos resultados em um bom sistema computacio-
nal, e em alguns casos, liberação de resultados on-line. O laudo final 
é composto pelos dados do paciente e do médico, além dos exames 
solicitados, tipo de amostra, analito, valores de referência, método em-
pregado, resultado de cada dosagem, data da liberação e assinatura do 
profissional devidamente registrado em seu conselho.
COLETA E PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS
As principais amostras analisadas são o sangue (plasma ou 
soro), urina, fezes e, em alguns casos específicos, líquor, aspirados e 
secreções. Diferentes dosagens exigem procedimentos específicos. A 
figura 1 ilustra os anticoagulantes utilizados e as dosagens frequente-
mente realizadas no soro e plasma. Portanto, a coleta deve ser realiza-
da de forma correta, respeitando o tempo de torniquete, ordem dos tu-
bos, anticoagulantes, armazenamento e transporte (GAW et al., 2015). 
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Após a passagem pela recepção, o paciente segue para a sala 
de coleta. No presente capítulo, iremos abordar dosagens bioquímicas 
e hormonais no soro. Amostras de urina e demais amostras serão dis-
cutidas nos respectivos capítulos. Em relação à coleta de sangue, o 
acesso mais comum é o venoso e em casos solicitados pelo médico, a 
coleta arterial deve ser realizada, normalmente através da artéria radial 
ou braquial para análise dos gases sanguíneos. Para realizar a coleta 
arterial, deve-se utilizar uma seringa com heparina, conforme ilustrado 
na figura 1, para evitar coágulos capazes de alterar o resultado. 
Figura 1 - Frascos para amostras de sangue para exames bioquímicos 
específicos
Fonte: Autora, 2021
Na prática laboratorial
 O flebotomista é o profissional responsável pela coleta das 
amostras. É importante que este profissional seja capacitado para tal 
procedimento, uma vez que é fundamental para a obtenção da amos-
tra adequada. Na prática laboratorial, deve-se selecionar uma veia de 
maior calibre e evitar áreas expostas a terapias intravenosas, hemato-
mas, enxertos e o lado da região onde aconteceu uma mastectomia. 
Deve-se, ainda, realizar a assepsia do local antes de puncionar a veia 
ou artéria utilizando álcool 70% para evitar possíveis infecções por mi-
crorganismos presentes na pele.
Observar a sequência dos tubos, o volume de sangue e ho-
mogeneizar corretamente as amostras são procedimentos essenciais 
para iniciar a fase analítica adequadamente, quando as amostras são 
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centrifugadas para a separação do plasma ou soro.
Em se tratando da fase analítica, os equipamentos mais utiliza-
dos no setor de bioquímica são:
a) Banho-maria: equipamento de aquecimento lento e unifor-
me, que atinge temperatura adequada para manter as amostras está-
veis (RIBEIRO, 2013); 
b) Centrífuga: equipamento essencial para o laboratório, por 
sua importância na separação do plasma ou soro a ser utilizado. O tem-
po e a rotação devem seguir o padrão, o que varia de acordo com o 
fornecedor;
c) Espectrofotômetro: laboratórios de médio e grande porte uti-
lizam equipamentos automatizados, que realizam as leituras das amos-
tras, de acordo com as programações computacionais, e armazenam 
os dados de cada amostra, facilitando a interpretação e a rotina do res-
ponsável técnico.
A figura 2 resume o procedimento laboratorial abordando as 
três fases.
Figura 2 - Procedimento laboratorial
Fonte: Autora, 2021.
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PRINCIPAIS EXAMES BIOQUÍMICOS E DIAGNÓSTICOS
O perfil bioquímico se baseia no conjunto de ensaios capa-
zes de avaliar as funções dos sistemas que compõem o organismo. 
Diferentes dosagens são usadas para avaliar o perfil bioquímico, dentre 
eles, lipídeos,eletrólitos, proteínas, enzimas, ferro, além dos diferentes 
marcadores capazes de rastrear o sistema hepático, renal e cardíaco. 
Os exames de sangue podem se classificar em básicos, es-
pecializados ou emergenciais. Os básicos são realizados como rotina 
e solicitados com maior frequência para monitorar doenças crônicas, 
como diabetes. Os testes emergenciais, normalmente realizados em la-
boratórios de hospitais, devidamente equipados para tal, são coletados 
e realizados rapidamente, como a gasometria, geralmente associados a 
quadros graves. Por outro lado, os exames especializados não são rea-
lizados em todos os laboratórios e compõem-se de parcerias com gran-
des laboratórios de referência como, por exemplo, hormônios (TSH, T4, 
T3), análise de DNA, vitaminas e drogas.
Como já mencionado, os exames laboratoriais fornecem in-
formações valiosas a respeito dos sistemas e auxiliam no diagnóstico 
e monitoramento de doenças. No presente capítulo, iremos tratar dos 
principais biomarcadores renais, hepáticos, cardíacos e metabólicos, 
bem como das dosagens hormonais mais comuns e diagnósticos de 
doenças associadas.
Marcadores renais
Os rins possuem importante capacidade de filtração glomeru-
lar, secreção e reabsorção de substâncias, e também agem na regula-
ção da concentração de eletrólitos e manutenção de compostos extra-
celulares, o que torna importante o monitoramento de suas funções. 
A avaliação da função renal é um dos testes mais antigos re-
lacionados à área laboratorial (ANDRIOLO, 2010). Para avaliar a fun-
ção renal são realizados exames de sangue e urina, que também serão 
abordados adiante, no tópico “Uroanálise”. Contudo, dosagens no soro 
auxiliam no diagnóstico de disfunções renais. A disfunção renal está 
associada à perda da capacidade dos rins, comprometendo a filtração 
de resíduos, sais e líquidos. Os exames laboratoriais solicitados para a 
avaliação da função renal estão descritos no quadro 1, acompanhados 
de seus valores de referência e patologias associadas. 
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O equilíbrio químico do corpo se deve, em grande parte, ao 
trabalho dos rins que, quando comprometidos, podem causar graves 
prejuízos, em alguns casos, necessitando de hemodiálise. Para com-
preender melhor a importância dos rins e as doenças mais comuns, 
acesso do site, conforme descrito abaixo:
Título: Entenda a Nefrologia
Data da Publicação: 01 de dezembro de 2020
Fonte: <https://www.sbn.org.br>.
 
Quadro 1 - Avaliação da função renal
AVALIAÇÃO DA 
FUNÇÃO RENAL
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
Ureia
Creatinina
16-40 mg/dL
0,6-1,2 mg/dL
Doença renal crônica; 
dano tubular ou lesão 
muscular; insuficiência 
renal; infecção urinária.
Fonte: Autora, 2021.
Marcadores hepáticos
O fígado é o maior órgão do corpo humano e exerce importante 
função metabólica, além de sintetizar sais biliares, carboidratos, proteí-
nas (p. ex.: albumina) e lipídio, armazenar glicogênio e distribuir glicose 
para células, proporcionando energia para os tecidos. 
O fígado também exerce funções digestivas, destacando-se a 
secreção da bile. A bile é secretada em decorrência da conversão da 
bilirrubina indireta em bilirrubina conjugada, posteriormente armazena-
da na vesícula biliar, onde atua na digestão de gorduras e captação de 
nutrientes. No entanto, patologias associadas à inflamação ou lesão no 
fígado ocasionam perda dessas funções. Essas patologias podem ser 
diagnosticadas pela dosagem de transaminase glutâmico oxalacética 
(TGO), transaminase glutâmica pirúvica (TGP), bilirrubinas (Bb), fosfa-
tase alcalina (FAL), conforme mostra o quadro 2.
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Quadro 2 - Avaliação da função hepática
AVALIAÇÃO DA 
FUNÇÃO HEPÁTICA
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
TGO
TGP
GGT
FAL
Bb
5-50 U/L
7-56 U/L
H:10-50 U/L; M:7-32 
U/L
Até 250 U/L
Direta 0,3 mg/dL; 
indireta 0,2-0,8 mg/dL; 
recém-nascidos até 6 
mg/dL
Doença hepatocelular
Hepatites virais agudas
Obstrução biliar; 
hepatocarcinoma; 
hepatite induzida por 
medicamentos
Icterícia; cirrose; 
carcinomas
Doença hepática 
crônica.
Fonte: Autora, 2021.
Marcadores cardíacos
Doenças cardiovasculares são a causa mais frequente da pro-
cura de médicos na atualidade. Os exames laboratoriais complementam 
exames específicos, como eletrocardiograma, e auxiliam no diagnóstico 
de doenças coronarianas. Entre os biomarcadores estão as enzimas e 
proteínas, que aparecem no soro após a lesão. A lesão muscular car-
díaca induz necrose e maior atividade de enzimas como CPK e CKMB 
nos períodos iniciais de dor. 
As enzimas TGO e LDH também aumentam nas primeiras 48 
horas, retornando aos níveis normais entre quatro e sete dias após a 
dor, portanto, fique atento ao vivenciar esse tipo de situação.
Além das enzimas, a troponina, uma proteína importante no 
processo de contração muscular, é frequentemente solicitada. Trata-se 
de um marcador altamente específico para o coração, que permanece 
elevado por mais tempo em comparação aos demais biomarcadores 
(Ver "troponina: estrutura, fisiopatologia e importância clínica para além 
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da Isquemia miocárdica", no item 1.5). O quadro a seguir destaca os 
principais marcadores bioquímicos e as possíveis patologias associadas. 
Quadro 3 - Avaliação da função cardíaca
AVALIAÇÃO 
DA FUNÇÃO 
CARDÍACA
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
CPK
CKMB
Troponina
LDH
TGO
33-211 U/L
Até 5 ng/dL
Até 0,1 ng/dL
120-246 UI/L
5-50 U/L
Miopatias
Síndrome coronariana 
aguda; necrose 
miocárdica
Infarto agudo do miocárdio
Insuficiência cardíaca.
Fonte: Autora, 2021
Marcadores metabólicos
De acordo com a literatura, o metabolismo designa o conjunto 
de reações bioquímicas que ocorre no interior das células e está re-
lacionado a diversos compostos, como lipídeos, glicose, carboidratos, 
entre outros, com o objetivo final de obtenção de energia e nutrientes. 
O metabolismo é mediado por enzimas e caracterizado por duas vias 
metabólicas, catabolismo e anabolismo, as quais não serão abordadas 
neste módulo. Aqui iremos abordar os principais biomarcadores meta-
bólicos utilizados na clínica laboratorial, que auxiliam no diagnóstico de 
doenças e/ou síndromes metabólicas.
Perfil lipídico
Os lipídeos são fontes de energia essenciais para manutenção 
dos processos metabólicos sob forma de ácido graxo e colesterol. O 
colesterol é o lipídeo biologicamente mais relevante e participa não so-
mente da composição das membranas celulares, como da produção de 
hormônios e ácidos biliares. É dividido em frações lipoprotéicas (HDL, 
LDL e VLDL): a) A fração HDL (alta densidade) remove o colesterol do 
plasma e tecidos extra-hepáticos e os transportam para o fígado, con-
vertido em sais biliares e excretados na vesícula; b) A LDL (fração de 
baixa densidade), conhecida como “colesterol ruim” por ser a molécula 
mais aterogênica do sangue, está intimamente associada com o desen-
volvimento de dislipidemias e doenças arteriais coronarianas e, diante 
disso, são fundamentais no diagnóstico dessas doenças; e c) A VLDL 
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ou fração de muito baixa densidade medeia a precursão do LDL sendo 
responsável pelo transporte de triagliceróis e colesterol para os tecidos 
extra-hepáticos, uma vez sintetizadas no fígado (FALUDI et al., 2017).
Ainda existem os triglicérides, que são ácidos graxos sinteti-
zados no fígado e no intestino, cuja função é armazenar e transpor-
tar substâncias. Sabe-se que os triglicérides circulantes representam a 
maior quantidade de gordura do organismo humano e que alterações no 
perfil lipídico associadas aos triglicérides caracterizam doençascomo 
hipoparatireoidismo, síndrome nefrótica e diabetes mellitus e, por isso, 
são tão essenciais no diagnóstico. 
Conforme mostra o quadro 4, o perfil lipídico é o conjunto de 
exames que determina a análise do colesterol total e suas frações, fre-
quentemente solicitados para monitoramento e diagnóstico de doenças 
metabólicas. Diversos estudos mostram que as dislipidemias estão en-
tre os principais fatores de risco para doenças crônicas, e complemen-
tados por pesquisas epidemiológicas que destacam o aumento da taxa 
de mortalidade por aterosclerose e doenças relacionadas, devido à má 
qualidade de alimentação da população.
Quadro 4 - Avaliação do perfil lipídico
AVALIAÇÃO DO 
PERFIL LIPÍDICO
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
Colesterol total
LDL
HDL
Triglicérides
< 170 mg/dL
< 110 mg/dL
> 45 mg/dL
Até 150 mg/dL
Síndrome metabólica, 
aterosclerose
Insuficiência renal
Doenças pulmonares.
Fonte: Autora, 2021.
Metabolismo ósseo
Os ossos são metabolicamente ativos e sofrem processo de 
renovação constantemente. Sabe-se que grande parte do cálcio está 
presente nos ossos e é importante na manutenção de movimentos de 
contração e relaxamento muscular, na coagulação sanguínea e trans-
missão de impulsos nervosos (VIEIRA, 1999). 
No entanto, a falha do metabolismo ósseo é característica de 
doenças que levam à osteopenia, como aparece durante a osteoporose. 
Doenças ósseas alteram o perfil bioquímico, especialmente de cálcio, 
fósforo, vitamina D e fosfatase alcalina. A análise desses parâmetros 
caracteriza os biomarcadores de metabolismo ósseo, destacados no 
quadro a seguir. Existem ainda outros marcadores específicos, como 
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colágeno e hidroxiprolina. 
Quadro 5 - Avaliação do metabolismo ósseo
AVALIAÇÃO DO 
METABOLISMO 
ÓSSEO
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
Cálcio
Fósforo
Vitamina D
Fosfatase óssea
8,5 mg/dL
2,5-4,5 mg/dL
> 30 ng/dL
85-235 mg/dL
Osteoporose
Neoplasia óssea, mama, 
próstata, mieloma múltiplo
Intoxicação por vitamina D
Fonte: Autora, 2021
Marcadores de equilíbrio eletrolítico
A água é o componente mais abundante no organismo, no 
qual estão diluídas inúmeras substâncias, entre elas, os eletrólitos. Os 
eletrólitos mais frequentemente analisados no laboratório de análises 
clínicas são o sódio, potássio, cloretos e, em alguns casos, os bicarbo-
natos. Trata-se de exames básicos de rotina, devido à alteração em di-
ferentes processos patológicos e, diante disso, deve-se correlacionar a 
avaliação desses eletrólitos com sintomas e suspeitas levantados pelo 
médico. Sódio, potássio, água e cloretos são ingeridos no organismo 
através da alimentação, secretados pelos rins e excretados pelo suor 
e fezes; e estão relacionados desde a desidratação até a insuficiência 
renal (Quadro 6).
Quadro 6 - Avaliação do equilíbrio eletrolítico
AVALIAÇÃO DO 
EQUILÍBRIO 
ELETROLÍTICO
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
Sódio
Potássio
Cloreto
135-145 mmol/L
3,5-5,5 mmol/L
98-107 mmol/L
Desidratação; desnutrição; 
síndrome da má absorção; 
diarreia
Insuficiência cardíaca; 
insuficiência renal aguda e 
crônica
Fonte: Autora, 2021.
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Glicose
A glicose é uma importante fonte de energia celular, mantida 
em concentrações adequadas através de mecanismos regulatórios me-
diados pela insulina e pelo glucagon (MOTTA, 2003). 
Em se tratando de alterações na glicose, a principal suspeita 
é diabetes. Após um diagnóstico de diabetes mellitus, deve-se reali-
zar frequentemente o acompanhamento da concentração de glicose 
no sangue, que se dá através da glicemia em jejum e pós-prandial, 
acompanhado da hemoglobina glicada (descrita no quadro 7) que é um 
exame especializado realizado nos laboratórios de referência, os quais 
também são dosados na urina. Existem, ainda, os exames TOTG ou 
teste oral de tolerância à glicose, que também são avaliados em gestan-
tes. Nesses casos, o paciente ingere uma quantidade de glicose diluída 
em água e a capacidade metabólica deste paciente é avaliada.
Quadro 7 - Avaliação das concentrações de glicose no sangue
ACOMPANHAMENTO 
DAS 
CONCENTRAÇÕES 
DE GLICOSE
VALORES DE 
REFERÊNCIA
DIAGNÓSTICOS
Glicose
Glicemia após estímulo
Hemoglobina glicada
Insulina
Até 99 mg/dL
< 140 mg/dL
4-5,6%
< 140 mg/dL
Diabetes
Desnutrição
Esteatose hepática
Hiperglicemia/hipoglicemia
Cirrose hepática
Fonte: Autora, 2021.
Marcadores hormonais
Os hormônios são substâncias químicas importantes na regu-
lação das células, após sua liberação mediada pelas glândulas endócri-
nas. Diferentes glândulas secretam diferentes hormônios, dentre elas, 
destacam-se a hipófise, a tireoide, a paratireoide, a suprarrenal, o ová-
rio e o testículo. Além disso, é importante destacar que as ações dos 
hormônios são específicas, inibindo ou ativando a atividade das células, 
após o reconhecimento com os receptores hormonais presentes em sua 
superfície. O quadro 8 descreve os principais hormônios e as doenças 
associadas.
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Os exames laboratoriais complementam o diagnóstico de dis-
funções, diante da sintomatologia inespecífica de determinados pacien-
tes. Portanto, é importante o acompanhamento com um médico que 
solicite dosagens hormonais de rotina.
Quadro 8 - Principais hormônios e glândulas relacionadas
GLÂNDULA HORMÔNIOS DIAGNÓSTICOS
HIPÓFISE 
SUPERIOR
Ocitocina Síndrome de Williams
HIPÓFISE 
ANTERIOR
Hormônio do crescimento 
(GH); Hormônio 
tireoestimulante (TSH); 
Hormônio lutelizante (LH); 
Prolactina
gigantismo ou 
acromegalia; 
hipertireoidismo, 
Tireoidite de 
Hashimoto, Doença 
de Graves; produção 
de leite pelas mamas, 
perda da libido, 
irregularidades 
menstruais, 
infertilidade e 
alterações ósseas
CÓRTEX 
SUPRARRENAL
Cortisol; aldosterona
Hipertireoidismo; 
depressão; tumores; 
Síndrome de Cushing
TIREÓIDE
Tiroxina (T4); Triiodotironina 
(T3); calcitonina
Hipertireoidismo
ILHOTAS DE 
LANGERHANS 
(PÂNCREAS)
Insulina; glucagon
Diabetes; Síndrome 
metabólica; 
Insulinoma
OVÁRIOS Estrogênio; progesterona Câncer endometrial
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TESTÍCULO Testosterona
Andropausa; 
deficiência de 
testosterona; 
Diabetes Mellitus; 
depressão
PARATIREÓIDE Paratormônio Hipoparatireoidismo
PLACENTA
Hormônio Gonadotrofina 
coriônica (HCG)
Neoplasia 
trofoblástica 
gestacional
Fonte: Autora, 2021.
FATORES INTERFERENTES NOS RESULTADOS
No passado, os exames laboratoriais eram realizados de for-
ma manual, o que de fato colaborava com o grande número de erros 
na fase analítica. Com o avanço da automatização de equipamentos, 
os laboratórios estão abandonando metodologias manuais. Além disso, 
programas de controle de qualidade (PGQ) vêm sendo adotados pelos 
laboratórios no intuito de reduzir erros e aumentar a confiabilidade. No 
entanto, grande parte dos laboratórios ainda vivencia situações de er-
ros, incluindo erros pré e pós-analíticos. 
É importante destacar que a origem dos erros laboratoriais, 
bem como de erros médicos e outros, é multifatorial e, no caso das aná-
lises clínicas, pode acontecer em qualquer fase do processo laborato-
rial. Portanto, reconhecer os erros e estabelecer formas de reduzi-los é 
importante na gestão, e mais importante ainda é conhecer os principais 
fatores capazes de interferir no resultado. 
De acordo com a literatura, grande parte dos erros (70%) ocor-
re durante a fase pré-analítica (LIPPI et al., 2013), o que sugere que, 
diante da grande preocupação com a fase analítica, aspectos iniciais 
importantes nas análises clínicas sejam deixados de lado. 
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica recomenda regis-
trar o horário da coleta,destacando o uso de medicamentos e outras 
observações importantes para a fase analítica e pós-analítica. Reco-
menda-se também respeitar a ordem dos tubos, uso ou não de anticoa-
gulantes e/ou conservantes específicos. 
A fase pré-analítica é importante de forma geral e requer aten-
ção e capacitação. Além dos fatores mediados pelo profissional, fatores 
fisiológicos também podem alterar os resultados, tais como idade, sexo, 
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ciclo menstrual e gestação e, por isso, o contato com o paciente é es-
sencial. 
Narayanan e Guder (2001) discutem em seu trabalho a impor-
tância da fase pré-analítica e ressaltam que somente na última década 
essa fase recebeu a devida atenção, o que gerou o desenvolvimento 
de recomendações específicas padronizadas; e Costa e Moreli (2012) 
discutem os principais erros ocorridos nessa fase.
A coleta adequada também garante a minimização de erros 
(conforme ilustrado na figura 2 deste capítulo). Assim, é importante se-
guir os tubos e a ordem correta, como já foi descrito na figura 2. Ainda 
dentro do setor de coleta, o uso inadequado do garrote ou a demora no 
procedimento induz à hemólise, um fator capaz de interferir em diversas 
análises, como troponina, bilirrubina, LDH, TGO, TGP e outros. O local 
da punção também é importante e requer conhecimento de um profis-
sional. Veias de difícil acesso tendem a resultar em amostras hemolisa-
das, além do desconforto para o paciente.
Embora não aconteça com grande frequência, os erros que 
ocorrem na fase analítica, muitas vezes, geram processos judiciais e 
preocupam os gestores de laboratório. No Brasil, desde a criação do 
Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), dificilmente um 
erro de análise passa despercebido. 
A fase analítica se inicia com o preparo da amostra após a 
coleta. O não processamento ou o armazenamento incorreto é capaz 
de interferir no desempenho dos ensaios. Além disso, a amostra deve 
ser adequada, ou seja, uma amostra com coágulo ou hemólise pode 
prejudicar as análises ou até mesmo causar entupimento de agulhas, 
em casos de coágulos maiores. Como já mencionado, os controles de 
qualidade devem estar em dia, para garantir calibração e bom uso dos 
equipamentos. Muitos resultados falso-positivos ou negativos decorrem 
da falta de calibração e podem direcionar para um diagnóstico incorreto 
ou solicitação de exames desnecessários. 
A fase pós-analítica é a fase final do processo laboratorial. Er-
ros pós-analíticos estão relacionados ao resultado final e entrega do 
laudo. Com o desenvolvimento de sistemas de interfaces, que utiliza 
a transferência de dados e descrições de valores de referência auto-
máticos contribuiu para a redução de erros pós-analíticos. No entanto, 
a interpretação adequada do resultado é essencial para o diagnóstico 
e envolve tanto o responsável técnico do laboratório quanto o próprio 
médico, sugerindo que, em alguns casos, o médico pode ser contatado 
se necessário. 
Além disso, novas técnicas vêm sendo aplicadas e sugeridas 
aos laboratórios com o objetivo de minimizar erros nos três processos 
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laboratoriais, como descrito no livro "Gestão hospitalar" escrito por 
Moura e Viriato (2008). Diversos trabalhos são publicados anualmente 
com descrição de alternativas para minimizar tais erros. Plebani e Piva 
publicaram um artigo em 2010 discutindo os esforços que objetivam 
melhorar a confiabilidade dos resultados clínicos e a segurança do pa-
ciente. Os autores também abordam uma ferramenta automatizada que 
vem sendo empregada para melhorar a comunicação e evitar erros. 
O quadro a seguir mostra as principais causas de erros em 
cada fase, baseado em diferentes artigos.
Quadro 9 - Principais fatores que interferem na fase pré-analítica
FASE PRÉ-ANALÍTICA
FASE 
ANALÍTICA
FASE PÓS-
ANALÍTICA
Fatores 
biológicos
Fatores mediados 
pelo profissional
Fatores 
mediados pelo 
profissional
Fatores 
mediados 
pelo 
profissional
Idade
Coleta 
inadequada, uso 
prolongado do 
garrote, sequência 
inapropriada 
dos tubos, uso 
incorreto dos 
anticoagulantes, 
local da punção 
inadequado
Armazenamento 
incorreto 
(temperatura 
ou tubos 
inadequados), 
transporte para 
outro laboratório 
em frascos 
incorretos
Erros de 
digitação e 
interface
Sexo
Amostra 
coagulada ou 
hemolisada
Equipamentos 
descalibrados 
ou Reagentes 
vencidos
Interpretação 
e verificação 
inadequada do 
resultado final
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Raça
Erros na 
identificação da 
amostra 
Biossegurança, 
tubos quebrados, 
falta de 
balanceamento 
na centrífuga
Valores de 
referência 
incorretos
Ciclo menstrual
Amostra 
insuficiente ou 
incorreta
Amostra 
inadequada ou 
insuficiente
Atraso na 
entrega do 
laudo final
Gestação
Transporte 
(ou envio) em 
tubos ou frascos 
inadequados para 
laboratórios de 
referência
Amostra 
coagulada ou 
hemolisada
Dieta, 
medicamentos, 
Jejum, e 
atividades 
físicas
Profissionais não 
capacitados ou 
distraídos
Fonte: Autora, 2021.
Os exames laboratoriais estão entre os principais recursos de 
apoio designados a diagnósticos de doenças. O presente capítulo abor-
dou aspectos laboratoriais desde a fase pré-analítica até a fase pós-a-
nalítica, destacando o setor de bioquímica, que é o maior setor dentro 
de um laboratório. A bioquímica também está relacionada com o avanço 
tecnológico devido à evolução constante da tecnologia de equipamen-
tos laboratoriais, garantindo cada vez mais a confiabilidade dos exa-
mes, além da instalação de programas de controle de qualidade cada 
vez mais eficientes. Conhecer e entender cada setor é essencial para a 
organização do laboratório, garantindo um bom ambiente de trabalho e 
obtenção de bons resultados. 
 
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: HUGG-UNIRIO/EBSERH Prova: 
IBFC Nível: Superior. 
Assinale a alternativa correta sobre as enzimas comumente avalia-
das em laboratórios clínicos.
a) A elevação da fosfatase alcalina está sempre associada com dano 
hepático.
b) A aspartato aminotransferase é também conhecida como TGP (tran-
saminase glutâmica oxalacética) e sua elevação indica infarto agudo do 
miocárdio.
c) A gamaglutamil transferase (Gama GT) está elevada em indivíduos 
que ingerem grandes quantidades de álcool.
d) A desidrogenase lática (DHL) é uma enzima utilizada, exclusivamen-
te, para avaliação de hemólises.
e) A creatinofosfoquinase (CPK) é um excelente marcador de dano he-
patocelular.
 
QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: HUGG-UNIRIO/ EBSERH Prova: 
IBFC Nível: Superior. 
No processo de coleta de sangue para investigação laboratorial 
pode ocorrer hemólise com consequente liberação de constituin-
tes intracelulares. A ocorrência de hemólise acentuada resulta na 
elevação da concentração de alguns elementos, especialmente 
aqueles que apresentam maior concentração intracelular do que no 
plasma. Dentre os eletrólitos citados abaixo, assinale a alternativa 
cujo parâmetro não sofre interferência significativa da hemólise:
a) Potássio
b) Sódio
c) Magnésio
d) Fósforo
e) Cálcio
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: HUGG-UNIRIO/ EBSERH Prova: 
IBFC Nível: Superior. 
A lipase é uma enzima altamente específica que catalisa a hidrólise 
dos ésteres de glicerol de ácidos graxos de cadeia longa (triglicerí-
deos) em presença de sais biliares e um cofator chamado colipase. 
A medida da atividade da lipase no soro, plasma, líquido ascítico e 
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pleural, é usada, exclusivamente, para o diagnósticolaboratorial. 
Assinale a alternativa correta que indica a patologia diagnosticada 
pela análise da medida da lipase:
a) Patologias hepáticas
b) Patologias reais
c) Patologias cardíacas
d) Patologias ósseas
e) Patologias pancreáticas
QUESTÃO 4
Ano: 2017 Banca: PUC-PR Órgão: Prefeitura de São José dos Pi-
nhais Prova: Farmacêutico bioquímico Nível: Superior.
Doenças agudas ou crônicas que afetam a função hepática podem 
afetar o metabolismo hepático de alguns fármacos. Essas condi-
ções incluem hepatite alcoólica, cirrose, hepatite crônica ativa, cir-
rose biliar e hepatite viral aguda ou induzida por fármacos. Por 
exemplo, as meias-vidas (t1/2) do clordiazepóxido e do diazepam 
em pacientes com cirrose ou hepatite viral aguda são muito ele-
vadas, com correspondente aumento de seus efeitos. Em con-
sequência, estes efeitos podem causar coma em pacientes com 
doença hepática, mesmo quando administradas doses ordinárias 
desses fármacos. De posse dessas informações, o diagnóstico 
dessas doenças é importante antes do início da terapia com esses 
fármacos. Em caso positivo, a posologia deve ser alterada, se não 
for possível usar outros fármacos que não tenham a farmacociné-
tica afetada pela doença hepática. Assinale a alternativa que traga 
somente os exames bioquímicos que podem ser usados para o 
diagnóstico de danos hepatocelulares.
a) Atividade das enzimas Aspartato Aminotransferase (AST), Alanina 
Aminotransferase (ALT), Fosfatase. Alcalina (ALP) e Gama-Glutamil-
transferase (γ-GT).
b) Bilirrubinas, Creatinina Sérica e Glicemia de Jejum.
c) Atividade da Butirilcolinesterase, Bilirrubinas e Glicemia de Jejum.
d) Atividade das Enzimas Fosfatase Alcalina (ALP), Gama-glutamil-
transferase (γ-GT) e Glicemia de Jejum.
e) Creatinina Sérica, Ureia Urinária e Glicemia de Jejum.
 
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cerquinho SP Pro-
va: Biomédico Nível: Superior. 
A doença de Graves e tireoidite de Hashimoto são doenças au-
toimunes que atingem a tireoide. Laboratorialmente, essas duas 
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doenças caracterizam-se, respectivamente, pela alteração nos se-
guintes exames laboratoriais:
a) níveis elevados de TSH e positivo para anticorpos contra o receptor 
de TSH.
b) positivo para anticorpos antitireoglobulina e positivo para anticorpos 
antirreceptor de TSH.
c) níveis baixos de TSH e positivo para anticorpos antirreceptor de TSH.
d) positivo para anticorpos antirreceptor de TSH e positivo para anticor-
pos antitireoperoxidase (microssomal).
e) positivo para anticorpos antitireoglobulina e níveis baixos de TSH.
QUESTÃO DISSERTATIVA
Paciente A.E.J, 32 anos, chega na emergência do consultório médico 
se queixando de fraqueza, fadiga, náusea e vômito recorrente e relata 
constante vontade de urinar, boca seca e sede. A.E.J realizou um exa-
me de urina EAS e não foi detectada infecção. 
O médico, então, solicita alguns exames de sangue: glicose, ureia, 
creatinina, sódio, potássio e nova amostra para EAS. Qual a provável 
doença? Os parâmetros solicitados pelo médico foram adequados e su-
ficientes? Se não, quais seriam os exames complementares necessá-
rios para fechar um diagnóstico?
TREINO INÉDITO
A.K, técnica flebotomista que relatou ter experiência em coleta de san-
gue, se depara com um paciente obeso, negro, cujo motivo da procura 
ao médico foi monitoramento de doença hepática crônica. A coleta foi 
um pouco demorada, uma vez que o paciente tinha veias difíceis, mas 
a amostra foi suficiente. Ao centrifugar e separar o soro, a bioquímica 
repara que a amostra está hemolisada. 
Quais parâmetros podem ter a análise prejudicada? Qual a possível 
causa da hemólise?
a) Todas as dosagens solicitadas serão prejudicadas, uma vez que a 
hemólise interfere em todas as análises bioquímicas. A causa da hemó-
lise foi a quantidade de exames solicitados pelo médico.
b) Diante do monitoramento de doença hepática, possivelmente o médi-
co solicitou as dosagens de bilirrubina, TGO e TGP, cuja análise sofrerá 
interferência e prejudicará o resultado. A possível causa da hemólise foi 
o difícil acesso e demora na coleta.
c) Para diagnóstico ou monitoramento de qualquer doença hepática são 
solicitados os exames Glicose e Gama GT, no entanto, esses parâme-
tros não são afetados pela hemólise, que possivelmente foi causada 
pela doença hepática do paciente.
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d) A causa da hemólise foi a coleta demorada.
e) As dosagens bioquímicas que podem ser afetadas pela hemólise são 
somente da bilirrubina, sendo assim, o paciente não precisa repetir a 
coleta.
NA MÍDIA
A IMPORTÂNCIA DA FASE PRÉ-ANALÍTICA
O noticiário escolhido para a primeira discussão foi: A importância da 
fase pré-analítica no diagnóstico clínico, publicado em junho de 2019. 
Uma vez que já se sabe da alta incidência de erros laboratoriais na 
fase pré-analítica, ou seja, fase que antecede a realização dos exames. 
Torna-se importante ressaltar esse aspecto, além do que foi visto du-
rante esta unidade, pelo fato de que muitos laboratórios ainda passam 
por esse tipo de situação. A fase pré-analítica envolve todos os fato-
res necessários para a realização do exame durante a fase analítica. 
Erros ocorrem desde a coleta, identificação da amostra e triagem até 
o preparo do material. A notícia publicada aborda que "nem sempre é 
possível identificar todos os problemas. Contudo, existe uma ferramen-
ta que permite minimizá-los: o sistema de qualidade." Este fato remete 
à criação dos programas de controle de qualidade, como o PNCQ, que 
auxiliam, de certa forma, no treinamento e na capacitação do profissio-
nal, que muitas vezes pode estar pecando na fase pré-analítica. 
Como visto anteriormente, diversos são os fatores interferentes nas fa-
ses laboratoriais, que vão desde a coleta à falta de interface para ar-
mazenar os dados. Justifica-se a importância da fase pré-analítica para 
minimizar os erros precoces das análises clínicas, visando não somente 
focar na realização do exame propriamente dito, uma vez que os ana-
litos são ferramentas importantes e que muitas famílias podem estar 
preocupadas com o resultado final.
Título: A importância da fase pré-analítica
Data de Publicação: 07/06/2019
Fonte: https://diagno.ind.br/a-importancia-da-fase-pre-analitica-no-diag 
nostico-clinico/
NA PRÁTICA
A vivência laboratorial é uma fase importante para o profissional habi-
litado em análises clínicas. Para obter um bom conhecimento inicial, 
mesmo sem vivência na prática, é necessário conhecer as técnicas, 
desde a coleta e recepção até a liberação do laudo. 
O contato com o paciente é essencial para a fase pós-analítica, tema 
abordado neste capítulo, e inclui entender o motivo que levou este pa-
ciente a procurar o médico, quais as suspeitas e possíveis fatores que 
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podem influenciar no resultado. Por exemplo, se o profissional atende 
um paciente diabético ou imunocomprometido, analisa seu material e 
detecta alterações em diferentes dosagens, já está preparado para libe-
rar o resultado. Da mesma forma, é interessante comparar resultados 
anteriores, dialogar com o médico, para garantir segurança no trabalho. 
Excesso de informação é importante para um profissional de análises 
clínicas.
Fonte: A autora.
PARA SABER MAIS
Sugestão de leitura: Técnicas para coleta de sangue
Publicação: 2001
Link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0108tecnicas_sangue.pdf
Sugestão de leitura: Guia prático para coleta de sangue
Link: https://lidoc.ccb.ufsc.br/files/2013/10/Guia_de_Coleta_de_Sangue.pdf
Sugestão de leitura: SITE CONTROLAB para entender sobre controle 
de qualidade
Link: https://controllab.com/
Sugestão de leitura: Recomendações da sociedade brasileira de pato-
logia clínica/medicinalaboratorial (SBPC/ML): Fatores pré-analíticos e 
interferentes em ensaios laboratoriais
Publicação: 2018
Link: https://controllab.com/pdf/livro_sbpc_interferentes_2018.pdf
Sugestão de leitura: Soro versus plasma
Link: https://www.youtube.com/watch?v=RaLcMOh--XY
Sugestão de leitura: Guia definitivo para prevenção de hemólise
Link: https://gisleinesousa.kpages.online/ebook
Sugestão de vídeo: Tubos para coleta de sangue
Publicação: 3 de outubro de 2018
Link: https://www.youtube.com/watch?v=dsEMUhWgN3I 
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IMUNOLOGIA
O termo imunidade deriva da palavra immunitas, referente à 
proteção. Portanto, a imunologia se trata do estudo da defesa do orga-
nismo contra o não próprio, seja ele infeccioso ou não. De acordo com 
a literatura, o sistema imune consiste na reação contra componentes de 
microrganismos ou macromoléculas, proteínas e polissacarídeos, inde-
pendente das consequências fisiológicas ou patológicas dessa reação 
(ABBAS, 2015). 
Com base nesse conceito, a imunologia tem a função de pre-
venir e/ou resolver infecções através de respostas programadas, que 
também podem reagir contra o próprio corpo, como ocorre nas doenças 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE & 
EXAMES LABORATORIAIS:
UMA VISÃO DA IMUNOLOGIA E 
HEMATOLOGIA CLÍNICA
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autoimunes. As respostas são divididas em duas grandes partes: inata e 
adaptativa. Enquanto a imunidade inata é filogeneticamente mais antiga 
e fornece mecanismos suficientes para proteção imediata; a adaptati-
va evoluiu para fornecer um repertório de reconhecimento específico 
de antígenos (substância estranha que induz a ativação das células da 
imunidade inata e adaptativa, desencadeando resposta). O quadro 10 
destaca os principais componentes da imunidade inata e da adaptativa.
 
Quadro 10 - principais componentes da imunidade inata e da adaptativa
IMUNIDADE INATA IMUNIDADE ADAPTATIVA
Receptores de reconhecimento 
padrão (PRR) que reconhecem 
PAMPS (Padrão de Moléculas 
Associadas à Patógenos) ou 
DAMPS (associados ao dano)
Linfócitos T e B; células NK, células 
dendríticas APC
Barreiras físicas: pele, muco, pelo, 
lágrimas Resposta humoral: anticorpos 
ou imunoglobulinas, mediada 
por linfócitos B diferenciados em 
plasmócitos
Células: células dendríticas, 
macrófagos, neutrófilos e 
monócitos, células natural killer, 
mastócitos, eosinófilos e basófilos
Moléculas solúveis: Sistema 
Complemento, proteínas de fase 
aguda, citocinas e quimiocinas
Resposta citotóxica: perforinas e 
granzimas produzidas pelas células 
T CD8, citocinas e quimiocinas 
produzidas pelas células CD4
Inflamação e defesa antiviral Memória mediada pelas células B
Fonte: Autora, 2021.
 
Contudo, essas reações ocorrem rapidamente e estão inter-
ligadas entre si. Como mostra a figura 3, a resposta imune inata é a 
primeira linha de defesa e se inicia nas primeiras horas após o contato 
com o antígeno (representado como "microrganismo"). 
As células da imunidade inata medeiam a ativação da imu-
nidade adaptativa através da apresentação de antígenos. A resposta 
adaptativa se desenvolve tardiamente e se mantém, desenvolvendo a 
memória imunológica.
 
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Figura 3 - O Sistema imune inato e adaptativo e seus respectivos 
componentes celulares
Fonte: ABBAS, LICHTMAN & PILLAI, 2011.
A resposta imune é fundamental para a manutenção do orga-
nismo. Como visto no Quadro 10, diversos são os componentes envol-
vidos em ambas as respostas. Conhecer cada um é fundamental para a 
interpretação de exames laboratoriais. 
Desenvolvimento celular 
Sabe-se que o organismo é composto por diferentes células, 
cada qual com sua função e afinidade para órgãos e tecidos específi-
cos. O processo de formação, desenvolvimento e maturação dos ele-
mentos sanguíneos, que engloba eritrócitos, plaquetas e leucócitos, é 
chamado de hematopoiese. 
A hematopoiese se inicia a partir de um precursor celular úni-
co, a célula hematopoiética pluripotente, também chamada de célula-
-tronco. As células-tronco são células menos diferenciadas e, por isso, 
possuem capacidade de se diferenciar em qualquer tipo celular. Duran-
te o desenvolvimento embrionário, as células se desenvolvem no saco 
vitelino, sendo este um órgão hematopoiético transitório. Nas primeiras 
semanas após o nascimento, a hematopoiese se dá no timo, fígado, 
baço e linfonodo, e na vida adulta, na medula óssea, único órgão hema-
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topoiético na fase adulta (HOFFBRAND & MOSS, 2017).
A figura 4 (onde BFU: unidade formadora de basófilo; CFU: 
unidade formadora de colônia; e: eritróide; Eo: eosinófila; GEMM: gra-
nulocítica, eritróide, monocítica e megacariocítica; GM: granulócito, 
monócito; Meg: megacariócito) mostra a divisão de uma célula-tronco 
pluripotente nos progenitores mielóide e linfóide e suas respectivas li-
nhagens, que dão seguimento às demais linhagens. 
Figura 4 - Descrição da hematopoiese em humanos 
Fonte: HOFFBRAND & MOSS, 2017.
A hematopoiese é regulada epigeneticamente por fatores que 
induzem a transcrição específica para cada linhagem celular, suprimin-
do a expressão de um fator inespecífico. A regulação da hematopoiese 
garante o desenvolvimento celular adequado, no entanto, a falha em 
algum dos processos resulta na alteração da produção das células e 
pode ocasionar doenças hematológicas graves. 
O presente capítulo irá abordar os principais testes imunoló-
gicos e hematológicos realizados na clínica, bem como as patologias 
associadas.
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Testes imunológicos e reações cruzadas
As técnicas para a detecção de anticorpos e antígenos são 
utilizadas como marcadores de doenças infecciosas (HIV, hepatites, 
dengue, coronavírus) e autoimunes, reações de hipersensibilidades, e 
também auxiliam na seleção imuno-hematológica (doação de sangue). 
Essas técnicas empregam a mesma metodologia, variando somente o 
tipo de antígeno e anticorpo utilizado, fornecidos através de kits comer-
ciais que contêm os reagentes necessários. Existe uma gama de testes 
que vêm se tornando mais específicos com o avanço da biologia mole-
cular. 
Os testes sorológicos são os mais utilizados e foram desenvol-
vidos a partir de reações entre um antígeno e um anticorpo. As carac-
terísticas e limitações desses testes, em geral, são determinadas pela 
sensibilidade e especificidade, diante da capacidade de determinar um 
teste verdadeiramente positivo e negativo, respectivamente. Um exem-
plo é o controle de qualidade dos kits comerciais, cujo teste ideal seria 
aquele que apresentasse 100% de sensibilidade e especificidade, ga-
rantindo, desta forma, total confiabilidade. No entanto, isso não aconte-
ce na prática laboratorial e, por isso, existem constantes resultados fal-
so-positivos ou falso-negativos, tornando fundamental o conhecimento 
dos parâmetros sorológicos. 
Grande parte das dosagens imunológicas é realizada no soro 
e algumas no sangue total ou plasma (amostra coletada com EDTA), 
sendo a sorologia a mais frequente. As técnicas mais utilizadas para 
realização de testes imunológicos são:
a) ELISA (do inglês Enzyme Linked ImmunoSorbent As-
say): baseada na detecção de anticorpos e antígenos através de rea-
ção enzimática. Existem diferentes tipos de ensaios, conforme ilustrado 
na figura 5. O método direto envolve um antígeno previamente sensi-
bilizado em uma microplaca e um anticorpo primário conjugado com 
uma enzima emissorade cor é adicionado. O método indireto também 
se baseia na sensibilização prévia do antígeno na microplaca, onde um 
anticorpo secundário juntamente com a enzima emissora de cor é adi-
cionado. O método sanduíche (mais utilizado) envolve um anticorpo de 
captura (que é um anticorpo de detecção) e um anticorpo secundário, 
junto com a enzima. A técnica ELISA por competição utiliza um antí-
geno ou anticorpo, os quais competem com o anticorpo (ou antígeno) 
da amostra. Todas as técnicas utilizam um substrato e uma solução de 
parada e a leitura é realizada por colorimetria.
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Figura 5 - Diferentes técnicas do ensaio ELISA
Fonte: Traduzido de Aryal, 2019.
b) Reação de imunofluorescência (IF): baseada na mar-
cação de antígenos em tecidos ou suspensões celulares, utilizando 
anticorpos fluorescentes que emitem luz em um determinado compri-
mento de onda e são visíveis por microscopia de fluorescência. A IF 
direta detecta antígenos e a indireta anticorpos (mediado por antíge-
nos sensibilizados em uma microplaca ou lâmina), cujos marcadores 
utilizados são corantes excitados que absorvem radiação ultraviole-
ta, emitindo luz visível (OAKY et al., 2010). Essa técnica é utilizada 
com frequência no diagnóstico de infecções e doenças autoimunes. 
c) Látex ou aglutinação: a aglutinação é uma técnica que uti-
liza reagentes não marcados, ou seja, não necessita de marcadores 
fluorescentes. A aglutinação direta requer a utilização de partículas an-
tigênicas insolúveis, como hemácias (teste de tipagem sanguínea) e 
também auxilia alguns diagnósticos. Na reação indireta, as hemácias 
ou partículas inertes como látex, podem ser sensibilizadas por adsorção 
passiva para que ocorra a reação antígeno – anticorpo. O quadro 11 
destaca as principais características e diagnósticos relacionados a essa 
técnica. 
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Quadro 11 - Aglutinação direta e indireta
DIRETA INDIRETA
Teste qualitativo (aglutina ou 
não)
Teste quantitativo (é importante realizar a 
titulação através da diluição seriada para 
determinar a concentração. 
Antígeno presente naturalmente 
na membrana das células. Ex.: 
tipagem sanguínea
Partícula aglutinada não possui o 
antígeno natural
Teste de Coombs (requer kit 
específico)
Reação antígeno – anticorpo realizada 
em superfícies que não interferem na 
interação (látex)
Diagnóstico Salmonelose, 
Brucelose ou infecção 
por Proteus spp (requer 
ki específico contendo 
suspensões com a bactéria 
específica, que reage com o 
anticorpo (amostra)
ASO - Antiestreptolisina O (febre 
reumática); PCR - Proteína C Reativa; 
FR - Fator Reumatóide; VDRL - 
anticorpos contra Treponema pallidum, 
diagnóstico sífilis
Fonte: Autora, 2021.
 
Como visto no capítulo anterior, as técnicas de coleta devem 
ser empregadas para todos os setores laboratoriais, garantindo a mini-
mização dos erros da fase analítica. No entanto, existem reações cru-
zadas capazes de interferir no resultado. Os antígenos possuem estru-
turas químicas que favorecem a ligação com o anticorpo (ligações não 
covalentes não serão abordadas neste capítulo). Contudo, são reversí-
veis e possuem afinidades diferentes com determinadas substâncias, 
sendo possível a ligação de um anticorpo com antígenos semelhantes 
através de ligações mais fracas e não idênticas.
A reatividade cruzada se refere à probabilidade de um sítio de 
combinação de anticorpo reagir com mais de um determinante antigê-
nico, ou com um determinante similar. Um exemplo que assusta os pro-
fissionais são as reações transfusionais, que podem aparecer de forma 
leve ou grave após a transfusão. São situações que ocorrem randomi-
camente na vivência laboratorial e, por isso, o profissional deve estar 
sempre atento aos resultados finais. 
É importante que o profissional responsável seja capacitado 
e esteja sempre atento ao realizar os imunoensaios. Para isso, vamos 
abordar alguns conceitos, tais como: a) afinidade – força de ligação 
entre um anticorpo e um único epítopo do antígeno. Quanto maior a 
afinidade do anticorpo pelo antígeno, mais estável será a interação; b) 
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avidez – força de ligação após a formação do complexo antígeno – anti-
corpo. Quanto maior a avidez, melhor o reconhecimento e efeito biológi-
co; c) especificidade antígeno – anticorpo: habilidade de distinção entre 
antígenos (conceito “chave – fechadura”).
São fatores capazes de induzir a reação cruzada: concentra-
ção desequilibrada de anticorpos, pH do meio de reação, temperatura e 
tempo. Portanto, a validação do imunoensaio é fundamental para evitar 
reatividades cruzadas. Avaliar a sensibilidade e especificidade da técni-
ca, bem como a exatidão e comparação com metodologias de referên-
cia são exemplos de minimização de erros. 
Uma estratégia bastante utilizada é a validação prévia do teste, 
utilizando uma quantidade fixa de analito e realizar reações em série, 
aumentando gradativamente a quantidade de substância. Essa técnica 
pode ser utilizada como controle interno. 
HEMATOLOGIA
A hematologia é a área laboratorial que estuda os elementos 
do sangue, tais como leucócitos, eritrócitos e plaquetas, e auxilia no 
diagnóstico de doenças hematológicas e infecciosas. 
Principais doenças hematológicas
O sangue é formado por células e plasma. O plasma sanguí-
neo contém proteínas que atuam na defesa do organismo e controlam 
hemorragias, mediada pelas plaquetas; as hemácias transportam oxi-
gênio para todo o organismo e os leucócitos combatem infecções, como 
visto no início deste capítulo. Além de estudar os elementos do sangue 
e os órgãos hematopoiéticos, a hematologia é essencial para o diagnós-
tico de anomalias sanguíneas e infecções. Existem diversas doenças 
hematológicas, divididas em grupos. O quadro 12 mostra as principais, 
e no final deste capítulo há algumas sugestões de leitura para melhor 
conhecimento. 
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Quadro 12 - Principais doenças hematológicas
ANEMIAS DOENÇAS PROLIFERATIVAS E INFILTRATIVAS
HEMOLÍTICA: caracterizada 
pela hemólise precoce (antes 
de 120 dias, período em que 
normalmente se rompem).
LEUCEMIAS (AGUDAS E 
CRÔNICAS): Decorrente da disfunção 
da medula óssea, comprometendo 
a hematopoiese. Caracterizadas 
pela presença de células imaturas 
na corrente sanguínea, podendo 
se transformar em uma célula 
cancerígena 
APLÁSTICA: consequente de 
danos na hematopoiese, pode 
ser congênita ou desenvolvida 
após exposição à radio ou 
quimioterapia.
MIELOMA: tumor maligno que atinge 
os plasmócitos, responsáveis pela 
produção de anticorpos. Dessa forma 
o sistema imune fica comprometido e 
acarreta transtornos em outros órgãos 
como rim e ossos.
MEGALOBLÁSTICA: causadas 
por alterações genéticas as 
quais comprometem a maturação 
celular. Pode ocorrer pela falta de 
vitamina B12 e ácido fólico.
LINFOMA: condição maligna que 
afeta o sistema linfático. Existem 
diversos tipos de linfoma. Os 
principais tipos de linfoma são linfoma 
de Hodgkin e linfoma não Hodgkin.
FALCIFORME: distúrbio congênito 
caracterizado pela escassez de 
glóbulos vermelhos funcionais, 
uma vez que grande parte adquiri 
formato de foice e perdem a 
funcionalidade
SÍNDROME MIELOPROLIFERATIVA: 
Anomalia decorrente da proliferação 
desordenada da medula óssea, 
subdividida em policitemia vera, 
mielofibrose, trombocitemia essencial 
e leucemia mielóide crônica.
FERROPRIVA: Caracterizada 
pela deficiência de ferro, 
comprometendo o transporte de 
oxigênio para os tecidos. Tipo de 
anemia mais comum e adquirida 
pela falta de suplementos.
Fonte: Autora, 2021.
Hemograma: conceito, finalidade,execução e interpretação
O hemograma é um exame capaz de fornecer informações 
sobre os componentes sanguíneos, com o auxílio de um equipamento 
automatizado e da confecção de uma lâmina utilizando colorações es-
pecíficas. Diferentes corantes são utilizados com a mesma finalidade de 
visualizar os glóbulos vermelhos e brancos microscopicamente. 
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Título: Corantes usados no esfregaço hematológico
Data da publicação: janeiro/2013
Fonte: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/10/co-
rantes-usados-no-esfregaco.html>
A coleta é realizada com o anticoagulante EDTA, conforme ilus-
trado no capítulo anterior e, após homogeneizado adequadamente, o 
tubo é inserido no equipamento automatizado, que determina as séries 
branca e vermelha. 
Rosenfeld (2012) discute em seu artigo as diretrizes da auto-
mação na hematologia e destaca que "a análise automatizada permite 
a detecção de células anormais por meio de alertas para presença de 
neutrófilos jovens do desvio à esquerda1, linfócitos atípicos reacionais, 
eritroblastos circulantes e blastos" e auxilia na determinação da confec-
ção das lâminas. Para tal, uma gota de sangue é colocada na lâmina 
previamente limpa e corretamente identificada e, com o auxílio de dis-
tensor, realiza-se o movimento. 
Para que a leitura da lâmina seja simples e prática para o pro-
fissional, é importante que este ou mesmo o técnico, prepare o esfrega-
ço de maneira correta, evitando erros, diante da dificuldade de leitura. 
Portanto, é essencial conhecer o procedimento correto para a confec-
ção do esfregaço ideal.
Para a correta interpretação do resultado, é importante conhe-
cer os elementos descritos no laudo, bem como seus respectivos valores 
de referência (descritos no quadro 13). São elementos do hemograma:
a) Eritrograma: composto pela análise dos eritrócitos ou he-
mácias, indica o hematócrito (HCT, percentual sanguíneo ocupado pelas 
hemácias), hemoglobina, VGM (volume globular médio ou tamanho das 
hemácias), HGM (hemoglobina globular média ou peso da hemoglobi-
na dentro da hemácia), CHGM (concentração de hemoglobina globular 
média) e RDW (índice de avaliação do tamanho entre as hemácias). 
Essa parte pode diagnosticar uma anemia ou outra anomalia na série 
vermelha; 
b) Leucograma (WBC): avalia a série branca, envolvendo as 
células presentes no sangue (monócitos, eosinófilos, neutrófilos seg-
mentados ou bastões, basófilos, linfócitos) e auxilia no diagnóstico de 
1 Aumento considerável de bastonetes por campo
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linfomas, infecções virais, bacterianas, parasitológicas ou alergias;
c) Plaquetograma: avalia o número de plaquetas e auxilia no 
diagnóstico de coagulopatias, doenças infecciosas como dengue, he-
morragias em geral e no monitoramento de tratamentos pela utilização 
de anticoagulantes ou quimioterápicos.
Quadro 13: Valores de referência do hemograma em adultos
Parâmetro Homens Mulheres
RBC 4,5-5,9 4,0-5,2
HBG 13,0-17,5 12,0-16,0
HCT 41,0-53,0 35,0-46,0
VCM 80,0-100,0 80,0-100,0
HCM 26,0-34,0 26,0-34,0
CHCM 31,0-36,0 31,0-36,0
WBC (x103/mm3) 3,5-10 3,5-10
Neutrófilos segmentados (x103/
mm3)
1,7-8 1,7-8
Neutrófilos bastonetes (x103/mm3) Até 0,84 Até 0,84
Eosinófilos (mm3) 50-500 50-500
Basófilos (mm3) Até 100 Até 100
Linfócitos (x103/mm3) 0,9-29 0,9-29
Monócitos (mm3) 50-1100 50-1100
Plaquetas 150-450.000 150-450.000
RDW (%) 11,5-15 11,5-15
Fonte: Autora, 2021
Os atuais valores de referência foram estabelecidos na década 
de 1960 após a observação de vários indivíduos saudáveis (YANTOR-
NO & RATTO, 1964). Esses valores são contabilizados nos equipamen-
tos automatizados, no entanto, devem ser confirmados pela leitura da 
lâmina. Portanto, ao analisar o esfregaço, deve-se atentar às partes 
espessas, média e fina que o compõem, utilizando a parte mais fina 
para a análise. É importante observar o tamanho, a forma, a coloração 
celular e possíveis inclusões nas células, hemácias e plaquetas, confor-
me mostra a figura 6.
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Figura 6 - Resumo das principais características de uma lâmina hematológica
Fonte: Naoum & Naoum, 2019.
O diagnóstico das patologias hematológicas depende de exa-
mes que avaliam os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. O hemo-
grama é importante e quase sempre decisivo e, por isso, o conhecimen-
to e a interpretação adequada são pré-requisitos fundamentais para a 
área de hematologia.
GRUPO SANGUÍNEO E FATOR RH
O sistema ABO é o mais importante grupo sanguíneo que en-
volve a medicina transfusional. Descoberto em 1900 por Karl Landes-
teiner, seguido da descoberta do fator Rh em 1937 por Wiener e Lands-
teiner, é um importante fato para elucidar a causa da doença hemolítica 
perinatal (BATISTETI et al., 2007). 
Os antígenos do sistema ABO não são restritos à membrana 
eritrocitária, como também estão presentes em diversos líquidos bioló-
gicos, embora na prática laboratorial seja frequente a análise direta do 
sangue, analisando os antígenos eritrocitários. 
A tipagem sanguínea é um teste frequentemente realizado em 
laboratórios clínicos e deve ser executada através de duas técnicas: 
direta e reversa, como prova de conceito, garantindo maior confiabilida-
de. Aqui iremos abordar o teste de tipagem sanguínea e os fatores que 
interferem no resultado.
Provas laboratoriais para identificação do grupo sanguíneo
A prova direta consiste no contato do soro-teste conhecido, 
seja ele anti-A e/ou B, com os glóbulos vermelhos do paciente. A reação 
se baseia em aglutinação direta, como descrito no item 2.1.2. A prova 
reversa consiste no contato do soro do paciente com os reagentes an-
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tigênicos Anti A e/ou B, o que permite visualizar a presença ou não dos 
anticorpos contra esses antígenos. A técnica consiste na aplicação de 
uma gota de cada antígeno com uma gota do sangue total (ou soro) do 
paciente, homogeneizar, centrifugar e realizar a leitura, se possível com 
o auxílio de uma luz, garantindo melhor visibilidade. A figura 7 mostra 
resumidamente a interpretação dos resultados.
Figura 7 - Interpretação dos resultados de hemaglutinação
Fonte: Daniels, 2008.
O fator Rh auxilia na detecção de incompatibilidade entre mãe 
e filho, como ocorre na eritroblastose fetal. Mães portadoras de Rh ne-
gativo podem sofrer imunização contra antígenos do sistema Rh, re-
sultando na entrada de anticorpos anti-Rh no sangue do feto, em uma 
segunda gravidez.
Título: Doença hemolítica do feto e recém-nascido
Data da publicação: 20 de abril de 2015
Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/vox.12265
Existem casos em que os antígenos A ou B são fracos. Isso 
pode dificultar a visualização nas provas. Técnicas alternativas são uti-
lizadas nesses casos, como pesquisa de substância ABH na saliva e, 
embora não sejam situações comuns, é importante que o profissional 
tenha conhecimento e, em caso de dúvidas, repita o teste.
Os erros em exames de tipagem sanguínea constituem-se 
como um fator de risco para a segurança do paciente, especialmente 
em casos em que o mesmo se encontra em situação grave e necessita 
de transfusão. Para que esse teste cumpra seu papel no diagnóstico e 
tratamento, o processo analítico deve ser livre de vícios que possam 
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comprometer seu resultado. Uma alternativa para evitar erros é sempre 
realizar a prova reversa em tubo e, em caso de dúvidas, repetir o teste. 
O exame de tipagem sanguínea é importante e frequentemen-
te solicitado na clínica, uma vez que é usado em uma variedadede 
situações, desde o estudo de paternidade até a prevenção de reações 
hemolíticas transfusionais.
O SISTEMA DE COAGULAÇÃO
A coagulação sanguínea é um sistema complexo de reações 
mediadas por proteases plasmáticas e cofatores que culminam na gê-
nese da enzima trombina, que, por sua vez, converte o fibrinogênio solú-
vel em fibrina insolúvel (proteólise). A formação do coágulo de fibrina no 
sítio de lesão endotelial representa processo crítico para a manutenção 
da integridade vascular, que deve ser regulada para se evitar a forma-
ção de trombos intravasculares decorrentes de formação excessiva de 
fibrina. Para que ocorra a coagulação, é necessário um estímulo (tecido 
lesado), que ativa a cascata, mediada pela tromboplastina, protrombina 
convertida em trombina, que age sobre o fibrinogênio e forma a fibrina, 
representada por uma rede que impede a saída de sangue, designando 
a coagulação. 
Alterações no coagulograma podem auxiliar no diagnóstico de 
doenças hematológicas caracterizadas por anomalias em um ou mais 
componentes do sangue.
Coagulograma e o diagnóstico de coagulopatias
As coagulopatias ou distúrbios hemorrágicos afetam a forma-
ção dos coágulos sanguíneos, caracterizando hemorragias e sangra-
mentos constantes. Podem ser congênitas, como acontece na doença 
de Von Willebrand e na hemofilia; ou adquiridas pela deficiência nas 
plaquetas e/ou algum fator de coagulação, ou ainda derivar do uso de 
anticoagulantes (utilizados como profilaxia e tratamento de trombose). 
O quadro 14 destaca as principais coagulopatias.
 
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Quadro 14 - Principais coagulopatias e características
COAGULOPATIAS
Púrpura Trombocitopênica 
Imunológica (PTI)
Doença autoimune hemorrágica 
caracterizada por níveis baixos 
de plaquetas. O paciente tem 
sangramentos constantes
Púrpura Trombocitopênica 
Trombótica (PTT) e Coagulação 
Intravascular Disseminada (CIVD)
Doença rara caracterizada pela 
formação de pequenos trombos ou 
coágulos por todo o corpo, capazes de 
bloquear o fluxo sanguíneo cardíaco 
ou pulmonar, ocasionando embolia e 
parada respiratória ou cardíaca
Hemofilia
Causada pela deficiência congênita 
de um fator da cascata de 
coagulação e, com isso, o paciente 
tem sangramentos constantes e 
hematomas espalhados pelo corpo
Trombofilia
Caracterizada pela formação de 
trombos, ou coágulos de sangue, 
tendendo a obstruir o fluxo sanguíneo, 
como ocorre na PTT e CIVD.
Síndrome de Von Willebrand
Distúrbio genético causado pela 
deficiência de um fator de coagulação, 
que consiste em hemorragias e 
sangramentos nasais frequentes
Fonte: Autora, 2021.
O diagnóstico dessas doenças, muitas vezes, é estabelecido 
ou mediado por exames específicos, realizados em grandes laborató-
rios de referência. Contudo, existem testes na prática laboratorial capa-
zes de indicar ou auxiliar em diagnósticos de coagulopatias. É o caso do 
coagulograma, realizado com frequência para monitoramento da coa-
gulação e muito solicitado como pré-operatório.
O coagulograma é um conjunto de provas que testam a coa-
gulação. É composto pelo teste de protombina (TP), tempo de sangra-
mento (TS), tempo de coagulação (TC), Tromboplastina Parcial Ativado 
(TTPA) e contagem de plaquetas, após a coleta utilizando o anticoagu-
lante citrato (tampa azul, conforme ilustrado no capítulo 1) e jejum de 
4 horas. Os testes devem ser realizados o mais rápido possível para 
garantir confiabilidade, com exceção do tempo de sangramento, que é 
realizado na hora. A figura 8 esquematiza a técnica do coagulograma, 
partindo da coleta.
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Figura 8 - Coagulograma
Fonte: Autora, 2021.
Após a realização do coagulograma, é necessário que o res-
ponsável confira os resultados e, em caso de alterações, repita o teste 
ou consulte o prontuário. Lembre-se que a fase pré-analítica mediada 
pelo contato com o paciente é importante para a interpretação dos re-
sultados, embora nem sempre esse contato seja possível. 
Fatores que interferem nos resultados
Na rotina laboratorial, os exames de coagulação são frequen-
temente solicitados na prática para avaliação da hemostasia e inves-
tigação de doenças hemorrágicas e trombóticas. Para a avaliação da 
coagulação sanguínea de rotina, de uso para diagnóstico e triagem clí-
nica, é necessária a realização do coagulograma completo (PIMENTA & 
JÚNIOR, 2016). O coagulograma é um teste delicado e qualquer inter-
ferente é capaz de prejudicar o seu resultado. 
A literatura relata que grande parte dos erros laboratoriais 
ocorre na fase pré-analítica, conforme abordado no capítulo anterior. 
No caso do coagulograma, a coleta é o procedimento fundamental, e 
a demora no processo, tempo prolongado de torniquete e coleta ina-
dequada podem alterar o resultado devido à hemólise. O volume da 
amostra também é importante no caso do coagulograma e, em casos do 
volume inadequado, sugere-se nova coleta para conferência do resulta-
do. Grande parte dos erros envolvidos nesse teste se referem à falta de 
entendimento e prática laboratorial. 
Para evitar erros e garantir a confiabilidade dos resultados, é 
importante que o profissional tenha conhecimento e prática no teste, 
no procedimento de coleta, e mantenha atenção no trabalho, uma vez 
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que os erros no teste de coagulograma decorrem, em grande parte, da 
falta de habilidade. A fase pré-analítica requer a implantação de técni-
cas rigorosas na detecção, classificação e resolução de erros. Por fim, 
o coagulograma é composto por diversos testes que utilizam diferentes 
técnicas que devem ser realizadas de forma rápida e correta. Portanto, 
a capacitação profissional é um tópico importante a ser abordado pelos 
gerentes laboratoriais. Finalizamos este capítulo ressaltando a impor-
tância do profissional que deve garantir que os resultados reflitam de 
maneira fidedigna a qualidade do laboratório.
 
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IFTO Órgão: UFTO Prova: Professor biologia 
IFTO Nível: Superior. 
A hematopoiese ou hemopoiese é a produção dos elementos ce-
lulares e figurados do tecido sanguíneo, a partir de uma entidade 
celular denominada célula-tronco hematopoiética. A diferenciação 
celular através da hematopoiese embrionária, fetal, e perinatal e 
pós-natal é, respectivamente:
a) Saco vitelínico, fígado e medula óssea.
b) Fígado, baço e amígdalas.
c) Timo, gônadas e vesícula.
d) Saco vitelínico, baço e amígdalas.
e) Medula óssea, pâncreas e timo.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Técni-
co de análises clínicas UFT Nível: Médio. 
Considerando um hemograma, analise as assertivas e assinale a 
alternativa que aponta as corretas.
I. A contagem diferencial de leucócitos, realizada em um hemogra-
ma de rotina, pode ser realizada no microscópio por profissional 
capacitado.
II. Um hemograma de rotina não apresenta valores de plaquetas. 
Este teste é realizado somente se houver solicitação do médico.
III. O hemograma é realizado com a amostra de sangue coletada em 
tubo contendo EDTA.
IV. Somente com um hemograma não é possível detectar a presen-
ça de anemias.
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e IV.
e) Apenas III e IV.
QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: INTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO Órgão: ISGH Prova: 
Técnico de laboratório HRN Nível: Médio 
Um dos exames mais frequentes em laboratórios clínicos é o he-
mograma e, indubitavelmente, é também um dos mais relevantes. 
Para sua realização, amostras inadequadas devem ser rejeitadas. 
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